Questões de História para Concurso
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De um lado, na sua estrutura, um organismo meramente produtor, e constituído só para isto: um pequeno número de empresários dirigentes que senhoreiam tudo, e a grande massa da população que lhe serve de mão de obra. Doutro lado, no funcionamento, um fornecedor do comércio internacional dos gêneros que este reclama e de que ela dispõe. Finalmente, na sua evolução, e como consequência daquelas feições, a exploração extensiva e simplesmente especuladora, instável no tempo e no espaço, dos recursos naturais do país.
(Prado Júnior. 2001, p. 123.)
Os estudos de Caio Prado Júnior formaram a base, por muito tempo, para o entendimento do período colonial brasileiro, marcando presença em grande parte dos livros didáticos. Para ele:
A proteção do ser humano contra todas as formas de dominação ou do poder arbitrário é da essência do direito internacional e dos direitos humanos. Orientado essencialmente à proteção das vítimas, reais (diretas e indiretas) e potenciais, regula as relações entre desiguais, para os fins de proteção, e é dotado de autonomia e especificidade própria. É preciso estudar as nuances do conceito e do discurso dos direitos humanos para saber se eles de fato existem, se consistem em mera retórica ou se se encontram no meio, ou seja, entre a existência e a retórica.
(Trindade. 2007, p. 210.)
É fato irrefutável a importância teórica e prática do conceito de direitos humanos. A sua abordagem pode ser feita a partir de uma enorme gama de perspectivas, enfoques e disciplinas, pois:
“Era dos trens”: por que o Brasil trocou as ferrovias por rodovias? Governo atual diz trabalhar em para retomar as ferrovias no país. Os planos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o transporte ferroviário estão gerando burburinho, seja entre os céticos ou otimistas. Há poucas semanas, Lula anunciou que o governo está trabalhando em um projeto para expandir a malha ferroviária do país, aumentando a circulação de trens para carga e, especialmente, passageiros.
(Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br. Acesso em: fevereiro de 2024.)
Sobre a história das ferrovias no Brasil, assinale a afirmativa correta.
A colonização da América protagonizou a consolidação do novo padrão de poder mundial e a classificação racial da população mundial como elemento fundamental à dominação colonial. Um sistema de poder mundial que constitui a globalização hoje em curso e que está intrinsecamente relacionado com a colonização da América e transformações nos modos de vida, territórios e identidades dos povos e comunidades tradicionais.
(QUIJANO. 2005.)
No processo de colonização da América, alguns elementos estiveram presentes, a saber:
Entre os ciclos de “expansão e destruição da riqueza”, a partir da Primeira Guerra Mundial, o padrão de acumulação reposicionou os protagonistas no cenário econômico e político mundial. A Inglaterra perdeu seu caráter de exportador de capitais, ao passo que os Estados Unidos assumiram essa posição, expandindo investimentos externos e exportando capitais, também para a América Latina, e construindo “zonas de influência”.
(GRANDI, Guilherme; FALEIROS, Rogério N. (Orgs.), 2020.)
Nesse contexto, a situação do Brasil especificamente:
Os constantes desafios que se interiorizam no âmbito da ordem internacional vêm modulando a forma como governos, empresas, sociedade civil e centros de pensamento estão se relacionando. Em um mundo cada vez mais multifacetado, o monopólio da política externa já não cabe mais como instrumento de competência exclusiva de entidades governamentais, seja em seu aspecto de formulação ou em aspecto decisório.
(Lafer. 2001.)
Alguns temas estruturais fazem parte da agenda de debates e das preocupações especificamente do Brasil, tais como:
O objetivo da história é dar sentido ao passado; é conhecer e compreender não para contemplar um passado morto, mas para agir, para libertar consciências, para dar força às forças do progresso, para identificar e integrar o país com sua história e seu futuro, essa é toda a tarefa da história.
(Rodrigues. 1984, p. 39.)
O excerto anterior apresenta uma perspectiva acerca do que seria, de fato, a história. Dessa forma, a metodologia do ensino da história precisa
Principal polo de comércio popular do país, a Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, evoca uma data cujo significado é bem menos conhecido: nesse dia, há 200 anos, D. Pedro I outorgou a primeira Constituição do Brasil. Foi a Carta Magna de maior duração até hoje, das sete que tivemos. Ao ser revogada pelo governo republicano, em 1889, após 65 anos, era a segunda Constituição escrita mais antiga do mundo, superada apenas pela dos Estados Unidos.
(Disponível em: https://revistapb.com.br/historia/duzentos-anos-da-primeira-constituicao-do-brasil/. Acesso em: janeiro de 2024.)
Dentre as características dessa Constituição, assinale a afirmativa correta.
O arrocho salarial foi a política efetivada pelo ciclo ditatorial. O caráter de classe do regime ditatorial pode ser percebido como o Executivo Federal tratou os reajustes salariais. A fixação dos reajustes foi utilizada como instrumento de maximização da exploração da força de trabalho, um meio para realizar a “acumulação predatória” (pagamento de salários abaixo do valor da força de trabalho). “Tratou-se de uma política salarial dirigida abertamente contra a massa da classe trabalhadora, em especial a classe operária, sobre a qual se descarregou o custo decisivo da ‘estabilização econômica’: com o arrocho, garantiu a superexploração dos trabalhadores para a multiplicação dos lucros capitalistas”.
(Netto, 2014, p. 92.)
O arrocho salarial a que se refere o excerto, em pleno regime ditatorial militar no Brasil, fez parte de outras medidas que
contextualizaram o chamado “milagre econômico”, tais como:
“Na base da pirâmide, o povo, na forma do dogma liberal, transmite o sangue e a vida, a energia e a legitimidade ao poder político. Dom Pedro I não esperou pela deliberação da Assembleia Constituinte para aceitar o cetro de imperador: sua qualidade deriva do ato do Ipiranga. Entre o rei e o povo não houve um pacto, discutido e concedido, mas a adesão ao líder e chefe, com o carisma sobreposto ao vínculo tradicional, legado pela dinastia de Bragança.”
Fonte: FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. Biblioteca Azul. 2012, p. 61.
Sobre a História do Estado brasileiro, há desde as origens do país uma profunda relação de desconexão entre a sociedade civil e as cortes no século XIX. Esse problema resume-se em
“Outros elementos de atração do positivismo eram a separação da Igreja e do Estado e a clara preferência da doutrina pela formação técnica, pela ciência e pelo desenvolvimento industrial. Em resumo, o positivismo, com sua ênfase na ação do Estado e na neutralização dos políticos tradicionais, continha uma fórmula de modernização conservadora do país, que era muito atraente para os militares.”
Fonte: FAUSTO, Boris. História do Brasil. Edusp, 2015, p. 199.
O momento que marca a transição e a incorporação do positivismo no Brasil é
“Na escala da evolução cultural, os povos Tupi davam os primeiros passos da revolução agrícola, superando assim a condição paleolítica, tal como ocorrera pela primeira vez, há 10 mil anos, com os povos do Velho Mundo. É de assinalar que eles o faziam por um caminho próprio, juntamente com outros povos da floresta tropical que haviam domesticado diversas plantas, retirando-as da condição selvagem para a de mantimento de seus roçados.”
Fonte: RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro. Global Editora, p. 26.
Comparando as duas matrizes originárias do Brasil précolombiano, a matriz tupi e a banto, assinale a alternativa correta de acordo com os conhecimentos agrícolas das duas civilizações.
Sobre a História da África, analise as afirmações a seguir e atribua V, caso verdadeira, ou F, caso falsa:
A sequência correta, no sentido de cima para baixo, é
A sequência correta, no sentido de cima para baixo, é
Tomando por referência o conceito cunhado pelo autor, analise as afirmações a seguir e atribua V, caso verdadeira, ou F, caso falsa:
A sequência correta, no sentido de cima para baixo, é
“O elemento demoníaco na acumulação capitalista, a busca ininterrupta e a busca de mais, além dos cálculos da racionalidade ou do propósito, a necessidade ou os extremos do luxo, tudo isso os encantava. Alguns de seus heróis mais característicos, Fausto e Don Juan, compartilhavam essa insaciável ganância com os bucaneiros do mundo dos negócios dos romances de Balzac.”
Fonte: HOBSBAWN, Eric. A Era das Revoluções. Paz e Terra, 2013, p. 281.
As articulações propostas por Hobsbawn, ao referenciar-se sobre a condição da humanidade moderna, implica considerar que
“Entretanto, o mais antigo testemunho de verdadeira conquista egípcia na Núbia é um documento de extrema importância, atualmente exposto no Jardim das Antiguidades do Museu Nacional do Sudão, em Cartum. Trata-se de uma cena gravada em placa de arenito, que se encontrava originariamente no cume de um pequeno outeiro conhecido como Djebel Sheikh Suliman, cerca de 11 km ao sul da cidade de Uadi Halfa, na margem esquerda do Nilo. Essa placa remonta ao reinado de Djer, o terceiro da I dinastia, como foi dito acima. A cena registra uma batalha no Nilo, travada pelo rei Djer contra os núbios.”
Fonte: MOKHTAR, Gamal. História Geral da África II: África Antiga. UNESCO, p. 240.
O período histórico africano a que se refere o trecho contempla os séculos
A sequência correta, no sentido de cima para baixo, é
“É natural que grandes populações sertanejas, de par com as que se constituíam no médio São Francisco, se formassem ali com a dosagem preponderante do sangue tapuia. E lá ficassem ablegadas, envolvendo em círculo apertado durante três séculos até à nossa idade, num abandono completo, de todo alheio aos nossos destinos, guardando intactas as tradições do passado.”
Fonte: CUNHA, Euclides. Os Sertões. Martin Claret, 2016, p. 127.
Das constatações tidas por E. Cunha durante suas incursões pelo sertão nordestino, a participação das matrizes tapuia
“O descobrimento do Brasil explica-se muito mais facilmente pela viagem de Vasco da Gama, pelas instruções que redigiu e pelo meio social. Como observa Peschel, Vasco da Gama, em sua primeira viagem para a Índia, passara por algum tempo ao longo das costas do Brasil, sem as reconhecer, pois, saindo do Cabo Verde a 3 de agosto de 1497, no dia 22 achava-se a 800 léguas da costa africana, isto é, a 45º ao ocidente do Sul da África. Se então não descobriu o Brasil, deve-se talvez a circunstâncias insignificantes, a menos que não o seja à resolução firme em que estava o grande nauta de não se divertir em outras empresas antes de dar conta da missão de que fora incumbido.”
Fonte: ABREU, Capistrano. O descobrimento do Brasil. Martins Fontes, 1999, p. 32.
Sobre a narrativa de Capistrano de Abreu (1999), o contexto sociohistórico de instalação portuguesa no futuro território brasileiro é