Questões de Concurso Público SEE-AL 2013 para Professor - História
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A denominação Império Romano, por oposição à República, é uma construção historiográfica e didática, que visa melhor classificar e explicar a história política de Roma, visto que, de acordo com os dados históricos, a República jamais foi abolida e os melhores imperadores eram tidos como seus salvadores ou restauradores.
A religião é o fundamento da sociedade egípcia, o que fica evidente em seus monumentos mais vistosos, nos grandes templos em formato de pirâmide.
A disputa (ágôn) era uma característica fundamental da sociedade grega, o que pode ser constatado por meio dos grandes jogos atléticos — celebrados por poetas como Píndaro — e das inúmeras guerras que moveram as diversas cidades umas contra as outras, como a guerra do Peloponeso entre Esparta e a Macedônia, contada pelo historiador Tucídides.
O surgimento dos termos feudal e feudalismo ocorreu em consequência das mudanças políticas, sociais e intelectuais do século XVIII, a exemplo do Iluminismo e da Revolução Francesa.
O protecionismo foi fator significativo para a transformação do sistema feudal para o capitalismo. Enquanto na Idade Média ele ocorria localmente, com as corporações de ofício de cada cidade responsáveis pela sua aplicação, a partir do século XIV, com a centralização do poder nos Estados, os reis e príncipes passaram a ser responsáveis pela criação e pelo cumprimento de leis de proteção às atividades econômicas.
Como só é possível falar em capitalismo a partir da noção de capital, é correto dizer que o capitalismo surgiu na Itália do século XIII, juntamente com os banqueiros e as letras de câmbio.
A sociedade feudal baseava-se em uma estrutura hierárquica quádrupla, cujo topo era ocupado pelos reis e pela nobreza; em seguida, posicionavam-se o clero e os religiosos leigos; logo abaixo, os comerciantes e os burgueses (moradores das cidades); e, na base inferior, os camponeses.
Uma estrutura fundamental do sistema feudal era a relação de senhorio (dominium), estabelecida entre uma classe senhorial (a nobreza), que dominava a classe dos vassalos (os camponeses).
A expansão marítima europeia começou com os noruegueses, que, por volta do século X, navegaram pelo Atlântico estabelecendo colônias na Groelândia e na Terra Nova (Canadá). Esse momento, no entanto, foi curto e, apenas quando os portugueses se lançaram à exploração das ilhas oceânicas e da costa da África, iniciou-se a chamada era das navegações.
Parte considerável da exploração e colonização das Américas foi possibilitada pela iniciativa privada, que recebia dos reis o monopólio da exploração econômica de uma área por tempo determinado.
A mais lucrativa atividade das colônias portuguesas na América no início do século XVII era a plantação e a comercialização de açúcar, mas, com a invasão holandesa em Pernambuco (1630-1654) e a posterior retomada da região, a cultura da cana-de-açúcar foi levada para as Antilhas, fazendo concorrência à produção brasileira e motivando uma grave crise comercial em Portugal.
O Iluminismo alemão, chamado de esclarecimento (Aufklärung), defendia o controle do pensamento pelo Estado como meio de evitar os excessos da Igreja e as rebeliões populares. Tal ideia foi o que a historiografia chamou de ‘despotismo esclarecido’.
Na historiografia, é comum encontrar qualificativos para o Iluminismo em Portugal, como iluminismo católico, ilustração de compromisso, iluminismo de Estado ou mesmo luzes mitigadas e fraco iluminismo. Isso se deve à ênfase de alguns filósofos franceses — matrizes de uma interpretação genérica do Iluminismo — identificados com o anticlericalismo e a oposição ao absolutismo, o que não ocorreu no país ibérico.
O principal momento de radicalização da Revolução Francesa foi o chamado Terror, que intentava combater os inimigos externos da revolução, o império austríaco e, posteriormente, a Inglaterra.
A ideia de Iluminismo surgiu na França do século XVIII e foi erigida em torno da valorização da razão e do anticlericalismo.
A tradicional divisão da história humana em Idade Antiga, Idade Média e Idade Moderna surgiu com os eruditos renascentistas, mas a Idade Contemporânea surgiu apenas no século XIX, com a reorganização do ensino de história na França.
Considerando-se que a história é o conhecimento do passado, é correto afirmar que discutir o presente ou o futuro é uma questão de menor importância para a historiografia.
Em uma concepção mítica, comum na Antiguidade, a história é entendida como uma progressão linear em direção ao futuro, enquanto a historiografia científica, surgida a partir do século XIX, entende a trajetória temporal do homem como um círculo que retorna ao mesmo ponto após um determinado período.
No período colonial brasileiro, o principal propósito das bandeiras paulistas era a descoberta de metais preciosos. O aprisionamento de indígenas foi praticado como forma de minimizar os eventuais prejuízos da empresa.
A descoberta do ouro nos sertões mineiros foi recebida pela Coroa portuguesa com grande apreensão. Não havia um projeto de colonização definido a priori. A tarefa de controlar a multidão de aventureiros que se dirigiria àqueles sertões parecia algo grande demais para os poucos recursos lusos. Por fim, existia a possibilidade da descoberta daquela riqueza despertar a cobiça das demais nações europeias.