Questões de Concurso Público Prefeitura de Campinas - SP 2023 para Agente de Ação Social
Foram encontradas 55 questões
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250714
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Como conciliar a rotina num século em
que o tempo se tornou privilégio?
Publicada em 1865, a obra Aventuras de Alice no País
das Maravilhas, uma das mais importantes da literatura mundial, foi fruto da imaginação e das indagações sobre a relatividade temporal do escritor e matemático Lewis Carroll (1832-
1898). O personagem Coelho Branco pode simbolizar, por
meio de sua obsessão pelo tempo, a angústia causada pela
brevidade da experiência humana.
Afinal, na época em que a história foi escrita, os dias passaram a ser contados pelos ponteiros do relógio, e não mais
pelo nascer e pôr do sol. Foi a partir da Revolução Industrial,
na segunda metade do século 18, que a vida foi compartimentada em horas, minutos e segundos, entre “tempo de trabalho”
e “tempo livre”. Assim como Alice, a humanidade caiu na toca
do Coelho Branco e começou a correr atrás do tempo.
Desde então, a sociedade sonha com a dilatação das
24 horas do dia para conciliar o rendimento no trabalho com
momentos de lazer com família e amigos, fazer atividade
física, ler um livro ou simplesmente ficar de pernas para o ar.
Num século em que gerenciar o tempo se tornou privilégio, a
consequência dessa aceleração vem provocando quadros
de ansiedade, depressão e outros sofrimentos psíquicos. De
acordo com o mais recente mapeamento global de transtornos
mentais, realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
o Brasil possui a população mais ansiosa do mundo.
“Precisamos ter em mente que questões de saúde mental estão estreitamente relacionadas aos modos de vida, ao
quadro cultural do país e como está organizada a vida social.
Então, eu colocaria a questão do tempo na perspectiva desse arranjo social, político e econômico neoliberal, que leva
a uma mobilização integral da nossa vida para o trabalho”,
aponta o professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(USP) Ricardo Rodrigues Teixeira, que coordena a diretoria
de Saúde Mental e Bem-Estar Social da pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento da instituição.
Autor do livro Sem tempo para nada, o cientista social Luís
Mauro Sá Martino endossa esse diagnóstico. “Como sociedade, podemos nos perguntar o quanto esse ritmo acelerado está
nos fazendo bem, sobretudo a longo prazo. Você pode tentar
levar uma vida adequada à sua saúde e bem-estar, porém
como fazer isso se tudo ao seu lado está em um ritmo rápido e
contínuo?”, dispara.
(LLEDÓ, Maria Júlia. Como conciliar a rotina num século em que o tempo se
tornou privilégio?. Revista E (Sesc Edições). 01.05.2023. Adaptado)
Conforme a autora,
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250715
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Como conciliar a rotina num século em
que o tempo se tornou privilégio?
Publicada em 1865, a obra Aventuras de Alice no País
das Maravilhas, uma das mais importantes da literatura mundial, foi fruto da imaginação e das indagações sobre a relatividade temporal do escritor e matemático Lewis Carroll (1832-
1898). O personagem Coelho Branco pode simbolizar, por
meio de sua obsessão pelo tempo, a angústia causada pela
brevidade da experiência humana.
Afinal, na época em que a história foi escrita, os dias passaram a ser contados pelos ponteiros do relógio, e não mais
pelo nascer e pôr do sol. Foi a partir da Revolução Industrial,
na segunda metade do século 18, que a vida foi compartimentada em horas, minutos e segundos, entre “tempo de trabalho”
e “tempo livre”. Assim como Alice, a humanidade caiu na toca
do Coelho Branco e começou a correr atrás do tempo.
Desde então, a sociedade sonha com a dilatação das
24 horas do dia para conciliar o rendimento no trabalho com
momentos de lazer com família e amigos, fazer atividade
física, ler um livro ou simplesmente ficar de pernas para o ar.
Num século em que gerenciar o tempo se tornou privilégio, a
consequência dessa aceleração vem provocando quadros
de ansiedade, depressão e outros sofrimentos psíquicos. De
acordo com o mais recente mapeamento global de transtornos
mentais, realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
o Brasil possui a população mais ansiosa do mundo.
“Precisamos ter em mente que questões de saúde mental estão estreitamente relacionadas aos modos de vida, ao
quadro cultural do país e como está organizada a vida social.
Então, eu colocaria a questão do tempo na perspectiva desse arranjo social, político e econômico neoliberal, que leva
a uma mobilização integral da nossa vida para o trabalho”,
aponta o professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(USP) Ricardo Rodrigues Teixeira, que coordena a diretoria
de Saúde Mental e Bem-Estar Social da pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento da instituição.
Autor do livro Sem tempo para nada, o cientista social Luís
Mauro Sá Martino endossa esse diagnóstico. “Como sociedade, podemos nos perguntar o quanto esse ritmo acelerado está
nos fazendo bem, sobretudo a longo prazo. Você pode tentar
levar uma vida adequada à sua saúde e bem-estar, porém
como fazer isso se tudo ao seu lado está em um ritmo rápido e
contínuo?”, dispara.
(LLEDÓ, Maria Júlia. Como conciliar a rotina num século em que o tempo se
tornou privilégio?. Revista E (Sesc Edições). 01.05.2023. Adaptado)
O termo destacado na frase “Como sociedade, podemos
nos perguntar o quanto esse ritmo acelerado está nos
fazendo bem, sobretudo a longo prazo.” (5º
parágrafo)
apresenta, respectivamente, sua classificação gramatical
e substituição igualmente correta em:
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250716
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Como conciliar a rotina num século em
que o tempo se tornou privilégio?
Publicada em 1865, a obra Aventuras de Alice no País
das Maravilhas, uma das mais importantes da literatura mundial, foi fruto da imaginação e das indagações sobre a relatividade temporal do escritor e matemático Lewis Carroll (1832-
1898). O personagem Coelho Branco pode simbolizar, por
meio de sua obsessão pelo tempo, a angústia causada pela
brevidade da experiência humana.
Afinal, na época em que a história foi escrita, os dias passaram a ser contados pelos ponteiros do relógio, e não mais
pelo nascer e pôr do sol. Foi a partir da Revolução Industrial,
na segunda metade do século 18, que a vida foi compartimentada em horas, minutos e segundos, entre “tempo de trabalho”
e “tempo livre”. Assim como Alice, a humanidade caiu na toca
do Coelho Branco e começou a correr atrás do tempo.
Desde então, a sociedade sonha com a dilatação das
24 horas do dia para conciliar o rendimento no trabalho com
momentos de lazer com família e amigos, fazer atividade
física, ler um livro ou simplesmente ficar de pernas para o ar.
Num século em que gerenciar o tempo se tornou privilégio, a
consequência dessa aceleração vem provocando quadros
de ansiedade, depressão e outros sofrimentos psíquicos. De
acordo com o mais recente mapeamento global de transtornos
mentais, realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
o Brasil possui a população mais ansiosa do mundo.
“Precisamos ter em mente que questões de saúde mental estão estreitamente relacionadas aos modos de vida, ao
quadro cultural do país e como está organizada a vida social.
Então, eu colocaria a questão do tempo na perspectiva desse arranjo social, político e econômico neoliberal, que leva
a uma mobilização integral da nossa vida para o trabalho”,
aponta o professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(USP) Ricardo Rodrigues Teixeira, que coordena a diretoria
de Saúde Mental e Bem-Estar Social da pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento da instituição.
Autor do livro Sem tempo para nada, o cientista social Luís
Mauro Sá Martino endossa esse diagnóstico. “Como sociedade, podemos nos perguntar o quanto esse ritmo acelerado está
nos fazendo bem, sobretudo a longo prazo. Você pode tentar
levar uma vida adequada à sua saúde e bem-estar, porém
como fazer isso se tudo ao seu lado está em um ritmo rápido e
contínuo?”, dispara.
(LLEDÓ, Maria Júlia. Como conciliar a rotina num século em que o tempo se
tornou privilégio?. Revista E (Sesc Edições). 01.05.2023. Adaptado)
No contexto de leitura, está empregada em sentido figurado a palavra destacada em:
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250717
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Como conciliar a rotina num século em
que o tempo se tornou privilégio?
Publicada em 1865, a obra Aventuras de Alice no País
das Maravilhas, uma das mais importantes da literatura mundial, foi fruto da imaginação e das indagações sobre a relatividade temporal do escritor e matemático Lewis Carroll (1832-
1898). O personagem Coelho Branco pode simbolizar, por
meio de sua obsessão pelo tempo, a angústia causada pela
brevidade da experiência humana.
Afinal, na época em que a história foi escrita, os dias passaram a ser contados pelos ponteiros do relógio, e não mais
pelo nascer e pôr do sol. Foi a partir da Revolução Industrial,
na segunda metade do século 18, que a vida foi compartimentada em horas, minutos e segundos, entre “tempo de trabalho”
e “tempo livre”. Assim como Alice, a humanidade caiu na toca
do Coelho Branco e começou a correr atrás do tempo.
Desde então, a sociedade sonha com a dilatação das
24 horas do dia para conciliar o rendimento no trabalho com
momentos de lazer com família e amigos, fazer atividade
física, ler um livro ou simplesmente ficar de pernas para o ar.
Num século em que gerenciar o tempo se tornou privilégio, a
consequência dessa aceleração vem provocando quadros
de ansiedade, depressão e outros sofrimentos psíquicos. De
acordo com o mais recente mapeamento global de transtornos
mentais, realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
o Brasil possui a população mais ansiosa do mundo.
“Precisamos ter em mente que questões de saúde mental estão estreitamente relacionadas aos modos de vida, ao
quadro cultural do país e como está organizada a vida social.
Então, eu colocaria a questão do tempo na perspectiva desse arranjo social, político e econômico neoliberal, que leva
a uma mobilização integral da nossa vida para o trabalho”,
aponta o professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(USP) Ricardo Rodrigues Teixeira, que coordena a diretoria
de Saúde Mental e Bem-Estar Social da pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento da instituição.
Autor do livro Sem tempo para nada, o cientista social Luís
Mauro Sá Martino endossa esse diagnóstico. “Como sociedade, podemos nos perguntar o quanto esse ritmo acelerado está
nos fazendo bem, sobretudo a longo prazo. Você pode tentar
levar uma vida adequada à sua saúde e bem-estar, porém
como fazer isso se tudo ao seu lado está em um ritmo rápido e
contínuo?”, dispara.
(LLEDÓ, Maria Júlia. Como conciliar a rotina num século em que o tempo se
tornou privilégio?. Revista E (Sesc Edições). 01.05.2023. Adaptado)
Considere as seguintes passagens do texto.
“Assim como Alice, a humanidade caiu na toca do Coelho Branco e começou a correr atrás do tempo.” (2º parágrafo)
“[...] a sociedade sonha com a dilatação das 24 horas do dia para conciliar o rendimento no trabalho com momentos de lazer com família e amigos [...]” (3º parágrafo)
As palavras destacadas estabelecem, no contexto de leitura, respectivamente, relação com sentido de
“Assim como Alice, a humanidade caiu na toca do Coelho Branco e começou a correr atrás do tempo.” (2º parágrafo)
“[...] a sociedade sonha com a dilatação das 24 horas do dia para conciliar o rendimento no trabalho com momentos de lazer com família e amigos [...]” (3º parágrafo)
As palavras destacadas estabelecem, no contexto de leitura, respectivamente, relação com sentido de
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250718
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Como conciliar a rotina num século em
que o tempo se tornou privilégio?
Publicada em 1865, a obra Aventuras de Alice no País
das Maravilhas, uma das mais importantes da literatura mundial, foi fruto da imaginação e das indagações sobre a relatividade temporal do escritor e matemático Lewis Carroll (1832-
1898). O personagem Coelho Branco pode simbolizar, por
meio de sua obsessão pelo tempo, a angústia causada pela
brevidade da experiência humana.
Afinal, na época em que a história foi escrita, os dias passaram a ser contados pelos ponteiros do relógio, e não mais
pelo nascer e pôr do sol. Foi a partir da Revolução Industrial,
na segunda metade do século 18, que a vida foi compartimentada em horas, minutos e segundos, entre “tempo de trabalho”
e “tempo livre”. Assim como Alice, a humanidade caiu na toca
do Coelho Branco e começou a correr atrás do tempo.
Desde então, a sociedade sonha com a dilatação das
24 horas do dia para conciliar o rendimento no trabalho com
momentos de lazer com família e amigos, fazer atividade
física, ler um livro ou simplesmente ficar de pernas para o ar.
Num século em que gerenciar o tempo se tornou privilégio, a
consequência dessa aceleração vem provocando quadros
de ansiedade, depressão e outros sofrimentos psíquicos. De
acordo com o mais recente mapeamento global de transtornos
mentais, realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
o Brasil possui a população mais ansiosa do mundo.
“Precisamos ter em mente que questões de saúde mental estão estreitamente relacionadas aos modos de vida, ao
quadro cultural do país e como está organizada a vida social.
Então, eu colocaria a questão do tempo na perspectiva desse arranjo social, político e econômico neoliberal, que leva
a uma mobilização integral da nossa vida para o trabalho”,
aponta o professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(USP) Ricardo Rodrigues Teixeira, que coordena a diretoria
de Saúde Mental e Bem-Estar Social da pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento da instituição.
Autor do livro Sem tempo para nada, o cientista social Luís
Mauro Sá Martino endossa esse diagnóstico. “Como sociedade, podemos nos perguntar o quanto esse ritmo acelerado está
nos fazendo bem, sobretudo a longo prazo. Você pode tentar
levar uma vida adequada à sua saúde e bem-estar, porém
como fazer isso se tudo ao seu lado está em um ritmo rápido e
contínuo?”, dispara.
(LLEDÓ, Maria Júlia. Como conciliar a rotina num século em que o tempo se
tornou privilégio?. Revista E (Sesc Edições). 01.05.2023. Adaptado)
Assinale a alternativa em que, na frase alterada, a posição
da vírgula está em conformidade com a norma-padrão de
pontuação.
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250719
Português
A ficha caiu
Em sua aventura pelo País das Maravilhas, Alice chega _____ casa da Lebre de Março, e senta-se, ________contragosto, ________ mesa com ________ anfitriã e o Chapeleiro para tomar um chá. Entediada com a conversa sem pé nem cabeça dos dois, pergunta: “Acho que vocês poderiam fazer coisa melhor com o tempo”. E, então, o Chapeleiro retruca: “Se você conhecesse o Tempo tão bem quanto eu, falaria dele com mais respeito”.
(LLEDÓ, Maria Júlia. Como conciliar a rotina num século em que o tempo se tornou privilégio?. Revista E (Sesc Edições). 01.05.2023.)
De acordo com a norma-padrão da língua, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:
Em sua aventura pelo País das Maravilhas, Alice chega _____ casa da Lebre de Março, e senta-se, ________contragosto, ________ mesa com ________ anfitriã e o Chapeleiro para tomar um chá. Entediada com a conversa sem pé nem cabeça dos dois, pergunta: “Acho que vocês poderiam fazer coisa melhor com o tempo”. E, então, o Chapeleiro retruca: “Se você conhecesse o Tempo tão bem quanto eu, falaria dele com mais respeito”.
(LLEDÓ, Maria Júlia. Como conciliar a rotina num século em que o tempo se tornou privilégio?. Revista E (Sesc Edições). 01.05.2023.)
De acordo com a norma-padrão da língua, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250720
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão
Quando criança, os meus pais me acordavam com a didática do grito. Não surtindo efeito, iam lá mexer nos meus ombros.
Não cumprindo a sua missão ainda, puxavam as minhas cobertas. Na época, não havia celular, muito menos alarme dos aplicativos. Rádio-relógio era caro e ficava na cabeceira dos adultos.
Eu lutava contra as táticas militares materna e paterna.
Procurava uma prorrogação, uma soneca, um adiamento fingindo dormir. Só não resistia à estratégia da avó Elisa. Ela
sabia acordar as pessoas, inspirar o sonho de olhos abertos.
Tinha PhD do sereno da madrugada e do galo cantando.
Ela me despertava pelo olfato. Pois não é pelo ouvido
que acordamos, mas pelo nariz.
Ela recolhia um maço de hortelã da horta e espalhava perto de mim. Não soltava um pio, não falava nada. Entrava silenciosamente no quarto abafando as tiras do seu velho chinelo e
largava o seu contrabando de ervas pelos travesseiros.
Com o cheiro forte do tempero, estranhíssimo naquele
cenário de linho e penas de ganso, eu saía do conforto dos
lençóis. Não tinha como continuar dormindo — a curiosidade
se fazia mais forte do que a dormência. A hortelã berrava com
o seu perfume. É impossível para alguém se defender do seu
aroma forte, lembrando os assados do Natal e do Ano-Novo.
Provocava imediata fome e repentina avidez pelo sol.
Assim que me punha de pé, a avó zombava de mim, vitoriosa de seu jeitinho:
— Já se levantou? Podia ter dormido mais. Acordou dez
minutos antes da hora.
Até hoje, no momento de pular da cama, procuro por perto
o ramo de hortelã para ver se não o encontro no travesseiro
ao lado.
Minha avó não está mais aqui, o câncer a levou para
longe, mas ela achou um modo todo seu de entrar em minha
respiração e me dar bom-dia.
(CARPINEJAR, Fabrício. Cuide de seus pais antes que seja tarde.
Editora Bertrand Brasil, 2018. Adaptado)
Ao narrar um episódio de sua infância, o autor
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250721
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão
Quando criança, os meus pais me acordavam com a didática do grito. Não surtindo efeito, iam lá mexer nos meus ombros.
Não cumprindo a sua missão ainda, puxavam as minhas cobertas. Na época, não havia celular, muito menos alarme dos aplicativos. Rádio-relógio era caro e ficava na cabeceira dos adultos.
Eu lutava contra as táticas militares materna e paterna.
Procurava uma prorrogação, uma soneca, um adiamento fingindo dormir. Só não resistia à estratégia da avó Elisa. Ela
sabia acordar as pessoas, inspirar o sonho de olhos abertos.
Tinha PhD do sereno da madrugada e do galo cantando.
Ela me despertava pelo olfato. Pois não é pelo ouvido
que acordamos, mas pelo nariz.
Ela recolhia um maço de hortelã da horta e espalhava perto de mim. Não soltava um pio, não falava nada. Entrava silenciosamente no quarto abafando as tiras do seu velho chinelo e
largava o seu contrabando de ervas pelos travesseiros.
Com o cheiro forte do tempero, estranhíssimo naquele
cenário de linho e penas de ganso, eu saía do conforto dos
lençóis. Não tinha como continuar dormindo — a curiosidade
se fazia mais forte do que a dormência. A hortelã berrava com
o seu perfume. É impossível para alguém se defender do seu
aroma forte, lembrando os assados do Natal e do Ano-Novo.
Provocava imediata fome e repentina avidez pelo sol.
Assim que me punha de pé, a avó zombava de mim, vitoriosa de seu jeitinho:
— Já se levantou? Podia ter dormido mais. Acordou dez
minutos antes da hora.
Até hoje, no momento de pular da cama, procuro por perto
o ramo de hortelã para ver se não o encontro no travesseiro
ao lado.
Minha avó não está mais aqui, o câncer a levou para
longe, mas ela achou um modo todo seu de entrar em minha
respiração e me dar bom-dia.
(CARPINEJAR, Fabrício. Cuide de seus pais antes que seja tarde.
Editora Bertrand Brasil, 2018. Adaptado)
No 5º
parágrafo, a expressão “Provocava [...] repentina
avidez pelo sol.” é empregada pelo autor para expressar
a ideia de que, parece-lhe, o aroma da hortelã
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250722
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão
Quando criança, os meus pais me acordavam com a didática do grito. Não surtindo efeito, iam lá mexer nos meus ombros.
Não cumprindo a sua missão ainda, puxavam as minhas cobertas. Na época, não havia celular, muito menos alarme dos aplicativos. Rádio-relógio era caro e ficava na cabeceira dos adultos.
Eu lutava contra as táticas militares materna e paterna.
Procurava uma prorrogação, uma soneca, um adiamento fingindo dormir. Só não resistia à estratégia da avó Elisa. Ela
sabia acordar as pessoas, inspirar o sonho de olhos abertos.
Tinha PhD do sereno da madrugada e do galo cantando.
Ela me despertava pelo olfato. Pois não é pelo ouvido
que acordamos, mas pelo nariz.
Ela recolhia um maço de hortelã da horta e espalhava perto de mim. Não soltava um pio, não falava nada. Entrava silenciosamente no quarto abafando as tiras do seu velho chinelo e
largava o seu contrabando de ervas pelos travesseiros.
Com o cheiro forte do tempero, estranhíssimo naquele
cenário de linho e penas de ganso, eu saía do conforto dos
lençóis. Não tinha como continuar dormindo — a curiosidade
se fazia mais forte do que a dormência. A hortelã berrava com
o seu perfume. É impossível para alguém se defender do seu
aroma forte, lembrando os assados do Natal e do Ano-Novo.
Provocava imediata fome e repentina avidez pelo sol.
Assim que me punha de pé, a avó zombava de mim, vitoriosa de seu jeitinho:
— Já se levantou? Podia ter dormido mais. Acordou dez
minutos antes da hora.
Até hoje, no momento de pular da cama, procuro por perto
o ramo de hortelã para ver se não o encontro no travesseiro
ao lado.
Minha avó não está mais aqui, o câncer a levou para
longe, mas ela achou um modo todo seu de entrar em minha
respiração e me dar bom-dia.
(CARPINEJAR, Fabrício. Cuide de seus pais antes que seja tarde.
Editora Bertrand Brasil, 2018. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase escrita a partir do
texto está de acordo com a norma-padrão de concordância verbal e nominal.
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250723
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão
Quando criança, os meus pais me acordavam com a didática do grito. Não surtindo efeito, iam lá mexer nos meus ombros.
Não cumprindo a sua missão ainda, puxavam as minhas cobertas. Na época, não havia celular, muito menos alarme dos aplicativos. Rádio-relógio era caro e ficava na cabeceira dos adultos.
Eu lutava contra as táticas militares materna e paterna.
Procurava uma prorrogação, uma soneca, um adiamento fingindo dormir. Só não resistia à estratégia da avó Elisa. Ela
sabia acordar as pessoas, inspirar o sonho de olhos abertos.
Tinha PhD do sereno da madrugada e do galo cantando.
Ela me despertava pelo olfato. Pois não é pelo ouvido
que acordamos, mas pelo nariz.
Ela recolhia um maço de hortelã da horta e espalhava perto de mim. Não soltava um pio, não falava nada. Entrava silenciosamente no quarto abafando as tiras do seu velho chinelo e
largava o seu contrabando de ervas pelos travesseiros.
Com o cheiro forte do tempero, estranhíssimo naquele
cenário de linho e penas de ganso, eu saía do conforto dos
lençóis. Não tinha como continuar dormindo — a curiosidade
se fazia mais forte do que a dormência. A hortelã berrava com
o seu perfume. É impossível para alguém se defender do seu
aroma forte, lembrando os assados do Natal e do Ano-Novo.
Provocava imediata fome e repentina avidez pelo sol.
Assim que me punha de pé, a avó zombava de mim, vitoriosa de seu jeitinho:
— Já se levantou? Podia ter dormido mais. Acordou dez
minutos antes da hora.
Até hoje, no momento de pular da cama, procuro por perto
o ramo de hortelã para ver se não o encontro no travesseiro
ao lado.
Minha avó não está mais aqui, o câncer a levou para
longe, mas ela achou um modo todo seu de entrar em minha
respiração e me dar bom-dia.
(CARPINEJAR, Fabrício. Cuide de seus pais antes que seja tarde.
Editora Bertrand Brasil, 2018. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a alteração da posição do
pronome em relação ao verbo, conforme indicada nos
colchetes, está em conformidade com a norma-padrão
da língua.
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250724
Raciocínio Lógico
Um cinema tem 3 salas para exibição, sendo que duas
salas têm 120 assentos cada e outra sala tem 200 assentos. Certo dia, cada uma dessas salas teve 8 sessões, ou
seja, cada uma das salas exibiu 8 filmes. A sala com o maior
número de assentos teve 3 sessões com lotação máxima,
ou seja, com todos os assentos ocupados por uma pessoa,
e 5 sessões com 80% da lotação máxima. Cada uma das
salas com 120 assentos teve metade das sessões com lotação máxima, 2 sessões com 100 pessoas em cada sessão,
1 sessão com dois terços da lotação máxima e 1 sessão
com 45% da lotação máxima. Nesse dia, o total de ingressos vendidos nesse cinema foi
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250725
Matemática
Uma pequena cidade é servida por apenas 2 linhas de ônibus intermunicipal. Uma das linhas tem saída da cidade a
cada 4 dias e a outra linha sai da cidade a cada 6 dias. Em
uma quarta-feira, dia 1 de março, saíram da cidade ônibus
das duas linhas. Considerando o dia 1 de março e os 84 dias
seguintes, o número de vezes em que saíram da cidade, em
um mesmo dia, ônibus das duas linhas foi
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250726
Matemática
Um total de 2090 livros será doado para duas bibliotecas,
de maneira que para cada 8 livros que uma biblioteca
receba, a outra receba 14 livros. Dessa maneira, a diferença entre os números de livros recebidos pelas duas
bibliotecas será
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250727
Matemática
Paulo e André compraram à vista um mesmo equipamento em uma loja, que tinha um mesmo preço de
etiqueta, porém cada um deles recebeu um desconto diferente, sobre o preço de etiqueta, para o pagamento à vista. Paulo recebeu 8% de desconto e André
recebeu 10% de desconto e somando os valores que
Paulo e André pagaram pelos equipamentos obtém-se
R$ 819,00. O preço de etiqueta desse equipamento é
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250728
Matemática
Considere que as 12 máquinas de uma fábrica produzem, em 8 dias, 14880 peças, com todas as máquinas
produzindo um mesmo número de peças diariamente.
Para a produção de 8 680 dessas peças com apenas 4
dessas máquinas, mantendo a mesma produção diária
por máquina, o número de dias necessário será
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250729
Matemática
Um escritório conta com 8 atendentes que fazem uma
média aritmética de 33 ligações por dia. Se mais 2 atendentes forem contratados especialmente para fazer ligações e cada um deles fizer 44 ligações por dia, a média
aritmética de ligações por dia que farão esses 10 atendentes, será
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250730
Matemática
Uma certa quantia, em reais, foi dividida em três envelopes. Em um envelope foi colocado um quinto dessa quantia, em outro envelope foi colocado R$ 59,50 e no terceiro
envelope a metade do que foi colocado nos dois primeiros
envelopes. Essa quantia está compreendida entre
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250731
Matemática
Um polígono de 10 lados tem 32 cm2
de área, 8 lados
de mesma medida e todos os ângulos retos, conforme
mostra a figura.
Sabendo que nesse polígono apenas um lado mede 4 cm e apenas um lado mede 8 cm, seu perímetro é igual a
Sabendo que nesse polígono apenas um lado mede 4 cm e apenas um lado mede 8 cm, seu perímetro é igual a
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250732
Matemática
Uma loja de material para festas vende copos em embalagens de 20 unidades, 30 unidades, 80 unidades e 100 unidades. Para a compra de exatamente 630 copos, um cliente irá levar pelo menos uma embalagem de 20 unidades.
Logo, o número mínimo de embalagens que esse cliente
irá comprar é
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Campinas - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente de Ação Social |
Q2250733
Matemática
Uma competição contou com a presença de 85 atletas,
cada um deles competindo em pelo menos uma modalidade. Três modalidades foram disputadas, sendo que a
corrida com barreiras teve a participação de 40 desses
atletas e o salto em altura teve a participação de 30 atletas. O número de atletas que participou do lançamento de
disco foi o dobro do número de atletas que disputou exatamente corrida com barreiras e salto em altura. Sabendo
que quem participou do lançamento de discos não disputou de nenhuma outra modalidade, o número de atletas
que participou apenas de corrida com barreiras foi