Questões de Concurso Público IF-TO 2019 para Técnico em Enfermagem
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A democracia opera milagres
§ 1º Com atraso de cinco dias, comemoro o 45º aniversário da Revolução dos Cravos, o movimento que devolveu Portugal à democracia.
§ 2º Comemoro porque Portugal talvez seja o melhor exemplo de como a democracia faz bem à saúde, à saúde do país e das pessoas.
§ 3º Portugal ganhou não só as deliciosas liberdades públicas associadas à democracia como, depois de algum tempo, viu o fim de uma guerra colonial fora de época.
§ 4º Natural, pois, que o 25 de abril tenha sido um tremendo porre cívico, uma festa inesquecível. Reproduzo trecho de um texto meu da época, que relatava a comemoração do 1º de maio, uma semana depois da queda da ditadura:
§ 5º “O primeiro cartaz que vi, com letras improvisadas em um retângulo de isopor, avisava: ‘A poesia está nas ruas’. A poesia saiu às ruas logo cedo: cada automóvel que desfilava por Lisboa levava flores. Às vezes, apenas uma. Às vezes, um ‘V’ floral, geralmente arranjado nas cores vermelha e verde da bandeira. Às vezes, as flores eram tantas que os carros mais pareciam canteiros com rodas, a soar sincopadamente as buzinas para repetir o slogan de todos: ‘O povo unido jamais será vencido’.”
§ 6º A democracia, um bem em si mesmo, pelo menos para meu gosto, veio acompanhada de um bônus, no caso de Portugal: a possibilidade de aceder à então Comunidade Econômica Europeia (hoje União Europeia). Ditaduras não são aceitas no clube. E fazer parte dele abriu as portas para a prosperidade.
§ 7º Que o digam os próprios portugueses: o mais recente Eurobarômetro informa que 69% deles dizem que pertencer à UE é uma coisa boa.
§ 8º Note-se que esse resultado vem na sequência de um período duro, de austeridade, recessão e desemprego (sim, democracia também tem percalços, como qualquer outro regime).
§ 9º É natural esse europeísmo de raiz, em uma época em que a Europa navega águas turbulentas: o crescimento econômico de Portugal em 2018 foi de 2,1%, acima da média da eurozona de 1,8%. O desemprego, que, durante a crise passara de 8% para 18%, está hoje abaixo de 7% (6,7%, exatamente).
§ 10. É natural, pois, que o austero Financial Times — adorador dos modelos ortodoxos — tenha, na semana passada, apontado Portugal como exemplo de sucesso com sua fórmula heterodoxa de saída da austeridade.
§ 11. Qual é a fórmula? “Mostramos que é possível aumentar a renda, dar impulso ao investimento privado, cortar o desemprego e, ainda assim, ter finanças públicas saudáveis”, canta António Costa, o primeiro-ministro.
§ 12. Trata-se de um raro socialista no poder em uma Europa que vinha caminhando para a direita até a vitória dos socialistas no domingo (28) na Espanha. Costa chegou ao governo (24/11/2015) com um déficit público de 4,4%. Reduziu-o a 0,5% no ano passado e pode zerá-lo em 2019, pela primeira vez em 40 anos. Ou seja, há números positivos para a direita, para a esquerda e, naturalmente, para o centro.
§ 13. Invejável, não? Não é à toa que Valdemar Cruz, jornalista do “Expresso”, tenha escrito a propósito do 25 de abril: “Sem abril, jamais seríamos o país que somos. Com todas as suas fragilidades. Com todas as suas grandezas. 25 de Abril foi ontem. 25 de Abril é hoje. 25 de Abril será sempre”.
§ 14. Como é possível que ainda haja quem louve ditaduras?
ROSSI, Clóvis. Folha de S. Paulo, 30 abr. 2019.
A democracia opera milagres
§ 1º Com atraso de cinco dias, comemoro o 45º aniversário da Revolução dos Cravos, o movimento que devolveu Portugal à democracia.
§ 2º Comemoro porque Portugal talvez seja o melhor exemplo de como a democracia faz bem à saúde, à saúde do país e das pessoas.
§ 3º Portugal ganhou não só as deliciosas liberdades públicas associadas à democracia como, depois de algum tempo, viu o fim de uma guerra colonial fora de época.
§ 4º Natural, pois, que o 25 de abril tenha sido um tremendo porre cívico, uma festa inesquecível. Reproduzo trecho de um texto meu da época, que relatava a comemoração do 1º de maio, uma semana depois da queda da ditadura:
§ 5º “O primeiro cartaz que vi, com letras improvisadas em um retângulo de isopor, avisava: ‘A poesia está nas ruas’. A poesia saiu às ruas logo cedo: cada automóvel que desfilava por Lisboa levava flores. Às vezes, apenas uma. Às vezes, um ‘V’ floral, geralmente arranjado nas cores vermelha e verde da bandeira. Às vezes, as flores eram tantas que os carros mais pareciam canteiros com rodas, a soar sincopadamente as buzinas para repetir o slogan de todos: ‘O povo unido jamais será vencido’.”
§ 6º A democracia, um bem em si mesmo, pelo menos para meu gosto, veio acompanhada de um bônus, no caso de Portugal: a possibilidade de aceder à então Comunidade Econômica Europeia (hoje União Europeia). Ditaduras não são aceitas no clube. E fazer parte dele abriu as portas para a prosperidade.
§ 7º Que o digam os próprios portugueses: o mais recente Eurobarômetro informa que 69% deles dizem que pertencer à UE é uma coisa boa.
§ 8º Note-se que esse resultado vem na sequência de um período duro, de austeridade, recessão e desemprego (sim, democracia também tem percalços, como qualquer outro regime).
§ 9º É natural esse europeísmo de raiz, em uma época em que a Europa navega águas turbulentas: o crescimento econômico de Portugal em 2018 foi de 2,1%, acima da média da eurozona de 1,8%. O desemprego, que, durante a crise passara de 8% para 18%, está hoje abaixo de 7% (6,7%, exatamente).
§ 10. É natural, pois, que o austero Financial Times — adorador dos modelos ortodoxos — tenha, na semana passada, apontado Portugal como exemplo de sucesso com sua fórmula heterodoxa de saída da austeridade.
§ 11. Qual é a fórmula? “Mostramos que é possível aumentar a renda, dar impulso ao investimento privado, cortar o desemprego e, ainda assim, ter finanças públicas saudáveis”, canta António Costa, o primeiro-ministro.
§ 12. Trata-se de um raro socialista no poder em uma Europa que vinha caminhando para a direita até a vitória dos socialistas no domingo (28) na Espanha. Costa chegou ao governo (24/11/2015) com um déficit público de 4,4%. Reduziu-o a 0,5% no ano passado e pode zerá-lo em 2019, pela primeira vez em 40 anos. Ou seja, há números positivos para a direita, para a esquerda e, naturalmente, para o centro.
§ 13. Invejável, não? Não é à toa que Valdemar Cruz, jornalista do “Expresso”, tenha escrito a propósito do 25 de abril: “Sem abril, jamais seríamos o país que somos. Com todas as suas fragilidades. Com todas as suas grandezas. 25 de Abril foi ontem. 25 de Abril é hoje. 25 de Abril será sempre”.
§ 14. Como é possível que ainda haja quem louve ditaduras?
ROSSI, Clóvis. Folha de S. Paulo, 30 abr. 2019.
Considerando os mecanismos de coesão e os sentidos do texto 1, julgue as afirmativas a seguir:
I. No trecho “E fazer parte dele abriu as portas para a prosperidade” (§ 6º), o vocábulo “dele” tem como referente “Portugal” (§ 6º).
II. No parágrafo 10, a expressão “sua fórmula heterodoxa” tem como referente o sintagma “o austero Financial Times” (§ 10.).
III. No trecho “que relatava a comemoração do 1º de maio” (§ 4º), o pronome relativo “que” tem como referente o vocábulo “época” (§ 4º).
IV. A expressão “um bônus” (§ 6º) tem como referente o sintagma “A democracia” (§ 6º).
V. A expressão “um raro socialista no poder” (§ 12.) tem como referente “António Costa” (§ 11.)
Assinale a opção correta:
A democracia opera milagres
§ 1º Com atraso de cinco dias, comemoro o 45º aniversário da Revolução dos Cravos, o movimento que devolveu Portugal à democracia.
§ 2º Comemoro porque Portugal talvez seja o melhor exemplo de como a democracia faz bem à saúde, à saúde do país e das pessoas.
§ 3º Portugal ganhou não só as deliciosas liberdades públicas associadas à democracia como, depois de algum tempo, viu o fim de uma guerra colonial fora de época.
§ 4º Natural, pois, que o 25 de abril tenha sido um tremendo porre cívico, uma festa inesquecível. Reproduzo trecho de um texto meu da época, que relatava a comemoração do 1º de maio, uma semana depois da queda da ditadura:
§ 5º “O primeiro cartaz que vi, com letras improvisadas em um retângulo de isopor, avisava: ‘A poesia está nas ruas’. A poesia saiu às ruas logo cedo: cada automóvel que desfilava por Lisboa levava flores. Às vezes, apenas uma. Às vezes, um ‘V’ floral, geralmente arranjado nas cores vermelha e verde da bandeira. Às vezes, as flores eram tantas que os carros mais pareciam canteiros com rodas, a soar sincopadamente as buzinas para repetir o slogan de todos: ‘O povo unido jamais será vencido’.”
§ 6º A democracia, um bem em si mesmo, pelo menos para meu gosto, veio acompanhada de um bônus, no caso de Portugal: a possibilidade de aceder à então Comunidade Econômica Europeia (hoje União Europeia). Ditaduras não são aceitas no clube. E fazer parte dele abriu as portas para a prosperidade.
§ 7º Que o digam os próprios portugueses: o mais recente Eurobarômetro informa que 69% deles dizem que pertencer à UE é uma coisa boa.
§ 8º Note-se que esse resultado vem na sequência de um período duro, de austeridade, recessão e desemprego (sim, democracia também tem percalços, como qualquer outro regime).
§ 9º É natural esse europeísmo de raiz, em uma época em que a Europa navega águas turbulentas: o crescimento econômico de Portugal em 2018 foi de 2,1%, acima da média da eurozona de 1,8%. O desemprego, que, durante a crise passara de 8% para 18%, está hoje abaixo de 7% (6,7%, exatamente).
§ 10. É natural, pois, que o austero Financial Times — adorador dos modelos ortodoxos — tenha, na semana passada, apontado Portugal como exemplo de sucesso com sua fórmula heterodoxa de saída da austeridade.
§ 11. Qual é a fórmula? “Mostramos que é possível aumentar a renda, dar impulso ao investimento privado, cortar o desemprego e, ainda assim, ter finanças públicas saudáveis”, canta António Costa, o primeiro-ministro.
§ 12. Trata-se de um raro socialista no poder em uma Europa que vinha caminhando para a direita até a vitória dos socialistas no domingo (28) na Espanha. Costa chegou ao governo (24/11/2015) com um déficit público de 4,4%. Reduziu-o a 0,5% no ano passado e pode zerá-lo em 2019, pela primeira vez em 40 anos. Ou seja, há números positivos para a direita, para a esquerda e, naturalmente, para o centro.
§ 13. Invejável, não? Não é à toa que Valdemar Cruz, jornalista do “Expresso”, tenha escrito a propósito do 25 de abril: “Sem abril, jamais seríamos o país que somos. Com todas as suas fragilidades. Com todas as suas grandezas. 25 de Abril foi ontem. 25 de Abril é hoje. 25 de Abril será sempre”.
§ 14. Como é possível que ainda haja quem louve ditaduras?
ROSSI, Clóvis. Folha de S. Paulo, 30 abr. 2019.
Assinale a opção que apresenta o valor semântico estabelecido pelo conectivo “pois” presente na frase seguinte:
“É natural, pois, que o austero Financial Times — adorador dos modelos ortodoxos — tenha, na semana passada, apontado Portugal como exemplo de sucesso com sua fórmula heterodoxa de saída da austeridade.” (§ 10.)
A democracia opera milagres
§ 1º Com atraso de cinco dias, comemoro o 45º aniversário da Revolução dos Cravos, o movimento que devolveu Portugal à democracia.
§ 2º Comemoro porque Portugal talvez seja o melhor exemplo de como a democracia faz bem à saúde, à saúde do país e das pessoas.
§ 3º Portugal ganhou não só as deliciosas liberdades públicas associadas à democracia como, depois de algum tempo, viu o fim de uma guerra colonial fora de época.
§ 4º Natural, pois, que o 25 de abril tenha sido um tremendo porre cívico, uma festa inesquecível. Reproduzo trecho de um texto meu da época, que relatava a comemoração do 1º de maio, uma semana depois da queda da ditadura:
§ 5º “O primeiro cartaz que vi, com letras improvisadas em um retângulo de isopor, avisava: ‘A poesia está nas ruas’. A poesia saiu às ruas logo cedo: cada automóvel que desfilava por Lisboa levava flores. Às vezes, apenas uma. Às vezes, um ‘V’ floral, geralmente arranjado nas cores vermelha e verde da bandeira. Às vezes, as flores eram tantas que os carros mais pareciam canteiros com rodas, a soar sincopadamente as buzinas para repetir o slogan de todos: ‘O povo unido jamais será vencido’.”
§ 6º A democracia, um bem em si mesmo, pelo menos para meu gosto, veio acompanhada de um bônus, no caso de Portugal: a possibilidade de aceder à então Comunidade Econômica Europeia (hoje União Europeia). Ditaduras não são aceitas no clube. E fazer parte dele abriu as portas para a prosperidade.
§ 7º Que o digam os próprios portugueses: o mais recente Eurobarômetro informa que 69% deles dizem que pertencer à UE é uma coisa boa.
§ 8º Note-se que esse resultado vem na sequência de um período duro, de austeridade, recessão e desemprego (sim, democracia também tem percalços, como qualquer outro regime).
§ 9º É natural esse europeísmo de raiz, em uma época em que a Europa navega águas turbulentas: o crescimento econômico de Portugal em 2018 foi de 2,1%, acima da média da eurozona de 1,8%. O desemprego, que, durante a crise passara de 8% para 18%, está hoje abaixo de 7% (6,7%, exatamente).
§ 10. É natural, pois, que o austero Financial Times — adorador dos modelos ortodoxos — tenha, na semana passada, apontado Portugal como exemplo de sucesso com sua fórmula heterodoxa de saída da austeridade.
§ 11. Qual é a fórmula? “Mostramos que é possível aumentar a renda, dar impulso ao investimento privado, cortar o desemprego e, ainda assim, ter finanças públicas saudáveis”, canta António Costa, o primeiro-ministro.
§ 12. Trata-se de um raro socialista no poder em uma Europa que vinha caminhando para a direita até a vitória dos socialistas no domingo (28) na Espanha. Costa chegou ao governo (24/11/2015) com um déficit público de 4,4%. Reduziu-o a 0,5% no ano passado e pode zerá-lo em 2019, pela primeira vez em 40 anos. Ou seja, há números positivos para a direita, para a esquerda e, naturalmente, para o centro.
§ 13. Invejável, não? Não é à toa que Valdemar Cruz, jornalista do “Expresso”, tenha escrito a propósito do 25 de abril: “Sem abril, jamais seríamos o país que somos. Com todas as suas fragilidades. Com todas as suas grandezas. 25 de Abril foi ontem. 25 de Abril é hoje. 25 de Abril será sempre”.
§ 14. Como é possível que ainda haja quem louve ditaduras?
ROSSI, Clóvis. Folha de S. Paulo, 30 abr. 2019.
Os excertos a seguir constituem texto adaptado do artigo “Um samurai nas alturas”, de João Pereira Coutinho, publicado no jornal Folha de S. Paulo, em 5 de abril de 2019. Tais excertos, no entanto, encontram-se desordenados. Numere-os de modo que seja estabelecida a coesão e a coerência.
Em seguida, assinale a opção correspondente à ordem correta dos excertos.
( ) Esse projeto consiste em escalar o paredão do El Capitán, um rochedo com 975 metros que fica no Parque Natural de Yosemite, na Califórnia. Alex já escalou o bicho várias vezes com o equipamento de segurança. E várias vezes falhou a empreitada. Como garantir que, sem cordas, sem paraquedas, sem nada, a história será diferente? E como explicar o demencial otimismo do rapaz? E se isso não é doença, é o quê?
( ) É a pergunta que vale 1 milhão de dólares: se tudo aquilo que interessa à espécie humana é sobreviver e passar os genes, como explicar que alguém queira escalar uma rocha gigante, sem equipamento de segurança, sabendo que um gesto em falso significa a morte?
( ) A essa eu respondo: é obsessão; desafio; coragem. E arte, muita arte: quando acompanhamos Alex nos seus ensaios, percebemos que a escalada em “free solo” tem tanto de esforço como de rigor técnico.
( ) Deixo a pergunta para os darwinistas de carteirinha. Ou, então, aconselho à mesma turma o documentário “Free Solo”, que venceu o Oscar esse ano.
( ) A obra é, artisticamente falando, banalíssima. Mas não são as qualidades estéticas do documentário que interessam. O que interessa é o personagem principal — Alex Honnold, um alpinista que partilha com a câmera o seu projeto de vida.
A jaula tem 1 metro de largura por 1,8 de comprimento. É do tamanho de uma geladeira. A porca reprodutora, um enorme animal de 14 kg, mal consegue se mexer ali dentro. Passa a vida inteira deitada, sem andar, com as patas atrofiadas. Ela só sai para parir — em outra jaula. Com menos de um mês, os filhotes são desmamados à força, e a porca é inseminada de novo. Esse processo se repete cinco, seis, sete vezes. Só para quando ela não consegue mais engravidar, e então é descartada como uma máquina velha. Em laboratórios de pesquisa, coelhos são totalmente imobilizados, sem poder sequer piscar, enquanto cientistas pingam substâncias em seus olhos. A tortura pode durar horas ou dias a fio até que, no fim do teste, o animal é sacrificado — a morte boa que vem em seu socorro. As granjas não têm interesse em criar os pintinhos machos, pois eles demoram mais para engordar do que as fêmeas. E por isso são jogados, logo ao nascer, em sacos plásticos ou moedores de carne, para que morram sufocados ou sejam estraçalhados vivos.
Esses são só três exemplos dos maus-tratos que os bichos sofrem no mundo moderno. Há muitos outros. Ao longo do século 20, as indústrias alimentícia e farmacêutica elevaram a exploração animal a um patamar assustador. Mas não precisa ser assim. Nem sempre é necessário utilizar cobaias em estudos científicos — e, nos casos em que ainda é, isso não precisa ser feito com crueldade e indiferença. 95% da população mundial come, e provavelmente vai continuar comendo, carne. Mas isso não significa que bois, porcos e galinhas precisem ser criados, e abatidos, de forma desumana. A novidade é que, pressionada pelos consumidores e por novas leis, a indústria parece ter entendido isso. E finalmente, após décadas encarando os animais como objetos, começou a repensar o tratamento deles. Um conjunto de novas tecnologias e procedimentos, que deverão entrar em vigor já nos próximos anos, promete reduzir bastante o sofrimento animal.
Szklarz, Eduardo; Garattoni, Bruno. Maus-tratos aos animais. Superinteressante, São Paulo, ano 32, n. 395, p. 26–35, nov. 2018. (fragmento)
A jaula tem 1 metro de largura por 1,8 de comprimento. É do tamanho de uma geladeira. A porca reprodutora, um enorme animal de 14 kg, mal consegue se mexer ali dentro. Passa a vida inteira deitada, sem andar, com as patas atrofiadas. Ela só sai para parir — em outra jaula. Com menos de um mês, os filhotes são desmamados à força, e a porca é inseminada de novo. Esse processo se repete cinco, seis, sete vezes. Só para quando ela não consegue mais engravidar, e então é descartada como uma máquina velha. Em laboratórios de pesquisa, coelhos são totalmente imobilizados, sem poder sequer piscar, enquanto cientistas pingam substâncias em seus olhos. A tortura pode durar horas ou dias a fio até que, no fim do teste, o animal é sacrificado — a morte boa que vem em seu socorro. As granjas não têm interesse em criar os pintinhos machos, pois eles demoram mais para engordar do que as fêmeas. E por isso são jogados, logo ao nascer, em sacos plásticos ou moedores de carne, para que morram sufocados ou sejam estraçalhados vivos.
Esses são só três exemplos dos maus-tratos que os bichos sofrem no mundo moderno. Há muitos outros. Ao longo do século 20, as indústrias alimentícia e farmacêutica elevaram a exploração animal a um patamar assustador. Mas não precisa ser assim. Nem sempre é necessário utilizar cobaias em estudos científicos — e, nos casos em que ainda é, isso não precisa ser feito com crueldade e indiferença. 95% da população mundial come, e provavelmente vai continuar comendo, carne. Mas isso não significa que bois, porcos e galinhas precisem ser criados, e abatidos, de forma desumana. A novidade é que, pressionada pelos consumidores e por novas leis, a indústria parece ter entendido isso. E finalmente, após décadas encarando os animais como objetos, começou a repensar o tratamento deles. Um conjunto de novas tecnologias e procedimentos, que deverão entrar em vigor já nos próximos anos, promete reduzir bastante o sofrimento animal.
Szklarz, Eduardo; Garattoni, Bruno. Maus-tratos aos animais. Superinteressante, São Paulo, ano 32, n. 395, p. 26–35, nov. 2018. (fragmento)
A jaula tem 1 metro de largura por 1,8 de comprimento. É do tamanho de uma geladeira. A porca reprodutora, um enorme animal de 14 kg, mal consegue se mexer ali dentro. Passa a vida inteira deitada, sem andar, com as patas atrofiadas. Ela só sai para parir — em outra jaula. Com menos de um mês, os filhotes são desmamados à força, e a porca é inseminada de novo. Esse processo se repete cinco, seis, sete vezes. Só para quando ela não consegue mais engravidar, e então é descartada como uma máquina velha. Em laboratórios de pesquisa, coelhos são totalmente imobilizados, sem poder sequer piscar, enquanto cientistas pingam substâncias em seus olhos. A tortura pode durar horas ou dias a fio até que, no fim do teste, o animal é sacrificado — a morte boa que vem em seu socorro. As granjas não têm interesse em criar os pintinhos machos, pois eles demoram mais para engordar do que as fêmeas. E por isso são jogados, logo ao nascer, em sacos plásticos ou moedores de carne, para que morram sufocados ou sejam estraçalhados vivos.
Esses são só três exemplos dos maus-tratos que os bichos sofrem no mundo moderno. Há muitos outros. Ao longo do século 20, as indústrias alimentícia e farmacêutica elevaram a exploração animal a um patamar assustador. Mas não precisa ser assim. Nem sempre é necessário utilizar cobaias em estudos científicos — e, nos casos em que ainda é, isso não precisa ser feito com crueldade e indiferença. 95% da população mundial come, e provavelmente vai continuar comendo, carne. Mas isso não significa que bois, porcos e galinhas precisem ser criados, e abatidos, de forma desumana. A novidade é que, pressionada pelos consumidores e por novas leis, a indústria parece ter entendido isso. E finalmente, após décadas encarando os animais como objetos, começou a repensar o tratamento deles. Um conjunto de novas tecnologias e procedimentos, que deverão entrar em vigor já nos próximos anos, promete reduzir bastante o sofrimento animal.
Szklarz, Eduardo; Garattoni, Bruno. Maus-tratos aos animais. Superinteressante, São Paulo, ano 32, n. 395, p. 26–35, nov. 2018. (fragmento)
“E finalmente, após décadas encarando os animais como objetos, começou a repensar o tratamento deles.” (l. 37–39)
Assinale a alternativa cujo trecho destacado desempenha a mesma função sintática que o excerto grifado acima.
A jaula tem 1 metro de largura por 1,8 de comprimento. É do tamanho de uma geladeira. A porca reprodutora, um enorme animal de 14 kg, mal consegue se mexer ali dentro. Passa a vida inteira deitada, sem andar, com as patas atrofiadas. Ela só sai para parir — em outra jaula. Com menos de um mês, os filhotes são desmamados à força, e a porca é inseminada de novo. Esse processo se repete cinco, seis, sete vezes. Só para quando ela não consegue mais engravidar, e então é descartada como uma máquina velha. Em laboratórios de pesquisa, coelhos são totalmente imobilizados, sem poder sequer piscar, enquanto cientistas pingam substâncias em seus olhos. A tortura pode durar horas ou dias a fio até que, no fim do teste, o animal é sacrificado — a morte boa que vem em seu socorro. As granjas não têm interesse em criar os pintinhos machos, pois eles demoram mais para engordar do que as fêmeas. E por isso são jogados, logo ao nascer, em sacos plásticos ou moedores de carne, para que morram sufocados ou sejam estraçalhados vivos.
Esses são só três exemplos dos maus-tratos que os bichos sofrem no mundo moderno. Há muitos outros. Ao longo do século 20, as indústrias alimentícia e farmacêutica elevaram a exploração animal a um patamar assustador. Mas não precisa ser assim. Nem sempre é necessário utilizar cobaias em estudos científicos — e, nos casos em que ainda é, isso não precisa ser feito com crueldade e indiferença. 95% da população mundial come, e provavelmente vai continuar comendo, carne. Mas isso não significa que bois, porcos e galinhas precisem ser criados, e abatidos, de forma desumana. A novidade é que, pressionada pelos consumidores e por novas leis, a indústria parece ter entendido isso. E finalmente, após décadas encarando os animais como objetos, começou a repensar o tratamento deles. Um conjunto de novas tecnologias e procedimentos, que deverão entrar em vigor já nos próximos anos, promete reduzir bastante o sofrimento animal.
Szklarz, Eduardo; Garattoni, Bruno. Maus-tratos aos animais. Superinteressante, São Paulo, ano 32, n. 395, p. 26–35, nov. 2018. (fragmento)
“Esse processo se repete cinco, seis, sete vezes. Só para quando ela não consegue mais engravidar, e então é descartada como uma máquina velha.” (l. 8–11)
A palavra destacada corresponde ao verbo “parar”. Com o novo acordo ortográfico, esse verbo, quando conjugado na terceira pessoa do singular do presente do indicativo, perdeu o acento diferencial, que o diferia da preposição “para”. Assim como essa palavra, outras também sofreram mudanças quanto à acentuação. Dessa forma, assinale a alternativa em que todas as palavras estão acentuadas corretamente.
INFÂNCIA
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala — e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
— Psiu… Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro… que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 13.
INFÂNCIA
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala — e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
— Psiu… Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro… que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 13.
“Quando me ponho ____ frente da janela e observo a paisagem, vejo edifícios altos, longas avenidas cheias de carros movendo-se em filas organizadas, gramados bem cuidados e calçadas limpas por onde caminhar. Fecho os olhos e por um momento volto ____ meu vale — ____ montanhas de topo coberto de neve, aos campos verdes ondulantes, aos refrescantes rios azuis. Meu coração sorri quando me lembro dos habitantes do Swat. Meu pensamento me leva até ____ escola e lá eu me reúno com minhas colegas e professoras. Encontro Moniba, minha melhor amiga, e nos sentamos juntas, conversando e brincando, como se eu nunca tivesse saído de lá.”
YOUSAFZAI, Malala. Eu sou Malala: a história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 12.
Assinale a alternativa que completa corretamente as
lacunas do texto.
A Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988, consideradas as respectivas emendas constitucionais, estabelece que o ensino será ministrado com base em determinados princípios, entre eles:
I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II. Gestão organizada com base na hierarquia e na disciplina do ensino público, na forma da lei;
III. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
IV. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
V. Garantia de padrão de qualidade, observados os índices dos países latino-americanos; e
VI. Piso salarial profissional estabelecido por região para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal.
Com base nas afirmativas acima, marque a alternativa verdadeira.
Segundo a Lei nº 11.892/2008, que institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, no que se refere aos objetivos dos Institutos Federais, julgue os itens a seguir:
I. Constitui objetivo realizar pesquisas aplicadas, estimulando o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas, estendendo seus benefícios à comunidade.
II. Constitui objetivo estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do cidadão na perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local e regional.
III. Constitui objetivo ministrar, em nível de educação superior, cursos superiores de tecnologia, visando à formação de profissionais para os diferentes setores da economia.
IV. Constitui objetivo desenvolver atividades de extensão de acordo com os princípios e finalidades da educação profissional e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e os segmentos sociais, e com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos.
Acerca da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, que regula o acesso a informações, julgue os itens a seguir:
I. É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia.
II. A classificação do sigilo de informações no âmbito da administração pública federal, no grau de ultrassecreto, é de competência, entre outros, do Presidente da República.
III. Subordinam-se ao regime da referida Lei os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público, excetuadas as autarquias.
IV. Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo.