Questões de Concurso Comentadas para analista de controle externo - ciências contábeis

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Q1982446 Português
Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.

O que será da escrita sem solidão?

    Já não resta na minha vida nenhuma solidão. Me pergunto se haverá solidão em algum lugar, se alguém é ainda capaz de estar só, de alcançar um estado de solidão. Não me refiro, claro, à penúria afetiva, ao abandono, ao desamparo, males diários que se encontram por toda parte, no meio da multidão. Penso mais num silêncio dilatado, vasto, num silêncio que é a ausência de notícias, de palavras, de ruídos. Penso num retiro íntimo, um lugar em que já não se ouça a respiração ofegante do mundo.
   Andei lendo Escrever, de Marguerite Duras, um relato de como ela construiu para si uma solidão densa, de como só assim se tornou capaz de escrever. “A solidão é aquilo sem o qual não fazemos nada”, ela diz. “Aquilo sem o qual já não vemos nada.” Para a escrita, nada seria mais necessário que a solidão, algum grau de asilo pessoal seria sua condição imprescindível. Fiquei pensando o que será da escrita quando já não houver, em absoluto, a solidão. Fiquei pensando o que será da leitura quando não houver, em absoluto, silêncio.
   Por anos, escrever me exigiu uma busca irrequieta por espaços calmos, espaços isolados do alvoroço que nos cerca, que nos acossa. Quando não consegui construir a solidão em minha casa, me refugiei no consultório abandonado do meu pai, me exilei em outro país, no apartamento dos meus avós mortos, me recolhi em cantos ocultos de bibliotecas. Como se não pudesse ser visto, como se escrever fosse uma subversão, um segredo.
    A esta altura desisti de estar só. Me falta tempo para essas fugas, e já percebi que o mundo dispõe de fartos recursos para me achar onde quer que eu esteja. Quando consigo ignorar seus apelos, ouço minhas filhas no quarto ao lado, brincando, rindo, cogito me juntar a elas e me reprimo. Escrever deixou de ser ato subversivo e passou a ser, por vezes, cruel: ignoro minha filha que esmurra a porta e clama pelo pai enquanto não termino a frase de vez. Quando elas partem, ainda não há solidão: a casa reverbera os seus gritos, recria sua presença em infinitos objetos. Nesta casa nunca mais haverá solidão, e tudo o que eu escrever aqui trará essa marca indelével.


Adaptado de: FUKS, Julián. Lembremos do futuro. São Paulo: Companhia das Letras, 2022, p. 119-120)
Depreende-se da leitura do último parágrafo que, diante da agitação de suas filhas, o autor
Alternativas
Q1982443 Português
Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.

O que será da escrita sem solidão?

    Já não resta na minha vida nenhuma solidão. Me pergunto se haverá solidão em algum lugar, se alguém é ainda capaz de estar só, de alcançar um estado de solidão. Não me refiro, claro, à penúria afetiva, ao abandono, ao desamparo, males diários que se encontram por toda parte, no meio da multidão. Penso mais num silêncio dilatado, vasto, num silêncio que é a ausência de notícias, de palavras, de ruídos. Penso num retiro íntimo, um lugar em que já não se ouça a respiração ofegante do mundo.
   Andei lendo Escrever, de Marguerite Duras, um relato de como ela construiu para si uma solidão densa, de como só assim se tornou capaz de escrever. “A solidão é aquilo sem o qual não fazemos nada”, ela diz. “Aquilo sem o qual já não vemos nada.” Para a escrita, nada seria mais necessário que a solidão, algum grau de asilo pessoal seria sua condição imprescindível. Fiquei pensando o que será da escrita quando já não houver, em absoluto, a solidão. Fiquei pensando o que será da leitura quando não houver, em absoluto, silêncio.
   Por anos, escrever me exigiu uma busca irrequieta por espaços calmos, espaços isolados do alvoroço que nos cerca, que nos acossa. Quando não consegui construir a solidão em minha casa, me refugiei no consultório abandonado do meu pai, me exilei em outro país, no apartamento dos meus avós mortos, me recolhi em cantos ocultos de bibliotecas. Como se não pudesse ser visto, como se escrever fosse uma subversão, um segredo.
    A esta altura desisti de estar só. Me falta tempo para essas fugas, e já percebi que o mundo dispõe de fartos recursos para me achar onde quer que eu esteja. Quando consigo ignorar seus apelos, ouço minhas filhas no quarto ao lado, brincando, rindo, cogito me juntar a elas e me reprimo. Escrever deixou de ser ato subversivo e passou a ser, por vezes, cruel: ignoro minha filha que esmurra a porta e clama pelo pai enquanto não termino a frase de vez. Quando elas partem, ainda não há solidão: a casa reverbera os seus gritos, recria sua presença em infinitos objetos. Nesta casa nunca mais haverá solidão, e tudo o que eu escrever aqui trará essa marca indelével.


Adaptado de: FUKS, Julián. Lembremos do futuro. São Paulo: Companhia das Letras, 2022, p. 119-120)
Considerando-se o contexto, depreende-se que há uma oposição de sentido entre os segmentos 
Alternativas
Q1647525 Matemática Financeira

O financiamento de R$ 12.000,00, com base no sistema de amortização constante (SAC), será quitado em parcelas mensais e consecutivas, com a 1.ª vencendo em um mês após a contratação da dívida. Na planilha a seguir, são informados alguns valores, em reais, correspondentes a essa situação. No k-ésimo mês após o início do financiamento, Sk representa o saldo devedor; Ak, o valor da amortização; Jk, o valor dos juros devidos e Pk é o valor da prestação.


Imagem associada para resolução da questão


Considerando essas informações e com base na planilha apresentada, assinale a opção correta.

Alternativas
Q1644770 Pedagogia

Julgue os itens subseqüentes, relativos a despesas vinculadas com educação.


I O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), em vigor desde o dia 1.º/1/2007, substituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF). Enquanto o FUNDEF determinava a aplicação de, no mínimo, 60% dos recursos para remuneração dos profissionais do magistério do ensino fundamental, o FUNDEB determina a aplicação de, no mínimo, 60% dos recursos para remuneração dos profissionais do magistério da educação básica.

II A partir da promulgação da Constituição Federal, 25% das receitas dos impostos e transferências dos estados, do DF e dos municípios encontram-se vinculados à educação. Com a Emenda Constitucional n.º 14/1996, 60% desses recursos da educação passaram a ser destinados ao ensino fundamental, tendo como base para a partilha, entre o governo estadual e seus municípios, o número de alunos do ensino fundamental atendidos em cada rede de ensino. Com a Emenda Constitucional n.º 53/2006, a subvinculação das receitas dos impostos e transferências dos estados, do DF e dos municípios passou para 20% e sua utilização foi ampliada para toda a educação básica.

III Com a instituição do FUNDEB, é reforçada a obrigação constitucional dos estados, do DF e dos municípios de aplicar, no máximo, 25% da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

IV A fiscalização dos recursos do FUNDEB é realizada pelos tribunais de contas dos estados e municípios e, quando há recursos federais na composição do fundo em determinado estado, o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União também atuam nessa fiscalização, nesse estado. A legislação também estabelece a obrigatoriedade de os governos estaduais e municipais apresentarem anualmente a comprovação da utilização dos recursos do fundo ao Tribunal de Contas, de acordo com instruções dessa instituição, que poderá também adotar mecanismos de verificação com periodicidades diferentes. Essa prestação de contas deve ser instruída com parecer do conselho.

V As despesas vinculadas à manutenção e ao desenvolvimento do ensino são aquelas destinadas ao uso e conservação de bens e serviços, remuneração e aperfeiçoamento dos profissionais da educação, além das despesas com programas suplementares de alimentação, assistência médicoodontológica, farmacêutica e psicológica, e programas assistenciais destinados aos alunos e seus familiares.


Estão certos apenas os itens

Alternativas
Q1644767 Administração Financeira e Orçamentária

Determinado estado da Federação apresentou, ao final do primeiro quadrimestre civil, as despesas de pessoal conforme demonstrado na tabela que se segue, já somadas às despesas dos onze meses imediatamente anteriores, pelo regime de competência. No mesmo período, a receita corrente líquida registrou R$ 100.000,00.


Imagem associada para resolução da questão


A partir da situação hipotética apresentada, assinale a opção correta, considerando os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) — Lei Complementar n.º 101/2000 — para as despesas com pessoal.

Alternativas
Respostas
46: C
47: E
48: B
49: B
50: E