Questões de Pedagogia - Alfabetização e Letramento para Concurso
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O período silábico-alfabético marca a transição entre os esquemas prévios em vias de serem abandonados e os esquemas futuros em vias de serem construídos. Quando a criança descobre que a sílaba não pode ser considerada como unidade, mas que ela é, por sua vez, reanalisável em elementos menores, ingressa no último passo da compreensão do sistema socialmente estabelecido. E, a partir daí, descobre novos problemas: pelo lado quantitativo, se não basta uma letra por sílaba, também não pode estabelecer nenhuma regularidade duplicando a quantidade de letras por sílaba (já que há sílabas que se escrevem com uma, duas, três ou mais letras); pelo lado qualitativo, enfrentará os problemas ortográficos (a identidade de som não garante a identidade de letras, nem a identidade de letras a de som). (FERREIRO).
No trecho destacado, Emília Ferreiro descreve como o aprendiz se apropria dos conceitos e das habilidades de leitura e escrita, mostrando que a aquisição desses atos linguísticos segue um percurso semelhante àquele que a humanidade percorreu até chegar ao sistema alfabético, ou seja:
Considerando as informações contidas no texto, avalie as situações a seguir:
I. Olhar nos olhos é uma condição da comunicação dos bebês. Todos os momentos são propícios para isso, por exemplo, na hora do(a) professor (a) de recebê-los no colo, no início do dia; durante as refeições; ao longo das atividades e nas brincadeiras. Decodificar balbucios, gestos, expressões faciais, entonação e modulação da voz são cuidados que o professor deve ter ao se comunicar com a criança.
II. Brincar com as palavras é motivo de diversão para as crianças. Repetir as parlendas, cirandar ao som das cantigas de roda, desafiar os amigos com as adivinhas e, a si próprio, com os trava línguas são apenas exemplos do uso que as crianças, tradicionalmente, fazem desse imenso repertório oral.
III. Planejar o disparador da conversa é fundamental para dar às crianças a posição de falantes.
IV. O papel do professor é fundamental para assegurar a construção da narrativa. Ainda que os bebês não possam falar com suas próprias palavras, é importante que o professor conte a eles as mais belas histórias e organize situações que promovam a progressiva apropriação das primeiras protonarrativas com apoio em livros, fantoches ou caixa de histórias.
V. Na roda de conversa, além do assunto que se está tratando, a própria conversa é conteúdo de aprendizagem. Assim, o professor deve conversar com as crianças para que elas possam aprender a conversar. Ouvir o outro atentamente, voltando o olhar para quem está falando, aguardar a troca de turnos da fala, saber ocupar seu lugar na interação, são alguns dos exemplos. Além dos comportamentos para conversar em grupos, as crianças também desenvolvem sofisticadas estratégias de pensamentos.
É CORRETO o que se afirma em:
Pegue uma criança de 6 (seis) anos ou mais, pode ser no estado de Alagoas, suja ou limpa e coloque numa sala de aula, onde existam muitas coisas escritas para olhar e examinar. Servem jornais, livros, revistas, embalagens, propaganda eleitoral, latas vazias, caixas de sabão, sacolas de supermercados, enfim, vários tipos de materiais que estiverem ao alcance do professor. Convide as crianças para brincarem de ler, adivinhando o que está escrito. Nesta perspectiva de alfabetização em construção, marque o(s) procedimento(s) que devem ser adotados pelo (a) professor (a) no processo de alfabetização e letramento com seus alunos:
I - Conversar com a turma, trocar idéias sobre suas identidades, escrever no quadro algumas frases que foram ditas e leia-as em voz alta para a turma.
II - Pedir para mastigar, uma a uma as palavras da cartilha. Cada palavra deve ser mastigada, no mínimo, 60 vezes, como alimentação macrobiótica.
III - Ao fim do 8º mês, aplicar uma prova de leitura e verificar se ela devolve pelo menos 70% das palavras e frases estudadas.
IV - Pedir para as crianças olharem os escritos que existem por aí, nas lojas, nos ônibus, nas ruas, na televisão e desafiá-las a pensarem juntamente com o professor sobre a escrita de forma a evitar indigestão alfabética.
V - Inventar sua própria cartilha e usar sua capacidade de observação para verificar o que funciona e qual o método
que dá certo para sua turma, em coerência com o Projeto Pedagógico da escola.
De acordo com os estudos de Emília Ferreiro sobre as hipóteses de escritas no processo de alfabetização, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA entre imagem e nível de escrita: