Questões de Concurso
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Amor é fogo que arde sem se ver
1 Amor é fogo que arde sem se ver,
2 é ferida que dói, e não se sente;
3 é um contentamento descontente,
4 é dor que desatina sem doer.
5 É um não querer mais que bem querer;
6 é um andar solitário entre a gente;
7 é nunca contentar-se de contente;
8 é um cuidar que ganha em se perder.
9 É querer estar preso por vontade;
10 é servir a quem vence, o vencedor;
11 é ter com quem nos mata, lealdade.
12 Mas como causar pode seu favor
13 nos corações humanos amizade,
14 se tão contrário a si é o mesmo Amor
Luís Vaz de Camões (1524-1580)
O poeta por meio da aproximação de palavras com sentidos iguais, nos traz uma série de afirmações sobre o amor que parecem ser idênticas.
Observe as tirinhas abaixo e responda:
A Estilística estuda os processos de manipulação da linguagem que
permitem a quem fala ou escreve sugerir conteúdos emotivos e intuitivos por
meio das palavras. Diante disso, marque a alternativa correta que apresenta as
figuras de linguagem no quadrinho 1 e 4:
O AÇÚCAR
1 O branco açúcar que adoçará meu café
2 nesta manhã de Ipanema
3 não foi produzido por mim
4 nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
5 Vejo-o puro
6 e afável ao paladar
7 como beijo de moça, água
8 na pele, flor
9 que se dissolve na boca. Mas este açúcar
10 não foi feito por mim.
11 Este açúcar veio
12 da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,
13 dono da mercearia.
14 Este açúcar veio
15 de uma usina de açúcar em Pernambuco
16 ou no Estado do Rio
17 e tampouco o fez o dono da usina.
18 Este açúcar era cana
19 e veio dos canaviais extensos
20 que não nascem por acaso
21 no regaço do vale.
22 Em lugares distantes, onde não há hospital
23 nem escola,
24 homens que não sabem ler e morrem de fome
25 aos 27 anos
26 plantaram e colheram a cana
27 que viraria açúcar.
28 Em usinas escuras,
29 homens de vida amarga e dura
30 produziram este açúcar branco e puro
31 com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
Ferreira Gullar, Disponível em < https://www.tudoepoema.com.br/ferreira-gullar-o-acucar/>, 04/07/2020.
O AÇÚCAR
1 O branco açúcar que adoçará meu café
2 nesta manhã de Ipanema
3 não foi produzido por mim
4 nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
5 Vejo-o puro
6 e afável ao paladar
7 como beijo de moça, água
8 na pele, flor
9 que se dissolve na boca. Mas este açúcar
10 não foi feito por mim.
11 Este açúcar veio
12 da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,
13 dono da mercearia.
14 Este açúcar veio
15 de uma usina de açúcar em Pernambuco
16 ou no Estado do Rio
17 e tampouco o fez o dono da usina.
18 Este açúcar era cana
19 e veio dos canaviais extensos
20 que não nascem por acaso
21 no regaço do vale.
22 Em lugares distantes, onde não há hospital
23 nem escola,
24 homens que não sabem ler e morrem de fome
25 aos 27 anos
26 plantaram e colheram a cana
27 que viraria açúcar.
28 Em usinas escuras,
29 homens de vida amarga e dura
30 produziram este açúcar branco e puro
31 com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
Ferreira Gullar, Disponível em < https://www.tudoepoema.com.br/ferreira-gullar-o-acucar/>, 04/07/2020.