Questões de Pedagogia - Teorias curriculares para Concurso
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Apenas aos 17 anos Neilson foi indicado para participar do Programa para Altas Habilidades da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, embora suas habilidades para o desenho fossem já excepcionais desde criança. Dinâmico e comunicativo, Neilson trabalhava como caixa e empacotador de supermercado, onde também era estagiário na área de computação. Estudava à noite para concluir o 3º ano do Ensino Fundamental. Ele frequentava o programa duas vezes por semana, à tarde, mas só ia quando tinha oportunidade e tempo. Em seus trabalhos, Neilson gostava de usar lápis de cor, spray e grafite. Perguntado sobre suas pretensões futuras, o jovem revelou que não pretendia cursar a universidade, precisava trabalhar para garantir o seu sustento e de sua família.
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/altashab1.pdf
Sobre o texto anterior, analise as afirmativas a seguir.
I. Um currículo adaptado às necessidades especiais na Educação Básica poderia ter proporcionado tempo para o estudo e o refinamento artístico.
II. Detecta-se um problema do gerenciamento da responsabilidade pelo desenvolvimento integral do aluno.
III. Suas habilidades artísticas, valorizadas em seu contexto sociocultural mais imediato, não foram encorajadas fora do programa especial frequentado.
Está correto o que se afirma apenas em
Leia o texto a seguir atentamente:
Os pais de E. tinham recebido o diagnóstico de cegueira e autismo com deficiência mental em virtude de encefalopatia congênita e anoftalmia (ausência do globo ocular) por malformação embrionária. E. era um garoto de seis anos de idade que gostava muito de música, repetia com entonação e ritmo alguns refrãos desconexos. Não tolerava o contato físico e verbal das pessoas, enrolava-se como um tatu na rede ou colchão, pois gostava apenas de ficar deitado. Se crianças ou pessoas aproximavam-se dele, ficava muito ansioso, irritado e nervoso; fugia de qualquer contato e escondia-se, enrolando-se no colchão. A mãe relatava que E. não gostava de colo e afagos, esquivava-se do contato materno. Ele era indiferente ao ser chamado pelo nome, à voz da mãe, pai, irmã e avós. Não manifestava ou reagia a qualquer forma de expressão afetiva. A família preocupava-se muito com as questões de alimentação, porque E. era muito seletivo: não aceitava modificação alimentar, só comia arroz com farinha, um tipo de biscoito salgado e bebia Coca-Cola. Irritava-se e entrava em crise diante de qualquer modificação no ritual de alimentação. O que proporcionava prazer a E. era o balanço na rede e a piscina. Esses elementos foram utilizados para iniciar o processo de interação e comunicação com E. O caminho escolhido pela família foi uma escola especial que atendia crianças autistas, isso porque a escola de cegos não recebia crianças com deficiência múltipla. O processo de adaptação de E. foi lento. Irritava-se muito com barulho, com vozes e movimento das outras crianças, mesmo sendo poucas. Desorganizava-se com frequência, beliscava, batia, jogava longe tudo que estivesse ao seu alcance. Quando o nível de tensão aumentava, engolia sua prótese sabendo que chamava atenção com isso. Afastava as pessoas, ria e esperava a reação. De forma semelhante, fazia xixi e cocô nas calças, mesmo sem vontade na tentativa de isolar-se no banheiro, que era um dos seus lugares preferidos, talvez pelo pouco barulho. No início, qualquer pessoa que se aproximasse dele apanhava muito: levava socos, mordida, beliscões. Utilizava-se um aparato protetor para se lidar com E. – luvas. Procurava-se antecipar a aproximação das pessoas e a ocorrência dos eventos com mensagens curtas e objetivas, descrevendo-se e interpretando-se as ações. Decodificar a linguagem e interpretar o contexto era uma grande dificuldade para E..
(Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/deficienciamultipla.pdf. Acesso em: julho de 2024. Adaptado.)
Tendo os dados textuais como suporte, é pertinente implementar ações no sentido de: