Questões de Concurso Público MPO 2012 para Analista de Infraestrutura - Área V
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Considerados tão somente os efeitos transacionais de mercado, a análise dos custos e benefícios de projetos de irrigação é relativamente simples; do ponto de vista socioeconômico, essa análise é mais complexa, visto que envolve todos os efeitos do projeto, entre os quais se inclui o impacto de sua implantação sobre diferentes grupos sociais.
No Plano Nacional de Recursos Hídricos, são traçadas as macroestratégias para o gerenciamento da água no âmbito nacional, considerando-se, para isso, as macrobacias e, fundamentalmente, as microbacias.
A evapotranspiração e a precipitação total são os principais parâmetros para se estimar a quantidade de água necessária à irrigação, devendo a demanda máxima de irrigação para o dimensionamento de projetos destinados ao Nordeste brasileiro basear-se em 80% da evapotranspiração potencial da cultura.
Para se determinar a fonte de água para irrigação deve-se considerar a vazão disponível confiável, ou seja, a vazão máxima no período de estiagem, quando o sistema de irrigação precisará atender às necessidades hídricas da cultura, o que tem relação indireta com o tipo de sistema de irrigação e direta com o estágio de desenvolvimento da cultura.
A elaboração de projetos de irrigação apoia-se em dois elementos fundamentais: dados básicos e informações específicas do projeto (valores numéricos, topografia, dados geológicos, geotécnicos e hidrológicos, demandas de água para a irrigação e capacidade e requisitos de pressão do sistema de irrigação a ser implantado); e critérios de projeto, modos como os dados serão utilizados na elaboração do projeto (inclinação permitida para os taludes laterais e espessura mínima do revestimento dos canais, tipos de curva e de conexões aceitáveis para as tubulações e rotações admissíveis para bombas e motores).
O investimento público em projetos de desenvolvimento de recursos hídricos destina-se, prioritariamente, ao atendimento das necessidades e aspirações humanas, observados os objetivos e interesses dos entes federados e respeitados os limites de exploração da área do projeto.
Na análise dos custos de investimento relativos a projetos de irrigação, na estimativa final dos custos de cada um dos itens do projeto deve-se incluir o item imprevistos, para cobrir gastos oriundos de condições adversas e inesperadas, tanto no que se refere à análise de pré-viabilidade, em cerca de 30%, quanto à de viabilidade, em cerca de 20%.
Resíduo sólido é todo material sólido ou semissólido indesejável que necessita ser removido, em virtude de ter sido considerado inútil por quem o descartou, para qualquer recipiente destinado a esse procedimento.
Define-se lixo como todo o resto das atividades humanas considerado inútil, indesejável ou descartável por quem o gera e cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou nos corpos de água ou exijam, para o seu descarte, soluções técnica e economicamente inviáveis, considerando-se a melhor tecnologia disponível.
Resíduos que podem apresentar características de combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água, com possibilidade de acarretar riscos à saúde ou ao meio ambiente, são classificados como resíduos da classe II A.
Os resíduos sólidos podem ser classificados tanto em relação aos riscos potenciais de contaminação do meio ambiente como em relação à natureza ou à origem.
No processo de coleta seletiva, procedimento que consiste na separação doméstica de materiais recicláveis, seguida da coleta dos materiais separados, a participação da população não representa fator relevante.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos visa aumentar o número de municípios participantes dos PCSs, incorporando conceitos modernos e indutores — tais como responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e logística reversa —, que pressupõem o envolvimento dos gestores públicos, das empresas privadas e da sociedade civil organizada.
No diagnóstico obtido mediante o plano de saneamento básico, devem ser estimadas a demanda e as necessidades de investimentos para a universalização do acesso a cada um dos serviços de saneamento básico, nas diferentes divisões do município ou da região.
O plano de saneamento básico deverá conter o diagnóstico integrado da situação local quanto a abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.
Do ponto de vista operacional, tanto o diagnóstico como as intervenções futuras dificilmente poderão estender-se a todo o território do município, sendo necessária, portanto, a definição de unidades de planejamento que, de acordo com a Política Nacional de Recursos Hídricos, devem corresponder às bacias hidrográficas elementares.
Entre os fatores que devem ser considerados no diagnóstico, incluem-se os problemas gerados pela intermitência do abastecimento, a falta de pressão do sistema e a relação entre a evolução populacional e o número de problemas ocorridos.
O manancial não constitui fator primordial na etapa de planejamento, visto que a qualidade da água oriunda dessa fonte, mais especificamente do manancial de captação, não interfere na definição da tecnologia a ser adotada em sistema de abastecimento de água.
O tipo de condicionamento do lodo e as dosagens dependem fundamentalmente do estado em que o lodo é gerado, principalmente seu grau de mineralização, sendo que lodos pouco mineralizados são de desidratação mais fácil.
Os leitos de secagem de lodo são estruturas compostas de tijolos refratários, dispostos dois a dois, cujas juntas são preenchidas com areia grossa. Sob os tijolos, são dispostas camadas de areia grossa e britas de diversas granulometrias — mais finas nas primeiras camadas e mais grossas em direção ao fundo — e uma laje impermeável, de onde o líquido que infiltra é drenado e retorna à entrada da ETE. Nesse sistema, prevalece a ação microbiológica na retirada da água do lodo.