Questões de Concurso Público Copergás - PE 2011 para Analista - Administrador

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Q630208 Português

      [Joaquim] Nabuco sentiu que, sendo produtor de riqueza, e portanto esteio da sociedade, o escravo era um trabalhador submetido à espoliação máxima; e que os interesses da oligarquia levavam não apenas a querer manter o regime escravista, mas a transformá-lo numa espécie de modelo permanente do trabalho. Esta verdadeira descoberta levou-o a sentir que os projetos de imigração, sobretudo chinesa, ou os de recrutamento do homem livre para trabalho rural a prazo fixo, eram manifestações de uma mentalidade que procurava extrapolar o sistema escravista e estender as suas características a todo trabalhador, considerado como máquina humana à disposição integral do senhor, ou do patrão.

      Ele viu que, sendo a massa produtora, o trabalhador escravo era o grosso do povo, e portanto tinha direito de atuar na vida política. Ora, este direito lhe era negado não só porque ele estava excluído da cidadania, mas porque mesmo o trabalhador livre, portanto um cidadão, ficava excluído do voto pelos requisitos censitários, que restringiam ao máximo o alistamento eleitoral. Segundo Nabuco, o trabalhador não era nada, mas deveria ser tudo no futuro.

      Essa visão lúcida e avançada correspondia a uma concepção realista da sociedade brasileira, que era então composta na maioria de negros e mestiços, isto é, escravos, antigos escravos, descendentes totais ou parciais de escravos.


(Fragmento extraído de Antonio Candido. Radicalismos. Vários escritos. 3.ed. S.Paulo: Duas Cidades, 1995. p.271-2) 

Segundo Antonio Candido, Joaquim Nabuco considerava que
Alternativas
Q630209 Português

      [Joaquim] Nabuco sentiu que, sendo produtor de riqueza, e portanto esteio da sociedade, o escravo era um trabalhador submetido à espoliação máxima; e que os interesses da oligarquia levavam não apenas a querer manter o regime escravista, mas a transformá-lo numa espécie de modelo permanente do trabalho. Esta verdadeira descoberta levou-o a sentir que os projetos de imigração, sobretudo chinesa, ou os de recrutamento do homem livre para trabalho rural a prazo fixo, eram manifestações de uma mentalidade que procurava extrapolar o sistema escravista e estender as suas características a todo trabalhador, considerado como máquina humana à disposição integral do senhor, ou do patrão.

      Ele viu que, sendo a massa produtora, o trabalhador escravo era o grosso do povo, e portanto tinha direito de atuar na vida política. Ora, este direito lhe era negado não só porque ele estava excluído da cidadania, mas porque mesmo o trabalhador livre, portanto um cidadão, ficava excluído do voto pelos requisitos censitários, que restringiam ao máximo o alistamento eleitoral. Segundo Nabuco, o trabalhador não era nada, mas deveria ser tudo no futuro.

      Essa visão lúcida e avançada correspondia a uma concepção realista da sociedade brasileira, que era então composta na maioria de negros e mestiços, isto é, escravos, antigos escravos, descendentes totais ou parciais de escravos.


(Fragmento extraído de Antonio Candido. Radicalismos. Vários escritos. 3.ed. S.Paulo: Duas Cidades, 1995. p.271-2) 

O segmento cujo sentido está corretamente expresso em outras palavras é:
Alternativas
Q630210 Português

      [Joaquim] Nabuco sentiu que, sendo produtor de riqueza, e portanto esteio da sociedade, o escravo era um trabalhador submetido à espoliação máxima; e que os interesses da oligarquia levavam não apenas a querer manter o regime escravista, mas a transformá-lo numa espécie de modelo permanente do trabalho. Esta verdadeira descoberta levou-o a sentir que os projetos de imigração, sobretudo chinesa, ou os de recrutamento do homem livre para trabalho rural a prazo fixo, eram manifestações de uma mentalidade que procurava extrapolar o sistema escravista e estender as suas características a todo trabalhador, considerado como máquina humana à disposição integral do senhor, ou do patrão.

      Ele viu que, sendo a massa produtora, o trabalhador escravo era o grosso do povo, e portanto tinha direito de atuar na vida política. Ora, este direito lhe era negado não só porque ele estava excluído da cidadania, mas porque mesmo o trabalhador livre, portanto um cidadão, ficava excluído do voto pelos requisitos censitários, que restringiam ao máximo o alistamento eleitoral. Segundo Nabuco, o trabalhador não era nada, mas deveria ser tudo no futuro.

      Essa visão lúcida e avançada correspondia a uma concepção realista da sociedade brasileira, que era então composta na maioria de negros e mestiços, isto é, escravos, antigos escravos, descendentes totais ou parciais de escravos.


(Fragmento extraído de Antonio Candido. Radicalismos. Vários escritos. 3.ed. S.Paulo: Duas Cidades, 1995. p.271-2) 

O verbo que admite transposição para a voz PASSIVA está em:
Alternativas
Q630211 Português

      [Joaquim] Nabuco sentiu que, sendo produtor de riqueza, e portanto esteio da sociedade, o escravo era um trabalhador submetido à espoliação máxima; e que os interesses da oligarquia levavam não apenas a querer manter o regime escravista, mas a transformá-lo numa espécie de modelo permanente do trabalho. Esta verdadeira descoberta levou-o a sentir que os projetos de imigração, sobretudo chinesa, ou os de recrutamento do homem livre para trabalho rural a prazo fixo, eram manifestações de uma mentalidade que procurava extrapolar o sistema escravista e estender as suas características a todo trabalhador, considerado como máquina humana à disposição integral do senhor, ou do patrão.

      Ele viu que, sendo a massa produtora, o trabalhador escravo era o grosso do povo, e portanto tinha direito de atuar na vida política. Ora, este direito lhe era negado não só porque ele estava excluído da cidadania, mas porque mesmo o trabalhador livre, portanto um cidadão, ficava excluído do voto pelos requisitos censitários, que restringiam ao máximo o alistamento eleitoral. Segundo Nabuco, o trabalhador não era nada, mas deveria ser tudo no futuro.

      Essa visão lúcida e avançada correspondia a uma concepção realista da sociedade brasileira, que era então composta na maioria de negros e mestiços, isto é, escravos, antigos escravos, descendentes totais ou parciais de escravos.


(Fragmento extraído de Antonio Candido. Radicalismos. Vários escritos. 3.ed. S.Paulo: Duas Cidades, 1995. p.271-2) 

Os segmentos que apresentam verbos conjugados nos mesmos tempo e modo estão em:
Alternativas
Q630212 Português

      [Joaquim] Nabuco sentiu que, sendo produtor de riqueza, e portanto esteio da sociedade, o escravo era um trabalhador submetido à espoliação máxima; e que os interesses da oligarquia levavam não apenas a querer manter o regime escravista, mas a transformá-lo numa espécie de modelo permanente do trabalho. Esta verdadeira descoberta levou-o a sentir que os projetos de imigração, sobretudo chinesa, ou os de recrutamento do homem livre para trabalho rural a prazo fixo, eram manifestações de uma mentalidade que procurava extrapolar o sistema escravista e estender as suas características a todo trabalhador, considerado como máquina humana à disposição integral do senhor, ou do patrão.

      Ele viu que, sendo a massa produtora, o trabalhador escravo era o grosso do povo, e portanto tinha direito de atuar na vida política. Ora, este direito lhe era negado não só porque ele estava excluído da cidadania, mas porque mesmo o trabalhador livre, portanto um cidadão, ficava excluído do voto pelos requisitos censitários, que restringiam ao máximo o alistamento eleitoral. Segundo Nabuco, o trabalhador não era nada, mas deveria ser tudo no futuro.

      Essa visão lúcida e avançada correspondia a uma concepção realista da sociedade brasileira, que era então composta na maioria de negros e mestiços, isto é, escravos, antigos escravos, descendentes totais ou parciais de escravos.


(Fragmento extraído de Antonio Candido. Radicalismos. Vários escritos. 3.ed. S.Paulo: Duas Cidades, 1995. p.271-2) 

A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada de modo INCORRETO em:
Alternativas
Q630213 Português

      As artes plásticas apresentam-se a nós no espaço: recebemos uma impressão global antes de detectar os detalhes, pouco a pouco e em nosso ritmo próprio. A música, porém, baseia-se numa sucessão temporal, e exige uma memória alerta. Sendo assim, a música é uma arte cronológica, assim como a pintura é uma arte espacial. A música pressupõe, antes de tudo, certa organização do tempo, uma crononomia, se me permitem esse neologismo.

      As leis que regulam o movimento dos sons exigem a presença de um valor mensurável e constante: a métrica, elemento puramente material, através do qual o ritmo, elemento puramente formal, se realiza. Em outras palavras, a métrica resolve a questão de em quantas partes iguais será dividida a unidade musical que denominamos compasso, enquanto o ritmo resolve a questão de como essas partes iguais serão agrupadas dentro de um determinado compasso. [...]

      Vemos portanto que a métrica – já que intrinsecamente oferece apenas elementos de simetria, sendo inevitavelmente composta de quantidades iguais – é necessariamente utilizada pelo ritmo, cuja função é estabelecer a ordem no movimento dividindo as quantidades fornecidas pelo compasso.


(Fragmento extraído de Igor Stravinsky. Poética musical. Trad. Luiz Paulo Horta. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1996. p.35)

Atente para as seguintes afirmações.


I. A apreciação da pintura dá-se sempre de modo global, ao passo que a fruição da música só ocorre nos detalhes.

II. A métrica está para a segmentação e a quantidade assim como o ritmo está para o arranjo e a disposição.

III. O ritmo é o elemento que propicia que o compasso possa ser dividido em partes iguais.


De acordo com o texto, está correto SOMENTE o que se afirma em 

Alternativas
Q630214 Português

      As artes plásticas apresentam-se a nós no espaço: recebemos uma impressão global antes de detectar os detalhes, pouco a pouco e em nosso ritmo próprio. A música, porém, baseia-se numa sucessão temporal, e exige uma memória alerta. Sendo assim, a música é uma arte cronológica, assim como a pintura é uma arte espacial. A música pressupõe, antes de tudo, certa organização do tempo, uma crononomia, se me permitem esse neologismo.

      As leis que regulam o movimento dos sons exigem a presença de um valor mensurável e constante: a métrica, elemento puramente material, através do qual o ritmo, elemento puramente formal, se realiza. Em outras palavras, a métrica resolve a questão de em quantas partes iguais será dividida a unidade musical que denominamos compasso, enquanto o ritmo resolve a questão de como essas partes iguais serão agrupadas dentro de um determinado compasso. [...]

      Vemos portanto que a métrica – já que intrinsecamente oferece apenas elementos de simetria, sendo inevitavelmente composta de quantidades iguais – é necessariamente utilizada pelo ritmo, cuja função é estabelecer a ordem no movimento dividindo as quantidades fornecidas pelo compasso.


(Fragmento extraído de Igor Stravinsky. Poética musical. Trad. Luiz Paulo Horta. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1996. p.35)

Com relação à pontuação empregada no texto, é correto afirmar:
Alternativas
Q630215 Português

      As artes plásticas apresentam-se a nós no espaço: recebemos uma impressão global antes de detectar os detalhes, pouco a pouco e em nosso ritmo próprio. A música, porém, baseia-se numa sucessão temporal, e exige uma memória alerta. Sendo assim, a música é uma arte cronológica, assim como a pintura é uma arte espacial. A música pressupõe, antes de tudo, certa organização do tempo, uma crononomia, se me permitem esse neologismo.

      As leis que regulam o movimento dos sons exigem a presença de um valor mensurável e constante: a métrica, elemento puramente material, através do qual o ritmo, elemento puramente formal, se realiza. Em outras palavras, a métrica resolve a questão de em quantas partes iguais será dividida a unidade musical que denominamos compasso, enquanto o ritmo resolve a questão de como essas partes iguais serão agrupadas dentro de um determinado compasso. [...]

      Vemos portanto que a métrica – já que intrinsecamente oferece apenas elementos de simetria, sendo inevitavelmente composta de quantidades iguais – é necessariamente utilizada pelo ritmo, cuja função é estabelecer a ordem no movimento dividindo as quantidades fornecidas pelo compasso.


(Fragmento extraído de Igor Stravinsky. Poética musical. Trad. Luiz Paulo Horta. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1996. p.35)

A música pressupõe, antes de tudo, certa organização do tempo ...


O verbo que também é empregado com a mesma regência do grifado acima está em: 

Alternativas
Q630216 Português

      As artes plásticas apresentam-se a nós no espaço: recebemos uma impressão global antes de detectar os detalhes, pouco a pouco e em nosso ritmo próprio. A música, porém, baseia-se numa sucessão temporal, e exige uma memória alerta. Sendo assim, a música é uma arte cronológica, assim como a pintura é uma arte espacial. A música pressupõe, antes de tudo, certa organização do tempo, uma crononomia, se me permitem esse neologismo.

      As leis que regulam o movimento dos sons exigem a presença de um valor mensurável e constante: a métrica, elemento puramente material, através do qual o ritmo, elemento puramente formal, se realiza. Em outras palavras, a métrica resolve a questão de em quantas partes iguais será dividida a unidade musical que denominamos compasso, enquanto o ritmo resolve a questão de como essas partes iguais serão agrupadas dentro de um determinado compasso. [...]

      Vemos portanto que a métrica – já que intrinsecamente oferece apenas elementos de simetria, sendo inevitavelmente composta de quantidades iguais – é necessariamente utilizada pelo ritmo, cuja função é estabelecer a ordem no movimento dividindo as quantidades fornecidas pelo compasso.


(Fragmento extraído de Igor Stravinsky. Poética musical. Trad. Luiz Paulo Horta. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1996. p.35)

As artes plásticas apresentam-se a nós no espaço.

A música, porém, baseia-se numa sucessão temporal.


As frases acima articulam-se em um único período, com lógica e correção em: 

Alternativas
Q630217 Português

      As artes plásticas apresentam-se a nós no espaço: recebemos uma impressão global antes de detectar os detalhes, pouco a pouco e em nosso ritmo próprio. A música, porém, baseia-se numa sucessão temporal, e exige uma memória alerta. Sendo assim, a música é uma arte cronológica, assim como a pintura é uma arte espacial. A música pressupõe, antes de tudo, certa organização do tempo, uma crononomia, se me permitem esse neologismo.

      As leis que regulam o movimento dos sons exigem a presença de um valor mensurável e constante: a métrica, elemento puramente material, através do qual o ritmo, elemento puramente formal, se realiza. Em outras palavras, a métrica resolve a questão de em quantas partes iguais será dividida a unidade musical que denominamos compasso, enquanto o ritmo resolve a questão de como essas partes iguais serão agrupadas dentro de um determinado compasso. [...]

      Vemos portanto que a métrica – já que intrinsecamente oferece apenas elementos de simetria, sendo inevitavelmente composta de quantidades iguais – é necessariamente utilizada pelo ritmo, cuja função é estabelecer a ordem no movimento dividindo as quantidades fornecidas pelo compasso.


(Fragmento extraído de Igor Stravinsky. Poética musical. Trad. Luiz Paulo Horta. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1996. p.35)

A frase redigida inteiramente de acordo com as normas de concordância verbal e nominal está em:
Alternativas
Q630218 Português

                                     Texto I


      A natureza das vidas que as pessoas podem levar tem sido objeto de atenção dos analistas sociais ao longo da história. Mesmo que os principais índices econômicos do progresso tendam a se concentrar no melhoramento de objetos inanimados de conveniência (por exemplo, no produto interno bruto, PIB), essa concentração poderia ser justificada, em última instância, apenas através do que esses objetos produzem nas vidas humanas que podem direta ou indiretamente influenciar. Temos excelentes razões para não confundir os meios com os fins, e para não considerarmos os rendimentos e a opulência como importantes em si, em vez de valorizá-los pelo que ajudam as pessoas a realizar, incluindo uma vida boa e que valha a pena.

      A opulência econômica e a liberdade substantiva, embora não sejam desconectadas, frequentemente podem divergir. Mesmo com relação à liberdade de viver vidas longas (livres de doenças evitáveis), é notável que o grau de privação de grupos socialmente desfavorecidos em países muito ricos pode ser comparável ao das regiões mais pobres. A liberdade de evitar a morte prematura é incrementada por uma renda elevada (isso não se discute), mas ela também depende de outros fatores, em particular da organização social, incluindo a saúde pública e a garantia de assistência médica. Faz diferença se olharmos apenas para os recursos financeiros, em vez de considerarmos as vidas que as pessoas conseguem levar. 

      Ao avaliarmos nossas vidas, há razões para estarmos interessados na liberdade que realmente temos para escolher entre diferentes estilos de vida. O reconhecimento de que a liberdade é importante também pode ampliar nossa responsabilidade. Poderíamos usar nossa liberdade para investir em muitos objetivos que não são parte de nossas próprias vidas em um sentido restrito (por exemplo, a preservação de espécies ameaçadas). Trata-se de um tema importante na abordagem de questões como o desenvolvimento sustentável.


(Adaptado de Amartya Sen. A ideia de Justiça. São Paulo, Cia. das Letras, 2011. p.259-61)

Segundo o texto,
Alternativas
Q630219 Português

                                     Texto I


      A natureza das vidas que as pessoas podem levar tem sido objeto de atenção dos analistas sociais ao longo da história. Mesmo que os principais índices econômicos do progresso tendam a se concentrar no melhoramento de objetos inanimados de conveniência (por exemplo, no produto interno bruto, PIB), essa concentração poderia ser justificada, em última instância, apenas através do que esses objetos produzem nas vidas humanas que podem direta ou indiretamente influenciar. Temos excelentes razões para não confundir os meios com os fins, e para não considerarmos os rendimentos e a opulência como importantes em si, em vez de valorizá-los pelo que ajudam as pessoas a realizar, incluindo uma vida boa e que valha a pena.

      A opulência econômica e a liberdade substantiva, embora não sejam desconectadas, frequentemente podem divergir. Mesmo com relação à liberdade de viver vidas longas (livres de doenças evitáveis), é notável que o grau de privação de grupos socialmente desfavorecidos em países muito ricos pode ser comparável ao das regiões mais pobres. A liberdade de evitar a morte prematura é incrementada por uma renda elevada (isso não se discute), mas ela também depende de outros fatores, em particular da organização social, incluindo a saúde pública e a garantia de assistência médica. Faz diferença se olharmos apenas para os recursos financeiros, em vez de considerarmos as vidas que as pessoas conseguem levar. 

      Ao avaliarmos nossas vidas, há razões para estarmos interessados na liberdade que realmente temos para escolher entre diferentes estilos de vida. O reconhecimento de que a liberdade é importante também pode ampliar nossa responsabilidade. Poderíamos usar nossa liberdade para investir em muitos objetivos que não são parte de nossas próprias vidas em um sentido restrito (por exemplo, a preservação de espécies ameaçadas). Trata-se de um tema importante na abordagem de questões como o desenvolvimento sustentável.


(Adaptado de Amartya Sen. A ideia de Justiça. São Paulo, Cia. das Letras, 2011. p.259-61)

O principal assunto do texto está expresso no seguinte segmento:
Alternativas
Q630220 Português

                                     Texto I


      A natureza das vidas que as pessoas podem levar tem sido objeto de atenção dos analistas sociais ao longo da história. Mesmo que os principais índices econômicos do progresso tendam a se concentrar no melhoramento de objetos inanimados de conveniência (por exemplo, no produto interno bruto, PIB), essa concentração poderia ser justificada, em última instância, apenas através do que esses objetos produzem nas vidas humanas que podem direta ou indiretamente influenciar. Temos excelentes razões para não confundir os meios com os fins, e para não considerarmos os rendimentos e a opulência como importantes em si, em vez de valorizá-los pelo que ajudam as pessoas a realizar, incluindo uma vida boa e que valha a pena.

      A opulência econômica e a liberdade substantiva, embora não sejam desconectadas, frequentemente podem divergir. Mesmo com relação à liberdade de viver vidas longas (livres de doenças evitáveis), é notável que o grau de privação de grupos socialmente desfavorecidos em países muito ricos pode ser comparável ao das regiões mais pobres. A liberdade de evitar a morte prematura é incrementada por uma renda elevada (isso não se discute), mas ela também depende de outros fatores, em particular da organização social, incluindo a saúde pública e a garantia de assistência médica. Faz diferença se olharmos apenas para os recursos financeiros, em vez de considerarmos as vidas que as pessoas conseguem levar. 

      Ao avaliarmos nossas vidas, há razões para estarmos interessados na liberdade que realmente temos para escolher entre diferentes estilos de vida. O reconhecimento de que a liberdade é importante também pode ampliar nossa responsabilidade. Poderíamos usar nossa liberdade para investir em muitos objetivos que não são parte de nossas próprias vidas em um sentido restrito (por exemplo, a preservação de espécies ameaçadas). Trata-se de um tema importante na abordagem de questões como o desenvolvimento sustentável.


(Adaptado de Amartya Sen. A ideia de Justiça. São Paulo, Cia. das Letras, 2011. p.259-61)

Temos excelentes razões para não confundir os meios com os fins, e para não considerarmos os rendimentos e a opulência como importantes em si, em vez de valorizá-los pelo que ajudam as pessoas a realizar... (1° parágrafo)


Com o uso do pronome grifado acima, evita-se a desnecessária repetição de

Alternativas
Q630221 Português

                                     Texto I


      A natureza das vidas que as pessoas podem levar tem sido objeto de atenção dos analistas sociais ao longo da história. Mesmo que os principais índices econômicos do progresso tendam a se concentrar no melhoramento de objetos inanimados de conveniência (por exemplo, no produto interno bruto, PIB), essa concentração poderia ser justificada, em última instância, apenas através do que esses objetos produzem nas vidas humanas que podem direta ou indiretamente influenciar. Temos excelentes razões para não confundir os meios com os fins, e para não considerarmos os rendimentos e a opulência como importantes em si, em vez de valorizá-los pelo que ajudam as pessoas a realizar, incluindo uma vida boa e que valha a pena.

      A opulência econômica e a liberdade substantiva, embora não sejam desconectadas, frequentemente podem divergir. Mesmo com relação à liberdade de viver vidas longas (livres de doenças evitáveis), é notável que o grau de privação de grupos socialmente desfavorecidos em países muito ricos pode ser comparável ao das regiões mais pobres. A liberdade de evitar a morte prematura é incrementada por uma renda elevada (isso não se discute), mas ela também depende de outros fatores, em particular da organização social, incluindo a saúde pública e a garantia de assistência médica. Faz diferença se olharmos apenas para os recursos financeiros, em vez de considerarmos as vidas que as pessoas conseguem levar. 

      Ao avaliarmos nossas vidas, há razões para estarmos interessados na liberdade que realmente temos para escolher entre diferentes estilos de vida. O reconhecimento de que a liberdade é importante também pode ampliar nossa responsabilidade. Poderíamos usar nossa liberdade para investir em muitos objetivos que não são parte de nossas próprias vidas em um sentido restrito (por exemplo, a preservação de espécies ameaçadas). Trata-se de um tema importante na abordagem de questões como o desenvolvimento sustentável.


(Adaptado de Amartya Sen. A ideia de Justiça. São Paulo, Cia. das Letras, 2011. p.259-61)

Poderíamos usar nossa liberdade para investir em muitos objetivos que não são parte de nossas próprias vidas em um sentido restrito.


A frase acima se encontra corretamente reescrita na voz passiva em: 

Alternativas
Q630222 Português

                                     Texto I


      A natureza das vidas que as pessoas podem levar tem sido objeto de atenção dos analistas sociais ao longo da história. Mesmo que os principais índices econômicos do progresso tendam a se concentrar no melhoramento de objetos inanimados de conveniência (por exemplo, no produto interno bruto, PIB), essa concentração poderia ser justificada, em última instância, apenas através do que esses objetos produzem nas vidas humanas que podem direta ou indiretamente influenciar. Temos excelentes razões para não confundir os meios com os fins, e para não considerarmos os rendimentos e a opulência como importantes em si, em vez de valorizá-los pelo que ajudam as pessoas a realizar, incluindo uma vida boa e que valha a pena.

      A opulência econômica e a liberdade substantiva, embora não sejam desconectadas, frequentemente podem divergir. Mesmo com relação à liberdade de viver vidas longas (livres de doenças evitáveis), é notável que o grau de privação de grupos socialmente desfavorecidos em países muito ricos pode ser comparável ao das regiões mais pobres. A liberdade de evitar a morte prematura é incrementada por uma renda elevada (isso não se discute), mas ela também depende de outros fatores, em particular da organização social, incluindo a saúde pública e a garantia de assistência médica. Faz diferença se olharmos apenas para os recursos financeiros, em vez de considerarmos as vidas que as pessoas conseguem levar. 

      Ao avaliarmos nossas vidas, há razões para estarmos interessados na liberdade que realmente temos para escolher entre diferentes estilos de vida. O reconhecimento de que a liberdade é importante também pode ampliar nossa responsabilidade. Poderíamos usar nossa liberdade para investir em muitos objetivos que não são parte de nossas próprias vidas em um sentido restrito (por exemplo, a preservação de espécies ameaçadas). Trata-se de um tema importante na abordagem de questões como o desenvolvimento sustentável.


(Adaptado de Amartya Sen. A ideia de Justiça. São Paulo, Cia. das Letras, 2011. p.259-61)

                                      Texto II


      Em uma entrevista, o professor de economia José Eli da Veiga afirmou: “O PIB usado como indicador de qualidade de vida, de bem-estar, de prosperidade, de progresso é um equívoco. Um país do Oriente Médio, com PIB muito alto porque tem petróleo, pode apresentar maus indicadores em educação, pelo fato de discriminar as mulheres. Quando se substitui uma energia fóssil por uma renovável, o tamanho da economia pode não estar aumentando, necessariamente, mas a sociedade está melhorando.”


(http://www.institutoagropolos.org.br/blog/editorias/categoria/ noticias/pib-para-medir-qualidade-de-vida-e-um-equivoco-total, com adaptações. Acessado em 12/10/11) 


I. Se comparadas, as opiniões expostas no Texto I e as de José Eli da Veiga apresentam grande semelhança a respeito da ocasional divergência entre os indicadores abstratos de riqueza e a real qualidade de vida das pessoas.

II. Ao contrapor a discriminação das mulheres à prosperidade advinda da exploração do petróleo no Oriente Médio, para exemplificar o seu ponto de vista, José Eli da Veiga adota um posicionamento semelhante ao daquele expresso no Texto I quanto aos efeitos nem sempre positivos da riqueza de um país sobre a qualidade de vida de seu povo.

III. Para José Eli da Veiga, ações que se traduzam em um desenvolvimento sustentável constituem o meio mais eficaz para aumentar o poderio econômico e, portanto, a qualidade de vida da população de uma determinada nação.


Está correto o que se afirma SOMENTE em 

Alternativas
Q630223 Raciocínio Lógico
Se 5 homens, com a mesma capacidade de trabalho, produzem 5 m2 de tecido em 5 minutos, quantos homens, com a mesma capacidade de trabalho dos primeiros, produzirão 45 m2 do mesmo tecido em 15 minutos?
Alternativas
Q630224 Raciocínio Lógico
Leonardo doou a seus 4 filhos todos os livros raros de sua biblioteca. Ao mais velho, doou 1/4 do total desses livros e mais a quarta parte de um desses livros; ao segundo, 1/3 do número de livros restantes e mais a terça parte de um desses livros; ao terceiro, doou 1/2 do novo resto e mais a metade de um desses livros; ao último, igualmente, doou 1/2 da nova sobra e mais a metade de um desses livros, ficando então sem nenhum livro raro. Quantos livros raros Leonardo possuía em sua biblioteca? (Como livros raros são valiosos e é evidente que nenhum deles foi partido, essa redação expressa uma equivalência.)
Alternativas
Q630225 Raciocínio Lógico
Um relógio faz coincidir os ponteiros de minuto e hora, exatamente um sobre o outro, a cada 65 minutos. Reflita sobre essa situação e assinale a opção correta.
Alternativas
Q630226 Raciocínio Lógico
No País dos Números, onde todos os habitantes pertencem apenas ao sistema decimal de numeração, dois algarismos não nulos, “a” e “b”, passeavam a uma velocidade constante. Às 16h:01min, já haviam percorrido “ab” metros; às 16h:43min, “ba” metros e às 17h:01min, “a0b” metros” (note que o algarismo das dezenas é zero). Com base nessas informações, é correto afirmar que tal passeio iniciou-se às
Alternativas
Q630227 Raciocínio Lógico

Aldo, Bia e Carlota foram passear num belo parque gramado e logo notaram que o caminho a ser percorrido era composto de lajotas espaçadas entre si e numeradas sucessivamente por 1, 2, 3, ... . Considere as seguintes declarações, que cada um deles fez: 


Aldo: − Todas as segundas lajotas, contadas a partir daquelas marcadas com um múltiplo de 3 possuem uma faixa vermelha.

Bia: − Isso é curioso, pois se observarmos todas as segundas lajotas, contadas a partir daquelas marcadas com um múltiplo de 5, veremos que possuem uma faixa preta.

Carlota: − Já as que possuem uma faixa branca são todas as quintas lajotas que sucedem aquelas marcadas com um múltiplo de 7.


Com base nessas declarações, é correto concluir que as três primeiras lajotas tricolores são as de números 

Alternativas
Respostas
1: B
2: E
3: A
4: C
5: D
6: B
7: A
8: D
9: E
10: A
11: D
12: C
13: B
14: B
15: D
16: B
17: C
18: E
19: A
20: B