Questões de Concurso Público Prefeitura de Astolfo Dutra - MG 2023 para Fisioterapeuta
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I. Ao realizar uma amputação, deve-se ter cuidadosa consideração à escolha do nível. Em geral, a conduta não é preservar tanto comprimento quanto possível. Deve ser escolhido um nível que assegurará boa cicatrização, com adequada cobertura da pele e sensibilidade preservada. O nível será tanto mais adequado quanto melhor se prestar a adaptação a uma prótese funcional, uma vez tendo sido satisfeitas as exigências relativas à sua escolha de acordo com a idade, etiologia e necessidade da amputação.
II. Dentre os recursos de tecnologia assistiva disponíveis para garantir igualdade de oportunidades à pessoa com deficiência, destacam-se as Órteses, Próteses e Meios Auxiliares de Locomoção (OPM). A efetividade destes dispositivos perpassa por um processo responsável e qualificado de (1) Avaliação; (2) Prescrição; (3) Confecção; (4) Dispensação; (5) Preparação; (6) Treino para o uso; (7) Acompanhamento; (8) Adequação; e, (9) Manutenção.
III. Pesquisadores afirmam a existência do gerador de padrão central, que seria uma rede de neurônios e interneurônios capazes de estabelecer uma sinergia muscular reflexa, resultando em um padrão de locomoção. Estes neurônios permitem que o movimento da marcha seja realizado automaticamente sem a necessidade da pessoa pensar qual músculo deverá ser ativado, em que momento, e com quais tipo e força de contração. Eles atuam iniciando e finalizando o movimento, e, ainda, determinando sua velocidade.
IV. A fase de apoio, durante a qual o membro inferior está apoiado no solo, compreende as seguintes subfases: o contato inicial (toque do calcanhar ou golpe do calcanhar); a resposta à carga (pé plano ou contato total do pé); o médio apoio; o apoio terminal; e, o pré-balanço (retirada do calcanhar ou calcanhar fora ou elevação do retropé). Esta fase representa 80% do ciclo da marcha.
V. A prescrição de prótese para MMII deve equilibrar a necessidade individual de estabilidade, segurança, mobilidade, durabilidade e estética. A disponibilidade de acesso a uma oficina ortopédica ou serviço protético também deve ser considerada, já que alguns componentes requerem manutenção mais frequente. Objetivamente, na avaliação do tipo de prótese, sempre devem ser considerados: condições clínicas, idade, nível de atividade física, peso e estatura, atividade profissional e fatores ambientais que influenciam na conservação do equipamento.
Está correto o que se afirma apenas em
I. O hemiparético apresenta marcha com restrições angulares em tornozelo, joelho e quadril; porém, há uma restrição do movimento de flexão plantar que será ineficaz durante a fase de balanço e apoio, gerando, assim, a impossibilidade de o calcanhar contatar o chão na fase inicial da marcha. Estas alterações estão associadas com um padrão complexo de disfunções incluindo a espasticidade, a fraqueza muscular, o controle sensório-motor e as alterações mecânicas nos músculos e nas articulações.
II. Com a instabilidade do membro inferior parético durante a fase do apoio, altera-se o equilíbrio, ocasionando aumento da velocidade na fase de oscilação do membro não parético. As estratégias adotadas por um indivíduo ao realizar a marcha podem ser diferentes e, quanto maior a deficiência do membro inferior acometido, maior será o gasto energético.
III. Os principais fatores que influenciam o deficit na marcha são as atrofias musculares e suas mudanças fisiológicas no metabolismo e nas fibras musculares tipo I consequentes ao uso excessivo, alterações no suprimento sanguíneo do membro afetado.
IV. Alterações na marcha de indivíduos hemiparéticos são explicadas pela perda dos efeitos tróficos centrais; atrofia neurogênica; perda das unidades motoras; alterações na ordem de recrutamento e na condução dos nervos periféricos – dados que devem ser considerados no planejamento estratégico de uma sessão terapêutica de treino de marcha.
V. As unidades motoras do lado parético são mais fadigáveis, levando a um deficit de resistência decorrente da diminuição de recrutamento de unidades motoras e ativação de fibras glicolíticas tipo II, ao invés do recrutamento de fibra tipo I, durante a atividade dinâmica, reduzindo a capacidade oxidativa dos músculos paréticos com o aumento da produção de lactato na utilização de glicogênio muscular.
Está correto o que se afirma apenas em