Questões de Concurso

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Q1950950 Filosofia

Leia o texto abaixo para responder à pergunta seguinte.



Teses sobre o conceito da história (§ 9)

Walter Benjamin



"Minhas asas estão prontas para o voo,

Se pudesse, eu retrocederia

Pois eu seria menos feliz

Se permanecesse imerso no tempo vivo."

(Gerhard Scholem, Saudação do anjo). 



“Há um quadro de Klee que se chama Angelus Novus. Representa um anjo que parece querer afastar-se de algo que ele encara fixamente. Seus olhos estão escancarados, sua boca dilatada, suas asas abertas. O anjo da história deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado. Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa a nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso.” 


(BENJAMIN, W. As Teses sobre o Conceito de História. In: Obras Escolhidas, Vol. 1, p. 222-232. São Paulo, Brasiliense, 1985).

Existem duas categorias de seres na exposição de Benjamin: o Anjo e os homens. Por que um anjo? O que ele representa? Sobre os questionamentos apresentados, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q1950948 Filosofia

Leia o trecho abaixo para responder à questão seguinte.



“Com a promulgação da Lei 11.684, de 2 de junho de 2008, a Filosofia volta a ser uma disciplina obrigatória nas escolas brasileiras, função que ela não desempenhava desde 1961 (Lei nº 4.020/61). Segundo a nova lei, o ensino de Filosofia (assim como o de Sociologia) assume um caráter de obrigatoriedade em todas as séries do ensino médio, a última etapa da educação básica no país. Diante desse cenário, profissionais envolvidos com o ensino, principalmente com o ensino de Filosofia – sejam eles professores universitários, de ensino médio ou mesmo estudantes – são novamente convocados a pensar questões fundamentais sobre a disciplina: é preciso saber por que, afinal de contas, deve-se ensinar Filosofia para os jovens do ensino médio, e quais conteúdos e metodologias devem ser empregados para atingir esses objetivos.” 



(DA SILVA, T. C.. A Filosofia no Ensino Médio: Por que, o que e como ensiná-la? In: Humanidades em diálogo. Vol. IV, N. I, Jun. 2011. p. 201). 

No Inciso III do artigo 35 da LDB (artigo em que são expostas as finalidades do ensino médio), lemos: “(...) o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico”. Não se discute que a Filosofia seja fundamental para o desenvolvimento do educando como pessoa humana, seja em relação à sua formação ética ou sua autonomia intelectual e seu pensamento crítico, mas o problema é o “como fazer?”, ou com outras palavras: o que justificaria o ensino de Filosofia como elemento fundamental deste processo de desenvolvimento dos educandos? Assinale a alternativa que apresente a resposta correta à pergunta. 
Alternativas
Q1950947 Filosofia
A definição de fato social e o significado da expressão “os fatos sociais são coisas”, para Durkheim em sua obra As regras do método sociológico (1895), se estabelece a partir de três conceitos fundamentais. Assinale a alternativa que apresente corretamente estes conceitos.
Alternativas
Q1950940 Filosofia
Leia os trechos da Seção II do Ensaio sobre o Entendimento Humano (1748), de D. Hume, citados abaixo para responder à questão seguinte.

    “Cada um admitirá prontamente que há uma diferença considerável entre as percepções do espírito, quando uma pessoa sente a dor do calor excessivo ou o prazer do calor moderado, e quando depois recorda em sua memória esta sensação ou a antecipa por meio de sua imaginação. (...)”

    “Podemos observar uma distinção semelhante em todas as outras percepções do espírito. Um homem à mercê dum ataque de cólera é estimulado de maneira muito diferente da de um outro que apenas pensa nessa emoção. Se vós me dizeis que certa pessoa está amando, compreendo facilmente o que quereis dizer-me e formo uma concepção precisa de sua situação, porém nunca posso confundir esta ideia com as desordens e as agitações reais da paixão. Quando refletimos sobre nossas sensações e impressões passadas, nosso pensamento é um reflexo fiel e copia seus objetos com veracidade, porém as cores que emprega são fracas e embaçadas em comparação com aquelas que revestiam nossas percepções originais. (...) E as impressões diferenciam-se das idéias, que são as percepções menos vivas, das quais temos consciência, quando refletimos sobre quaisquer das sensações ou dos movimentos acima mencionados.”


(HUME, D. Ensaio sobre o entendimento humano. Trad. Anoar Aiex.
Versão eletrônica. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000027.p
df>. Acesso em: 04/ago/2021. p.10).

Explorando ainda um pouco mais a metáfora do espelho, podemos especular sobre a razão para que o reflexo ou a cópia ser, no pensamento, “embaçada”, com “cores mais fracas” do que os materiais originais. Além disso, já na seção III do Ensaio sobre o entendimento humano, Hume passa a tratar das associações entre as ideias e falará de princípios de associação como princípios de funcionamento do próprio entendimento. Sobre as implicações destes desenvolvimentos para a Epistemologia e para a própria ideia de Ciência, assinale a alternativa evidentemente incorreta.
Alternativas
Q1950937 Filosofia
“(...) Ora, não será necessário, para alcançar esse desígnio, provar que todas elas são falsas, o que talvez nunca levasse a cabo; mas, uma vez que a razão já me persuade de que não devo menos cuidadosamente impedir-me de dar crédito às coisas que não são inteiramente certas e indubitáveis, do que às que nos parecem manifestamente ser falsas, o menor motivo de dúvida que eu nelas encontrar bastará para me levar a rejeitar todas. E, para isso, não é necessário que examine cada uma em particular, o que seria um trabalho infinito; mas, visto que a ruína dos alicerces carrega necessariamente consigo todo o resto do edifício, dedicar-me-ei inicialmente aos princípios sobre os quais todas as minhas antigas opiniões estavam apoiadas. Tudo o que recebi, até presentemente, como o mais verdadeiro e seguro, aprendi-o dos sentidos ou pelos sentidos: ora, experimentei algumas vezes que esses sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez."
(Descartes, R. Meditações metafísicas. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011).

Sobre este trecho da primeira meditação cartesiana, analise as afirmativas abaixo:

I. O procedimento da dúvida tem como fundamento a experiência. II. Não se trata de uma dúvida vulgar, fundada na experiência, mas de uma decisão racional. III. A dúvida é sistemática e generalizada. IV. Considerar como falso o que é apenas duvidoso se justifica pela experiência, portanto, a dúvida se funda na experiência.

Estão corretas as afirmativas:
Alternativas
Respostas
116: D
117: B
118: B
119: D
120: C