Um professor de 43 anos de idade procura por atendimento,
pois sente-se muito limitado pelo medo e pela ansiedade.
Não anda mais de ônibus, não pega elevador, não consegue
ficar em lugares que não tenham a possibilidade de “escapar”
com facilidade. Qualquer lugar fechado ou com muitas
pessoas lhe deixa com os “nervos à flor da pele”. Sente
taquicardia, sudorese, escurece a visão, tem a sensação de
que vai desmaiar ou perder o controle. Sair de casa
provoca-lhe muito sofrimento. Não dorme no escuro e tem
constantes sensações de sufocamento; por isso, dorme
seminu e não bebe água em copo, somente em garrafa,
porque teme asfixia. Essa situação iniciou-se há dois anos e
vem crescendo. Tem faltado ao trabalho e evita o contato
social com amigos e familiares. Procurou atendimento
médico muitas vezes, pois acreditava que estava sofrendo um
“ataque cardíaco”, porém nada era diagnosticado, até ser
encaminhado para atendimento psiquiátrico. “Eu não aguento
mais essa situação. É difícil convencer-me de que não tenho
nada no coração, mas sei que isso é verdade”, diz o paciente.
Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos
correlatos, julgue os itens a seguir.