Questões de Concurso Sobre funções morfossintáticas da palavra que em português

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Q2154276 Português
A poluição nossa de cada dia 

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(Jorge Abrahão. Coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis,
organização realizadora da Rede Nossa São Paulo e do Programa Cidades
Sustentáveis. 22.mar.2023. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2023/03/a-poluicao-nossa-de-cada-dia.shtml)
Recentemente, a ONU anunciou estudo que (1) indica que (2) 99% das pessoas no mundo respiram ar poluído. (L.29-33)
As ocorrências do QUE no período acima, sublinhadas e numeradas, classificam-se, respectivamente, como 
Alternativas
Q2154043 Português
INSTRUÇÃO: A questão diz respeito ao texto 2. Leia-o atentamente para respondê-la.

Texto 2

 O homem, ser eminentemente social, precisa do convívio do seu semelhante, por intermédio da conversa. Com ela, nela, por ela, se alivia de muitos pesos que o esmagam; se descongestiona de muitas alegrias que não pode guardar apenas para si; se anima para cometimentos que, sem o aplauso alheio, nunca realizaria. O homem gosta de se comunicar: oralmente, se for possível; por escrito, na impossibilidade de o de fazer viva voz. E daí os milhões de jornais que circulam no mundo e os milhões de livros que andam nas mãos dos leitores curiosos de se informarem do que o seu próximo tem a exprimir, ainda que nem toda palavra escrita seja verdadeira.

       O bom conversador não faz apenas crepitar o espírito, a sólida cultura, a exata descrição e a narração do que viu. Conversa simultaneamente com a inteligência e com o corpo - particularmente com a fisionomia, por meio da viva expressão do olhar. Nele, além disso, a voz tem timbres comunicativos, e os gestos ganham vida eloquente.

     Não há uma conversa: há conversas. Cada interlocutor exige que lhe falemos de especial maneira, versando assuntos que o interessam, e numa linguagem que lhe seja perfeitamente acessível. [...] Devemos colocar o nosso interlocutor no seu lugar, no seu meio, no seu tempo, no mundo de seus interesses materiais e sentimentais. Só dessa maneira evitaremos que ele nos boceje escandalosamente nas barbas.

MALPIQUE, Cruz. A arte de conversar: um pouco de sua filosofia. Porto: Editora Educação Nacional, 1950. p. 15 -16. [Adaptado]. 
Leia este trecho do texto:
Cada interlocutor exige que lhe falemos de especial maneira [...].
Assinale a alternativa em que a função do termo “que” destacado é a mesma do “que” nesse trecho.
Alternativas
Q2135298 Português
Os idiotas da objetividade

    Sou da imprensa anterior ao copy desk. Tinha treze anos quando me iniciei no jornal, como repórter de polícia. Na redação não havia nada da aridez atual e pelo contrário: — era uma cova de delícias. O sujeito ganhava mal ou simplesmente não ganhava. Para comer, dependia de um vale utópico de cinco ou dez mil-réis. Mas tinha a compensação da glória. Quem redigia um atropelamento julgava-se um estilista. E a própria vaidade o remunerava. Cada qual era um pavão enfático. Escrevia na véspera e no dia seguinte via-se impresso, sem o retoque de uma vírgula. Havia uma volúpia autoral inenarrável. E nenhum estilo era profanado por uma emenda, jamais.
    Durante várias gerações foi assim e sempre assim. De repente, explodiu o copy desk. Houve um impacto medonho. Qualquer um na redação, seja repórter de setor ou editorialista, tem uma sagrada vaidade estilística. E o copy desk não respeitava ninguém. Se lá aparecesse um Proust, seria reescrito do mesmo jeito. Sim, o copy desk instalou-se como a figura demoníaca da redação.
    Falei no demônio e pode parecer que foi o Príncipe das Trevas que criou a nova moda. Não, o abominável Pai da Mentira não é o autor do copy desk. Quem o lançou e promoveu foi Pompeu de Sousa. Era ainda o Diário Carioca, do Senador, do Danton. Não quero ser injusto, mesmo porque o Pompeu é meu amigo. Ele teve um pretexto, digamos assim, histórico, para tentar a inovação.
    Havia na imprensa uma massa de analfabetos. Saíam as coisas mais incríveis. Lembro-me de que alguém, num crime passional, terminou assim a matéria: — “E nem um goivinho ornava a cova dela”. Dirão vocês que esse fecho de ouro é puramente folclórico. Não sei e talvez. Mas saía coisa parecida. E o Pompeu trouxe para cá o que se fazia nos Estados Unidos — o copy desk.
    Começava a nova imprensa. Primeiro, foi só o Diário Carioca; pouco depois, os outros, por imitação, o acompanharam.
    Rapidamente, os nossos jornais foram atacados de uma doença grave: — a objetividade. Daí para o “idiota da objetividade” seria um passo. Certa vez, encontrei-me com o Moacir Werneck de Castro. Gosto muito dele e o saudei com a mais larga e cálida efusão. E o Moacir, com seu perfil de lord Byron, disse para mim, risonhamente: — “Eu sou um idiota da objetividade”.
    Também Roberto Campos, mais tarde, em discurso, diria:
— “Eu sou um idiota da objetividade”. Na verdade, tanto Roberto como Moacir são dois líricos. Eis o que eu queria dizer:
— o idiota da objetividade inunda as mesas de redação e seu autor foi, mais uma vez, Pompeu de Sousa. Aliás, devo dizer que o copy desk e o idiota da objetividade são gêmeos e um explica o outro.
    E toda a imprensa passou a usar a palavra “objetividade” como um simples brinquedo auditivo. A crônica esportiva via times e jogadores “objetivos”. Equipes e jogadores eram condenados por falta de objetividade. Um exemplo da nova linguagem foi o atentado de Toneleros. Toda a nação tremeu. Era óbvio que o crime trazia, em seu ventre, uma tragédia nacional. Podia ser até a guerra civil. Em menos de 24 horas o Brasil se preparou para matar ou para morrer. E como noticiou o Diário Carioca o acontecimento? Era uma catástrofe. O jornal deu-lhe esse tom de catástrofe? Não e nunca. O Diário Carioca nada concedeu à emoção nem ao espanto. Podia ter posto na manchete, e ao menos na manchete, um ponto de exclamação. Foi de uma casta, exemplar objetividade. Tom estrita e secamente informativo. Tratou o drama histórico como se fosse o atropelamento do Zezinho, ali da esquina.
    Era, repito, a implacável objetividade. E, depois, Getúlio deu um tiro no peito. Ali estava o Brasil, novamente, cara a cara com a guerra civil. E que fez o Diário Carioca? A aragem da tragédia soprou nas suas páginas? Jamais. No princípio do século, mataram o rei e o príncipe herdeiro de Portugal (segundo me diz o luso Álvaro Nascimento, o rei tinha o olho perdidamente azul). Aqui, o nosso Correio da Manhã abria cinco manchetes. Os tipos enormes eram um soco visual. E rezava a quinta manchete: “HORRÍVEL EMOÇÃO!”. Vejam vocês: — “HORRÍVEL EMOÇÃO!”.
    O Diário Carioca não pingou uma lágrima sobre o corpo de Getúlio. Era a monstruosa e alienada objetividade. As duas coisas pareciam não ter nenhuma conexão: — o fato e a sua cobertura.
    Estava um povo inteiro a se desgrenhar, a chorar lágrimas de pedra. E a reportagem, sem entranhas, ignorava a pavorosa emoção popular. Outro exemplo seria ainda o assassinato de Kennedy.
    Na velha imprensa as manchetes choravam com o leitor. A partir do copy desk, sumiu a emoção dos títulos e subtítulos. E que pobre cadáver foi Kennedy na primeira página, por exemplo, do Jornal do Brasil. A manchete humilhava a catástrofe. O mesmo e impessoal tom informativo. Estava lá o cadáver ainda quente. Uma bala arrancara o seu queixo forte, plástico, vital. Nenhum espanto da manchete. Havia um abismo entre o Jornal do Brasil e a tragédia, entre o Jornal do Brasil e a cara mutilada. Pode-se falar na desumanização da manchete.
    O Jornal do Brasil, sob o reinado do copy desk, lembra- -me aquela página célebre de ficção. Era uma lavadeira que se viu, de repente, no meio de uma baderna horrorosa. Tiro e bordoada em quantidade. A lavadeira veio espiar a briga. Lá adiante, numa colina, viu um baixinho olhando por um binóculo. Ali estava Napoleão e ali estava Waterloo. Mas a santa mulher ignorou um e outro; e veio para dentro ensaboar a sua roupa suja. Eis o que eu queria dizer: — a primeira página do Jornal do Brasil tem a mesma alienação da lavadeira diante dos napoleões e das batalhas.
    E o pior é que, pouco a pouco, o copy desk vem fazendo do leitor um outro idiota da objetividade. A aridez de um se transmite ao outro. Eu me pergunto se, um dia, não seremos nós 80 milhões de copy desks? Oitenta milhões de impotentes do sentimento. Ontem, falava eu do pânico de um médico famoso. Segundo o clínico, a juventude está desinteressada do amor ou por outra: — esquece antes de amar, sente tédio antes do desejo. Juventude copy desk, talvez. 
    Dirá alguém que o jovem é capaz de um sentimento forte. Tem vida ideológica, ódio político. Não sei se contei que vi, um dia, um rapaz dizer que dava um tiro no Roberto Campos. Mas o ódio político não é um sentimento, uma paixão, nem mesmo ódio. É uma pura, vil, obtusa palavra de ordem.

(RODRIGUES, Nelson. Os idiotas da objetividade. In: __________. A cabra vadia: novas confissões. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017. p. 30-33.)
Não sei se contei que vi, um dia, um rapaz dizer que dava um tiro no Roberto Campos.” (15º§). O “que” exerce, no excerto anterior, respectivamente, as funções de: 
Alternativas
Q2133551 Português

Texto CB3A1-I


     Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os recém-emancipados países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de criar estruturas de governo, marcando a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se inspiraram em fontes antigas e modernas: de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke (1632 – 1704) e Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos se confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 – c.127), em que se lê: “Quis custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem controla os controladores?”.

     “Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é colocar em prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. “Aí surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as atribuições de outro. Não era possível antever todas as questões que iriam aparecer, até porque havia assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso definir a quem competia o quê. Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar em prática a separação de poderes.”

    Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX não necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de organização do Estado em que o poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, conforme apresentado pelo filósofo francês Montesquieu em O espírito das leis (1748). Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o filósofo político franco-suíço Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara Alta) —, e um poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783 – 1830) chegou a formular a ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de educação.

    As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do Brasil, em 1823. Até que, em novembro, o conflito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo imperador Dom Pedro I (1789 – 1834) dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela se afastava pouco do projeto elaborado em 1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam um Moderador.

     Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto constitucional, como uma instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa de ambos os países. As funções do Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira, guardam semelhanças com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração pública ou no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.

Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador.

In: Revista Pesquisa FAPESP, ago./2022 (com adaptações). 


Em relação a aspectos linguísticos e à estruturação do texto CB3A1-I, julgue o item subsequente. 


No segundo período do quinto parágrafo, o vocábulo “que” retoma “Dom Pedro”. 

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Q2133185 Português

Texto CB1A1 


       A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem qualquer instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o Decreto n.º 3.912 delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização das comunidades “remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à definição colonial da Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º 4.887/2003, que, por sua vez, aboliu a exigência de permanência no território e, com base no critério de autodefinição previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a categoria “remanescentes de quilombos” como “grupos étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida” (Decreto n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação das áreas reivindicadas por particulares, bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e impediu a alienação das propriedades tituladas. 

    

            A previsão de autodefinição é de suma relevância porquanto parte do pressuposto de que não cabe ao poder público, nem a nenhum pesquisador, imputar identidades sociais. Esse princípio vai de par com o Decreto Federal n.º 6.040/2007, que instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, definindo-os como “grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.


F. Vieira et al. Sob o rufar dos ng’oma: o judiciário em disputa pelos quilombolas.

Revista Direito e Práxis, v. 8, jan. 2017, p. 560–1 (com adaptações).

Acerca de aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o item que se segue. 


Não haveria prejuízo da coesão e da coerência textual caso o trecho “sem qualquer instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação” (primeiro período do texto) fosse assim reescrito: sem que qualquer instrumento legal de abrangência nacional guiasse sua efetivação

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Q2132313 Português

Texto CB1A1


      A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem qualquer instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o Decreto n.º 3.912 delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização das comunidades “remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à definição colonial da Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º 4.887/2003, que, por sua vez, aboliu a exigência de permanência no território e, com base no critério de autodefinição previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a categoria “remanescentes de quilombos” como “grupos étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida” (Decreto n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação das áreas reivindicadas por particulares, bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e impediu a alienação das propriedades tituladas.

     A previsão de autodefinição é de suma relevância porquanto parte do pressuposto de que não cabe ao poder público, nem a nenhum pesquisador, imputar identidades sociais. Esse princípio vai de par com o Decreto Federal n.º 6.040/2007, que instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, definindo-os como “grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.


F. Vieira et al. Sob o rufar dos ng’oma: o judiciário em disputa pelos quilombolas.

Revista Direito e Práxis, v. 8, jan. 2017, p. 560–1 (com adaptações). 

Considerando os mecanismos de coesão e coerência textuais e as relações de sentido estabelecidas no texto CB1A1, julgue o próximo item.  


No último período do último parágrafo, o vocábulo “que” em “que ocupam e usam territórios e recursos naturais” retoma “formas próprias de organização social”. 

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Q2127584 Português
Texto


       O Ministério da Saúde decretou situação de emergência na região da Terra Indígena Yanomami, a maior reserva indígena do Brasil, com 100 mil quilômetros quadrados distribuídos pela floresta amazônica entre os estados do Amazonas e de Roraima. O motivo? A morte de crianças por desnutrição.

       A área ocupada pelos yanomami conta com grandes reservas de ouro, o que é um atrativo enorme para a mineração. Nísia Trindade, ministra da saúde, afirmou que o garimpo ilegal (que usa mercúrio, um metal tóxico), é a principal causa da crise sanitária que afeta os yanomami.

        De 2016 a 2020, o garimpo em terras yanomami cresceu 3350%. E as consequências foram sentidas no ambiente: um laudo da Polícia Federal feito em meados de 2022 constatou que quatro rios da região tinham contaminação por mercúrio 8600% superior à concentração máxima para consumo.
 
     Líquido à temperatura ambiente, o mercúrio é um metal cuja liberação indevida na natureza vem da atividade humana: usinas elétricas a carvão, processos industriais, incineradores de resíduos e, principalmente, na mineração de ouro.

      O mercúrio é usado no garimpo para facilitar a separação. Ele se liga aos pequenos pedaços de ouro e forma uma amálgama, o que ajuda os garimpeiros a recolher o metal que interessa.

     O processo tem um preço: para cada quilo de ouro extraído, são usados até oito de mercúrio, e a maior parte desse metal tóxico é jogado nos rios. Estima-se que esse descarte represente cerca de 38% das emissões de mercúrio no mundo. E a contaminação pela substância traz fortes efeitos negativos para o meio ambiente e para a saúde dos garimpeiros e das pessoas que vivem por perto.

    Uma vez no ambiente, o mercúrio pode ser transformado por bactérias em metilmercúrio. Essa forma orgânica do metal é acumulada pelos organismos do rio – e a concentração aumenta conforme a cadeia alimentar avança.

       Imagine que muitos plânctons contaminados por mercúrio virarão jantar de um único peixe. A carga de mercúrio, então, vai se acumular nesse animal. Na sequência, um grande predador que tenha esse peixe no cardápio vai se alimentar dele e de vários outros peixes que comeram plânctons contaminados. A dose de mercúrio vai ficando cada vez mais alta.
   
       Essa é, justamente, uma das principais formas de exposição ao mercúrio. Cozinhar os peixes e mariscos não basta para se livrar do metal, e quem se alimenta desses animais torna-se mais um elo na cadeia de acúmulo da substância.

      Diversas variáveis determinam se a contaminação vai ocasionar problemas de saúde e qual será a sua gravidade. Entre elas estão a dose de mercúrio, a idade da vítima, por quanto tempo ela ficou exposta e a via de exposição (inalação, ingestão ou contato com a pele).
   
      Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dois grupos são mais sensíveis aos efeitos do mercúrio. O primeiro são fetos que, geralmente, são expostos ao metilmercúrio no útero graças ao consumo de peixes e mariscos pela mãe. Eles podem ter o desenvolvimento neurológico prejudicado, afetando cognição, memória, atenção, linguagem e habilidades motoras da criança.
 
      O segundo grupo são pessoas frequentemente expostas a altos níveis de mercúrio – por exemplo, populações que dependem da pesca de subsistência em regiões de garimpo. O metilmercúrio afeta os sistemas nervoso central e periférico, causando tremores, insônia, perda de memória, efeitos neuromusculares, dores de cabeça e disfunção cognitiva e motora.

     Em doses elevadas, o envenenamento por mercúrio pode causar disfunção renal, insuficiência respiratória e até morte. No século 20, no que ficou conhecido como o Desastre de Minamata, uma indústria dessa cidade japonesa descartava materiais com mercúrio próximo a uma baía. 1.700 pessoas morreram por intoxicação ao consumir a pesca da região.



CAPARROZ, Leo. Intoxicação por mercúrio: entenda como o
metal age no corpo. Disponível em:
<https://super.abril.com.br/saude/intoxicacao-por-mercurioentenda-como-o-metal-age-no-corpo/>. Último acesso em 20
fev. 2023. (Adaptado)
“por exemplo, populações que dependem da pesca de subsistência em regiões de garimpo”. O termo destacado no trecho acima exerce a mesma função sintática que o seguinte vocábulo destacado:
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Q2126651 Português

A mulher é a babá 'que' tomava conta da menina. 


A mulher é a babá 'que' tomava conta da menina. 

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Q2122368 Português
A mulher ramada

      Verde claro, verde escuro, canteiro de flores, arbusto entalhado, e de novo verde claro, verde escuro, imenso lençol do gramado; lá longe o palácio. Assim o jardineiro via o mundo, toda vez que levantava a cabeça do trabalho.
      E via carruagens chegando, silhuetas de damas arrastando os mantos nas aleias, cavaleiros partindo para a caça.
       Mas a ele, no canto mais afastado do jardim, que a seus cuidados cabia, ninguém via. Plantando, podando, cuidando do chão, confundia-se quase com suas plantas, mimetizava-se com as estações. E se às vezes, distraído, murmurava sozinho alguma coisa, sua voz não se entrelaçava à música distante que vinha dos salões, mas se deixava ficar por entre as folhas, sem que ninguém a viesse colher.
        Já se fazia grande e frondosa a primeira árvore que havia plantado naquele jardim, quando uma dor de solidão começou a enraizar-se no seu peito. E passados dias, e passados meses, só não passando a dor, disse o jardineiro a si mesmo que era tempo de ter uma companheira.
        No dia seguinte, trazidas num saco duas belas mudas de rosa, o homem escolheu o lugar, ajoelhou-se, cavou cuidadoso a primeira cova, mediu um palmo, cavou a segunda, e com gestos sábios de amor enterrou as raízes. Ao redor afundou um pouco a terra, para que a água de chuva e rega mantivesse sempre molhados os pés da rosa.
        Foi preciso esperar. Mas ele, que há tanto esperava, não tinha pressa. E quando os primeiros, tênues galhos despontaram, carinhosamente os podou, dispondo-se a esperar novamente, até que outra brotação se fizesse mais forte.
       Durante meses trabalhou conduzindo os ramos de forma a preencher o desenho que só ele sabia, podando os espigões teimosos que escapavam à harmonia exigida. E aos poucos, entre suas mãos, o arbusto foi tomando feitio, fazendo surgir dos pés plantados no gramado duas lindas pernas, depois o ventre, os seios, os gentis braços da mulher que seria sua. Por último, cuidado maior, a cabeça levemente inclinada para o lado.
       O jardineiro ainda deu os últimos retoques com a ponta da tesoura. Ajeitou o cabelo, arredondou a curva de um joelho. Depois, afastando-se para olhar, murmurou encantado:
        – Bom dia, Rosamulher.
      Agora levantando a cabeça do trabalho, não procurava mais a distância. Voltava-se para ela, sorria, contava o longo silêncio da sua vida. E quando o vento batia no jardim, agitando os braços verdes, movendo a cintura, ele todo se sentia vergar de amor, como se o vento o agitasse por dentro.
      Acabou o verão, fez-se inverno. A neve envolveu com seu mármore a mulher ramada. Sem plantas para cuidar, agora que todas descansavam, ainda assim o jardineiro ia todos os dias visitá-la. Viu a neve fazer-se gelo. Viu o gelo desfazer-se em gotas. E um dia em que o sol parecia mais morno do que de costume, viu de repente, na ponta dos dedos esgalhados, surgir a primeira brotação na primavera.
      Em pouco, o jardim vestiu o cetim das folhas novas. Em cada tronco, em cada haste, em cada pedúnculo, a seiva empurrou para fora pétalas e pistilos. E mesmo no escuro da terra os bulbos acordaram, espreguiçando-se em pequenas pontas verdes.
    Mas enquanto todos os arbustos se enfeitavam de flores, nem uma só gota de vermelho brilhava no corpo da roseira. Nua, obedecia ao esforço de seu jardineiro que, temendo que viesse a floração a romper tanta beleza, cortava rente todos os botões.
     De tanto contrariar a primavera, adoeceu porém o jardineiro. E ardendo de amor e febre na cama, inutilmente chamou por sua amada.
    Muitos dias se passaram antes que pudesse voltar ao jardim. Quando afinal conseguiu se levantar para procurá-la, percebeu de longe a marca da sua ausência. Embaralhando- -se aos cabelos, desfazendo a curva da testa, uma rosa embabadava suas pétalas entre os olhos da mulher. E já outra no seio despontava.
      Parado diante dela, ele olhava e olhava. Perdida estava a perfeição do rosto, perdida a expressão do olhar. Mas do seu amor nada se perdia. Florida, pareceu-lhe ainda mais linda. Nunca Rosamulher fora tão rosa. E seu coração de jardineiro soube que jamais teria coragem de podá-la. Nem mesmo para mantê-la presa em seu desenho.
       Então docemente a abraçou descansando a cabeça no seu ombro. E esperou.
     E sentindo sua espera, a mulher-rosa começou a brotar, lançando galhos, abrindo folhas, envolvendo-o em botões, casulo de flores e perfumes.
    Ao longe, raras damas surpreenderam-se com o súbito esplendor da roseira. Um cavaleiro reteve seu cavalo. Por um instante pararam, atraídos. Depois voltaram a cabeça e a atenção, retomando seus caminhos. Sem perceber debaixo das flores o estreito abraço dos amantes.

(COLASANTI, Marina. A mulher ramada. In: ________. Doze reis e a moça no labirinto do vento. São Paulo: Global, 2006. p. 22-28.)
Assinale a afirmativa na qual a palavra destacada NÃO exerce a mesma função que em “Mas a ele, no canto mais afastado do jardim, que a seus cuidados cabia, ninguém via.” (3º§).
Alternativas
Q2117709 Português
Leia o texto para responder a questão.

Pessoas com insônia correm maior risco de desenvolver problemas cognitivos

        Um novo estudo finlandês concluiu que pessoas que sofrem de insônia têm um risco maior de desenvolver problemas cognitivos ao longo da vida. A pesquisa envolveu 3748 participantes, que foram acompanhados por cerca de 15 anos após suas avaliações originais.
     Os problemas cognitivos ligados à insônia podem incluir problemas de memória, concentração e capacidade de aprendizado. Os pesquisadores consideraram outros fatores de saúde conhecidos por estarem ligados ao declínio cognitivo na velhice, como pressão alta, colesterol alto, obesidade, diabetes, depressão e um baixo nível de atividade física, e ainda assim confirmou-se a associação entre insônia e problemas cognitivos. Eles explicam que, quanto mais tempo durar a insônia, piores serão essas funções cerebrais com o passar dos anos, ao passo que, se os sintomas da insônia diminuírem, a função cognitiva tende a ficar mais saudável na vida adulta.
        Alguns participantes que estavam na meia-idade e empregados no início do estudo já haviam se aposentado na fase final da pesquisa. “Nossos resultados mostraram que os sintomas de insônia já na idade ativa podem aumentar o risco de declínio cognitivo na idade da aposentadoria”, explicam os pesquisadores da Universidade de Helsinque, na Finlândia.
        A pesquisa alerta ainda que tratar a insônia mais cedo poderia evitar problemas de saúde do cérebro e até doenças como Alzheimer, embora não seja suficiente para mostrar a causa de forma conclusiva. “Com base em nossas descobertas, a intervenção precoce para combater os sintomas de insônia ou medidas destinadas a melhorar a qualidade do sono seriam justificadas”, diz a médica da Universidade de Helsinque, Tea Lallukka, em comunicado.
        A equipe ressalta ainda que existem várias maneiras de melhorar a qualidade do nosso sono, tais como: ter um ritmo de sono mais regular, garantir um bom ambiente de sono (em termos de temperatura e iluminação) e cuidar dos hábitos alimentares.

(Revista Galileu, 25.05.22. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a substituição do “que”, na frase do texto reescrita, mantém o sentido original e a correção gramatical.
Alternativas
Q2116013 Português

A questão se refere ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões. 


                              O que seria das instituições de ensino sem o secretário escolar?   


                                                                                      Por Macarius Cesar Di Lauro Moreira colaboradores 


                                                                                                                                                                           

                                                                                                       (MOREIRA; MOREIRA; SILVEIRA, 2018).

Assinale a alternativa que apresenta uma locução prepositiva localizada no texto.
Alternativas
Q2116012 Português

A questão se refere ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões. 


                              O que seria das instituições de ensino sem o secretário escolar?   


                                                                                      Por Macarius Cesar Di Lauro Moreira colaboradores 


                                                                                                                                                                           

                                                                                                       (MOREIRA; MOREIRA; SILVEIRA, 2018).

O termo “que”, realçado na linha 36, corresponde a:
Alternativas
Q2107873 Português
Atenção: Leia um trecho da crônica “O Risadinha”, de Paulo Mendes Campos, para responder à questão. 







1bodoquear: atirar pedra com estilingue.
2Cantinflas: nome artístico do humorista mexicano Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes (1911-1993). 
sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia conter o riso (7º parágrafo)
No contexto em que se insere, o termo sublinhado introduz uma oração 
Alternativas
Q2107540 Português

Hora do pesadelo


    O carnaval de rua veio para ficar. O número de blocos autorizados pela Prefeitura de São Paulo a desfilar entre os dias 15 de fevereiro e 1º de março chegou a 644, 180 a mais do que no ano passado. Haverá 678 desfiles em cerca de 400 pontos da cidade. São dados que mostram a potência econômica e turística desse evento para a cidade. Dessa forma, cabe às autoridades competentes cuidar para que um acontecimento dessa magnitude transcorra da maneira mais tranquila possível, não apenas para os milhares de participantes mas também para os que, malgrado não queiram participar da festa, são obrigados a conviver com seus efeitos mais danosos – sejam as interdições que obrigam moradores a alterar drasticamente sua rotina de deslocamentos, seja a incivilidade de muitos dos foliões.

    O potencial econômico dos desfiles carnavalescos ajuda a explicar o exponencial crescimento dos blocos e a atração de cada vez mais turistas. Esse gigantismo pode representar ganhos para a cidade, mas é um enorme desafio para a Prefeitura. A julgar pela experiência dos anos anteriores, o ambiente para os foliões tem sido em geral satisfatório. O problema é que a Prefeitura tem sido incapaz de oferecer o mesmo tratamento àqueles – grande maioria – que não estarão nos desfiles. Para estes, o carnaval é a hora do pesadelo, que vem se tornando mais tétrico a cada ano que passa.

    Mais blocos e mais desfiles pela cidade significam mais sujeira, mais barulho, mais ruas fechadas. Paulistanos tornam-se reféns dentro de suas próprias casas, tendo de suportar, dia e – principalmente – noite, a algazarra de foliões que estendem a festa até altas horas, fazendo seu carnaval particular em local público.

    Ao mesmo tempo que aceita e estimula a expansão do carnaval de rua na cidade, a Prefeitura tem demonstrado escassa capacidade para coibir o comportamento selvagem dos que abusam do direito de se divertir na festa. Mas as vítimas desse descaso começam a reagir.

    Um abaixo-assinado de moradores da Vila Leopoldina levou a Prefeitura a desistir de incluir a Avenida Gastão Vidigal, a principal do bairro, no circuito dos blocos. Os moradores disseram que “a região não é servida por metrô e a extensão da avenida não comporta grandes multidões”. Além disso, “a estrutura de forças de segurança local não comporta eventos dessa magnitude” e “haverá multidões apertadas no calor”, com “barulho, sujeira, urina e vandalismo”, sem falar no cerceamento do direito de ir e vir e no prejuízo ao comércio – que inclui a Ceagesp.

    A Prefeitura aparentemente aceitou parte dos argumentos, ao dizer que cancelou o desfile na Avenida Gastão Vidigal “por motivo de organização e otimização dos espaços públicos”. A vitória dos moradores da Vila Leopoldina é um alento para os paulistanos que se sentem destituídos de sua condição de cidadãos durante o carnaval – período no qual, para muitos, a lei e as regras de civilidade deixam de valer.

(Editorial, “Hora do pesadelo”. https://opiniao.estadao.com.br. 16.02.2020. Adaptado)

A palavra “que” está empregada como pronome relativo, imprimindo sentido de restrição ao enunciado, em: 
Alternativas
Q2107271 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

O Cupido original não era um bebê com asas

Por Leo Caparroz






(Disponível em: https://super.abril.com.br/cultura/o-cupido-original-nao-era-um-bebe-com-asas-conheca-suahistoria/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Considerando o emprego de recursos coesivos, analise as assertivas a seguir:
I. Na linha 12, o referente do pronome relativo “que” é a palavra “pai”, na mesma linha. II. Na linha 16, a palavra “a” é pronome oblíquo e tem como referente a palavra “Psiquê”, na mesma linha. III. Na linha 18, o pronome “esse” é empregado porque a palavra “marido” já havia sido anteriormente mencionada.
Quais estão corretas?
Alternativas
Q2103722 Português



                                                                       Meus pais não enxergam 

                                                                                       


(Disponível em https://istoe.com.br/meus-pais-nao-enxergam/ – texto adaptado especialmente para esta prova). 


Avalie as seguintes ocorrências da palavra ‘que’, devidamente hachuradas no texto:


I. que (l. 10).

II. que (l. 11).

III. que (l. 22).


Quais são pronomes?

Alternativas
Q2101799 Português
Gamificação: atração e retenção de talentos

Por Diego Cidade

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(Disponível em: https://exame.com/carreira/gamificacao-melhore-suas-estrategias-de-atracao-e-retencao-de-talentos/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa na qual a palavra “que” NÃO esteja empregada como pronome relativo.  
Alternativas
Q2094895 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.


O valor da ciência e a questão ambiental 




(Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/educacao/ex-diretor-do-inpe-pandemia-exaltou-ovalor-da-ciencia – texto adaptado especialmente para esta prova).
Analise o seguinte trecho do texto e assinale a alternativa INCORRETA.
“Creio que esta crise nos tornou mais conscientes de que o mundo todo está ligado; nenhum de nós pode pensar que vai pegar o seu ônibus para o futuro independente dos outros”.
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FEPESE Órgão: IPRECON - SC Prova: FEPESE - 2022 - IPRECON-SC - Contador |
Q2094807 Português
Leia o texto.

(…) era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pelo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas das mãos. As portas das latrinas não descansavam, era um subir e fechar a cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo no capinzal dos fundos, por trás da estalagem ou no recanto das hortas.

Aluísio Azevedo. O cortiço – fragmento
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ).
( ) No texto, a aglomeração de homens e mulheres gerava uma algazarra que aumentava gradativamente. ( ) A expressão “ali mesmo no capinzal dos fundos” completa o sentido do substantivo “despachar-se”. ( ) O primeiro “que” do texto substitui a palavra “água” imediatamente anterior a ele. ( ) Em: “para não as molhar”, a palavra “as” retoma a palavra “saia”. ( ) Na frase: “prender as saias” temos um exemplo claro de verbo ligado a seu objeto de forma direta.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Alternativas
Q2094453 Português
Consequências do crescimento desordenado

O crescimento rápido de algumas cidades é resultado da incapacidade de criação de empregos na zona rural, em cidades pequenas e médias, o que acaba forçando o deslocamento das pessoas para as cidades que polarizam a economia de cada país. Acrescenta-se a isso o fato de que a maioria dos países subdesenvolvidos, com raras exceções, apresenta altas taxas de natalidade, formando desta forma o quadro que explica o rápido crescimento das metrópoles no mundo subdesenvolvido.

A incapacidade de absorver tamanha quantidade de migrantes aumenta o número de pessoas desempregadas. Muitos desses desempregados são permanentes e, para poder sobreviver, acabam se refugiando no subemprego, que é toda forma de trabalho remunerado ou prestação de serviços que funcionam à margem da economia formal, compondo a economia informal. 

A economia informal não aparece nos levantamentos oficiais de um país, pois não há nenhum tipo de registro e não recolhe nenhum tipo de imposto. Em consequência, os rendimentos, de modo geral, são muito baixos. Esses trabalhadores, juntamente com os da economia formal, mas com baixos salários, não têm, em geral, condições de comprar ou alugar uma moradia digna para viver. Dessa forma, aumentam as submoradias: favelas, cortiços, pessoas abrigadas embaixo de pontes e viadutos, ou vivendo ao relento. Essa é a face mais aparente do crescimento desordenado das cidades.


Disponível em: https://www.sogeografia.com.br/Conteudos/ GeografiaHumana/Urbanizacao/urbanizacao1.php>. Acesso em: 15 out. 2021. [Adaptado].
Analise o texto abaixo:
“Muitos desses desempregados são permanentes e, para poder sobreviver, acabam se refugiando no subemprego, que é toda forma de trabalho remunerado ou prestação de serviços que funcionam à margem da economia formal, compondo a economia informal.”
Sobre essa frase, é correto o que afirma em:
Alternativas
Respostas
341: D
342: D
343: C
344: E
345: C
346: E
347: C
348: D
349: D
350: B
351: B
352: C
353: D
354: E
355: E
356: E
357: E
358: E
359: B
360: B