Questões de Concurso Público IPEA 2024 para Técnico de Planejamento e Pesquisa - Políticas Públicas e Desenvolvimento

Foram encontradas 70 questões

Q2382948 Economia
A chamada “Lei de Thirlwall”, formulada pelo economista Anthony Thirlwall, é uma das mais simples proposições explicativas do diferencial de crescimento relativo entre os países na economia global e da capacidade de crescimento econômico de um país, compatível com a estabilidade de seu balanço de pagamentos, no longo prazo.
A Lei de Thirlwall,
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Q2382949 Economia
Em macroeconomia, o papel das expectativas e o conceito de incerteza são elementos fundamentais não apenas na determinação do nível do produto e do emprego, como também na explicação das flutuações cíclicas nas economias capitalistas. No trecho seguinte, Keynes explicita seu entendimento acerca do termo “incerteza” em economia.

Por conhecimento incerto, não pretendo distinguir o que é conhecido como certo do que é, apenas, provável. Neste sentido, o jogo da roleta não está sujeito à incerteza; nem sequer à possibilidade de se ganhar na loteria. Ou, ainda, a própria esperança de vida é apenas moderadamente incerta. O sentido em que estou usando o termo [incerteza] é aquele segundo o qual a perspectiva de uma guerra europeia é incerta, o mesmo ocorrendo com o preço do cobre e a taxa de juros daqui a vinte anos ou a obsolescência de uma nova invenção [...]. Sobre esses problemas, não existe qualquer base científica para cálculos probabilísticos. Simplesmente, nada sabemos a respeito.
KEYNES, J. M. The general theory of employment. The Quarterly Journal of Economics, v. 51, n. 2, February, 1937, p.213-214, (tradução nossa). Adaptado.

De acordo com Keynes, diante da incerteza futura, os agentes econômicos tomam decisões relevantes, baseando-se
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Q2382950 Economia
Em conhecido trecho da Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, Keynes expõe as dificuldades de se estabilizarem as taxas de juros de mercado em situações de crise.

Um aumento da taxa monetária de juros retarda a produção de riquezas em todos os ramos em que ela é elástica, sem estimular a produção da moeda (que, por hipótese, é perfeitamente inelástica). A taxa monetária de juros, determinando o nível de todas as demais taxas de juros de mercadorias, refreia o investimento para produzir essas mercadorias, sem poder estimular o investimento necessário para produzir moeda que, por hipótese, não pode ser produzida [...]. Quer isso dizer que o desemprego aumenta porque as pessoas querem a Lua; os homens não podem conseguir emprego quando o objeto de seus desejos (isto é, o dinheiro) é uma coisa que não se produz e cuja demanda não pode ser facilmente contida. O único remédio consiste em persuadir o público de que Lua e queijo verde são praticamente a mesma coisa, e a fazer funcionar uma fábrica de queijo verde (isto é, um Banco Central) sob o controle do poder público.
KEYNES, J. M. Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p.229. Adaptado.

No trecho mencionado, Keynes reconhece o papel do Banco Central na estabilização da economia nos períodos que se seguem às crises monetário-financeiras. Apesar disso, o autor não viveu para testemunhar as políticas monetárias não convencionais, como as taxas de juros nominais próximas de zero (Zero Lower Bound) e as políticas de afrouxamento monetário (Quantitative Easing - QE), adotadas pelo Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve Bank - FED) e pelo Banco Central Europeu, nos anos imediatamente após a crise financeira global de 2008.
Com respeito ao QE, o principal objetivo do FED e do Banco Central Europeu, alinhado com a concepção de Keynes sobre a determinação das taxas de juros, foi
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Q2382951 Economia
De acordo com a hipótese da instabilidade financeira, formulada por Hyman Minsky,
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Q2382952 Matemática Financeira
Admita um país cujo Banco Central maneje a política monetária de acordo com uma regra de Taylor, expressa pela seguinte equação: 

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em que i é a taxa básica de juros de curto prazo; r*, a taxa de juros real neutra; π, a taxa de inflação observada; π*, a meta de inflação; Y, o PIB observado; Y*, o PIB potencial de pleno-emprego; e t, o período temporal considerado. Admita, ainda, que em determinado período t a economia desse país apresente os seguintes indicadores: 

i) Taxa de juros real neutra: 4% a.a.
ii) Taxa de inflação observada: 9% a.a.
iii) Meta de inflação anual: 4% a.a.

Na hipótese de que a economia esteja operando com hiato do produto igual a zero no período t, caso o Banco Central maneje a política monetária estritamente de acordo com a regra de Taylor, expressa pela equação acima, a taxa de juros real de curto prazo observada deverá ser de
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Q2382953 Economia
De acordo com a teoria clássica da taxa de juros, na versão de Wicksell (teoria dos fundos emprestáveis), políticas monetárias expansionistas
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Q2382954 Economia
Nas teorias neoschumpeterianas de comércio internacional, a determinação do padrão de comércio e a avaliação dos impactos do livre-comércio sobre os países em desenvolvimento são radicalmente distintas dos modelos de comércio tradicionais ou mesmo da nova teoria de comércio internacional (new trade theory).
Nos modelos neoschumpeterianos de comércio, o padrão quantitativo (volume e participação) e qualitativo (tipos de bens exportados e importados) de inserção de um país no comércio internacional depende, fundamentalmente, 
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Q2382955 Economia
Considerem-se válidas as hipóteses inerentes aos modelos de vantagem absoluta (Adam Smith) e de vantagem comparativa (David Ricardo), na explicação dos fluxos e dos ganhos de comércio recíprocos internacionais. A Tabela informa os coeficientes técnicos hipotéticos de produção (expressos em horas de trabalho por unidade) das indústrias de calçados (por par) e de vestuário (por unidade), no Brasil e no México. Considere-se, ainda, que sejam nulos os custos de transporte entre os dois países.

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Com base nas hipóteses inerentes aos modelos de comércio internacional apresentados por Smith e Ricardo, o(s)
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Q2382956 Economia
As regras multilaterais de comércio, sob a égide da Organização Mundial do Comércio (OMC), preveem a aplicação de instrumentos da política comercial, por parte de um país-membro, sempre que suas indústrias sejam prejudicadas por práticas consideradas desleais, efetivadas por outro parceiro. No caso de um subsídio considerado acionável, por exemplo, a legislação da OMC permite que um país-membro prejudicado adote medidas de retaliação, sempre que houver comprovação de que os danos causados a um determinado setor produtivo tenham origem no uso do referido subsídio, aplicado por seu parceiro comercial.
O direito de um país-membro adotar uma alíquota ad valorem à importação, com o objetivo de neutralizar o uso de subsídios acionáveis, aplicado por seu parceiro comercial, é denominado
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Q2382957 Economia
A mensuração dos impactos decorrentes dos Acordos de Livre-Comércio envolve um conjunto de informações, como as dotações de fatores dos países, as tecnologias utilizadas, os níveis de produtividade, as rendas per capita, dentre outras informações. No entanto, baseando-se em pressupostos e hipóteses mais simples, as teorias de comércio internacional permitem indicar os impactos esperados desses Acordos.
Considere, então, que o Brasil e a União Europeia formem dois blocos distintos e sejam abundantes, respectivamente, em recursos naturais e em capital. Admita, adicionalmente, que suas economias possuam apenas dois setores produtivos: o primário, considerado o setor intensivo em recursos naturais, cujas empresas produzem produtos agropecuários e funcionam sob condições de concorrência perfeita; e o manufatureiro, considerado o setor intensivo em capital, cujas empresas operam com elevadas economias de escala, produzem bens manufaturados diferenciados e funcionam sob condições de concorrência monopolística.
Caso o Brasil e a União Europeia adotem um Acordo de Livre-Comércio em que todas as barreiras ao intercâmbio recíproco de produtos primários e de bens manufaturados sejam eliminadas, de acordo com o modelo teórico de Krugman, o
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Q2382958 Economia
Tendo em vista as características da estrutura produtiva e o nível de renda per capita do Brasil na atualidade, o argumento teórico neoschumpeteriano que justifica a aplicação de instrumentos da política comercial para promover a reindustrialização e o desenvolvimento econômico brasileiro é baseado na
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Q2382959 Economia
Desde meados da década de 1980, registra-se uma quantidade expressiva de acordos de integração regional. Considerando-se os estágios em que se encontram esses acordos, na atualidade, associe a forma de integração regional ao respectivo acordo efetivamente firmado.

I - North American Free Trade Agreement (NAFTA)
II - Mercado Comum do Sul (Mercosul)
III - União Europeia
IV - Zona do Euro

P - União aduaneira
Q - Área de livre-comércio
R - Acordo de preferências comerciais
S - Mercado comum
T - União monetária

As associações corretas são:
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Q2382960 Economia
A relação entre o passageiro e o motorista de táxi é como a do principal e seu agente. O passageiro não conhece os itinerários possíveis tanto quanto o motorista; e para ambos há o risco de congestionamento de trânsito, levando a gastos extras de combustível e tempo para o motorista, e de tempo para o passageiro. O pagamento da corrida envolve uma “bandeirada”, que é um valor fixo inicial, e mais um valor variável com a distância e o tempo da viagem. Suponha que passageiro e motorista possam negociar a proporção relativa da “bandeirada” e do valor variável, aumentando um e reduzindo o outro, ou vice-versa, de acordo com uma tabela fornecida pelo órgão regulador. Suponha ainda que ambos, motorista e passageiro, sejam avessos ao risco.
Nessas condições, um
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Q2382961 Economia
A Figura abaixo mostra uma caixa de Edgeworth, ilustrando as possibilidades de trocas entre 2 pessoas, W e Y, envolvendo 2 bens, arroz e feijão, cujas quantidades são representadas nos eixos horizontal e vertical da caixa. As pessoas desejam consumir os dois bens, e suas curvas de indiferença, traçadas a partir das duas origens, 0w e 0y, se tangenciam; os pontos de tangência definem a curva de contrato, representada pela linha cheia de 0w a 0y. O ponto P mostra a alocação inicial de arroz e feijão entre as duas pessoas W e Y.  

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Após negociarem até alcançarem uma alocação de bens eficiente, no sentido de Pareto, a distribuição final de arroz e feijão, entre as pessoas W e Y, é representada por um ponto na caixa como
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Q2382962 Economia
Três empresas maximizadoras de lucro vendem o mesmo produto, cobrando preços iguais. Elas podem diferir em termos de localização, cada uma decidindo ficar ou no centro da cidade ou no subúrbio. O lucro anual de qualquer uma das empresas que se localize no subúrbio será de 13 unidades monetárias (u. m.); mas, se uma empresa se localizar no centro, seu lucro anual será de (20 - 2 C) u. m., onde C é o número dessas empresas localizadas no centro (C pode ser 3,2,1 ou 0).
Sendo assim, conclui-se que, caso as empresas
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Q2382963 Economia
Uma empresa maximizadora de lucro produz petróleo e exporta parte da produção, tomando o preço internacional de petróleo como dado. Também vende outra parte da produção no mercado interno, onde é monopolista. Os compradores dos mercados, externo e interno, são separáveis, permitindo à empresa vender internamente petróleo a preço diferente do praticado no mercado externo (usando-se a taxa de câmbio adequada, para fazer a comparação).
Em uma situação como essa, a empresa NÃO
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Q2382964 Economia
Uma empresa maximizadora de lucro produz 10.000 toneladas de minério/ano, exportando-as ao preço de mercado de R$ 600,00/tonelada, o qual a empresa toma como dado. Seu custo total médio, nesse nível de produção, é de R$ 500,00/tonelada.
Nesse contexto, verifica-se que o(a)
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Q2382965 Economia
Um consumidor, maximizador de sua função utilidade, gasta toda a sua renda comprando, a preços de mercado, quantidades positivas de 10 bens. Os preços são todos positivos, e 9 deles diminuem em 10%, sendo que, no caso de um dos bens, o bem Z, o preço não se altera. Na sua nova posição de equilíbrio maximizador de utilidade, o consumidor compra a mesma quantidade de Z que comprava inicialmente, antes da mudança de preços.
Logo, o(a) 
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Q2382966 Administração Geral
O processo de crescimento das firmas está condicionado tanto por fatores econômico-financeiros relacionados à conversão do potencial de acumulação de lucros em investimentos, quanto pela identificação de oportunidades atrativas de investimento nos mercados nos quais as firmas já operam ou em novos mercados.
De forma a viabilizar o processo de crescimento da firma, é importante considerar o seguinte:  
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Q2382967 Economia
As hipóteses subjacentes ao Modelo Estrutura-Conduta- -Desempenho permitem identificar as seguintes tendências relativas à análise do comportamento de diferentes mercados: 
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Respostas
41: B
42: A
43: B
44: D
45: D
46: A
47: A
48: E
49: E
50: D
51: A
52: A
53: C
54: B
55: E
56: C
57: D
58: D
59: E
60: E