Questões de Concurso
Para técnico financeiro
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Na abertura da Copa do Mundo, fiquei comovido quando vi a seleção da África do Sul cantando e dançando na saída do vestiário, antes do jogo contra o México. Foi a primeira impressão, e vou guardar.
Os jogadores se preparavam para entrar em campo, e eu imaginava a torcida inteira cantando. Imaginava todos dançando. Que adversário não se abalaria?
Mas dentro do estádio globalizado, um som monótono surge, abafando todos os demais. A vuvuzela.
Nenhum canto se ouviu, nenhuma voz se levantou. Nem Mandela, por uma fatalidade, apareceu. E a África me pareceu menos alegre.
Talvez eu não tenha entendido o sentido. Não tenha captado a mensagem subliminar por trás do zumbido incessante. O ato revolucionário. Confesso que não vi.
Poderia imaginar uma conspiração de ultradireita. Uma sórdida distribuição de milhões de vuvuzelas. Um plano diabólico contra a Mãe África. Uma conspiração monoteísta. Mas não imaginei.
Talvez uma nova forma de comunicação, uma língua universal. Coliseu futurista de “Guerra nas Estrelas”. Insetos mutantes. Nada.
A Copa esquentou e, aos poucos, vou me acostumando. Só tenho ouvidos para o sopro das cornetas. Meu corpo acorda trêmulo, e só relaxo quando tomo um gole de café com vuvuzelas matinais. Meu coração anestesiado já joga do lado dos vencedores.
Atordoado e confuso me rendi. O som da vuvuzela é o som do Universo. Um mantra cósmico embalando o mundo da bola. Da bola Jabulani. Milagre tecnológico e triunfo da ciência sobre os goleiros.
A zebra nunca correu tão solta, e a América do Sul parece um rolo compressor. As holandesas continuam lindas, e os árbitros errando.
O mundo inteiro pode ver, rever, discutir.
A Fifa tem uma parafernália digital à disposição de todos. Nada escapa aos olhos do Big Brother. Mas ao árbitro nada. Precisamos de alguém para levar a culpa, e a culpa é do juiz, do goleiro ou do Dunga.
Mas a culpa pode ser minha, caso não vista a mesma camisa em todos os jogos. E, refém da minha razão esotérica, paro de escrever e vou procurá-la, no meio de outros panos desprovidos de valor sobrenatural.
Não sei se o Brasil venceu a Holanda. Não posso prever o futuro, nem me atrevo a dar palpite. Os deuses do futebol são imprevisíveis, e a verdade virá no apito final.
No dia 11 de julho, um país vai levantar a taça e a história vai falar dos vencedores, dos artilheiros das grandes jogadas.
Heróis serão recebidos por uma massa. Festa por todos os cantos de algum país campeão do mundo.
E a vida segue.
Mas na memória também fica a nobreza africana codificada pelo canto dos Bafana Bafana.
(Rodrigo Maranhão/Revista O Globo, 24/07/2010)
Sobre o texto “A vuvuzela é o som do universo”, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:
( ) Precisamos de alguém para levar a culpa, e a culpa é do juiz, do goleiro ou do Dunga.
( ) A seleção da África do Sul cantou e dançou na saída do vestiário, antes do jogo contra o México.
( ) As holandesas continuam lindas, e os árbitros errando.
A sequência está correta em:
Nunca os jornais falaram tanto de algo que não aconteceu. Talvez, apenas, na nunca materializada pandemia de Sars, a “pneumonia asiática” que tirou o sono de muita gente em novembro de 2002 e causou menos de 800 mortes.
O terror na forma de vírus vem mais uma vez da Ásia. A mortandade de aves domésticas e casos isolados de pessoas infectadas com o H5N1 se espalharam pelo Oriente a partir de 2003 e daí, periodicamente, para as manchetes do mundo todo. O contágio jornalístico parece muito mais fácil que o físico.
Há motivo para precaução de autoridades sanitárias? Sem dúvida. Mas não para pânico público, nem para sair comprando do próprio bolso caixas e caixas de oseltamivir (marca registrada Tamiflu). Até que haja contágio entre humanos, e não de ave para homem, corre-se o risco de gastar dinheiro à toa. Já se o H5N1 ganhar a faculdade de infectar humanos facilmente, nada garante que a droga vá ser eficaz contra o vírus mutante.
Enquanto isso, o remédio é buscar um pouco de informação. O H5N1 é uma cepa do tipo A do vírus da influenza (gripe), bem mais problemático que os outros dois, B e C. Normalmente infecta aves, domésticas ou selvagens (inclusive migratórias). Desse reservatório pode ser transmitido para pessoas, quando manifesta alta capacidade de matar (em alguns surtos, as mortes chegaram a um terço dos doentes).
O nome atribuído às cepas tem relação direta com seu poder sinistro, mais precisamente com proteínas de sua superfície cruciais para a capacidade de invadir células do aparelho respiratório, multiplicar-se dentro delas e depois abandoná-las em legião. O H se refere à hemaglutinina, envolvida na invasão, e o N à neuraminidase, que ajuda as partículas virais multiplicadas a deixarem a célula infectada.
O H5N1 só se tornaria realmente perigoso se sofresse uma mutação que facilitasse sua transmissão entre pessoas, do que ainda não se tem notícia. Os repetidos surtos de infecção de gente que lida com galináceos multiplicam as chances estatísticas de que isso se torne uma realidade. Aves migratórias e o comércio de aves ajudam a espalhar o vírus pelo mundo, levando-o por exemplo para a Europa, mas muito improvavelmente para a América do Sul.
O temor de epidemiologistas é que o vírus sofra uma recombinação (intercâmbio de material genético), no corpo dos raros doentes, com o vírus da gripe comum. Facilidade de contágio e poder de matar podem resultar dessa aliança, mas, de novo, nada garante que isso vá ocorrer.
É como andar de avião, ou morar perto de uma usina nuclear: probabilidade muito baixa de um acidente, que no entanto teria efeitos devastadores. A diferença é que, no mundo globalizado, ninguém pode escolher deixar de respirar.
(LEITE, Marcelo. Folha de São Paulo: 30 / 10 / 2005.)
Leiam-se as seguintes proposições:
I - “Normalmente infecta aves, domésticas ou selvagens (inclusive migratórias) ” (5º §).
II - “Desse reservatório, pode ser transmitido para pessoas” (5º §).
III - “Aves migratórias e o comércio de aves ajudam a espalhar o vírus pelo mundo” (7º §).
IV - “Facilidade de contágio e poder de matar podem resultar dessa aliança” (8º §).
Deve ser interpretado, não como certo, mas como passível de realizar-se, o conteúdo expresso:
I. Os juros incidem sempre sobre o capital inicial; II. Dá-se uma taxa para certo período de tempo; III. Juros simples também se denomina como capitalização simples; IV. Apenas no fim do primeiro período os juros são calculados sobre o capital inicialmente aplicado.
A respeito do regime de juros simples, são corretos os itens:
O _______ expõe que o planejamento procura maximizar os resultados e minimizar as dificuldades, ou deficiências.
I. Ele deve sempre visar ao objetivo máximo da organização, hierarquizando os objetivos e buscando cumpri-los em sua totalidade; II. Ele sempre vem antes das outras funções administrativas; III. Ele é a mais abrangente das funções organizacionais, e por isso ele pode provocar uma série de modificações na organização.
É correto o que se afirma em:
I. Interferir no próprio futuro, determinando o caminho a ser seguido; II. Prever, articular e tomar decisões (alocar) os recursos a serem utilizados para atingir os objetivos; III. Determinar a melhor forma de, coordenando suas forças e fraquezas, enfrentar as situações futuras que possam ser previstas; IV. Garantir o sucesso da organização e declínio da concorrência.
A respeito dos benefícios que o planejamento permite, são corretos os itens:
I. É necessário definir os objetivos a serem alcançados. II. É necessário diagnosticar a situação. III. O planejamento estratégico deve ser realizado. IV. É preciso controlar o processo.
A opção que possui os itens que correspondem às etapas para se obter a excelência no atendimento é: