Questões de Concurso Público Colégio Pedro II 2018 para Professor - Artes Visuais
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A Lei nº 8.069/1990 dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e dá outras providências. No que se refere aos dispositivos desta Lei, analise as assertivas:
(I) Considera-se criança a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
(II) O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, de natureza jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.
(III) Excepcionalmente, nos casos expressos em lei, aplica-se o Estatuto da Criança e do Adolescente às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
(IV) Os profissionais que atuam no cuidado diário de crianças na primeira infância receberão formação específica para a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento psíquico.
Estão corretas
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, configura-se como importante momento de socialização, ampliação de repertórios individuais e coletivos e experimentação do mundo. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (2013), a construção de propostas pedagógicas para a educação infantil segue determinados princípios.
O trabalho em Artes Visuais e o contato com diversas manifestações artísticas neste segmento atendem aos princípios de
De acordo com a Declaração de Salamanca (1994) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96), a educação inclusiva é direito fundamental do educando.
Segundo Paulo Fernando Pitombo, em Prática artística para todos: as artes plásticas no cenário da inclusão social na cidade de São Paulo (2007), um ensino inclusivo em Artes Visuais garante
“Como ensinar para que a criança se deixe afetar pela arte sem perder a experiência com a própria ação artística é hoje a chave do ensino na área nos paradigmas construtivistas. Essa prática de ensino mudou muitos referenciais a respeito do que é e de como a arte pode ser aprendida por crianças e jovens.”
IAVELBERG, Rosa. Arte/educação modernista e pós-modernista: fluxos na sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2017, p. 120.
Com base nessa citação de Rosa Iavelberg, pode-se afirmar que o pensamento pós-moderno em Artes Visuais configura
A realização de uma avaliação permanente é um processo complexo na rotina dos professores de Artes Visuais. Para Boughton, “diversos fatores contribuem para essa complexidade. Em primeiro lugar, o fato de a avaliação requerer dos professores várias formas de análise e de relato, a fim de satisfazer diferentes propósitos educacionais”.
BOUGHTON, D. Avaliação: da teoria à prática. In: Arte/educação contemporânea: consonâncias internacionais. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2010, p. 375.
Segundo Boughton, a avalição apresenta diferentes princípios em arte/educação. Nesse sentido, a avaliação formadora
Observe atentamente as imagens a seguir:
Assinale a alternativa que correlaciona corretamente as imagens com as respectivas classificações
das tradições encontradas na pré-história do Brasil.
Observe as figuras a seguir:
Michael Archer, no livro Arte contemporânea: uma história concisa (2012), define os desenhos do artista norte-americano Keith Haring como “apelo demótico instantâneo”, criando assim um paralelo com a escrita demótica, isto é, a escrita cursiva cotidiana do Egito antigo.
Assinale a alternativa que ratifica essa definição.
Segundo Sônia Gomes Pereira, no livro História da Arte no Brasil: textos de síntese (2008, p. 78- 79), “a arquitetura do período marcou-se por uma série de construções de caráter monumental – muitas delas derivadas da Academia Imperial de Belas Artes, relativas à atuação de vários discípulos de Grandjean de Montigny”. A própria autora ressalta também: “Porém, naquele momento, já existia em várias cidades do Brasil uma maior diversificação historicista, explorando outros ‘revivalismos’.”
Observe atentamente as construções a seguir:
Assinale a alternativa com a sequência correta dos estilos arquitetônicos destacados pela autora.
“Então, sempre me interessei por aspectos estruturais, de linguagem mesmo. [...] Então, quer dizer, tem aspectos formais de linguagem que sempre me interessaram muito mais que a simples divulgação da informação. Mas claro que ele também se presta, como prestou na época e presta agora, a amplificar uma questão que está na boca e na mente das pessoas. O que eu mais divulgava era sempre o modo de você repetir aquilo, uma espécie de instrução [...] as pessoas continuam sendo mortas pelas mesmas pessoas, os mesmos motivos e quase nos mesmos lugares. Isso é o absurdo do Brasil, essa hipocrisia.”
CILDO MEIRELES. Carbono entrevista Cildo Meireles: entrevista realizada por Marina Fraga e Pedro Urano em agosto de 2013. Carbono, n. 4, 2013.
Observe as imagens a seguir, que representam trabalhos da série Inserções em circuitos ideológicos, de Cildo Meireles:
Nos anos finais da década de 1960 e início dos anos 1970 no Brasil, alguns artistas, dentre eles Cildo Meireles, formularam obras e projetos que visavam unir práticas ou estratégias de arte conceitual e ativismo político. Ao adotar essa postura, questionavam a noção de arte como representação e buscavam maior autonomia para o campo das artes visuais. Inserções em circuitos ideológicos denunciou e problematizou três casos de homicídio, como explicitado nas imagens.
A respeito dessas obras, é correto afirmar que se trata do
“Reconhecida por muitos profissionais como a melhor obra de arquitetura dos Estados Unidos, a Casa da Cascata (Fallingwater, na definição original em inglês) foi construída em integração ao curso d’água que passa pela propriedade localizada no sudoeste do estado da Pensilvânia.”
Disponível em: http://www.fna.org.br. Acesso em: 11 jul. 2018
O projeto, concebido e realizado pelo arquiteto e urbanista Frank Lloyd Wright entre 1936 e 1939,
insere-se na chamada arquitetura
Em seu livro A interação da cor (2009), Josef Albers destaca:
(I) “A água de uma piscina de paredes azuis parecerá tingida de azul devido à difusão dos reflexos. Ao observarmos os degraus brancos ou azuis dentro da água, descobriremos que, à medida que os degraus vão descendo, o azul da água se torna progressivamente mais azul.”
(II) “De modo muito diverso, as montanhas distantes parecem de um azul uniforme, quer estejam cobertas por árvores verdejantes, quer se mostrem áridas e rochosas. O sol tem uma brancura fulgurante durante o dia, mas adquire um tom vermelho intenso no crepúsculo. Nos dias ensolarados, os tetos brancos das casas cercadas por gramados ou os beirais pintados de branco de um telhado parecem de um verde brilhante, que é o reflexo da relva do chão.”
Assinale a alternativa que corresponde à classificação do autor.
Anita Malfatti e Tarsila do Amaral são nomes consagrados e amplamente conhecidos na História da Arte brasileira, facilmente lembrados ao se falar de mulheres artistas. Apesar da existência de outras representantes femininas, são raras as aparições de artistas mulheres nas publicações e nas coleções de museus. Já a figura feminina como objeto de representação foi tema recorrente na Arte por séculos.
Neste cartaz, produzido para a exposição no Museu de Arte de São Paulo (Masp) em 2017, o grupo Guerrilla Girls atualiza para a realidade brasileira o questionamento sobre a presença das mulheres nos museus.
Disponível em: https://www.sp-arte.com. Acesso em: 25 jul. 2018.
Observe as imagens a seguir e assinale a obra que NÃO foi produzida por uma artista mulher.
Mira Schendel (Zurique, 1919 – São Paulo, 1988) desenvolveu durante sua vida uma trajetória marcada pela experimentação e constituída por uma volumosa série de trabalhos, bastante diversos em seus formatos e dimensões, suportes e técnicas. Em todas as suas obras estão presentes elementos que caracterizam e singularizam sua poética, tornando, assim, dificultosa a divisão de sua obra em fases cronológicas e desdobramentos que reaparecem entre uma série e outra. Durante a década de 1960, realizou uma série de trabalhos com papel japonês, cuja translucidez propiciava a leitura da obra em suas duas faces e, presas em placas de acrílico, libertavam a obra da parede.
Série Monotipias, sem título, 1964.
Disponível em: http://arteref.com. Acesso em: 5 ago. 2018.
Sobre as monotipias de Mira Schendel, é correto afirmar que essas obras exploram os opostos
Gravura é o termo que designa, em geral, desenhos feitos em superfícies duras – como madeira, pedra e metal – com base em incisões, corrosões e talhos realizados com instrumentos e materiais especiais. Ao contrário do desenho, os procedimentos técnicos empregados na gravura permitem a reprodução da imagem. Nessa medida, uma gravura é considerada original quando resultado direto da matriz criada pelo artista, que com essa base imprime a imagem em exemplares iguais, numerados e assinados. Em função da técnica e do material empregados, a gravura recebe uma nomenclatura específica: litografia, gravura em metal, xilogravura, serigrafia etc.
Anna Carolina Albernaz. Aviso prévio.
Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br
Acesso em: 11 jul. 2018.
De acordo com as classificações de contraste formuladas por Donis A. Dondis, em seu livro Sintaxe da linguagem visual (1997), identifique a opção que se aplica à xilogravura da artista Anna Carolina Albernaz.
Segundo a Constituição Federal, em seu artigo 216, constituem patrimônio cultural brasileiro: as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Sobre o patrimônio cultural brasileiro, podemos afirmar que
A arte do século XIX girou em torno da Academia Imperial de Belas Artes, que centralizava o ensino e a produção artística no período. Segundo Sonia Gomes Pereira:
A pintura de paisagem sempre existira na Academia, mas com uma conotação secundária, sobretudo como suporte à pintura histórica [...]. Sob o comando de Grimm, transformou-se numa escola de paisagem, apoiada na prática da pintura ao ar livre, que explorava a beleza natural da cidade do Rio de Janeiro e de seus arredores.
PEREIRA, in OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro; PEREIRA, Sonia Gomes; LUZ, Angela A. História da Arte no Brasil: textos de síntese. Rio de Janeiro: UFRJ, 2008, p. 84
As imagens a seguir mostram diferentes paisagens pintadas por artistas do período.
As obras acima são, respectivamente, de autoria dos seguintes pintores: