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Em 9 de novembro de 1938, há quase oitenta anos, nazistas mataram judeus, incendiaram sinagogas, saquearam e destruíram lojas da comunidade judaica, na Alemanha e Áustria, no episódio que ficou conhecido como “A noite dos Cristais”. A empreitada fez parte da perseguição aos judeus, apontados como inimigos dos alemães, e foi marcada por violência e destruição generalizada e sob apoio institucional. O evento de 1938 é considerado como um dos mais importantes momentos da política antijudaica nacional-socialista, nazista e que, após o massacre, foi concentrada cada vez mais concretamente nas mãos das SS.
Sob a política anti-judaica no regime nazista, considerando os impactos da “Noite dos Cristais”, é CORRETO afirmar:
Leia o trecho a seguir servirá de base para questão que se segue:
A formação da opinião pública começou com a destruição da imprensa livre. Nas semanas e meses que se seguirão a 30 de janeiro de 1933, cerca de 2 mil jornalistas alemães, incluindo escritores judeus, liberais, conservadores, apolíticos, socialdemocratas e comunistas sofreram a perda de seus empregos, prisão, exílio forçado ou, às vezes, uma combinação dessas três formas de perseguição. A grande maioria dos jornalistas permaneceu em seus empregos. O controle da imprensa implicava tanto a expulsão e repressão a suspeitos de dissidência, o que abria vagas para membros do Partido Nazista, como a adaptação oportunista por parte de jornalistas que adotaram a causa das elites conservadoras do novo regime. Ao todo, 200 jornais socialdemocratas e 35 jornais comunistas, de circulação conjunta de aproximadamente 2 milhões de unidades, foram fechados. Em julho de 1933, os jornais da editora Mosse, incluindo um dos carros-chefes do liberalismo alemão, o Berliner Tageblatt, sucumbiu à Gleichshaltung, ou “coordenação”, o termo nazista para a purga, a incorporação e o controle das várias instituições da sociedade política, economia e cultura alemãs. Em 4 de outubro de 1933, a Lei de Controle Editorial formulada pelo diretor de imprensa da Reich, Otto Dietrich, colocou todos os editores de jornais e periódicos sob controle governamental, o que acabou assim com qualquer pretensão de liberdade de imprensa. Os editores precisavam ser “arianos” e não podiam ser casados com alguém não ariano. Dessa forma, a lei bania judeus e todos aqueles casados com judeus da prática jornalista. Todos os editores deviam ser membros da Liga da Imprensa Alemão do Reich, cujo diretor era Dietrich. A lei estabelecia tribunais controlados pela liga que podiam punir ou banir editores suspeitos de terem violado os requerimentos da lei. Em 12 de dezembro de 1933, importantes serviços alemães de imprensa juntaram-se para formar a Agência Alemã de Notícias (Deutsches Nachrichtenbüro ou DNB), que, por sua vez, foi colocada sob supervisão do Escritório de Imprensa de Dietrich no Ministério da Propaganda. A imprensa alemã tornara-se monopólio estatal. (HERF, Jeffrey. Inimigo Judeu: propaganda nazista durante a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto. São Paulo: Edipro, 2014. p.60)
O trecho acima narra o percurso de controle da imprensa pelo Partido Nazista, no processo de implantação da Ditadura hitlerista na Alemanha. Tudo isso nos faz pensar na importância de uma imprensa livre e múltipla para a manutenção das democracias.
Sobre o controle da imprensa alemã e em relação ao mundo nazista, os impactos desse controle da imprensa e a seletividade dos que podiam escrever e publicar, assim como os valores impostos levaram à
Leia a reportagem a seguir:
2/02 às 15h35 - Atualizada em 12/02 às 16h03/Jornal do Brasil
Paraíso do Tuiuti vira assunto mais comentado do Twitter
Escola do Rio desfilou na segunda com críticas a Temer e a paneleiros
Quarta escola a desfilar na Sapucaí, no Rio de Janeiro, na madrugada de domingo (11) para segundafeira (12), a Paraíso do Tuiuti ocupava, horas depois de sua apresentação, o topo dos assuntos mais comentados no Twitter em todo o Brasil.
No canal do YouTube Brasil, desfile da escola de samba era o vídeo mais assistido desta segunda-feira (12).
Nas redes sociais, diversas pessoas afirmaram que a escola deve aparecer entre as mais bem colocadas na apuração das notas do Grupo Especial, na Quarta-feira de Cinzas. O historiador e especialista em Carnaval Luiz Antonio Simas comentou, no Twitter: "Plasticamente, Tuiuti faz o melhor desfile da noite".
Com a pergunta "Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?", do carnavalesco Jack Vasconcelos, a escola mostrou a história da escravidão no Brasil e no mundo, e ainda fez críticas à recente reforma trabalhista aprovada pelo Congresso e às relações de trabalho no país. O samba levantou o público nas arquibancadas, que aplaudiu com entusiasmo a escola.
A comissão de frente emocionou, com encenação de escravos sendo açoitados por um capataz, e depois sendo benzidos por pretos velhos.
Outros destaques foram carros alegóricos mostrando carteiras de trabalho gigantes, e um vampiro com a faixa presidencial - o "presidente vampiro" do neoliberalismo.
Mãos manipulando "marionetes" vestindo verde e amarelo também marcaram presença. A ala com fantasias de 'manifestantes fantoches' ironizava manifestantes que pediram impeachment.
(http://www.jb.com.br/carnaval-2018/noticias/2018/02/12/paraiso-do-tuiuti-vira-assunto-mais-comentado-do-twitter/. Acesso em: 13 fev. 2018, às 18h24)
O Carnaval de 2018, principalmente com o desfile da escola Paraíso do Tuiuti, foi assunto das redes
sociais como citado na reportagem. Apesar do tema instigante, a grande polêmica está no tratamento
da Reforma Trabalhista e de sua relação com o atual governo. A politização da festa, pelo carnavalesco, pela escola e por todas as pessoas que se manifestaram nas redes sociais indica que estão aí,
e para ficar, novas formas de se fazer política e que elas passam
Observe a Charge a seguir:
A charge representa os paradoxos da sociedade brasileira atual, refletindo as pressões da opinião
pública sobre grupos, classes, pessoas. Analisada sob a realidade da sociedade brasileira atual a
charge
As classes sociais, pela força da transmissão familiar, vão reproduzir, por sua vez, capitais que serão decisivos na luta de todos contra todos pelos recursos escassos. Quem luta são os indivíduos, mas quem pré-decide as lutas individuais são os pertencimentos diferenciais às classes sociais e seu acesso ou obstáculo típico aos capitais que facilitam a vida. O privilégio de uns e a carência de outros são decididos desde o berço. [...] O mundo moderno ou capitalista cria uma nova hierarquia social que é impessoal e opaca e não pessoal e facilmente visível, como nos tipos de sociedade anteriores a ele. Isso quer dizer que, ao contrário dos poderosos do passado, por exemplo, como os nossos senhores de terra e gente que tudo podia fazer e desfazer, até os homens mais ricos e poderosos de hoje têm que obedecer a regras que eles próprios não podem mudar. Na base da nova hierarquia social moderna, está a luta entre indivíduos e classes sociais pelo acesso a capitais, ou seja, tudo aquilo que funcione como facilitador na competição social de indivíduos e classes por todos os recursos escassos. Como, na verdade, todos os recursos são escassos e não apenas os recursos materiais, como carros, roupas e casas, mas também os imateriais, como prestígio, reconhecimento, respeito, charme ou beleza, toda a nossa vida é pré-decidida pela posse ou ausência desses capitais. (SOUZA, Jessé. A elite do atraso: da escravidão à Lava Jato. Rio de Janeiro: Leya, 2017. p. 90)
O trecho acima trata das transformações acerca da classe social no Brasil.
Considerando o trecho e a sociedade brasileira no mundo contemporâneo, é CORRETO afirmar:
Assim, políticos, seus partidos e a corrupção foram eleitos os inimigos comuns. O próximo passo foi quase natural: “eles são os inimigos do Brasil”. Daí veio o orgulho de ser brasileiro cantado nas manifestações e a bandeira nacional vestida como manto – ou capa para aqueles que se sentiam heróis. (João Sicsu — publicado 03/07/2013 10h29. In.: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-nacionalismo-das-manifestacoes-2311.html. consulta em 21/09/2016)
O trecho acima, que também trata dos manifestantes de 2013, trata-se de uma análise de João Sicsu, colunista da Carta Capital e professor do Instituto de Economia da UFRJ.
No trecho em destaque sobre o nacionalismo, só é CORRETO afirmar:
Em relação ao olhar do passado sobre o país, surge a questão do indígena como história e como problema. O Censo Demográfico 2010 contabilizou a população indígena com base nas pessoas que se declararam indígenas, no quesito cor ou raça, e nos residentes em Terras Indígenas que não se declararam, mas se consideraram indígenas e revelou que, das 896 mil pessoas que se declaravam ou se consideravam indígenas, 572 mil ou 63,8%, viviam na área rural e 517 mil, ou 57,5%, moravam em Terras Indígenas oficialmente reconhecidas. (Fonte: FUNAI).
Segundo a Constituição Federal de 1988, no Capítulo VIII, Dos índios:
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
Parágrafo 1º - São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para as suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
Parágrafo 2º - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nela existentes.
Parágrafo 3º - O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.
Parágrafo 4º - As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.
.....
Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo. (Constituição Federal, 1988)
Sobre o tratamento da legislação brasileira sobre os índios, é CORRETO afirmar:
A criança e o adolescente que se identificam e são identificados como brancos têm muito a ganhar com um ensino qualificado das histórias e culturas afro-brasileiras e indígenas. Se um menino que se identifica como branco se acha no direito de xingar um colega de classe identificado como negro por causa de sua raça ou cor, esse menino necessita de tanta ajuda quanto seu colega que sofre o preconceito [...] (ALBERTI, Verena. Algumas estratégias para o ensino de história e cultura afro-brasileira. In.: PEREIRA, Amilcar Araujo, MONTEIRO, Ana Maria (Orgs.). Ensino de História e culturas afrobrasileiras e indígenas. Rio de Janeiro: Pallas, 2013. p. 28)
No Brasil, por meio da legislação, o ensino de história e cultura da África e dos afrodescendentes e indígenas são obrigatórios. Primeiro, a Lei 10.639/03, que tornou obrigatório em todas as escolas do país o ensino de história e cultura da África e afro-brasileira e, posteriormente, a Lei 11.645/08, que acrescentou a essa obrigatoriedade o ensino de história e cultura indígena. Tomando como base o trecho e o conhecimento da Lei, é CORRETO afirmar:
A discussão de Cidadania é presente e importante no Brasil contemporâneo. Há 30 anos, a Constituição Federal de 1988 já dava destaque com um dos 5 fundamentos (Soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e pluralismo político). No ensino de História, Cidadania está atrelada a tudo o que é essencial para a formação tanto no ensino fundamental como no médio.
Sobre a Cidadania no Ensino de História, é CORRETO afirmar:
A questão da História do Brasil na escola requer, portanto, um compromisso político e cultural, para que a História seja cuidadosamente estudada, que a seleção de conteúdos da História do Brasil seja central e prioritária e que se obedeça a critérios metodológicos e com fundamentação teórica rigorosa tanto no que se refere à historiografia quanto à pedagogia, para evitar-se um ensino dogmático e ideológico. (BITTENCOURT, Circe. História. Identidade nacional e ensino de História do Brasil. In. KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2007. p. 203).
Atualmente, tramita no poder legislativo, principalmente no âmbito municipal, já que o projeto foi retirado da pauta no âmbito federal, o Projeto Escola Sem Partido, que apresenta como objetivo a proibição de manifestações ideológicas e político-partidárias por parte de professores em sala de aula.
A autora Circe Bittencourt, ao sugerir critérios metodológicos e teóricos para “evitar-se um ensino dogmático e ideológico”,
Imagens diversas produzidas pela capacidade artística humana também nos informam sobre o passado das sociedades, sobre suas sensações, seu trabalho, suas paisagens, caminhos, cidades e guerras [...]. Para todos esses documentos existem métodos de análise comuns, mas é preciso estar atento às características de suas linguagens, de suas formas específicas de produzir e veicular as informações. (BITTENCOURT, Circe. Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. p. 353-354)
A autora Circe Bittencourt destaca a utilização de documentos não escritos na sala de aula. Sobre sua utilização, é CORRETO afirmar:
É um erro gravíssimo afirmar, como faz um livro didático de História para 8ª série, que nos “séculos XVI [sic] e XVII [sic], desenvolveu-se uma forma de pensamento, baseada na razão, denominada iluminismo”. Mas talvez seja apenas sinal de intolerância, má vontade ou mesmo incompreensão do avaliador do livro [...]. (MUNAKATA, Kazumi. Histórias que os livros didáticos contam, depois que acabou a ditadura no Brasil. In. FREITAS, Marcos (Org). Historiografia Brasileira em perspectiva. São Paulo: Contexto, 2000, p. 273).
No trecho acima, Munakata faz citação a uma série de artigos, publicados em abril de 1994, pela Folha de S. Paulo, sobre os trabalhos de uma comissão de professores universitários de todo o país que avaliava os livros didáticos e apontava distorções e erros. Sobre o livro didático de História, é CORRETO afirmar:
O objetivo primeiro do conhecimento histórico é a compreensão dos processos e dos sujeitos históricos, o desvendamento das relações que se estabelecem entre os grupos humanos em diferentes tempos e espaços. Os historiadores estão atentos às diferentes e múltiplas possibilidades e alternativas apresentadas nas sociedades, tanto nas de hoje quanto nas do passado, que emergiram da ação consciente ou inconsciente dos homens; procuram apontar para os desdobramentos que se impuseram com o desenrolar das ações desses sujeitos. (BEZERRA, Holien Gonçalves. Ensino de História: conteúdos e conceitos básicos. In. KARNAL, Leandro (Org). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo, 2007. p. 42)
Com relação à definição de conhecimento histórico de Bezerra (2007), o papel o historiador está corretamente sintetizado em:
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) reconhece um problema histórico relacionado com o ensino da Educação Física no Brasil. Trata-se da dificuldade em estabelecer uma progressão no ensino dos temas que compõem o universo de conhecimentos que a disciplina deve ensinar nas escolas, ou seja, a BNCC propõe uma maneira de tratar dessa questão ao longo da trajetória escolar.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente essa proposta.
A proposta para a Educação Física da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) parte da compreensão de que se trata de um componente curricular que tematiza as práticas corporais em suas diversas formas e significados, entendidas como manifestações expressivas dos sujeitos e patrimônio cultural da humanidade. Assim, para a BNCC, o movimento humano está sempre inserido no âmbito da cultura, entendido como textos passíveis de leitura e produção. Para sistematizar os conteúdos das práticas corporais, a BNCC estabelece os grupos ou as unidades temáticas a serem ensinadas nas aulas de Educação Física: esportes, brincadeiras e jogos, lutas, danças, ginásticas e práticas corporais de aventura.
Assinale a alternativa que NÃO apresenta corretamente as características dessas unidades temáticas.
Sobre a abordagem pedagógica que deve ser dada ao esporte de acordo com a proposta de ensino da Educação Física da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, analise as afirmativas a seguir e classifique-as como verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) Deve-se evitar um tratamento pedagógico crítico ao esporte, uma vez que criticar esta prática representa diminuir sua importância, desqualificar seu significado, reduzir o valor da aprendizagem das técnicas e táticas e a relevância da competição no mundo moderno.
( ) Para ser ensinado, o esporte precisa ser situado histórica e socialmente e vivenciado a partir da compreensão de seus fundamentos e da ressignificação de seus sentidos e significados. É preciso também conhecer benefícios e riscos das modalidades, bem como os valores que as orientam.
( ) A dimensão política do esporte não deve ser tratada pela Educação Física nas escolas, uma vez que um dos benefícios da prática esportiva é exatamente a neutralidade política e ideológica, o que auxilia na redução da tensão e da intolerância no ambiente escolar.
( ) O eixo temático esporte é compreendido pelos seguintes tópicos: história, elementos técnicos, táticas, regras, riscos e benefícios, diferença entre esporte educacional, de participação e de rendimento, hidratação e vestuário, inclusão no esporte, atitudes e valores éticos e democráticos.
Sobre a abordagem pedagógica reservada ao esporte pela proposta de ensino da Educação Física da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, assinale a sequência CORRETA.