Considere as seguintes assertivas no que concerne aos crime...
I. Não se admite a exceção da verdade para a injúria.
II. Não constituem calúnia ou difamação punível a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador.
III. O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
É correto o que se afirma em
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Vamos analisar a questão sobre crimes contra a honra, que são definidos no Código Penal Brasileiro, especificamente nos artigos 138 a 145. Os crimes contra a honra englobam calúnia, difamação e injúria.
I. Não se admite a exceção da verdade para a injúria.
Essa assertiva está correta. A exceção da verdade é uma defesa em que o réu tenta provar que o fato imputado é verdadeiro, mas ela não se aplica ao crime de injúria, que é ofender a dignidade ou o decoro de alguém. O foco da injúria é a ofensa em si, não a veracidade do fato.
II. Não constituem calúnia ou difamação punível a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador.
Essa assertiva está incorreta. O artigo 142, inciso I, do Código Penal, realmente prevê que algumas ofensas feitas em juízo podem não ser puníveis, mas isso se aplica em situações muito específicas e não significa que todas as ofensas em juízo sejam isentadas de punição. A interpretação deve ser cuidadosa, e o contexto da ofensa é relevante.
III. O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
Essa assertiva está correta. O artigo 143 do Código Penal prevê que o réu pode ficar isento de pena se fizer a retratação de forma cabal antes da sentença. Isso incentiva a reparação do dano causado pela ofensa.
Portanto, a alternativa correta é a letra C (I e III, apenas), pois tanto a primeira quanto a terceira assertivas estão corretas, enquanto a segunda está equivocada na interpretação da lei.
Exemplo Prático: Imagine que durante uma discussão em juízo, um advogado chama a outra parte de "incompetente". Se essa expressão for considerada ofensiva e não estiver diretamente relacionada à causa, pode ser que não se aplique a imunidade prevista no artigo 142, I.
Estratégia para Interpretação: Sempre que houver questões que envolvam exceções ou imunidades, é importante verificar o texto legal diretamente e considerar o contexto em que a exceção se aplica. Fique atento a palavras como "apenas" ou "sempre", que podem indicar generalizações perigosas.
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Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;
II. Não constituem calúnia ou difamação punível a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador. (ERRADA)
Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar;
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício.
Vale Ressaltar que a Lei penal somente ressalva a injúria e difamação, não incluindo em suas disposições o crime de CALÚNIA!
III. O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.(CERTA)
Retratação
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
Cuida de Causa de Extinção da Punibilidade prevista no Código:
Extinção da punibilidade
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
(...)
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IMPORTANTE RESSALTAR QUE A RETRATAÇÃO SOMENTE PODE SER LEVADA A EFEITO NOS DELITOS DE CALÚNIA E DIFAMAÇÃO, NÃO SENDO POSSÍVEL NOS DELITOS DE INJÚRIA!
SEGUNDO DETALHE IMPORTANTE SOBRE A RETRATAÇÃO É QUE APENAS PODERÁ HAVER RETRATAÇÃO ANTES DA PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA.
se bater aquela dúvida malandra na hora da prova, é so lembrar:
O último crime não admite exceção da verdade, logo, INJÚRIA, que pelo próprio alfabeto e localização no código é o último colocado.
Porém, de tão grande que é, não foi possível avaliar.
Obrigado do mesmo jeito.
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