Questões de Concurso Público Prefeitura de Esmeraldas - MG 2016 para Técnico em Nível Superior em Biblioteconomia
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Leia o texto a seguir para responder à questão.
TEXTO I
O porquê da leitura
Depois que se aprende a decodificar aqueles sinais que significam um som e formam palavras, surge logo a vontade de se absorver tudo o que está ao redor. Assim começa a tentativa de leitura do que diz no ônibus, na revista, na placa, até o momento da automação, onde se passa à decodificação de todos os códigos alfabéticos automaticamente; é como se o olho buscasse palavras, numa ânsia de saber cada vez mais.
Manguel (1997, p. 340) sublinha que lemos pelo prazer da leitura, e não apenas por decodificar aqueles sinais, buscamos seus significados e suas essências e a leitura é o meio de consegui-lo. Atualmente há vários tipos de leitores, que leem por diferentes motivos. Por exemplo, alguns leem quando esperam: seja na parada do ônibus, na fila do banco, no serviço quando não há tarefas a realizar; resumindo, para fazer o tempo passar mais depressa; outros leem por obrigação, para passar na prova ou para aprender alguma coisa nova da profissão, e ainda há aqueles que o fazem para viajar sem sair do lugar, para se envolver numa outra história, conhecer novas “pessoas”.
Lucia Santaella identifica três tipos de leitores através dos tipos de “habilidades sensoriais, perceptivas e cognitivas que estão envolvidas nos processos e no ato de ler” (Santaella, 2005, p. 10). Essas maneiras distintas de ler surgem no decorrer da história junto com as tecnologias que influenciam o comportamento do homem. Apesar de cada tipo aparecer em períodos seqüenciais, Santaella adverte que o surgimento de um não implica o desaparecimento do outro. “Ao contrário, não parece haver nada mais cumulativo do que as conquistas da cultura humana” (Santaella, 2004, p. 11). Assim, no mundo contemporâneo podemos encontrar leitores contemplativos, moventes e imersivos. O leitor contemplativo ou meditativo surge no Renascimento e se mantém até o início do século XIX. O que caracteriza essa era é a imagem fixa, o livro impresso.
O leitor tem o tempo ao seu lado, podendo usufruir da obra o quanto e quando quiser. Ele a revisita sempre que tiver vontade, seja, buscando-a em sua estante, que está ao alcance de sua mão ou voltando-se à parede cujo quadro que desejava está exposto. Ele sabe que vai estar ali, disponível, para sempre e se deleita o quanto e quando quiser.
O leitor movente ou fragmentado nasce nos centros urbanos, na popularização do jornal e de outros signos da cidade. Este protagonista está sempre apressado, o tempo é curto e para ele as coisas são efêmeras, assim surge a necessidade de possuir uma “memória curta, mas ágil. É um leitor que precisa esquecer o que leu ou viu, pelo excesso de estímulos, e pela falta de tempo para absorver tudo que o rodeia. Um leitor de fragmentos, leitor de tiras de jornal e fatias de realidade” (Santaella, 2004, p. 10). A cidade é tomada por sinais que precisam ser identificados em alta velocidade, “O leitor do livro, leitor sem urgências, é substituído pelo leitor movente. Leitor de formas, (…) direções, traços, cores, leitor de luzes que se acendem e se apagam” (Santaella, 2004, p. 10).
Por fim, o leitor imersivo seria o leitor virtual. Ele não esbarra mais nas informações, ele as busca numa rede com diversas opções, a partir de um toque ou de um clique, não se atendo mais a seguir sequencialmente as páginas, mas criando novas sequências. Está consciente de que em cada nó dessa teia podem surgir diversas informações ou até mesmo podem ser construídas outras. É possível, inclusive, encontrar facilmente pessoas para discutir sobre um determinado assunto, ou até entrar-se em contato prontamente com o autor da história. Este leitor pode até revisitar o lugar onde já esteve, como fazia o leitor contemplativo, entretanto ele deve saber qual o caminho que o levou a esse lugar na primeira vez, para poder reencontrá-lo.
Atualmente esses três tipos de leitores convivem até mesmo dentro de uma mesma pessoa, porquanto se sabe que o ser humano tem a capacidade de adaptarse a situações novas e, para cada ocasião, elege um comportamento. Renato Ortiz, em Cultura e Modernidade, comenta que no século XIX, na França, com a modernização as pessoas já não tinham tanto tempo para apreciar as coisas belas da vida. Nos dias atuais o tempo parece passar ainda mais rápido, entretanto as pessoas estão aprendendo que precisam parar um pouco, descansar dessa dinamicidade que as rodeia e uma boa maneira de fazer isso é escolher um bom livro e se esquecer do mundo real.
(Disponível em: <http://www.escritoriodolivro.com.br/leitura/thais.php>. Acesso em: 11 nov. 2016. Adaptado)
Leia o texto a seguir para responder à questão.
TEXTO I
O porquê da leitura
Depois que se aprende a decodificar aqueles sinais que significam um som e formam palavras, surge logo a vontade de se absorver tudo o que está ao redor. Assim começa a tentativa de leitura do que diz no ônibus, na revista, na placa, até o momento da automação, onde se passa à decodificação de todos os códigos alfabéticos automaticamente; é como se o olho buscasse palavras, numa ânsia de saber cada vez mais.
Manguel (1997, p. 340) sublinha que lemos pelo prazer da leitura, e não apenas por decodificar aqueles sinais, buscamos seus significados e suas essências e a leitura é o meio de consegui-lo. Atualmente há vários tipos de leitores, que leem por diferentes motivos. Por exemplo, alguns leem quando esperam: seja na parada do ônibus, na fila do banco, no serviço quando não há tarefas a realizar; resumindo, para fazer o tempo passar mais depressa; outros leem por obrigação, para passar na prova ou para aprender alguma coisa nova da profissão, e ainda há aqueles que o fazem para viajar sem sair do lugar, para se envolver numa outra história, conhecer novas “pessoas”.
Lucia Santaella identifica três tipos de leitores através dos tipos de “habilidades sensoriais, perceptivas e cognitivas que estão envolvidas nos processos e no ato de ler” (Santaella, 2005, p. 10). Essas maneiras distintas de ler surgem no decorrer da história junto com as tecnologias que influenciam o comportamento do homem. Apesar de cada tipo aparecer em períodos seqüenciais, Santaella adverte que o surgimento de um não implica o desaparecimento do outro. “Ao contrário, não parece haver nada mais cumulativo do que as conquistas da cultura humana” (Santaella, 2004, p. 11). Assim, no mundo contemporâneo podemos encontrar leitores contemplativos, moventes e imersivos. O leitor contemplativo ou meditativo surge no Renascimento e se mantém até o início do século XIX. O que caracteriza essa era é a imagem fixa, o livro impresso.
O leitor tem o tempo ao seu lado, podendo usufruir da obra o quanto e quando quiser. Ele a revisita sempre que tiver vontade, seja, buscando-a em sua estante, que está ao alcance de sua mão ou voltando-se à parede cujo quadro que desejava está exposto. Ele sabe que vai estar ali, disponível, para sempre e se deleita o quanto e quando quiser.
O leitor movente ou fragmentado nasce nos centros urbanos, na popularização do jornal e de outros signos da cidade. Este protagonista está sempre apressado, o tempo é curto e para ele as coisas são efêmeras, assim surge a necessidade de possuir uma “memória curta, mas ágil. É um leitor que precisa esquecer o que leu ou viu, pelo excesso de estímulos, e pela falta de tempo para absorver tudo que o rodeia. Um leitor de fragmentos, leitor de tiras de jornal e fatias de realidade” (Santaella, 2004, p. 10). A cidade é tomada por sinais que precisam ser identificados em alta velocidade, “O leitor do livro, leitor sem urgências, é substituído pelo leitor movente. Leitor de formas, (…) direções, traços, cores, leitor de luzes que se acendem e se apagam” (Santaella, 2004, p. 10).
Por fim, o leitor imersivo seria o leitor virtual. Ele não esbarra mais nas informações, ele as busca numa rede com diversas opções, a partir de um toque ou de um clique, não se atendo mais a seguir sequencialmente as páginas, mas criando novas sequências. Está consciente de que em cada nó dessa teia podem surgir diversas informações ou até mesmo podem ser construídas outras. É possível, inclusive, encontrar facilmente pessoas para discutir sobre um determinado assunto, ou até entrar-se em contato prontamente com o autor da história. Este leitor pode até revisitar o lugar onde já esteve, como fazia o leitor contemplativo, entretanto ele deve saber qual o caminho que o levou a esse lugar na primeira vez, para poder reencontrá-lo.
Atualmente esses três tipos de leitores convivem até mesmo dentro de uma mesma pessoa, porquanto se sabe que o ser humano tem a capacidade de adaptarse a situações novas e, para cada ocasião, elege um comportamento. Renato Ortiz, em Cultura e Modernidade, comenta que no século XIX, na França, com a modernização as pessoas já não tinham tanto tempo para apreciar as coisas belas da vida. Nos dias atuais o tempo parece passar ainda mais rápido, entretanto as pessoas estão aprendendo que precisam parar um pouco, descansar dessa dinamicidade que as rodeia e uma boa maneira de fazer isso é escolher um bom livro e se esquecer do mundo real.
(Disponível em: <http://www.escritoriodolivro.com.br/leitura/thais.php>. Acesso em: 11 nov. 2016. Adaptado)
Sobre os tipos de comportamento leitor identificados no texto, analise as seguintes proposições.
I- Nascido no século XIV, o leitor contemplativo ou meditativo se caracteriza por ter acesso ao livro impresso e com liberdade para fruir a obra em qualquer circunstância.
II- O leitor movente sofre com a saturação de informações nos centros urbanos, sendo sua principal característica a absorção de informações fragmentadas.
III- Para o leitor imersivo, o ato da leitura caracterizase pela não linearidade e possibilidade de investir em novas interpretações visto que, a um toque, a leitura se expande através do mundo virtual.
São CORRETAS as afirmativas:
Leia o texto a seguir para responder à questão.
TEXTO I
O porquê da leitura
Depois que se aprende a decodificar aqueles sinais que significam um som e formam palavras, surge logo a vontade de se absorver tudo o que está ao redor. Assim começa a tentativa de leitura do que diz no ônibus, na revista, na placa, até o momento da automação, onde se passa à decodificação de todos os códigos alfabéticos automaticamente; é como se o olho buscasse palavras, numa ânsia de saber cada vez mais.
Manguel (1997, p. 340) sublinha que lemos pelo prazer da leitura, e não apenas por decodificar aqueles sinais, buscamos seus significados e suas essências e a leitura é o meio de consegui-lo. Atualmente há vários tipos de leitores, que leem por diferentes motivos. Por exemplo, alguns leem quando esperam: seja na parada do ônibus, na fila do banco, no serviço quando não há tarefas a realizar; resumindo, para fazer o tempo passar mais depressa; outros leem por obrigação, para passar na prova ou para aprender alguma coisa nova da profissão, e ainda há aqueles que o fazem para viajar sem sair do lugar, para se envolver numa outra história, conhecer novas “pessoas”.
Lucia Santaella identifica três tipos de leitores através dos tipos de “habilidades sensoriais, perceptivas e cognitivas que estão envolvidas nos processos e no ato de ler” (Santaella, 2005, p. 10). Essas maneiras distintas de ler surgem no decorrer da história junto com as tecnologias que influenciam o comportamento do homem. Apesar de cada tipo aparecer em períodos seqüenciais, Santaella adverte que o surgimento de um não implica o desaparecimento do outro. “Ao contrário, não parece haver nada mais cumulativo do que as conquistas da cultura humana” (Santaella, 2004, p. 11). Assim, no mundo contemporâneo podemos encontrar leitores contemplativos, moventes e imersivos. O leitor contemplativo ou meditativo surge no Renascimento e se mantém até o início do século XIX. O que caracteriza essa era é a imagem fixa, o livro impresso.
O leitor tem o tempo ao seu lado, podendo usufruir da obra o quanto e quando quiser. Ele a revisita sempre que tiver vontade, seja, buscando-a em sua estante, que está ao alcance de sua mão ou voltando-se à parede cujo quadro que desejava está exposto. Ele sabe que vai estar ali, disponível, para sempre e se deleita o quanto e quando quiser.
O leitor movente ou fragmentado nasce nos centros urbanos, na popularização do jornal e de outros signos da cidade. Este protagonista está sempre apressado, o tempo é curto e para ele as coisas são efêmeras, assim surge a necessidade de possuir uma “memória curta, mas ágil. É um leitor que precisa esquecer o que leu ou viu, pelo excesso de estímulos, e pela falta de tempo para absorver tudo que o rodeia. Um leitor de fragmentos, leitor de tiras de jornal e fatias de realidade” (Santaella, 2004, p. 10). A cidade é tomada por sinais que precisam ser identificados em alta velocidade, “O leitor do livro, leitor sem urgências, é substituído pelo leitor movente. Leitor de formas, (…) direções, traços, cores, leitor de luzes que se acendem e se apagam” (Santaella, 2004, p. 10).
Por fim, o leitor imersivo seria o leitor virtual. Ele não esbarra mais nas informações, ele as busca numa rede com diversas opções, a partir de um toque ou de um clique, não se atendo mais a seguir sequencialmente as páginas, mas criando novas sequências. Está consciente de que em cada nó dessa teia podem surgir diversas informações ou até mesmo podem ser construídas outras. É possível, inclusive, encontrar facilmente pessoas para discutir sobre um determinado assunto, ou até entrar-se em contato prontamente com o autor da história. Este leitor pode até revisitar o lugar onde já esteve, como fazia o leitor contemplativo, entretanto ele deve saber qual o caminho que o levou a esse lugar na primeira vez, para poder reencontrá-lo.
Atualmente esses três tipos de leitores convivem até mesmo dentro de uma mesma pessoa, porquanto se sabe que o ser humano tem a capacidade de adaptarse a situações novas e, para cada ocasião, elege um comportamento. Renato Ortiz, em Cultura e Modernidade, comenta que no século XIX, na França, com a modernização as pessoas já não tinham tanto tempo para apreciar as coisas belas da vida. Nos dias atuais o tempo parece passar ainda mais rápido, entretanto as pessoas estão aprendendo que precisam parar um pouco, descansar dessa dinamicidade que as rodeia e uma boa maneira de fazer isso é escolher um bom livro e se esquecer do mundo real.
(Disponível em: <http://www.escritoriodolivro.com.br/leitura/thais.php>. Acesso em: 11 nov. 2016. Adaptado)
TEXTO II
Analise as seguintes proposições assinalando (V) para as Verdadeiras e (F) para as Falsas sobre o TEXTO II.
( ) O texto pode ser identificado como um cartum que utiliza linguagem mista, ou seja, verbal e não verbal.
( ) A intertextualidade pode ser observada na retomada da obra de arte clássica “O pensador” de August Rodin (1840-1917), atualizando a expressão do homem atual imerso em um mundo digitalizado.
( ) O texto representa de maneira metafórica a imagem do “clicador” como uma ironia do expectador passivo diante da programação da televisão considerando que em suas mãos há um controle remoto.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
TEXTO III
UTOPIA
Como poderíamos nós, seres humanos vivendo no século 21, ser contaminados por uma utopia? Para que um “não lugar” nos interesse e entusiasme, é preciso que o “lugar” tenha seu mapa e que nos repugne. Ora, as sociedades atuais são porosas, costurando o cheio e o vazio numa trama esburacada pela mídia, pela televisão, pelas artes, pelo cinema, combinando num só momento o real e o ideal, o rejeitado e o aspirado.
Não mais nos reconhecemos nas utopias, mas tão só nos ideais ou nas profundezas da religião. Não é por isso que diminuíram as contradições entre os humanos. Pelo contrário, nunca houve tanta riqueza e tanta pobreza relativa, tanta proximidade e tanto afastamento. E a paz prometida pelos Estados está esgarçada pelo terrorismo, nova figura da guerra total.
Também esta afirmação precisa ser contrabalançada lembrando que o embaralhar do tópico e do utópico se faz de muitas maneiras, mais ou menos perversas, distribuído pelos diversos lugares do globo. Além disso, essa distribuição selvagem é coberta por uma rede digital que recolhe, transforma, conserva informações em nuvens, embaralhando a própria sequência tradicional do tempo. Mais do que tudo se desfazer no ar, a terra e o mundo é que encaroçam.
Nessas novas condições, aceitar a diversidade se torna imperativo para evitar o caos e a morte. Diversidade que requer maior proximidade entre os seres humanos e melhor distribuição dos pontos decisórios que só podem se ligar, então, por semelhanças de família; aquela que se tece, por exemplo, entre eu mesmo, meu filho e meu longínquo primo italiano. Semelhança que é a matriz da representação.
Por isso, ao menos nos sobra ainda, neste mundo contemporâneo encruado, a pressão por nossos ideais, pelos procedimentos de uma democracia representativa.
(GIANOTTI, José Artur. Disponível em: