Questões de Concurso
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As intenções da modernidade sobre o corpo humano podem ser traduzidas por duas vias. A primeira é a via de suspeita e da eliminação devido ao seu baixo rendimento informativo, sua fragilidade, gravidade e falta de resistência. Visão moderna e laicizada da ensomatose, o corpo é a parte maldita da condição humana, cuja técnica e a ciência buscam remodelar, refazer, “imaterializar”, na tentativa de libertar o homem de seu difícil enraizamento de carne. A segunda via, contraditoriamente, é a via da salvação pelo corpo por meio da exaltação de seu sentimento, a modelagem da sua aparência, a busca da sedução, a obsessão pela forma e bem-estar, a preocupação com a juventude. O corpo é o objeto privilegiado de um mercado desenvolvido nos últimos anos em torno dos cosméticos, da estética, das salas de ginástica, dos tratamentos de emagrecimento, da manutenção da forma, da busca do bem-estar ou do desenvolvimento das terapias corporais.
SANTOS, Renata Ferreira dos; GUTIERREZ, Gustavo Luis; ROBLE, Odilon José. Dança para pessoas com deficiência: um possível elemento de transformação pessoal e social. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. Elsevier Editora, v. 41, set. 2019, p, 273.
Sobre a perspectiva da dança para pessoas com necessidades educativas específicas, os autores apontam duas cosmovisões do corpo e sua perfomance/aparência social que estão constituídas como parâmetros divergentes a partir, respectivamente:
Negar o conhecimento escolar sobre a cultura corporal é, portanto, um processo brutal de desumanização. É não reconhecer uma necessidade ontológica dos seres humanos. A necessidade de, pelo conhecimento clássico, pelas atividades guias, elevar a capacidade teórica, desenvolver, portanto a sua personalidade, sendo capaz de entender como nos tornamos seres humanos e quais as possibilidades do vir-a-ser onde prevaleçam os sentidos lúdicos, éticos e estéticos humanizantes dos elementos que compõe a cultura corporal […].
TAFFAREL, Celi Zulke. Pedagogia histórico-crítica e metodologia de ensino crítico-superadora da educação física: nexos e determinações. Nuances: Estudos sobre Educação, Presidente Prudente-SP, v. 27, n. 1, p. 5-23, jan./abr. 2016. p. 20.
Os apontamentos trazidos pela autora expressam uma síntese crítica antagônica a um modelo de práxis educativa na educação física advinda da
O desafio em ensinar sobre saúde na escola também está na compreensão de que ela se constitui como um “tema” e não como uma prática corporal. Entretanto, é um tema bastante privilegiado, pois está historicamente vinculado à Educação Física e, evidentemente, faz parte do cotidiano das vidas das pessoas. Isto favorece as necessárias reflexões sobre como a prática ou cultura corporal carregam em si contradições presentes em temas sociais mais amplos. Até que todas as pessoas possam exercer o direito à saúde e conquistem a possibilidade de, por exemplo, correr com autonomia, desafios como estes devem impulsionar a prática pedagógica nas escolas. Assim, tematizar a saúde nas aulas de Educação Física requer ter clareza das divergências entre conceitos e ter no horizonte a luta pela democracia […].
ANTUNES, Priscilla de Cesaro; FURTADO, Roberto Pereira. Para pensar a saúde na Educação Física escolar: a linha de chegada é a mesma da largada? In: COSTA, Jonatas Maia da (Org). O tema da saúde na educação física escolar: propostas pedagógicas (críticas) a partir da Saúde Coletiva– Palmas: EDUFT, 2021. p. 28.
Os autores, ao desenvolverem as suas postulações neste trecho, consideram e indicam como proposta no espaço pedagógico a ampliação paradigmática
Nesse contexto, assinale a alternativa que apresente as orientações corretas para a prática de atividade física de crianças e jovens entre 6 e 17 anos.
“[...] os alunos foram convidados a refletir a partir do texto de Luckesi (2011). O autor propõe uma avaliação no sentido _________ e que permita que o avaliado tenha condições de utilizar a avaliação como subsídio para sua formação e atingir o objetivo estabelecido.”
(In: CASTRO, P. H. Z. C. de; BAPTISTA, G. G. Didática multicultural e educação física: Entre a escola e a formação inicial. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 1, p. 0557–0575, 2022.)
O trecho revela preocupação com um processo avaliativo centrado no aluno e que robusteça sua formação, no âmbito da disciplina Educação Física. Tendo isso em mente, assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna apresentada
I. Acompanhamento de uma dada estrutura rítmica com diferentes partes do corpo, em coordenação; II. Participação em danças pertencentes a manifestações culturais da coletividade ou de outras localidades, que estejam presentes no cotidiano; III. Apreciação de esportes e lutas considerando alguns aspectos técnicos, táticos e estéticos; IV. Diferenciação de situações de esforço aeróbico, anaeróbico e repouso; V. Reflexão e avaliação de seu próprio desempenho e dos demais, tendo como referência o esforço em si, prescindindo, em alguns casos, do auxílio do professor;
I. Análise de alguns movimentos e posturas do cotidiano a partir de elementos socioculturais e biomecânicos; II. Reconhecimento de alterações corporais, mediante a percepção do próprio corpo, provocadas pelo esforço físico, tais como excesso de excitação, cansaço, elevação de batimentos cardíacos, efetuando um controle dessas sensações de forma autônoma e com o auxílio do professor; III. Participação em atividades competitivas, respeitando as regras e não discriminando os colegas, suportando pequenas frustrações, evitando atitudes violentas; IV. Expressão de opiniões pessoais quanto a atitudes e estratégias a serem utilizadas em situações de jogos, esportes e lutas; V. Percepção do próprio corpo e busca de posturas e movimentos não prejudiciais nas situações do cotidiano;
I. Diferenciação das situações de esforço e repouso; II. Acompanhamento de uma dada estrutura rítmica com diferentes partes do corpo; III. Análise de alguns movimentos e posturas do cotidiano a partir de elementos socioculturais e biomecânicos; IV. Criação de brincadeiras cantadas; V. Reconhecimento de algumas das alterações provocadas pelo esforço físico, tais como excesso de excitação, cansaço, elevação de batimentos cardíacos, mediante a percepção do próprio corpo.
I. observação e análise do desempenho dos colegas, de esportistas, de crianças mais velhas ou mais novas; II. Participação em diversos jogos e lutas, respeitando as regras e não discriminando os colegas; III. Participação na execução e criação de coreografias simples; IV. Discussão das regras dos jogos; V. Resolução de situações de conflito por meio do diálogo, com a ajuda do professor.
I – Deve-se ampliar as possibilidades da criança se posicionar e compreender os próprios deslocamentos no espaço a partir da percepção do próprio corpo
Portanto
II – Jogos e atividades que estimulem a ocupação de espaços devem ter lugar de destaque no processo de seleção de conteúdos
I – É uma característica marcante do primeiro ciclo a diferenciação das experiências e competências de movimentos de meninas e meninos
Portanto
II – Os conteúdos devem contemplar atividades que evidenciem essas competências de modo a segregar os dois grupos
I – Devem ser privilegiados jogos e brincadeiras com regras mais simples
Porque
II – Jogos e brincadeiras com regras mais simples facilitam a transição das brincadeiras individuais para brincadeiras sociais e regradas