Questões de Concurso Público Prefeitura de Ribeirão Preto - SP 2019 para Professor de Educação Básica III - Geografia

Foram encontradas 50 questões

Q1277296 Português
Vista Cansada
          Acho que foi o Ernest Hemingway* quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
          Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse um poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O problema é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo.                           
            Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não nos desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. De tanto ver, você não vê.
           Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
          Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, esse profissional nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.
              Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.
          Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.
(Otto Lara Resende. Bom dia para nascer.
Companhia das Letras. Adaptado)

* Ernest Hemingway: escritor estadunidense que se suicidou em 1961.
Com base no texto, é correto concluir que o autor
Alternativas
Q1277302 Matemática

O gráfico a seguir apresenta taxa em porcentagem de desocupação das pessoas de 15 anos ou mais de idade por grandes regiões e em todo o Brasil em 2014 e 2015.


Imagem associada para resolução da questão

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e

Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2014-2015.



Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação correta a respeito dos dados apresentados no gráfico.

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Q1277303 Matemática

A tabela a seguir apresenta as notas de 20 alunos em uma prova.


Imagem associada para resolução da questão

Sabe-se que a média das notas de todos esses alunos é igual a 7,5. A nota X é igual a

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Q1277304 Matemática
André vendeu seu notebook por R$ 1.240,00, tendo um prejuízo de 20% sobre o preço que pagou. Para que seu prejuízo fosse apenas de 10%, ele deveria ter vendido o notebook por
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Q1277305 Matemática
Os setores I e II de uma grande empresa tinham o mesmo número de funcionários. No entanto, a empresa precisou demitir funcionários desses dois setores. Do setor I foram dispensados 2/5 dos empregados, e do setor II, foram dispensados 1/8 dos empregados. Sabe-se que um dos setores ficou com 11 empregados a mais do que o outro. É correto afirmar que a soma das quantidades de empregados dos dois setores após as demissões é igual a
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Q1277306 Matemática

A figura a seguir representa três folhas de cartolina de formato quadrado.


Imagem associada para resolução da questão

Essas três folhas serão recortadas em cartões de formato quadrado, todos de mesmo tamanho, com a maior área possível, sem desperdício nenhum. O número de cartões que serão recortados é igual a

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Q1277307 Matemática

O polígono desenhado na malha quadriculada na figura a seguir representa um terreno.


Imagem associada para resolução da questão


Todos os quadradinhos que compõem a malha têm medidas iguais. O lado de cada quadradinho representa 10 m. Assim, o perímetro e a área do terreno são, respectivamente, iguais a

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Q1277308 Matemática

Analise as afirmações que apresentam transformações entre unidades de medida de tempo, área, massa e capacidade.


I. 8,55 h = 8 h 33 min.

II. 75,8 m2 = 75 m2 e 80 dm2 .

III. 0,8 kg = 8 000 g.

IV. 600 L = 6 m3 .



As duas únicas afirmações corretas são

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Q1277310 Matemática
Considere a equação 8x2 + 2x – 3 = 0. A metade da diferença entre a maior e a menor raiz é
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Q1277311 Matemática
Júlia comprou um livro pela internet e pagou R$ 144,40 com o frete incluso. O valor do frete é diretamente proporcional ao peso do livro. Se Júlia comprasse outro livro com o mesmo preço, mas com o peso igual a 2/3 do primeiro, ela pagaria R$ 136,60.

É correto afirmar que o preço do livro é, em reais,
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Q1277312 Pedagogia
Uma coordenadora pedagógica foi informada de que no bairro da escola pública em que trabalha, um grupo de moradores organizou um projeto de atividades esportivas, cuja participação de crianças e adolescentes era condicionada à frequência e ao desempenho escolar. O documento “Conselho escolar e a relação entre a escola e o desenvolvimento com igualdade social” (Aguiar et al., 2006) traz recomendações para a interação da escola com a comunidade em que se insere.
Adotando uma conduta compatível a essas recomendações, a coordenadora
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Q1277319 Pedagogia
O fracasso escolar é um tema de crucial importância para a reflexão pedagógica, tendo inclusive implicações sociopolíticas. Para Libâneo (2013), a escola pública democrática deve considerar as características de sua clientela, porque
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Q1277321 Pedagogia
      Marcos é professor do Ensino Fundamental II há 20 anos. Preocupado com a pressão que os alunos sentem diante de provas, que parece ter se intensificado mais recentemente, suspendeu as avaliações quantitativas em suas aulas. O professor tem considerado as provas prejudiciais ao desenvolvimento autônomo da criatividade e das potencialidades dos alunos. Como é muito experiente e afirma ter “olho clínico”, Marcos conta que consegue cedo no ano letivo identificar os bons alunos e aqueles que terão problemas. 
Como vimos no caso, a ação docente partiu de um problema comum, que envolve a ansiedade dos estudantes nas situações de provas. Luckesi (2006) trata do uso da avaliação como disciplinamento social dos alunos em uma pedagogia do exame. A esse respeito, de acordo com o autor, é correto afirmar que
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Q1277322 Pedagogia
Uma estudante com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista foi matriculada em uma sala regular de ensino. Segundo relatos da professora, é a primeira vez que a docente trabalha com uma aluna autista e, por isso, realizou leituras e buscou informações sobre o distúrbio. A estagiária se encontra nessa mesma situação, sendo seu primeiro contato. A aluna fica a cargo da estagiária para que a professora possa trabalhar com o restante da sala. Assim, a estagiária já construiu um vínculo com a menina, realizando os contatos pedagógicos e intervenções. Foi colocado um colchão no fundo da sala para que a aluna possa se deitar e dormir, o que costuma fazer por duas horas diariamente. Ela também se dirige para lá quando está irritada. Seu ensino na escola é adaptado, específico para seu transtorno, com atividades facilitadas, cujo nível de profundidade foi previamente determinado pela professora (caso adaptado de Ferreira e Bezerra, 2016).

De acordo com a discussão de Mantoan (2001) a respeito da inclusão escolar, é possível afirmar que o caso descrito
Alternativas
Q1277323 Pedagogia
Sobre as relações entre tecnologia e educação, Moran (2004) observa que
Alternativas
Q1277326 Pedagogia
Considerando a discussão de Ropoli (2010) sobre inclusão, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, o trecho a seguir.


“A ___________ é tida sempre como ____________ , generalizada e positiva em relação às demais, e sua definição provém do processo pelo qual o poder se manifesta na escola, elegendo uma identidade específica através da qual as outras identidades são avaliadas e hierarquizadas. [...]
Na perspectiva da _______________ , as identidades são transitórias, instáveis, inacabadas e, portanto, os alunos não são categorizáveis, não podem ser reunidos e fixados em categorias, grupos, conjuntos, que se definem por certas características arbitrariamente escolhidas”.
Alternativas
Q1277328 Pedagogia
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna, de acordo com Veiga (1996):

_____________, ao se constituir em processo democrático de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola, diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza poderes de decisão.
Alternativas
Q1277331 Pedagogia
A Lei nº 11.645, de 10.03.2008, estabelece:
Alternativas
Q1277337 Português
Leia o texto para responder a questão.

Os imortais
    De vez em quando, ao olhar para o meu filho – de três anos, quase quatro – pergunto retoricamente qual será a longevidade dele.
   Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século. Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que ele vai conhecer o novo milênio?
    Esse pensamento ganhou forma com um ensaio primoroso de Regina Rini, no “Times Literary Supplement”.
    Escreve a autora: em 1900, um cidadão americano tinha uma média de vida de 47 anos. Em 1950, a meta já estava nos 68. Em 2057, é possível que o limite seja os 100.
  Agora, imagine o seguinte, caro leitor: a ciência anuncia, ainda durante as nossas vidas, que o envelhecimento e a doença serão revertidos em 2119.
    Sim, esse ano já será demasiado tarde para nós. Aliás, será demasiado tarde até para os nossos filhos.
    Mas não será para os nossos netos. Com essa data imaginária, nós seremos os últimos mortais a partilhar a Terra com os primeiros imortais. Que tipo de convivência teremos com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o nosso (injusto) destino?
    O ensaio de Rini é um elegante exercício de especulação filosófica. E a autora termina a sua indagação com um pensamento consolador: se as nossas vidas se justificam pelo legado que deixamos aos outros, então devemos olhar para os primeiros imortais como os felizes depositários desse histórico legado.
    Nós seremos o último elo entre a humanidade perecível e a humanidade eterna.
    A páginas tantas, Rini cita um dos meus filmes favoritos: “Feitiço do Tempo”, uma comédia com Bill Murray. No filme, Murray está preso no tempo, condenado a viver o mesmo dia todos os dias.
    Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que pode acometer os imortais e para o qual vários filósofos já nos alertaram: quando estamos condenados a viver eternamente, deixamos de ter urgência para fazer alguma coisa.
    Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora ignorou: o personagem de Bill Murray só consegue seguir em frente quando encontra um mínimo de sentido para a sua existência.         
    E esse sentido não está no hipotético legado que deixará para os vindouros. Está na forma como vive o seu presente. Quando isso acontece – quando o personagem encontra um propósito para si próprio e na relação com os outros – ele consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?
    Da próxima vez que olhar para o meu filho, vou desejar-lhe uma vida longa, sem dúvida. Desde que essa vida seja dotada de sentido.
(João Pereira Coutinho. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2019/05/os-imortais.shtml. Publicado em 15.05.2019. Adaptado) 
Assinale a alternativa correta a respeito das informações do texto.
Alternativas
Q1277338 Português
Leia o texto para responder a questão.

Os imortais
    De vez em quando, ao olhar para o meu filho – de três anos, quase quatro – pergunto retoricamente qual será a longevidade dele.
   Nascido em 2015, ele pode conhecer o próximo século. Mas se a medicina conseguir conquistar o envelhecimento e a morte – não é esse o santo graal do momento? – será que ele vai conhecer o novo milênio?
    Esse pensamento ganhou forma com um ensaio primoroso de Regina Rini, no “Times Literary Supplement”.
    Escreve a autora: em 1900, um cidadão americano tinha uma média de vida de 47 anos. Em 1950, a meta já estava nos 68. Em 2057, é possível que o limite seja os 100.
  Agora, imagine o seguinte, caro leitor: a ciência anuncia, ainda durante as nossas vidas, que o envelhecimento e a doença serão revertidos em 2119.
    Sim, esse ano já será demasiado tarde para nós. Aliás, será demasiado tarde até para os nossos filhos.
    Mas não será para os nossos netos. Com essa data imaginária, nós seremos os últimos mortais a partilhar a Terra com os primeiros imortais. Que tipo de convivência teremos com eles? Haverá inveja? Sofrimento? Desespero ante o nosso (injusto) destino?
    O ensaio de Rini é um elegante exercício de especulação filosófica. E a autora termina a sua indagação com um pensamento consolador: se as nossas vidas se justificam pelo legado que deixamos aos outros, então devemos olhar para os primeiros imortais como os felizes depositários desse histórico legado.
    Nós seremos o último elo entre a humanidade perecível e a humanidade eterna.
    A páginas tantas, Rini cita um dos meus filmes favoritos: “Feitiço do Tempo”, uma comédia com Bill Murray. No filme, Murray está preso no tempo, condenado a viver o mesmo dia todos os dias.
    Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que pode acometer os imortais e para o qual vários filósofos já nos alertaram: quando estamos condenados a viver eternamente, deixamos de ter urgência para fazer alguma coisa.
    Mas existe uma outra dimensão do filme que a autora ignorou: o personagem de Bill Murray só consegue seguir em frente quando encontra um mínimo de sentido para a sua existência.         
    E esse sentido não está no hipotético legado que deixará para os vindouros. Está na forma como vive o seu presente. Quando isso acontece – quando o personagem encontra um propósito para si próprio e na relação com os outros – ele consegue finalmente quebrar o feitiço e despertar na manhã seguinte. Como diria o neurocientista Viktor Frankl, de que vale ter uma vida de eternidade quando não há razões para vivê-la?
    Da próxima vez que olhar para o meu filho, vou desejar-lhe uma vida longa, sem dúvida. Desde que essa vida seja dotada de sentido.
(João Pereira Coutinho. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2019/05/os-imortais.shtml. Publicado em 15.05.2019. Adaptado) 
Considere o trecho do décimo primeiro parágrafo.
Para Rini, o filme é uma boa metáfora sobre o tédio que pode acometer os imortais...
Esse trecho está reescrito, sem alteração do sentido original do texto, na alternativa:
Alternativas
Respostas
1: B
2: E
3: B
4: D
5: C
6: C
7: B
8: A
9: A
10: E
11: C
12: A
13: A
14: B
15: E
16: E
17: D
18: D
19: C
20: E