Questões de Concurso Público Prefeitura de São José dos Campos - SP 2019 para Professor II - História

Foram encontradas 15 questões

Q1374615 História
É muito recentemente que historiadores brasileiros têm se debruçado sobre a revisão e a reescrita de toda história, isto é, dos acontecimentos no processo histórico e das versões historiográficas sobre esse processo.
[Eduardo França Paiva. De português a mestiço: o imaginário brasileiro sobre a colonização e sobre o Brasil. Em Lana Mara de Castro Siman e Thais Nívia de Lima e Fonseca (org). Inaugurando a História e construindo a nação. Discursos e imagens no ensino de História, 2001]

A partir do artigo, é correto afirmar que
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Q1374617 História
É inegável que a riqueza de abordagens presentes na literatura europeia e norte-americana, especializada no estudo da cartografia histórica, muito tem contribuído para esse despertar. Entretanto, imputar-lhe total responsabilidade pelo fascínio que mapas e cartas antigas têm exercido sobre uma fração significativa dos estudiosos das ciências humanas, para ficarmos apenas neste campo do saber cientifico, equivaleria a desprezar a força de variáveis sócio-políticas e culturais no processo de valorização deste objeto de análise que, em muitos casos, também nos apresenta como uma fonte de pesquisa histórica extremamente fértil.
[Maria Eliza Linhares Borges. Cartografia, poder e imaginário: cartográfica portuguesa e terras de além-mar. Em Lana Mara de Castro Siman e Thais Nívia de Lima e Fonseca (org). Inaugurando a História e construindo a nação. Discursos e imagens no ensino de História, 2001]

De acordo com o excerto, a cartografia histórica é
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Q1374618 História

Leia a pergunta feita à historiadora Natalie Zemon Davis.


   Seu livro O retorno de Martin Guerre, de 1983, gerou muitos debates, e ao lado de Montaillou, de Le Roy Ladurie, e O queijo e os vermes, de C. Ginzburg, tem sido elogiado como pertencente à tradição pós-modernista em historiografia.


(Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke, As muitas faces da história – Nove entrevistas, 2000)



As obras citadas fazem parte da chamada

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Q1374620 História
[...] o absolutismo inglês foi derrubado em meados do século XVII [...] o absolutismo prussiano sobreviveu até um período avançado do século XIX [...]
(Perry Anderson, Linhagens do Estado Absolutista, 1998)

Perry Anderson faz referência a esses processos para
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Q1374621 História
[...] a produção historiográfica sobre o período colonial não conheceu, durante a década de 60, obras particularmente significativas no tocante às abordagens de história da cultura.
[Laura de Mello e Souza, Aspectos da historiografia da cultura sobre o Brasil Colonial. Em: Marcos Cezar de Freitas (org.). Historiografia brasileira em perspectiva, 1998]

Para Laura de Mello e Souza, tal ocorrência pode ter relação com
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Q1374622 História
Em relação à questão de uma ruptura revolucionária [de 1930], a problemática das relações Estado-sociedade configura-se como eixo de análises a partir da influência interdisciplinar. Destaca-se como fundamental a análise de Francisco Weffort sobre o “Estado de compromisso”.
[Vavy Pacheco Borges, Anos trinta e política: história e historiografia. Em: Marcos Cezar de Freitas (org.). Historiografia brasileira em perspectiva, 1998]

“Estado de compromisso” pode ser conceituado como
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Q1374624 História
A Constituição Federal, aprovada pela Assembleia Constituinte, em 24 de fevereiro de 1891, cumpriu a promessa de descentralizar uma das palavras de ordem do manifesto republicano de 1870 – “Centralização, desmembramento; descentralização, unidade”.
[Joseph Love, A república brasileira: federalismo e regionalismo (1889-1937). Em: Carlos Guilherme Mota (org). A experiência brasileira. A grande transação, 2000]

Trata-se de exemplo de descentralização, presente na Carta de 1891,
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Q1374625 História
Pode-se afirmar que as características geográficas de várias regiões, com especial incidência no sudeste, dificultaram significativamente a penetração portuguesa no sertão, condicionando a forma de ocupação do território brasílico nos séculos XVI e XVII. [...]
Além dos condicionamentos de ordem geográfica, fatores de natureza socioeconômica e geopolítica encontram-se na origem da “colonização pontual”, ou seja, a ocupação apenas dos pontos estratégicos da orla costeira.
[Jorge Couto, A gênese do Brasil. Em: Carlos Guilherme Mota (org). A experiência brasileira. Formação: histórias, 2000]

Em relação aos “fatores de natureza socioeconômica e geopolítica”, é correto considerar
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Q1374626 História
Documentos do século XVI algumas vezes se referem aos habitantes indígenas como “os brasis”, ou “gente Brasília” e, ocasionalmente no século XVII, o termo “brasileiro” era a eles aplicado [...] os termos “negros da terra” e “índios” eram utilizados com mais frequência do que qualquer outro para designar os indígenas enquanto verdadeiros habitantes da terra.
[Stuart B. Schwartz, “Gente da terra braziliense da nasção”. Pensando o Brasil: a construção de um povo. Em Carlos Guilherme Mota (org). A experiência brasileira. Formação: histórias, 2000]

O uso dos termos “negros da terra” e “índios” para a designação dos indígenas, segundo Stuart Schwartz, tem relação com
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Q1374627 História
[...] não somente a situação dos trabalhadores era desalentadora, como ainda o quadro político se agravou durante a presidência de Costa e Silva, a partir de setembro de 1968. [...] Como o Congresso Nacional garantiu, por votação nominal, a imunidade parlamentar [de um] deputado, protegendo a tribuna da Câmara, onde ele discursara, o presidente Costa e Silva assinou o Ato Institucional no 5, em 13 de dezembro de 1968, no dia seguinte à referida votação.
[Evaldo Vieira, Brasil: do golpe de 1964 à redemocratização. Em: Carlos Guilherme Mota. A experiência brasileira. A grande transação, 2000]

O Ato Institucional nº 5 – o AI-5 –
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Q1374631 História
Seria fundamental examinar a diversidade do mapa do feudalismo ocidental que emergiu a partir do século IX. Os historiadores soviéticos Liublinskaya, Gutnova e Udaltsova sugeriam corretamente uma tríplice classificação.
(Perry Anderson, Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 1988. Adaptado)

Faz parte dessa “tríplice classificação”,
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Q1374632 História
Nas histórias da colonização, de modo geral, opõe-se o caso de Portugal, com suas feitorias, ao da Espanha, dotada de um verdadeiro império territorial. A oposição, sem dúvida, pode ter existido, mas falta a verdadeira explicação, pois no Brasil foi de fato um império territorial que os portugueses erigiram.
(Marc Ferro, História das colonizações – Das conquistas às independências – século XIII a XX)

A “verdadeira explicação”, para Marc Ferro, consiste em
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Q1374633 História
O traumatismo da viagem é tamanho que, mal desembarcavam no Caribe, os “pretos novos” querem fugir. Os colonos, que compreendem isso, tentam amortecer o choque e aclimatam o escravo antes de botá-lo na oficina. Mas o desespero dos negros é tal que eles preferem se mutilar, se estrangular, do que tentar matar seu dono.
(Marc Ferro, História das colonizações – Das conquistas às independências – século XIII a XX, 1996)

O excerto trata
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Q1374634 História
Os resultados mais duradouros deste despertar histórico se deram no campo da documentação e da técnica histórica. Colecionar relíquias do passado, escritas ou não, se transformou em uma paixão universal. Talvez, em parte, fosse uma tentativa de salvaguardá-la contra os ataques do presente, embora o nacionalismo provavelmente fosse seu mais importante estímulo: em nações até então adormecidas, os historiadores, os lexicógrafos e os colecionadores de canções folclóricas foram muitas vezes os verdadeiros fundadores da consciência nacional.
(Eric Hobsbawm, A era das revoluções – 1789-1848, 1995)

Segundo Eric Hobsbawm, as lutas sociais em parte dos séculos XVIII e XIX
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Q1374635 História
Essa instabilidade era igualmente evidente para os EUA, protetores do status quo global que a identificavam com o comunismo soviético, ou pelo menos a encaravam como uma vantagem permanente e potencial para o outro lado na grande luta global pela supremacia.
(Eric Hobsbawm, Era dos extremos – O breve século XX – 1914-1991, 1995)

O excerto traz referências ao contexto
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Respostas
1: D
2: C
3: E
4: B
5: C
6: C
7: D
8: E
9: B
10: C
11: E
12: A
13: C
14: E
15: B