Questões de Português - Uso da Vírgula para Concurso

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Q2593860 Português

Texto para as questões 1 a 10:


Oceanos batem recorde de calor em meio à falta de ações


1Recorde de temperaturas, ondas de calor cada vez mais frequentes e acidificação acelerada: o mais recente relatório

da OMM (Organização Meteorológica Mundial) confirmou uma série de indicadores negativos para os oceanos.

As águas, que cobrem mais de 70% da superfície da Terra, têm um papel importante na regulação do clima. A maior

parte da energia acumulada no sistema atmosférico vai para os oceanos, que foram fundamentais para que as temperaturas

5 globais não se elevassem ainda mais nas últimas décadas.

Os dados mais recentes evidenciam, contudo, uma rápida degradação das condições dos mares. Ano mais quente da

história da humanidade, 2023 ficou marcado também por um aumento sem precedentes das ondas de calor marinhas, que

chegaram a uma cobertura média diária de 32% dos oceanos. No recorde anterior, em 2016, as cifras eram de 23%.

A situação mereceu um alerta especial da OMM, que é vinculada à ONU (Organização das Nações Unidas). “A escala

10 de tempo dos oceanos não é tão rápida quanto a da atmosfera. Mas, uma vez que a mudança está estabelecida, eu diria que

é quase irreversível”, avaliou a secretária-geral da entidade, Celeste Saulo.

“A tendência é realmente muito preocupante. E isso se deve às características da água, que retém o calor por mais

tempo do que a atmosfera. É por isso que estamos prestando cada vez mais atenção ao que está acontecendo nos oceanos.”

As ondas de calor marinhas têm grande influência também no processo de branqueamento de corais, ecossistemas

15 essenciais para o equilíbrio da vida marinha. Nos últimos meses, diversas instituições, incluindo a Noaa (agência atmosférica

e oceânica americana), emitiram alertas para o risco de episódios de grandes proporções.

Nesse processo, desencadeado pelo estresse térmico, os corais expulsam as algas que vivem em seus tecidos, ficando

assim mais vulneráveis a diversos problemas, incluindo a falta de nutrientes e a doenças.

“Temos o risco de uma espécie de desertificação [da vida] dos oceanos quando esse branqueamento de corais se

20 expande muito amplamente”, disse o chefe de monitoramento climático da OMM, Omar Baddour.

Os níveis recordes de acidificação dos oceanos, resultado da absorção dos níveis sem precedentes de dióxido de

carbono, contribuem para deteriorar ainda mais os ecossistemas marinhos.

Diante desse cenário, cientistas de todo o mundo têm elevado os alertas para reforçar a proteção dos oceanos.

Em 2023, após mais de uma década de negociações, a comunidade internacional concordou com um tratado no âmbito

25 da ONU para a preservação do chamado “alto-mar”, as águas que se estendem para além do limite de 370 km da costa das

atuais jurisdições nacionais.

Até agora, os compromissos internacionais de preservação se enquadravam nas águas nacionais. Ainda que o alto-

mar tenha sido de certa forma mais preservado historicamente, a situação se alterou nas últimas décadas.

O aumento da regulação nos mares mais próximos, combinado à crescente exaustão de recursos naturais nessas

30 regiões, tem expandido rapidamente as “fronteiras” marítimas. Além dos danos trazidos pelas mudanças climáticas, as águas

mais afastadas tornaram-se frequentemente exploradas por atividades intensivas que se aproveitam das lacunas legais.

No tratado, os países assumem o compromisso com a preservação de pelo menos 30% dos oceanos até 2030.

Atualmente, apenas cerca de 3% dos oceanos do globo estão sob proteção total ou muito elevada.

Apesar de ter sido classificado como histórico por ambientalistas, o acordo só entra em vigor quando pelo menos 60

35 países o tiverem ratificado. Até agora, apenas Palau, um Estado insular do Pacífico, e o Chile cumpriram esse requisito.

“O tratado foi um avanço muito grande na perspectiva da governança global dos oceanos. Estamos fechando uma

lacuna importante, porém ainda é necessário que os países se comprometam e ratifiquem o documento no seu cenário

doméstico”, destaca Leandra Gonçalves, doutora em relações internacionais e professora do Instituto do Mar da Unifesp

(Universidade Federal de São Paulo).

40 “O Brasil, por exemplo, ainda não ratificou”, completou a bióloga.

A necessidade dos processos de ratificação foi um dos temas debatidos na Cúpula Mundial dos Oceanos, realizada em

março em Lisboa. Diretor científico e administrador da Fundação Oceano Azul, Emanuel Gonçalves destacou a importância da

proteção dos ecossistemas marinhos.

“Nós levamos 300 anos para proteger 3% dos oceanos da pesca extrativa. Se fizermos agora a mesma coisa, vamos

45 levar mais 300 anos. Temos de fazer diferente. Precisamos acelerar os processos e garantir a proteção baseada na melhor

evidência científica”, diz o pesquisador.

A falta de financiamento para medidas de preservação tem sido historicamente um dos principais entraves ao

estabelecimento das zonas protegidas. Além de cobrar mais recursos para a implementação das áreas de proteção, Gonçalves

diz que os oceanos merecem mais espaço na agenda internacional.

50 “A relação entre o oceano e o clima tem sido algo negligenciado no âmbito das convenções das alterações climáticas

[as COPs]”, avaliou.

Para Leandra Gonçalves, embora o tema venha ganhando espaço desde a Rio+20, realizada em 2012, ainda é preciso

garantir que as discussões se transformem em medidas concretas

“Os oceanos estão ocupando um espaço maior na agenda internacional, e isso tem se refletido na agenda doméstica

55 dos países, em especial daqueles que têm grandes zonas costeiras. Mas ainda está muito tímida a prática desses países para

as questões das mudanças climáticas, da conservação da biodiversidade e da poluição”, enumerou. “Precisamos aproximar

o discurso da prática.”


Giuliana Miranda. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: 28 mar. 2024.

Nos últimos meses, diversas instituições, incluindo a Noaa (agência atmosférica e oceânica americana), emitiram alertas para o risco de episódios de grandes proporções. (linhas 15 e 16)


Selecione a alternativa em que se tenha construído pontuação igualmente correta para o período acima.

Alternativas
Q2592474 Português

(todos os fragmentos foram retirados do site https://www.tse.jus.br/comunicacao/noticias/2016/Setembro/vereador-conheca-o-papel-e-as-funcoes-desse-representante-politico e adaptados para a finalidade desta questão):


A única alternativa em que a pontuação foi adequadamente utilizada é

Alternativas
Q2590807 Português

Texto para os itens de 1 a 7.


1 Na Grécia Antiga, três séculos antes de Cristo, foi

fundada a Escola Estoica. O ideal de seus seguidores era

viver “de acordo com a natureza”, e assumir uma atitude

4 impassível e racional diante dos acontecimentos, fossem

eles marcados pela dor ou pelo prazer. Séculos mais

tarde, de acordo com os valores da cultura judaico-cristã,

7 a dor passou a ser encarada como forma de redimir os

pecados intrínsecos à espécie humana, ou como castigo

pelos erros cometidos. Prova disso está nas súplicas — “A

10 vós suplicamos gemendo e chorando neste vale de

lágrimas” —, ou na ira divina ao punir a desobediência

de Eva no Paraíso: “Entre dores darás à luz os filhos”.

13 Nem os poetas escaparam dessa postura de aceitação

da dor— “Ser mãe é padecer no Paraíso” — como mal

necessário a caminho da redenção.

16 Sob o enfoque da medicina moderna, porém,

a dor é um sinal de alarme e o sofrimento que provoca,

além de absolutamente inútil, debilita o organismo e

19 compromete a qualidade de vida. Mas nem sempre

se pensou assim. Durante muito tempo, as faculdades de medicina e

de enfermagem não capacitaram os

22 alunos para lidar com a dor, fosse ela aguda ou crônica,

e muitos médicos estão despreparados para enfrentar

esse desafio, apesar dos avanços tecnológicos e na área

25 da farmacologia. Não estamos nos referindo aqui às

dores mais leves que passam com a administração de

analgésicos comuns, mas às dores agudas e crônicas, que

28 requerem tratamento mais agressivo e especializado.

Hoje, infelizmente, a despeito de todo o

progresso terapêutico, essas dores ainda não recebem a

31 abordagem necessária e estão se transformando em um

problema de saúde pública no Brasil.


Internet: <www.drauziovarella.uol.com.br>(com adaptações).

Em relação à pontuação do período do texto “Não estamos nos referindo aqui às dores mais leves que passam com a administração de analgésicos comuns, mas às dores agudas e crônicas, que requerem tratamento mais agressivo e especializado” (linhas de 25 a 28), uma alteração que manteria a coerência e a correção gramatical do trecho seria a inserção de vírgula após

Alternativas
Q2590625 Português

Para responder às questões de 12 a 14, leia o Texto VI.


Texto VI


Como identificar fake news: na dúvida, não compartilhe


Fake news são formas de desinformação estrategicamente disseminadas que ganharam impulso graças à internet 12/09/2023 16:40


Com a revolução digital, houve um grande aumento da disseminação de notícias falsas (fake news). Para que esses conteúdos atinjam grande público, são usados algoritmos que aumentam seu alcance e repercussão. Além disso, as notícias falsas são compartilhadas com e por pessoas que já acreditam em determinadas ideias, o que torna ainda maior a chance de produzirem posicionamentos radicais entre as pessoas.

Por conta dessas características, a desinformação é estrategicamente usada como arma política na conquista de simpatizantes e votos nas eleições, impedindo o acesso a dados precisos por parte das eleitoras e dos eleitores para que possam tomar decisões conscientes.

Por essa razão, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criou a página Fato ou Boato, que integra o Programa de Enfrentamento à Desinformação; outros Tribunais Regionais Eleitorais também criaram páginas para verificação de notícias falsas. No Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), a Central de Combate à Desinformação ganhou o nome de Gralha Confere.


Veja abaixo como identificar fake news:


Títulos chamativos ou bombásticos

Em muitos casos, o título não se relaciona ao restante do texto. Nunca leia só o título e confira se o fato já foi publicado em outros veículos.

Erros ortográficos ou gramaticais

Textos jornalísticos são revisados antes de serem publicados. Se o texto contém erros, desconfie. Cheque a informação em outros veículos mais reconhecidos.

Textos opinativos como se fossem notícia

Todo artigo opinativo deve vir assinado pelo seu autor. Mesmo em entrevistas, a opinião dos entrevistados é apresentada de forma imparcial pelo veículo. Se a suposta notícia traz opinião disfarçada no meio do texto, não é isenta.

Sites ou canais desconhecidos

Convém checar se outros veículos também publicaram a notícia. Isso ajuda a garantir a credibilidade da informação.

Notícia verdadeira mas antiga

Nem sempre as notícias são falsas, mas podem ser antigas e estar descontextualizadas visando gerar desinformação. Por essa razão é importante verificar a data da publicação e buscar a fonte para saber da veracidade do fato e em que data ocorreu.

URL falsificada

E comum que as fake news sejam divulgadas em páginas com links que aparentemente são de um veículo tradicional, mas que direcionam o usuário para outro site onde está publicado o conteúdo falso. Então, verifique se o site que veicula o conteúdo é verdadeiro.

Consulte agências de checagem

Os conteúdos mentirosos que viralizam costumam ser desmentidos por agências de checagem de notícias. Se recebeu algo que

despertou dúvidas, consulte essas agências para ver se há algum desmentido sobre o assunto.


Fonte: TRE-PR. Como identificar fake news: na dúvida, não compartilhe. Disponível em: https://www.tre-pr.jus.br/comunicacao/noticias/2023/Setembro/como-identificar-fake-news-na-duvida-nao-compartilhe-1 . Acesso em: 24 mar. 2024.

Sobre o Texto VI, em “Se recebeu algo que despertou dúvidas, consulte essas agências para ver se há algum desmentido sobre o assunto.”, ouso da vírgula se justifica pela ocorrência de:

Alternativas
Q2589935 Português

STJ na luta contra o juridiquês


Por Superior Tribunal de Justiça


  1. Se o idioma oficial do Brasil é o português, a língua predominante na Justiça, ao longo dos
  2. tempos, tem sido o "juridiquês" – uma mistura de palavreado técnico com estilo rebuscado e
  3. doses abundantes de termos em latim, muito .... gosto dos profissionais do direito, mas de difícil
  4. compreensão para o público leigo.
  5. No dia ___ dia dos processos, uma norma que se aplica a situações passadas tem efeito ex
  6. tunc; a repetição de uma situação jurídica é bis in idem; e, se for apenas para argumentar,
  7. pode-se dizer ad argumentandum tantum. E nem só de latim vive a complicação: denúncia virou
  8. exordial increpatória; inquérito policial, caderno indiciário; petição inicial, peça incoativa.
  9. Ciente da importância da informação para o exercício da cidadania, o Superior Tribunal de
  10. Justiça (STJ) tem adotado, ao longo do tempo, uma série de medidas para levar o conhecimento
  11. sobre as decisões judiciais para além dos profissionais especializados, tornando mais abrangente
  12. sua comunicação com a sociedade – o que inclui a opção por uma linguagem bem diferente
  13. daquela que se consagrou no cotidiano forense.
  14. A mais recente iniciativa da corte nessa direção foi o lançamento de uma nova ferramenta
  15. em seu portal na internet, destinada a facilitar a compreensão dos julgamentos pelo público não
  16. familiarizado com a linguagem jurídica: agora, as notícias trazem um resumo simplificado, que
  17. apresenta o ponto principal da matéria em termos acessíveis para o leigo e está disponível em
  18. um ícone logo abaixo do título de cada texto.
  19. A medida está alinhada com as diretrizes do Pacto Nacional do Judiciário pela Linguagem
  20. Simples, lançado em dezembro de 2023 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mas integra
  21. uma política de aproximação com o cidadão que o STJ já vem seguindo há bastante tempo.
  22. A simplificação da linguagem é uma preocupação constante da Secretaria de Comunicação
  23. Social (SCO), em respeito à Política de Comunicação Institucional do STJ, especialmente ao
  24. disposto em seus artigos 11 e 13, que exigem clareza, precisão, qualidade e acessibilidade na
  25. divulgação de informações sobre as decisões, a jurisprudência, os serviços, os projetos e as
  26. ações da corte.
  27. Atenta ___ necessidades de democratização da informação, a SCO tem apresentado, em
  28. suas diferentes plataformas, produtos que facilitam a compreensão da atividade jurisdicional
  29. pelo público não especializado.
  30. O Pacto Nacional do Judiciário pela Linguagem Simples materializa os esforços para atender
  31. a Estratégia Nacional do Poder Judiciário 2021-2026, especificamente no que diz respeito à
  32. adoção de uma linguagem direta e compreensível pelo público leigo, tanto nas decisões judiciais
  33. quanto nas comunicações em geral.
  34. Ao anunciar o pacto durante o 17º Encontro Nacional do Poder Judiciário, em Salvador, o
  35. ministro Luís Roberto Barroso – presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ –
  36. apontou a relevância de aprimorar ___ comunicação com os jurisdicionados. "A linguagem
  37. codificada e inacessível torna-se um instrumento de e...clusão; precisamos ser capazes de usar
  38. uma linguagem mais compreensível e inclusiva para todas as pessoas", declarou.
  39. O pacto dispõe que o uso de vocabulário técnico não deve representar uma barreira ao
  40. entendimento das decisões judiciais. Assim, simplificar a linguagem nas decisões, sem deixar de
  41. lado a precisão técnica, passa a ser mais um dos desafios da magistratura para ampliar o acesso
  42. à Justiça e à informação – direitos previstos na Constituição Federal de 1988.


(Disponível em: www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/2024/24032024-STJ-na-luta-contra-o-juridiques-e-por-uma-comunicacao-mais-eficiente-com-a-sociedade.aspx – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando o emprego correto da vírgula, analise as assertivas a seguir:


I. Na linha 08, a ocorrência da vírgula hachurada se deve à marcação da omissão de um termo.

II. Na linha 34, o emprego da vírgula separa uma oração adverbial temporal de sua oração principal.

III. Nas linhas 40-41, a dupla vírgula separa uma ressalva feita à ideia anterior de simplificar a linguagem nas decisões.


Quais estão corretas?

Alternativas
Respostas
76: D
77: A
78: B
79: E
80: E