Questões de Concurso Público Prefeitura de Astolfo Dutra - MG 2023 para Fonoaudiólogo
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( ) Além das disfluências comuns, a fala pode ser interrompida pelas disfluências atípicas ou gagas, que são comportamentos característicos de indivíduos com gagueira. A gagueira é um distúrbio da fluência caracterizada por interrupções no fluxo da fala do indivíduo, impossibilitando, em alguns momentos, a produção da fala contínua, suave e sem esforço.
( ) A gagueira é uma desordem de aspecto multidimensional, na qual inúmeros fatores podem interferir no desenvolvimento da fluência infantil, como o histórico pré-peri-pós-natal, o histórico familial, o fator ambiental, assim como as capacidades linguísticas e cognitivas da criança. Assim, fatores biológicos, psicológicos e sociais interagem de uma forma complexa nesta desordem.
( ) Quanto à evolução clínica, a gagueira infantil mais frequentemente tem um desenvolvimento abrupto. Nos estágios iniciais, podem ocorrer períodos de remissão parcial, conferindo à gagueira infantil um caráter permanente. Embora possa haver uma recuperação espontânea (na minoria dos casos), quando isso não acontece, há a possibilidade de ocorrer o agravamento do quadro tanto de disfluências gagas quanto comuns. A criança pré-escolar com gagueira pode apresentar tensões faciais e/ou corporais. Movimentos corporais associados podem surgir e se intensificar com a evolução da gagueira, o que não é observado nas disfluências comuns.
A sequência está correta em
( ) O paciente neurológico pode apresentar diversas alterações de sensibilidade, em sua maioria, restritas à região intraoral. A sensibilidade é um aspecto importante a ser considerado durante a terapia do paciente com disfagia, pois se a mobilidade do sistema estomatognático é eficaz para preparar o bolo alimentar, a aferência dos estímulos não influencia no tempo de trânsito oral ou mesmo no desencadeamento da deglutição.
( ) No momento da deglutição, há movimentação das paredes laterais e posterior de faringe, pela contração de seus músculos constritores, promovendo o alongamento da faringe e a medialização de suas paredes. Este mecanismo, além de aumentar a pressão na câmara faríngea, empurra dinamicamente o bolo alimentar em direção ao esôfago. Por se tratar de movimentos presentes em uma fase involuntária da deglutição, não há exercícios que auxiliem nesta movimentação e favoreçam uma movimentação mais adequada e ágil do paciente ao engolir, cabendo ao profissional direcionar suas ações apenas para a fase oral da deglutição.
( ) A conjunção de movimentos de elevação e anteriorização do complexo hiolaríngeo é um dos mecanismos que garantem a proteção das vias aéreas. É possível, de certa forma, trabalhar a movimentação laríngea por meio de exercícios que utilizam a fonação, tais como: curvas melódicas e agudos com protrusão exagerada de língua.
( ) O fechamento glótico adequado, fisiologicamente determinado pela ação dos músculos adutores da laringe – tireoaritenoideos, cricoaritenoideos laterais e ariaritenoideos, é também um importante mecanismo de defesa de vias aéreas. Assim, exercícios vocais para adução glótica podem contribuir para o processo de reabilitação das disfagias, se realizados de forma criteriosa e com enfoque funcional e dinâmico.
A sequência está correta em
I. Crianças com paralisia cerebral frequentemente apresentam aumento do tempo de preparo e de trânsito oral, ocasionando maior gasto energético durante a ingestão oral, prejudicando a manutenção e o ganho de peso na criança. Diante da alta incidência em paciente com paralisia cerebral, o tempo de preparo e de trânsito oral não pode ser um indicador da gravidade da disfagia, apesar de estar mais aumentado naquelas com maior comprometimento motor.
II. O maior conhecimento frente às correlações dos achados de deglutição com as demais alterações motoras em pacientes com paralisia cerebral pode facilitar as condutas da equipe. A incidência de disfagia em todos os níveis de comprometimento motor global demonstra a necessidade de rastrear a deglutição em todos os pacientes com paralisia cerebral, independentemente da presença de queixas alimentares e/ou de quadros motores mais graves.
III. A distribuição da gravidade da deglutição em relação ao nível motor evidencia tendência de piora da disfagia de acordo com a piora nos níveis de comprometimento motor global. Espera-se maior incidência de disfagia grave para líquidos em crianças com maior comprometimento motor.
Está correto o que se afirma apenas em