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TEXTO 03
O incômodo com o meio literário
Adhailton Lacet Porto - Magistrado
Publicado em: 05/04/2021 03:00 Atualizado em: 04/04/2021 20:39
(I) Quando comecei a ler com regularidade, ainda na adolescência, fiz algumas leituras desordenadas, sem orientação, para as quais ainda não estava preparado, lendo de Thomas Mann a Hermann Hesse, sem entender patavina, mesmo assim segui em frente. Achava escritores pessoas encantadas, livres de defeitos, imunes a picuinhas. Via o chamado “meio literário”, como verdadeiro paraíso da cultura e das amizades recíprocas e ajuda mútua.
(II) Estava enganado. Foram os próprios escritores que emitiram suas opiniões sobre o tal “meio literário”. Alguns famosos, com textos traduzidos para vários idiomas, outros nem tanto. O jornal literário “Rascunho” formulou a seguinte indagação: “O que mais te incomoda no meio literário?” Eis as respostas:
(III) Raphael Montes: “O esnobismo, as picuinhas e a hierarquia entre a dita ‘alta literatura’ e a literatura popular, de gênero”. Já Tabajara Ruas foi enfático: “Não frequento”.
(IV) A pernambucana ganhadora do Jabuti 2020, poeta Cida Pedrosa foi objetiva e genial: O “ninguém me ama, ninguém me quer, ninguém me chama de Baudelaire”.
(V) Edney Silvestre: “A falta de reconhecimento e apoio a outros escritores brasileiros, à maneira que autores e músicos baianos fazem entre si, tal como os mineiros e gaúchos, dando sempre prioridade, inclusive em seus festivais, a autores de seus estados. Pergunte a um mineiro, um gaúcho ou um baiano qual o melhor escritor do país e verá: o citado será um conterrâneo”.
(VI) A poeta mineira Mônica de Aquino: “A necessidade atual, aumentada pelas redes sociais, de o próprio escritor fazer propaganda de si, de ser uma espécie de promoter e relações públicas, tendo que responder também a todos os acontecimentos públicos e políticos, em um engajamento obrigatório que, no entanto, muitas vezes não cria ou muda nada — já que falamos, nas redes, majoritariamente para quem já tem o pensamento próximo ao nosso”. Já o escritor vencedor do Jabuti 2020, categoria infantil, Otávio Júnior respondeu “A arrogância dos autores que não entendem o seu papel social no país, um país de não leitores”.
(VII) O escritor paulistano Tiago Ferro entende que no meio literário o incomoda a falta de um debate crítico. Por sua vez o carioca Maurício Lyrio, que também é diplomata assegura que “Convivo com o meio literário mais como diplomata do que como escritor. Como embaixador no México, me cabe promover a literatura brasileira, e tenho o prazer de juntar trabalho e arte apoiando a publicação de obras clássicas nossas, a participação de autores em eventos como a Feira de Guadalajara ou em leituras no Centro Cultural Brasil-México. Por ter outra profissão e não depender materialmente da literatura e de suas atividades (prêmios, bolsas, vendas), meu olhar talvez seja um pouco benigno em relação ao meio. Mas a verdade é que tenho mais prazer em conviver com o meio literário do que com muitos outros”.
(VIII) A curitibana radicada em São Paulo Sabina Anzuategui, que também ministra aula em oficina literária, disse que “Cresci apaixonada por livros, achando que escritores e editores eram pessoas especiais. Foi meio chocante descobrir que são pessoas como as outras. Por exemplo, amores literários não são recíprocos. Você pode adorar o livro de alguém, mas isso não significa que ele/a se interessará pelo seu”.
(IX) O carioca Paulo Lins que ficou bastante conhecido com o seu livro Cidade de Deus, também adaptado para o cinema e televisão, é outro que tem suas queixas: “São esses humanos que se acham melhores do que os outros. Acho ridículo gente que se acha importante porque é famosa. Também tenho bronca daqueles que se acham injustiçados”.
(X) Por esse pequeno mosaico podemos ver que a maioria dos profissionais da escrita carrega consigo um pouco de mágoa desse efervescente ambiente que é o literário. Tenho para mim que em outras profissões as queixas sobre o “meio” não diferem muito da dos literatos. Porque, como já disse o filósofo, sobre humanos, demasiadamente humanos.
(Acesso em 6 de abril de 2021 – com Adaptações).
https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/o
piniao/2021/04/o-incomodo- com-o-meio-literario.html
I. “Por esse pequeno mosaico podemos ver que a maioria dos profissionais da escrita carrega consigo um pouco de mágoa desse efervescente ambiente que é o literário. (décimo parágrafo)” - Há a possibilidade de acrescentar-se uma vírgula após “mosaico”, isolando assim um adjunto adverbial deslocado. II. “Por sua vez o carioca Maurício Lyrio, que também é diplomata assegura que [...]” (sétimo parágrafo)” – Nesse trecho, verificam as seguintes incorreções gramaticais: a ausência de sinal de vírgula, marcando o deslocamento do adjunto adverbial (“Por sua vez”); a ausência da vírgula após “diplomata”, gerando uma incorreção gramatical, uma vez que deixaria de marcar o oração adjetiva intercalada. III. O jornal literário “Rascunho” formulou a seguinte indagação: “O que mais te incomoda no meio literário?” (segundo parágrafo). - As aspas foram usadas em “Rascunho” e em “O que mais te incomoda no meio literários”, tendo por base a mesma regra, ou seja, pelo mesmo motivo.
Está(ão) CORRETA(s) a(s) afirmativa(s):
TEXTO 02
Portugal bate EUA e se torna favorito dos brasileiros que querem trabalhar no exterior
Segundo levantamento da consultoria BCG, Canadá e Angola também desbancaram país norte-americano.
6.abr.2021 às 11h35 - Bárbara Blum - SÃO PAULO
Portugal, Canadá e Angola são os três destinos preferidos dos brasileiros para trabalhar fora, de acordo com o levantamento global da consultoria BCG (Boston Consulting Group).
O ranking, feito desde 2014, sempre contava com liderança dos Estados Unidos – desbancado pelo Canadá a nível global pela primeira vez em 2020.
Os dados são da terceira edição do "Decoding Global Talent 2020", que teve participação de 209 mil pessoas de 190 países. As edições anteriores se referem aos anos de 2014 e 2018.
Em ambas, o Canadá ficou em terceiro lugar, atrás de EUA, em primeiro, e Alemanha e Reino Unido, segundos colocados em 2018 e 2014, respectivamente.
https://www1.folha.uol.com.br/sobretudo/carreiras/2
021/04/portugal-bate-eua-e-se-torna-favorito-dos-brasileiros-que-querem-trabalhar-no-exterior.shtml
(acesso em 11 /04/ 2021)
I. Portugal bate EUA e se torna favorito dos brasileiros que querem trabalhar no exterior. II. Segundo levantamento da consultoria BCG, Canadá e Angola também desbancaram país norte-americano. III. Portugal, Canadá e Angola são os três destinos preferidos dos brasileiros para trabalhar fora [...].
As palavras destacadas expressam, respectivamente, a relação de sentido de:
TEXTO 02
Portugal bate EUA e se torna favorito dos brasileiros que querem trabalhar no exterior
Segundo levantamento da consultoria BCG, Canadá e Angola também desbancaram país norte-americano.
6.abr.2021 às 11h35 - Bárbara Blum - SÃO PAULO
Portugal, Canadá e Angola são os três destinos preferidos dos brasileiros para trabalhar fora, de acordo com o levantamento global da consultoria BCG (Boston Consulting Group).
O ranking, feito desde 2014, sempre contava com liderança dos Estados Unidos – desbancado pelo Canadá a nível global pela primeira vez em 2020.
Os dados são da terceira edição do "Decoding Global Talent 2020", que teve participação de 209 mil pessoas de 190 países. As edições anteriores se referem aos anos de 2014 e 2018.
Em ambas, o Canadá ficou em terceiro lugar, atrás de EUA, em primeiro, e Alemanha e Reino Unido, segundos colocados em 2018 e 2014, respectivamente.
https://www1.folha.uol.com.br/sobretudo/carreiras/2
021/04/portugal-bate-eua-e-se-torna-favorito-dos-brasileiros-que-querem-trabalhar-no-exterior.shtml
(acesso em 11 /04/ 2021)
I. Em “Portugal, Canadá e Angola são os três destinos preferidos dos brasileiros [...]”, usa-se a vírgula para separar termos de mesma função sintática; no caso em questão, a função de aposto. II. Em “O ranking, feito desde 2014, sempre contava com liderança dos Estados Unidos [...]”, usam-se as vírgulas para separar uma oração reduzida. III. Em “Os dados são da terceira edição do "Decoding Global Talent 2020", que teve participação de 209 mil pessoas de 190 países.”, usa-se a vírgula para separar uma oração adjetiva explicativa.
Está(ão) CORRETA(s) a(s) afirmativa(s):
Observe a tirinha a seguir e julgue os itens:
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/#10/2/2021 . Acesso em: 20/04/2021
I. A preposição “de” (em “falando de política”) tem o valor semântico nocional (em específico, de assunto).
II. No último quadrinho, em relação às regras ortográficas atuais com o Novo Acordo Ortográfico, há um desvio.
III. O termo “uma coisa estranha” – objeto direto na oração em que figura – desempenha papel catafórico em relação ao termo “enjôo”, que aparece no segundo quadrinho.
Está(ão) CORRETA(s) a(s) afirmativa(s):
Observe a tirinha a seguir e julgue os itens:
(Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/ ilustrada/cartum/cartunsdiarios/#16/4/2021 Acesso em 20/04/2021)
I. Ocorre na tirinha falta de uniformidade de tratamento nas falas da personagem feminina nos dois primeiros quadrinhos.
II. A troca de fala efetuada pelo “Homem-Legenda” (parte inferior do segundo quadrinho) gera ambiguidade para o texto.
III. A opção feita pela personagem feminina, ao utilizar-se da expressão “Você que é vivido” – no lugar de “Você que é velho” –, denota uma intenção eufemística.
IV. O vocábulo “que” (em “Você que é vivido?) não exerce função sintática alguma, sendo considerado partícula expletiva (ou de realce).
Estão CORRETAS as afirmativas:
TEXTO 1
Leitura e escola
As situações de ensino, no formato oficinas de leitura, círculos literários, projetos de narrativas de ficção, sequências didáticas com diferentes gêneros na escola, dentre outras atividades, permitem, ou deveriam permitir a comunicação, o estar com o outro, a interlocução, a dialogia da leitura (...), o fazer-ser leitor em seus modos de ler, conhecendo seus princípios e operações ao/para ler variados escritos.
Quando às regras de concordância verbal, os verbos destacados (“permitem” e “deveriam”) estão no plural porque:
TEXTO 1
Leitura e escola
TEXTO 1
Leitura e escola
"Salve! Ó terra dos altos coqueiros!
De belezas soberbo estendal!
Nova Roma de bravos guerreiros
Pernambuco, imortal! Imortal!"
(Hino de Pernambuco)
O estado de Pernambuco teve sua história marcada por várias revoltas e revoluções. Sobre as revoltas e revoluções pernambucanas, assinale a alternativa CORRETA:
O Brasil viveu, durante 21 anos uma ditadura
Militar. Sobre o lento processo de abertura política
assinale a alternativa INCORRETA:
Em 15 de novembro de 1889, o Brasil se tornava
um Estado Republicano. Sobre os primeiros anos
da República Brasileira, é INCORRETO dizer que:
Em 22 de abril de 1500, segundo a historiografia oficial, o Brasil foi “descoberto” ou “achado”, como alguns historiadores gostam de referenciar. Sobre o período colonial do Brasil, analise as afirmativas abaixo:
I. Os primeiros anos da colonização portuguesa, em terras americanas deu-se de forma tímida, iniciando com o escambo de pau-brasil e sua consequente exploração.
II. O fracasso de todas as capitanias hereditárias tornou mais claros os problemas da precária administração colonial, tendo o Governo Geral representado um passo importante na organização administrativa da Colônia.
III. Os povos indígenas resistiram às várias formas de dominação, a exemplo das fugas, ou da recusa ao trabalho compulsório; diferentemente do escravo africano, os nativos conheciam bem o território, o que dificultou à captura.
IV. Com a Vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, em 1808, o governo de D. João V deu menor autonomia para o Brasil e criou condições para um reforço ao sistema colonial vigente.
V. Os engenhos movidos à água, por seu maior tamanho e produtividade, ficaram conhecidos como engenhos reais.
Assinale a alternativa CORRETA:
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é um documento normativo que especifica as leis que asseguram os direitos e deveres de crianças e adolescentes no Brasil. Foi com a sua promulgação em 1990 que as crianças passaram a serem reconhecidas como sujeitos de direitos ao atribuir à família, ao Estado e a sociedade responsabilidades pela sua proteção, uma vez que as crianças e jovens estão em pleno desenvolvimento físico, psicológico, moral e social.
ECA: Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 -
Brasília, DF: Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, 2019.
Disponível em: https://www.gov.br>pt-br>crianca-e-adolescente.
Assim, pautados pelos dispositivos legais do ECA expressos no Capítulo IV - Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer - Artigo 56, ao dispor que cabe aos dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicar ao Conselho Tutelar os casos de ameaça ou de violação aos direitos da criança e do adolescente, avalie as afirmações a seguir.
I. As dificuldades dos professores no controle com a indisciplina dos alunos.
II. Irregularidades no transporte escolar.
III. Maus-tratos envolvendo seus alunos.
IV. Reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares.
V. Elevados níveis de repetência.
É correto apenas o que se afirma em:
A escola que nos primórdios foi organizada para atender um determinado perfil de aluno, hoje se volta para uma demanda bastante diversificada que desafia e exige evoluções nas políticas vigentes da escola, como metodologias de ensino que possibilitem atender a todos sem distinção, o que implica mudanças nas práticas educativas, ainda com resquícios da escola tradicional no que tange à exclusão. Portanto, é preciso fazer da inclusão social uma realidade, para uma sociedade efetivamente democrática, na qual o acesso igualitário a oportunidades, valorização das diferenças e diversidades garantam a universalização dos direitos educacionais e sociais.
Revista Educação Especial | v. 31 | n. 60 | p. 81-92 | jan./mar. 2018 Santa Maria
Disponível em:https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial.
A partir das informações apresentadas, avalie as informações a seguir.
I. Quando os alunos com diversos níveis de deficiências estão numa sala inclusiva, eles podem aprender mais e melhor, assim como aos demais é dada a oportunidade de aprendizado, compreensão, respeito e convivência com as diferenças.
II. O desafio da escola inclusiva hoje é conferir ingresso e permanência a qualquer tipo de aluno e oferecer‐lhe respostas educativas de qualidade a partir do processo de segregação dos saberes.
III. Um ponto importante que precisa ser destacado para incluir alunos com deficiência está na qualificação da equipe de profissionais escolares e dos recursos pedagógicos.
IV. Quando se trata de alunos com deficiência, é preciso compreender que o processo de aprendizagem é possível dentro de sala de aula regular e modificar o pensamento excludente de que esses alunos não são capazes de estudar, conviver e aprender com os demais.
V. Incluir é reconhecer que existem outros de nós que precisam participar de todos os meios, seja profissional, educacional, social, independente das diferenças.
É correto o que se afirma em: