Questões de Concurso Público JUCEPAR - PR 2017 para Administrador
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Considere a reportagem para responder à questão que segue.
O emaranhado de regras e procedimentos exigidos pela legislação faz com que as empresas brasileiras gastem, em média, 15 dias a mais do que as de outros países para exportar um produto. Pior, um estudo do Banco Mundial mostra que, no Brasil, as empresas perdem, em média, 2.600 horas para colocar em dia suas contas com o Fisco — três vezes mais que na Venezuela e 15 vezes mais que na União Europeia. (...)"Fala-se muito em custo da burocracia, mas há o fator tempo (que a burocracia impõe), que num cenário de juros altos traz ainda mais perdas à gestão financeira das empresas", disse Maria Alejandra Madi, da Unicamp.
Editor. Burocracia trava produtividade das empresas brasileiras. Época Negócios. 06/08/2015 10h19 - ATUALIZADA EM: 08/09/2015 14h09. Disponível em http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2015/08/ burocracia-trava-produtividade-das-empresas-brasileiras.html. Acesso em Set/2017.
A teoria da burocracia estava focada no entendimento das rotinas e estruturas organizacionais para explicar o comportamento
das organizações e sua dinâmica de gestão. Nessa teoria, um dos princípios burocráticos era de que a eficiência
organizacional era obtida pela uniformidade de rotinas e regulamentos, pois esses contribuem para a redução de
erros e custos. Contudo, com o tempo, vários princípios burocráticos adotados no sentido de alcançar eficiência, como
esse, acabaram por gerar ineficiências, como pode ser visto no texto. Isso ocorre porque o apego aos meios burocráticos
se tornou mecânico e a devida reflexão de sentido com os fins buscados deixou de ser observada, ocasionando o
que se chamou de disfunções burocráticas. São também, nessa ordem, princípios burocráticos e disfunções burocráticas
consequentes
“A falta de demanda por parte de indústrias e varejistas por soja certificada tem sido o gargalo para a expansão do setor, segundo a Mesa Redonda para a Soja Sustentável (RTRS). O custo maior do grão, devido à certificação e ao prêmio pago ao produtor, mantém a produção mundial da soja certificada oscilando entre 2 milhões a 3 milhões de toneladas. A associação pretende anunciar até o fim do ano novos modelos a fim de tornar o selo mais acessível -- sem reduzir exigências para a certificação --, a partir de observações feitas pelos próprios membros da RTRS”.
Barros, Betina. Falta de demanda limita crescimento do mercado de soja sustentável. Valor Econômico. 19/09/2017. Disponível em: http://www.valor.com.br/agro/5125314/falta-de-demanda-limita-crescimento-do-mercado-de-soja-sustentavel. Acesso em set/17.
Embora a sociedade esteja cada vez mais preocupada com a sustentabilidade e demandando ações das empresas
nesse sentido, a aquisição de produtos e serviços originados de processos sustentáveis tem apresentado ritmo lento
para estimular maior evolução da produção. Essa situação reflete bem o que pesquisadores como Katz e Kahn, representantes
da teoria dos sistemas, constataram sobre a interdependência entre as organizações e seus sistemas. Sobre
o entendimento dessa teoria, esse fato sobre a soja reforça o entendimento de que
“Plataformas digitais estão transformando os pipelines de negócios. Os modelos tradicionais de negócios estão tendo que se adaptar a essa nova realidade em que consumidores, fabricantes e fornecedores colaboram em plataformas digitais para desenvolver, vender e aprimorar produtos e serviços”.
Alstyne, Marshall W. Pipelines, Plataformas e novas regras de estratégia. HBR Brasil. Disponível em: http://hbrbr.uol.com.br/pipelines-plataformas-e-novas-regras-de-estrategia/ Acesso em set/17. (Adaptado)
Nesse movimento, gigantes do varejo como Walmart estão tendo que adotar o modelo de empresas de tecnologia, como
a Apple, para se lançar nos mercados digitais. O desafio nesse modelo de negócio está, além de novos processos internos
de trabalho e de liderança, em compreender os papéis dos diferentes atores e encontrar meios de orquestrar as participações,
mantendo suas vantagens competitivas seguras em meio à abertura para maior colaboração. Do outro lado, as
plataformas requerem dos agentes regulatórios maior flexibilização de regras anteriormente criadas para os pipelines para
controlar o funcionamento desses negócios, sem impedir sua evolução. Essa visão de novo modelo de negócio e desafios
regulatórios pode ser exemplificado pelo que atualmente está se observando com as discussões sobre
A onda do momento em termos de departamentalização das empresas é a organização em rede. As articulações setoriais, locais ou até mesmo internacionais têm se revelado importante trunfo para as organizações crescerem ou enfrentarem desafios competitivos ou de desenvolvimento de negócio que antes eram impossibilitados ou menos alcançáveis, dependendo do porte ou capacidade financeira da organização. Nessa modelagem, os departamentos não são mais internos, mas representados em outras organizações parceiras com competências complementares e que se dispõem a dividir os ganhos em troca do compartilhamento de recursos, da redução de riscos e de ampliação das chances de sucesso.
Considerando isso, no setor público, uma possibilidade de uso dessa nova forma de departamentalização e gestão que
apresenta os interesses e vantagens citados seria
A Petrobras anunciou, em fevereiro de 2016, que estava adotando uma nova estrutura organizacional e um novo modelo de gestão e governança da companhia. A nova estrutura seria uma resposta da empresa a atual realidade do setor de óleo e gás, que tem levado à organização a priorizar as atividades mais rentáveis para torna-la mais competitiva. Com a mudança, estima-se a redução de custos em R$ 1,8 bilhão por ano e a redução de 30% no número de funções gerenciais em áreas não operacionais. A companhia possui cerca de 7,5 mil funções gerenciais aprovadas, das quais 5,3 mil estão em áreas não operacionais. O plano prevê reduções da alta administração até as gerências mais operacionais.
Disponível em: http://www.opetroleo.com.br/petrobras-apresenta-novo-modelo-de-gestao/. Acesso em: 01/02/2016.
Processos de revisão de estruturas organizacionais, como os que ocorreram com a Petrobras, são muito comuns e visam
a adequar as decisões de agrupamento de atividades, serviços e coordenações para promover maior eficiência,
reduzir gastos e aumentar a autonomia de unidades de negócio que estão associadas a exigências de mercado diferentes.
São vários os modelos que podem ser adotados ou combinados entre si para atenderem aos objetivos organizacionais.
No caso da Petrobras, ela combinou dois deles, o divisional e o funcional. São características das estruturas
divisionais típicas: