Questões de Concurso Público Prefeitura de Pouso Alegre - MG 2024 para Professor PIII - História
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O arrocho salarial foi a política efetivada pelo ciclo ditatorial. O caráter de classe do regime ditatorial pode ser percebido como o Executivo Federal tratou os reajustes salariais. A fixação dos reajustes foi utilizada como instrumento de maximização da exploração da força de trabalho, um meio para realizar a “acumulação predatória” (pagamento de salários abaixo do valor da força de trabalho). “Tratou-se de uma política salarial dirigida abertamente contra a massa da classe trabalhadora, em especial a classe operária, sobre a qual se descarregou o custo decisivo da ‘estabilização econômica’: com o arrocho, garantiu a superexploração dos trabalhadores para a multiplicação dos lucros capitalistas”.
(Netto, 2014, p. 92.)
O arrocho salarial a que se refere o excerto, em pleno regime ditatorial militar no Brasil, fez parte de outras medidas que
contextualizaram o chamado “milagre econômico”, tais como:
Principal polo de comércio popular do país, a Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, evoca uma data cujo significado é bem menos conhecido: nesse dia, há 200 anos, D. Pedro I outorgou a primeira Constituição do Brasil. Foi a Carta Magna de maior duração até hoje, das sete que tivemos. Ao ser revogada pelo governo republicano, em 1889, após 65 anos, era a segunda Constituição escrita mais antiga do mundo, superada apenas pela dos Estados Unidos.
(Disponível em: https://revistapb.com.br/historia/duzentos-anos-da-primeira-constituicao-do-brasil/. Acesso em: janeiro de 2024.)
Dentre as características dessa Constituição, assinale a afirmativa correta.
O objetivo da história é dar sentido ao passado; é conhecer e compreender não para contemplar um passado morto, mas para agir, para libertar consciências, para dar força às forças do progresso, para identificar e integrar o país com sua história e seu futuro, essa é toda a tarefa da história.
(Rodrigues. 1984, p. 39.)
O excerto anterior apresenta uma perspectiva acerca do que seria, de fato, a história. Dessa forma, a metodologia do ensino da história precisa
Os constantes desafios que se interiorizam no âmbito da ordem internacional vêm modulando a forma como governos, empresas, sociedade civil e centros de pensamento estão se relacionando. Em um mundo cada vez mais multifacetado, o monopólio da política externa já não cabe mais como instrumento de competência exclusiva de entidades governamentais, seja em seu aspecto de formulação ou em aspecto decisório.
(Lafer. 2001.)
Alguns temas estruturais fazem parte da agenda de debates e das preocupações especificamente do Brasil, tais como:
Entre os ciclos de “expansão e destruição da riqueza”, a partir da Primeira Guerra Mundial, o padrão de acumulação reposicionou os protagonistas no cenário econômico e político mundial. A Inglaterra perdeu seu caráter de exportador de capitais, ao passo que os Estados Unidos assumiram essa posição, expandindo investimentos externos e exportando capitais, também para a América Latina, e construindo “zonas de influência”.
(GRANDI, Guilherme; FALEIROS, Rogério N. (Orgs.), 2020.)
Nesse contexto, a situação do Brasil especificamente:
A colonização da América protagonizou a consolidação do novo padrão de poder mundial e a classificação racial da população mundial como elemento fundamental à dominação colonial. Um sistema de poder mundial que constitui a globalização hoje em curso e que está intrinsecamente relacionado com a colonização da América e transformações nos modos de vida, territórios e identidades dos povos e comunidades tradicionais.
(QUIJANO. 2005.)
No processo de colonização da América, alguns elementos estiveram presentes, a saber:
“Era dos trens”: por que o Brasil trocou as ferrovias por rodovias? Governo atual diz trabalhar em para retomar as ferrovias no país. Os planos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o transporte ferroviário estão gerando burburinho, seja entre os céticos ou otimistas. Há poucas semanas, Lula anunciou que o governo está trabalhando em um projeto para expandir a malha ferroviária do país, aumentando a circulação de trens para carga e, especialmente, passageiros.
(Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br. Acesso em: fevereiro de 2024.)
Sobre a história das ferrovias no Brasil, assinale a afirmativa correta.
A proteção do ser humano contra todas as formas de dominação ou do poder arbitrário é da essência do direito internacional e dos direitos humanos. Orientado essencialmente à proteção das vítimas, reais (diretas e indiretas) e potenciais, regula as relações entre desiguais, para os fins de proteção, e é dotado de autonomia e especificidade própria. É preciso estudar as nuances do conceito e do discurso dos direitos humanos para saber se eles de fato existem, se consistem em mera retórica ou se se encontram no meio, ou seja, entre a existência e a retórica.
(Trindade. 2007, p. 210.)
É fato irrefutável a importância teórica e prática do conceito de direitos humanos. A sua abordagem pode ser feita a partir de uma enorme gama de perspectivas, enfoques e disciplinas, pois:
De um lado, na sua estrutura, um organismo meramente produtor, e constituído só para isto: um pequeno número de empresários dirigentes que senhoreiam tudo, e a grande massa da população que lhe serve de mão de obra. Doutro lado, no funcionamento, um fornecedor do comércio internacional dos gêneros que este reclama e de que ela dispõe. Finalmente, na sua evolução, e como consequência daquelas feições, a exploração extensiva e simplesmente especuladora, instável no tempo e no espaço, dos recursos naturais do país.
(Prado Júnior. 2001, p. 123.)
Os estudos de Caio Prado Júnior formaram a base, por muito tempo, para o entendimento do período colonial brasileiro, marcando presença em grande parte dos livros didáticos. Para ele:
Por parte dos escritores e intelectuais brasileiros, apesar de reconhecerem a herança ibérica e católica que o Brasil e a América Espanhola têm em comum, também estavam cientes das diferenças que os separavam. O importante é que nenhum dos políticos, intelectuais e escritores hispano-americanos que primeiro utilizaram a expressão “América Latina”, e nem seus equivalentes franceses e espanhóis, incluíam nela o Brasil. “América Latina” era simplesmente outro nome para América Española.
(José Verissimo, 1998.)
Dentre algumas diferenças entre o Brasil e os demais países da América Latina no início da organização de seus estados, podemos apontar:
Como a nossa sociedade sofre um ritmo intenso de modificações, a escola e o ensino de história, em especial, deve acompanhar esse processo sob pena de transmitir conhecimentos já ultrapassados. Para isto deve incorporar os temas e as inovações tecnológicas com que os alunos já lidam no seu cotidiano. Constitui-se hoje, para os educadores do ensino fundamental e médio, um desafio muito grande ensinar alunos que têm contato cada vez maior com os meios de comunicação e sofrem a influência da televisão, rádio, jornal, vídeogames, [...] computador, redes de informações e etc.
(Ferreira. 1999, p. 144.)
Discutir a respeito da utilização das novas tecnologias da informação e da comunicação no ensino de história, embora não seja mais novidade, é pertinente e necessário. Nesse contexto de evolução informacional constante:
Samba-Enredo 2024 – Glória ao Almirante Negro:
(Disponível em: https://www.letras.mus.br/gres-paraiso-do-tuiuti/. Acesso em: fevereiro de 2024.)
Desde que a Grã-Bretanha tomou posse das Ilhas Malvinas ou Falklands, em 1833, ao expulsar a base naval argentina ali instalada, a Argentina passou a reivindicar a devolução desse território insular. Os próprios britânicos questionavam, a princípio, os títulos jurídicos que lhes embasavam a possessão do arquipélago: as investidas inglesas na América do Sul se repetiram depois do fim das guerras napoleônicas (em 1815), chegando até as Malvinas em 1833. O duque de Wellington, vencedor de Napoleão em Waterloo, porém, havia escrito:
“Revi os papéis concernentes às ilhas Falkland. De nenhum modo me fica claro que tenhamos algum dia possuído soberania sobre essas ilhas”. A soberania sobre as ilhas foi causa de um enfrentamento armado entre os dois países em 1982, a Guerra das Malvinas.”
(Disponível em: https://funag.gov.br/loja. Acesso em: fevereiro de 2024.)
Nos dias atuais, as Ilhas Malvinas:
O desejo e o prazer de compreender, de explicar a realidade, de questionar para procurar alternativas, de conhecer para agir conscientemente são, sem dúvida, fatores poderosos na formação de indivíduos responsáveis e intervenientes. Não foi decerto por acaso que os regimes totalitários declaram morte à cultura e reduziram drasticamente o tempo de escolaridade e o acesso ao saber.
(Roldão apud Proença, 1999, p. 25-26.)
O ensino de história contribui para o crescimento pessoal e social de cada indivíduo não apenas pelo conteúdo do saber histórico, mas também pela metodologia adotada. Nesse sentido: