Questões de Concurso Para procurador municipal

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Q2586633 Direito Constitucional

A Constituição Federal de 1988, art. 225, determina o meio ambiente como direito fundamental. O texto estabelece o direito a um meio ambiente equilibrado, sendo isso uma competência do poder público e da coletividade. Conforme o artigo citado, entre as competências do poder público está:

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Q2586632 Direito Ambiental

Os termos “biodiversidade” ou “diversidade biológica”, embora sejam extremamente populares na contemporaneidade, tiveram origem há pouco mais de 40 anos, contando, entre seus promotores, com o ecólogo estadunidense Thomas Lovejoy. A Convenção Sobre Diversidade Biológica (CDB), na edição de 1992, também conhecida como ECO 1992, forneceu um conceito de biodiversidade adotado desde então. Qual das alternativas apresenta esse conceito de biodiversidade?

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Q2586630 Legislação dos Municípios do Estado do Paraná

Sobre as formas de provimento e de desligamento de servidores públicos, e tendo em conta o que dispõe o Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Campo Magro (Lei Municipal n.º 126/2000), assinale a alternativa correta.

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Q2586629 Direito Administrativo

Acerca do que dispõe a Lei n.º 14.133/2021 em matéria de alteração de contratos administrativos, assinale a alternativa correta.

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Q2586628 Direito Civil

A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) sofreu sensível alteração em matéria de direito público com a edição da Lei n.º 13.655/2018. Sobre tais alterações, assinale a alternativa correta.

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Q2586627 Direito Administrativo

Acerca das condições para a criação de consórcios públicos, assinale a alternativa correta.

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Q2586626 Direito Administrativo

Considerando o que dispõem a Lei n.º 14.133/2021 acerca das modalidades de licitação e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, assinale a alternativa correta.

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Ano: 2024 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Campo Magro - PR Provas: NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor de Educação Infantil (40h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Farmacêutico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Procurador Municipal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pediatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Cardiologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Veterinário | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Enfermeiro | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Psicólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Agrônomo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Nutricionista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Civil | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fonoaudiólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Psiquiatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Reumatologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fisioterapeuta | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Odontólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Florestal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico da Família | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pneumologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Assistente Social | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor (20h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Contador |
Q2586569 Português

O texto a seguir é referência para as questões 01 a 10.

O destino de ser mãe

A concepção e o valor da maternidade foram se transformando ao longo da história — e a ciência teve um papel fundamental nessas construções. “Não dá para falar em termos lineares e, ao longo do tempo, vemos muitas facetas de maternidade”, pontua a pesquisadora da UFPR [Marlene Tamanini]. Até a Idade Média, a maternidade era desvalorizada e as mulheres não tinham um papel de destaque na criação dos filhos. Entre os motivos que contribuíam para essa visão estavam a ênfase no poder paterno, a fragilidade física das crianças e a alta taxa de mortalidade infantil.

Durante o Renascimento (dos séculos 15 ao 17), a atenção materna às crianças começou a aparecer como valor essencial, especialmente nas classes mais abastadas. A ampliação dessas responsabilidades levou a uma crescente valorização do ideal mulher-mãe, ainda que isso não ultrapassasse o ambiente doméstico e não significasse a redução da autoridade paterna. No Ocidente, a mulher passou a ser vista como “predestinada” a ter filhos, principalmente a partir do século 18. Segundo a filósofa francesa Elisabeth Badinter, uma das mais importantes pesquisadoras da área, dois discursos diferentes confluíram para modificar a atitude da mulher em relação aos filhos: um econômico, que se apoiava em estudos demográficos demonstrando a importância do crescimento populacional para o país; e o liberalismo, que favorecia ideias de liberdade, igualdade e felicidade individual.

Para completar, um terceiro discurso, sustentado pelo desenvolvimento da biomedicina, reforçava a ideia de que era função da mulher se ocupar dos filhos. “O útero como definidor exclusivo das mulheres vira quase um fetiche dos discursos médicos. Ela passa a ser definida como um ser que se completa e se organiza no papel de mãe”, destaca Tamanini. “A maternidade entra como a solução para a vida das mulheres. Quem faz esse discurso agora é o médico, e essa construção moderna passa a ser necessária para organizar a ordem da sociedade.” [...]

Com o surgimento dos métodos contraceptivos e o avanço do movimento feminista nos anos 1960, a mulher contemporânea pode escolher não ter filhos. Entretanto, a maternidade segue um marcador social relevante. “Parece ser uma escolha individual, mas nem sempre é, porque existem muitas estruturas por trás dessa decisão. Existe uma cobrança, uma expectativa de que se não formos mães, não seremos mulheres de verdade. Às vezes ela é tão forte que faz muitas mulheres serem mães sem nem saberem por quê”, destaca a socióloga Thaís de Souza Lapa, professora adjunta da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora do laboratório de Sociologia do Trabalho na mesma universidade. Na avaliação dela, embora atualmente consigam ocupar locais não permitidos no passado, como em cargos de chefia ou cursando ensino superior, muitas mulheres ainda são vistas como “estrangeiras” nesses espaços — e a maternidade é um dos poucos lugares onde isso não acontece.

Revista Galileu, ed. 384, mar. 2024.

No que diz respeito às relações de coesão textual, o termo “dela”, destacado no último parágrafo, é referente a:

Alternativas
Ano: 2024 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Campo Magro - PR Provas: NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor de Educação Infantil (40h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Farmacêutico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Procurador Municipal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pediatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Cardiologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Veterinário | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Enfermeiro | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Psicólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Agrônomo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Nutricionista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Civil | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fonoaudiólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Psiquiatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Reumatologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fisioterapeuta | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Odontólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Florestal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico da Família | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pneumologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Assistente Social | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor (20h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Contador |
Q2586568 Português

O texto a seguir é referência para as questões 01 a 10.

O destino de ser mãe

A concepção e o valor da maternidade foram se transformando ao longo da história — e a ciência teve um papel fundamental nessas construções. “Não dá para falar em termos lineares e, ao longo do tempo, vemos muitas facetas de maternidade”, pontua a pesquisadora da UFPR [Marlene Tamanini]. Até a Idade Média, a maternidade era desvalorizada e as mulheres não tinham um papel de destaque na criação dos filhos. Entre os motivos que contribuíam para essa visão estavam a ênfase no poder paterno, a fragilidade física das crianças e a alta taxa de mortalidade infantil.

Durante o Renascimento (dos séculos 15 ao 17), a atenção materna às crianças começou a aparecer como valor essencial, especialmente nas classes mais abastadas. A ampliação dessas responsabilidades levou a uma crescente valorização do ideal mulher-mãe, ainda que isso não ultrapassasse o ambiente doméstico e não significasse a redução da autoridade paterna. No Ocidente, a mulher passou a ser vista como “predestinada” a ter filhos, principalmente a partir do século 18. Segundo a filósofa francesa Elisabeth Badinter, uma das mais importantes pesquisadoras da área, dois discursos diferentes confluíram para modificar a atitude da mulher em relação aos filhos: um econômico, que se apoiava em estudos demográficos demonstrando a importância do crescimento populacional para o país; e o liberalismo, que favorecia ideias de liberdade, igualdade e felicidade individual.

Para completar, um terceiro discurso, sustentado pelo desenvolvimento da biomedicina, reforçava a ideia de que era função da mulher se ocupar dos filhos. “O útero como definidor exclusivo das mulheres vira quase um fetiche dos discursos médicos. Ela passa a ser definida como um ser que se completa e se organiza no papel de mãe”, destaca Tamanini. “A maternidade entra como a solução para a vida das mulheres. Quem faz esse discurso agora é o médico, e essa construção moderna passa a ser necessária para organizar a ordem da sociedade.” [...]

Com o surgimento dos métodos contraceptivos e o avanço do movimento feminista nos anos 1960, a mulher contemporânea pode escolher não ter filhos. Entretanto, a maternidade segue um marcador social relevante. “Parece ser uma escolha individual, mas nem sempre é, porque existem muitas estruturas por trás dessa decisão. Existe uma cobrança, uma expectativa de que se não formos mães, não seremos mulheres de verdade. Às vezes ela é tão forte que faz muitas mulheres serem mães sem nem saberem por quê”, destaca a socióloga Thaís de Souza Lapa, professora adjunta da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora do laboratório de Sociologia do Trabalho na mesma universidade. Na avaliação dela, embora atualmente consigam ocupar locais não permitidos no passado, como em cargos de chefia ou cursando ensino superior, muitas mulheres ainda são vistas como “estrangeiras” nesses espaços — e a maternidade é um dos poucos lugares onde isso não acontece.

Revista Galileu, ed. 384, mar. 2024.

O termo “que”, destacado no primeiro parágrafo, é relativo a:

Alternativas
Ano: 2024 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Campo Magro - PR Provas: NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor de Educação Infantil (40h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Farmacêutico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Procurador Municipal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pediatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Cardiologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Veterinário | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Enfermeiro | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Psicólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Agrônomo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Nutricionista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Civil | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fonoaudiólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Psiquiatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Reumatologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fisioterapeuta | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Odontólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Florestal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico da Família | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pneumologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Assistente Social | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor (20h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Contador |
Q2586567 Português

O texto a seguir é referência para as questões 01 a 10.

O destino de ser mãe

A concepção e o valor da maternidade foram se transformando ao longo da história — e a ciência teve um papel fundamental nessas construções. “Não dá para falar em termos lineares e, ao longo do tempo, vemos muitas facetas de maternidade”, pontua a pesquisadora da UFPR [Marlene Tamanini]. Até a Idade Média, a maternidade era desvalorizada e as mulheres não tinham um papel de destaque na criação dos filhos. Entre os motivos que contribuíam para essa visão estavam a ênfase no poder paterno, a fragilidade física das crianças e a alta taxa de mortalidade infantil.

Durante o Renascimento (dos séculos 15 ao 17), a atenção materna às crianças começou a aparecer como valor essencial, especialmente nas classes mais abastadas. A ampliação dessas responsabilidades levou a uma crescente valorização do ideal mulher-mãe, ainda que isso não ultrapassasse o ambiente doméstico e não significasse a redução da autoridade paterna. No Ocidente, a mulher passou a ser vista como “predestinada” a ter filhos, principalmente a partir do século 18. Segundo a filósofa francesa Elisabeth Badinter, uma das mais importantes pesquisadoras da área, dois discursos diferentes confluíram para modificar a atitude da mulher em relação aos filhos: um econômico, que se apoiava em estudos demográficos demonstrando a importância do crescimento populacional para o país; e o liberalismo, que favorecia ideias de liberdade, igualdade e felicidade individual.

Para completar, um terceiro discurso, sustentado pelo desenvolvimento da biomedicina, reforçava a ideia de que era função da mulher se ocupar dos filhos. “O útero como definidor exclusivo das mulheres vira quase um fetiche dos discursos médicos. Ela passa a ser definida como um ser que se completa e se organiza no papel de mãe”, destaca Tamanini. “A maternidade entra como a solução para a vida das mulheres. Quem faz esse discurso agora é o médico, e essa construção moderna passa a ser necessária para organizar a ordem da sociedade.” [...]

Com o surgimento dos métodos contraceptivos e o avanço do movimento feminista nos anos 1960, a mulher contemporânea pode escolher não ter filhos. Entretanto, a maternidade segue um marcador social relevante. “Parece ser uma escolha individual, mas nem sempre é, porque existem muitas estruturas por trás dessa decisão. Existe uma cobrança, uma expectativa de que se não formos mães, não seremos mulheres de verdade. Às vezes ela é tão forte que faz muitas mulheres serem mães sem nem saberem por quê”, destaca a socióloga Thaís de Souza Lapa, professora adjunta da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora do laboratório de Sociologia do Trabalho na mesma universidade. Na avaliação dela, embora atualmente consigam ocupar locais não permitidos no passado, como em cargos de chefia ou cursando ensino superior, muitas mulheres ainda são vistas como “estrangeiras” nesses espaços — e a maternidade é um dos poucos lugares onde isso não acontece.

Revista Galileu, ed. 384, mar. 2024.

O termo “confluíram”, destacado no segundo parágrafo, é empregado no texto com o sentido de:

Alternativas
Ano: 2024 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Campo Magro - PR Provas: NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor de Educação Infantil (40h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Farmacêutico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Procurador Municipal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pediatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Cardiologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Veterinário | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Enfermeiro | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Psicólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Agrônomo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Nutricionista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Civil | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fonoaudiólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Psiquiatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Reumatologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fisioterapeuta | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Odontólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Florestal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico da Família | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pneumologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Assistente Social | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor (20h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Contador |
Q2586564 Português

O texto a seguir é referência para as questões 01 a 10.

O destino de ser mãe

A concepção e o valor da maternidade foram se transformando ao longo da história — e a ciência teve um papel fundamental nessas construções. “Não dá para falar em termos lineares e, ao longo do tempo, vemos muitas facetas de maternidade”, pontua a pesquisadora da UFPR [Marlene Tamanini]. Até a Idade Média, a maternidade era desvalorizada e as mulheres não tinham um papel de destaque na criação dos filhos. Entre os motivos que contribuíam para essa visão estavam a ênfase no poder paterno, a fragilidade física das crianças e a alta taxa de mortalidade infantil.

Durante o Renascimento (dos séculos 15 ao 17), a atenção materna às crianças começou a aparecer como valor essencial, especialmente nas classes mais abastadas. A ampliação dessas responsabilidades levou a uma crescente valorização do ideal mulher-mãe, ainda que isso não ultrapassasse o ambiente doméstico e não significasse a redução da autoridade paterna. No Ocidente, a mulher passou a ser vista como “predestinada” a ter filhos, principalmente a partir do século 18. Segundo a filósofa francesa Elisabeth Badinter, uma das mais importantes pesquisadoras da área, dois discursos diferentes confluíram para modificar a atitude da mulher em relação aos filhos: um econômico, que se apoiava em estudos demográficos demonstrando a importância do crescimento populacional para o país; e o liberalismo, que favorecia ideias de liberdade, igualdade e felicidade individual.

Para completar, um terceiro discurso, sustentado pelo desenvolvimento da biomedicina, reforçava a ideia de que era função da mulher se ocupar dos filhos. “O útero como definidor exclusivo das mulheres vira quase um fetiche dos discursos médicos. Ela passa a ser definida como um ser que se completa e se organiza no papel de mãe”, destaca Tamanini. “A maternidade entra como a solução para a vida das mulheres. Quem faz esse discurso agora é o médico, e essa construção moderna passa a ser necessária para organizar a ordem da sociedade.” [...]

Com o surgimento dos métodos contraceptivos e o avanço do movimento feminista nos anos 1960, a mulher contemporânea pode escolher não ter filhos. Entretanto, a maternidade segue um marcador social relevante. “Parece ser uma escolha individual, mas nem sempre é, porque existem muitas estruturas por trás dessa decisão. Existe uma cobrança, uma expectativa de que se não formos mães, não seremos mulheres de verdade. Às vezes ela é tão forte que faz muitas mulheres serem mães sem nem saberem por quê”, destaca a socióloga Thaís de Souza Lapa, professora adjunta da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora do laboratório de Sociologia do Trabalho na mesma universidade. Na avaliação dela, embora atualmente consigam ocupar locais não permitidos no passado, como em cargos de chefia ou cursando ensino superior, muitas mulheres ainda são vistas como “estrangeiras” nesses espaços — e a maternidade é um dos poucos lugares onde isso não acontece.

Revista Galileu, ed. 384, mar. 2024.

O termo “Entretanto”, destacado no último parágrafo, pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por:

Alternativas
Ano: 2024 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Campo Magro - PR Provas: NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor de Educação Infantil (40h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Farmacêutico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Procurador Municipal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pediatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Cardiologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Veterinário | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Enfermeiro | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Psicólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Agrônomo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Nutricionista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Civil | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fonoaudiólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Psiquiatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Reumatologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fisioterapeuta | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Odontólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Florestal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico da Família | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pneumologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Assistente Social | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor (20h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Contador |
Q2586563 Português

O texto a seguir é referência para as questões 01 a 10.

O destino de ser mãe

A concepção e o valor da maternidade foram se transformando ao longo da história — e a ciência teve um papel fundamental nessas construções. “Não dá para falar em termos lineares e, ao longo do tempo, vemos muitas facetas de maternidade”, pontua a pesquisadora da UFPR [Marlene Tamanini]. Até a Idade Média, a maternidade era desvalorizada e as mulheres não tinham um papel de destaque na criação dos filhos. Entre os motivos que contribuíam para essa visão estavam a ênfase no poder paterno, a fragilidade física das crianças e a alta taxa de mortalidade infantil.

Durante o Renascimento (dos séculos 15 ao 17), a atenção materna às crianças começou a aparecer como valor essencial, especialmente nas classes mais abastadas. A ampliação dessas responsabilidades levou a uma crescente valorização do ideal mulher-mãe, ainda que isso não ultrapassasse o ambiente doméstico e não significasse a redução da autoridade paterna. No Ocidente, a mulher passou a ser vista como “predestinada” a ter filhos, principalmente a partir do século 18. Segundo a filósofa francesa Elisabeth Badinter, uma das mais importantes pesquisadoras da área, dois discursos diferentes confluíram para modificar a atitude da mulher em relação aos filhos: um econômico, que se apoiava em estudos demográficos demonstrando a importância do crescimento populacional para o país; e o liberalismo, que favorecia ideias de liberdade, igualdade e felicidade individual.

Para completar, um terceiro discurso, sustentado pelo desenvolvimento da biomedicina, reforçava a ideia de que era função da mulher se ocupar dos filhos. “O útero como definidor exclusivo das mulheres vira quase um fetiche dos discursos médicos. Ela passa a ser definida como um ser que se completa e se organiza no papel de mãe”, destaca Tamanini. “A maternidade entra como a solução para a vida das mulheres. Quem faz esse discurso agora é o médico, e essa construção moderna passa a ser necessária para organizar a ordem da sociedade.” [...]

Com o surgimento dos métodos contraceptivos e o avanço do movimento feminista nos anos 1960, a mulher contemporânea pode escolher não ter filhos. Entretanto, a maternidade segue um marcador social relevante. “Parece ser uma escolha individual, mas nem sempre é, porque existem muitas estruturas por trás dessa decisão. Existe uma cobrança, uma expectativa de que se não formos mães, não seremos mulheres de verdade. Às vezes ela é tão forte que faz muitas mulheres serem mães sem nem saberem por quê”, destaca a socióloga Thaís de Souza Lapa, professora adjunta da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora do laboratório de Sociologia do Trabalho na mesma universidade. Na avaliação dela, embora atualmente consigam ocupar locais não permitidos no passado, como em cargos de chefia ou cursando ensino superior, muitas mulheres ainda são vistas como “estrangeiras” nesses espaços — e a maternidade é um dos poucos lugares onde isso não acontece.

Revista Galileu, ed. 384, mar. 2024.

Em relação aos aspectos de concordância verbal, a forma verbal “estavam”, destacada no primeiro parágrafo, foi empregada em concordância com:

Alternativas
Ano: 2024 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Campo Magro - PR Provas: NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor de Educação Infantil (40h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Farmacêutico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Procurador Municipal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pediatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Cardiologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Veterinário | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Enfermeiro | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Psicólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Agrônomo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Nutricionista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Civil | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fonoaudiólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Psiquiatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Reumatologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fisioterapeuta | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Odontólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Florestal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico da Família | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pneumologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Assistente Social | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor (20h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Contador |
Q2586562 Português

O texto a seguir é referência para as questões 01 a 10.

O destino de ser mãe

A concepção e o valor da maternidade foram se transformando ao longo da história — e a ciência teve um papel fundamental nessas construções. “Não dá para falar em termos lineares e, ao longo do tempo, vemos muitas facetas de maternidade”, pontua a pesquisadora da UFPR [Marlene Tamanini]. Até a Idade Média, a maternidade era desvalorizada e as mulheres não tinham um papel de destaque na criação dos filhos. Entre os motivos que contribuíam para essa visão estavam a ênfase no poder paterno, a fragilidade física das crianças e a alta taxa de mortalidade infantil.

Durante o Renascimento (dos séculos 15 ao 17), a atenção materna às crianças começou a aparecer como valor essencial, especialmente nas classes mais abastadas. A ampliação dessas responsabilidades levou a uma crescente valorização do ideal mulher-mãe, ainda que isso não ultrapassasse o ambiente doméstico e não significasse a redução da autoridade paterna. No Ocidente, a mulher passou a ser vista como “predestinada” a ter filhos, principalmente a partir do século 18. Segundo a filósofa francesa Elisabeth Badinter, uma das mais importantes pesquisadoras da área, dois discursos diferentes confluíram para modificar a atitude da mulher em relação aos filhos: um econômico, que se apoiava em estudos demográficos demonstrando a importância do crescimento populacional para o país; e o liberalismo, que favorecia ideias de liberdade, igualdade e felicidade individual.

Para completar, um terceiro discurso, sustentado pelo desenvolvimento da biomedicina, reforçava a ideia de que era função da mulher se ocupar dos filhos. “O útero como definidor exclusivo das mulheres vira quase um fetiche dos discursos médicos. Ela passa a ser definida como um ser que se completa e se organiza no papel de mãe”, destaca Tamanini. “A maternidade entra como a solução para a vida das mulheres. Quem faz esse discurso agora é o médico, e essa construção moderna passa a ser necessária para organizar a ordem da sociedade.” [...]

Com o surgimento dos métodos contraceptivos e o avanço do movimento feminista nos anos 1960, a mulher contemporânea pode escolher não ter filhos. Entretanto, a maternidade segue um marcador social relevante. “Parece ser uma escolha individual, mas nem sempre é, porque existem muitas estruturas por trás dessa decisão. Existe uma cobrança, uma expectativa de que se não formos mães, não seremos mulheres de verdade. Às vezes ela é tão forte que faz muitas mulheres serem mães sem nem saberem por quê”, destaca a socióloga Thaís de Souza Lapa, professora adjunta da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora do laboratório de Sociologia do Trabalho na mesma universidade. Na avaliação dela, embora atualmente consigam ocupar locais não permitidos no passado, como em cargos de chefia ou cursando ensino superior, muitas mulheres ainda são vistas como “estrangeiras” nesses espaços — e a maternidade é um dos poucos lugares onde isso não acontece.

Revista Galileu, ed. 384, mar. 2024.

O trecho “sustentado pelo desenvolvimento da biomedicina”, destacado no terceiro parágrafo, exerce a função de:

Alternativas
Ano: 2024 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Campo Magro - PR Provas: NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor de Educação Infantil (40h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Farmacêutico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Procurador Municipal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pediatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Cardiologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Veterinário | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Enfermeiro | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Psicólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Agrônomo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Nutricionista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Civil | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fonoaudiólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Psiquiatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Reumatologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fisioterapeuta | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Odontólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Florestal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico da Família | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pneumologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Assistente Social | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor (20h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Contador |
Q2586560 Português

O texto a seguir é referência para as questões 01 a 10.

O destino de ser mãe

A concepção e o valor da maternidade foram se transformando ao longo da história — e a ciência teve um papel fundamental nessas construções. “Não dá para falar em termos lineares e, ao longo do tempo, vemos muitas facetas de maternidade”, pontua a pesquisadora da UFPR [Marlene Tamanini]. Até a Idade Média, a maternidade era desvalorizada e as mulheres não tinham um papel de destaque na criação dos filhos. Entre os motivos que contribuíam para essa visão estavam a ênfase no poder paterno, a fragilidade física das crianças e a alta taxa de mortalidade infantil.

Durante o Renascimento (dos séculos 15 ao 17), a atenção materna às crianças começou a aparecer como valor essencial, especialmente nas classes mais abastadas. A ampliação dessas responsabilidades levou a uma crescente valorização do ideal mulher-mãe, ainda que isso não ultrapassasse o ambiente doméstico e não significasse a redução da autoridade paterna. No Ocidente, a mulher passou a ser vista como “predestinada” a ter filhos, principalmente a partir do século 18. Segundo a filósofa francesa Elisabeth Badinter, uma das mais importantes pesquisadoras da área, dois discursos diferentes confluíram para modificar a atitude da mulher em relação aos filhos: um econômico, que se apoiava em estudos demográficos demonstrando a importância do crescimento populacional para o país; e o liberalismo, que favorecia ideias de liberdade, igualdade e felicidade individual.

Para completar, um terceiro discurso, sustentado pelo desenvolvimento da biomedicina, reforçava a ideia de que era função da mulher se ocupar dos filhos. “O útero como definidor exclusivo das mulheres vira quase um fetiche dos discursos médicos. Ela passa a ser definida como um ser que se completa e se organiza no papel de mãe”, destaca Tamanini. “A maternidade entra como a solução para a vida das mulheres. Quem faz esse discurso agora é o médico, e essa construção moderna passa a ser necessária para organizar a ordem da sociedade.” [...]

Com o surgimento dos métodos contraceptivos e o avanço do movimento feminista nos anos 1960, a mulher contemporânea pode escolher não ter filhos. Entretanto, a maternidade segue um marcador social relevante. “Parece ser uma escolha individual, mas nem sempre é, porque existem muitas estruturas por trás dessa decisão. Existe uma cobrança, uma expectativa de que se não formos mães, não seremos mulheres de verdade. Às vezes ela é tão forte que faz muitas mulheres serem mães sem nem saberem por quê”, destaca a socióloga Thaís de Souza Lapa, professora adjunta da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora do laboratório de Sociologia do Trabalho na mesma universidade. Na avaliação dela, embora atualmente consigam ocupar locais não permitidos no passado, como em cargos de chefia ou cursando ensino superior, muitas mulheres ainda são vistas como “estrangeiras” nesses espaços — e a maternidade é um dos poucos lugares onde isso não acontece.

Revista Galileu, ed. 384, mar. 2024.

As ideias apresentadas pelo texto deixam ver, nas entrelinhas, uma opinião sendo defendida. O recurso utilizado predominantemente no texto para marcar essa opinião é:

Alternativas
Ano: 2024 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Campo Magro - PR Provas: NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor de Educação Infantil (40h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Farmacêutico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Procurador Municipal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pediatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Cardiologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Veterinário | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Enfermeiro | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Psicólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Agrônomo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Nutricionista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Civil | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fonoaudiólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Psiquiatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Reumatologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fisioterapeuta | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Odontólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Florestal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico da Família | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pneumologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Assistente Social | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor (20h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Contador |
Q2586559 Português

O texto a seguir é referência para as questões 01 a 10.

O destino de ser mãe

A concepção e o valor da maternidade foram se transformando ao longo da história — e a ciência teve um papel fundamental nessas construções. “Não dá para falar em termos lineares e, ao longo do tempo, vemos muitas facetas de maternidade”, pontua a pesquisadora da UFPR [Marlene Tamanini]. Até a Idade Média, a maternidade era desvalorizada e as mulheres não tinham um papel de destaque na criação dos filhos. Entre os motivos que contribuíam para essa visão estavam a ênfase no poder paterno, a fragilidade física das crianças e a alta taxa de mortalidade infantil.

Durante o Renascimento (dos séculos 15 ao 17), a atenção materna às crianças começou a aparecer como valor essencial, especialmente nas classes mais abastadas. A ampliação dessas responsabilidades levou a uma crescente valorização do ideal mulher-mãe, ainda que isso não ultrapassasse o ambiente doméstico e não significasse a redução da autoridade paterna. No Ocidente, a mulher passou a ser vista como “predestinada” a ter filhos, principalmente a partir do século 18. Segundo a filósofa francesa Elisabeth Badinter, uma das mais importantes pesquisadoras da área, dois discursos diferentes confluíram para modificar a atitude da mulher em relação aos filhos: um econômico, que se apoiava em estudos demográficos demonstrando a importância do crescimento populacional para o país; e o liberalismo, que favorecia ideias de liberdade, igualdade e felicidade individual.

Para completar, um terceiro discurso, sustentado pelo desenvolvimento da biomedicina, reforçava a ideia de que era função da mulher se ocupar dos filhos. “O útero como definidor exclusivo das mulheres vira quase um fetiche dos discursos médicos. Ela passa a ser definida como um ser que se completa e se organiza no papel de mãe”, destaca Tamanini. “A maternidade entra como a solução para a vida das mulheres. Quem faz esse discurso agora é o médico, e essa construção moderna passa a ser necessária para organizar a ordem da sociedade.” [...]

Com o surgimento dos métodos contraceptivos e o avanço do movimento feminista nos anos 1960, a mulher contemporânea pode escolher não ter filhos. Entretanto, a maternidade segue um marcador social relevante. “Parece ser uma escolha individual, mas nem sempre é, porque existem muitas estruturas por trás dessa decisão. Existe uma cobrança, uma expectativa de que se não formos mães, não seremos mulheres de verdade. Às vezes ela é tão forte que faz muitas mulheres serem mães sem nem saberem por quê”, destaca a socióloga Thaís de Souza Lapa, professora adjunta da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora do laboratório de Sociologia do Trabalho na mesma universidade. Na avaliação dela, embora atualmente consigam ocupar locais não permitidos no passado, como em cargos de chefia ou cursando ensino superior, muitas mulheres ainda são vistas como “estrangeiras” nesses espaços — e a maternidade é um dos poucos lugares onde isso não acontece.

Revista Galileu, ed. 384, mar. 2024.

De acordo com a ideia central do texto, embora com várias facetas, historicamente, o ideal de maternidade é:

Alternativas
Ano: 2024 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Campo Magro - PR Provas: NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor de Educação Infantil (40h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Farmacêutico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Procurador Municipal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pediatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Cardiologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Veterinário | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Enfermeiro | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Psicólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Agrônomo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Nutricionista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Civil | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fonoaudiólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Psiquiatra | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Reumatologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Fisioterapeuta | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Odontólogo | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Engenheiro Florestal | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico da Família | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Médico Pneumologista | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Assistente Social | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Professor (20h) | NC-UFPR - 2024 - Prefeitura de Campo Magro - PR - Contador |
Q2586558 Português

O texto a seguir é referência para as questões 01 a 10.

O destino de ser mãe

A concepção e o valor da maternidade foram se transformando ao longo da história — e a ciência teve um papel fundamental nessas construções. “Não dá para falar em termos lineares e, ao longo do tempo, vemos muitas facetas de maternidade”, pontua a pesquisadora da UFPR [Marlene Tamanini]. Até a Idade Média, a maternidade era desvalorizada e as mulheres não tinham um papel de destaque na criação dos filhos. Entre os motivos que contribuíam para essa visão estavam a ênfase no poder paterno, a fragilidade física das crianças e a alta taxa de mortalidade infantil.

Durante o Renascimento (dos séculos 15 ao 17), a atenção materna às crianças começou a aparecer como valor essencial, especialmente nas classes mais abastadas. A ampliação dessas responsabilidades levou a uma crescente valorização do ideal mulher-mãe, ainda que isso não ultrapassasse o ambiente doméstico e não significasse a redução da autoridade paterna. No Ocidente, a mulher passou a ser vista como “predestinada” a ter filhos, principalmente a partir do século 18. Segundo a filósofa francesa Elisabeth Badinter, uma das mais importantes pesquisadoras da área, dois discursos diferentes confluíram para modificar a atitude da mulher em relação aos filhos: um econômico, que se apoiava em estudos demográficos demonstrando a importância do crescimento populacional para o país; e o liberalismo, que favorecia ideias de liberdade, igualdade e felicidade individual.

Para completar, um terceiro discurso, sustentado pelo desenvolvimento da biomedicina, reforçava a ideia de que era função da mulher se ocupar dos filhos. “O útero como definidor exclusivo das mulheres vira quase um fetiche dos discursos médicos. Ela passa a ser definida como um ser que se completa e se organiza no papel de mãe”, destaca Tamanini. “A maternidade entra como a solução para a vida das mulheres. Quem faz esse discurso agora é o médico, e essa construção moderna passa a ser necessária para organizar a ordem da sociedade.” [...]

Com o surgimento dos métodos contraceptivos e o avanço do movimento feminista nos anos 1960, a mulher contemporânea pode escolher não ter filhos. Entretanto, a maternidade segue um marcador social relevante. “Parece ser uma escolha individual, mas nem sempre é, porque existem muitas estruturas por trás dessa decisão. Existe uma cobrança, uma expectativa de que se não formos mães, não seremos mulheres de verdade. Às vezes ela é tão forte que faz muitas mulheres serem mães sem nem saberem por quê”, destaca a socióloga Thaís de Souza Lapa, professora adjunta da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora do laboratório de Sociologia do Trabalho na mesma universidade. Na avaliação dela, embora atualmente consigam ocupar locais não permitidos no passado, como em cargos de chefia ou cursando ensino superior, muitas mulheres ainda são vistas como “estrangeiras” nesses espaços — e a maternidade é um dos poucos lugares onde isso não acontece.

Revista Galileu, ed. 384, mar. 2024.

A partir das ideias apresentadas no texto, infere-se que:

Alternativas
Q2562261 Direito Penal
Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. Sobre os crimes praticados pelos funcionários públicos, analise as afirmativas a seguir:
I. Durante a execução de contratos celebrados com a Administração Pública, é crime admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou vantagem, inclusive prorrogação contratual, em favor do contratado, ainda que com autorização legal.
II. É crime divulgar, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem.
III. O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais.
IV. O crime de peculato consiste em apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.
V. A concussão consiste em exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

É correto o que se afirma em:
Alternativas
Q2562260 Direito Civil
Sobre a prescrição e a decadência do Código Civil brasileiro, analise as seguintes assertivas:
I. As pessoas jurídicas podem demandar judicialmente seus representantes legais que derem causa à prescrição ou não a alegarem oportunamente.
II. Quando a interrupção da prescrição se der por despacho do juiz que ordenar a citação, a interrupção somente será válida se o juiz for competente e se a parte interessada promover a citação no prazo e na forma da lei processual.
III. Prescreve em três anos a pretensão de reparação civil e em cinco anos a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular.

É correto o que se afirma em:
Alternativas
Q2562259 Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil - CPC 2015
Sobre as regras processuais do Código de Processo Civil aplicáveis à Fazenda Pública, analise as seguintes assertivas:
I. No cumprimento de sentença que impuser à Fazenda Pública o dever de pagar quantia certa, incidirá multa de 10% sobre o valor da execução caso o precatório ou a requisição de pequeno valor (RPV) não sejam requisitados no prazo legal.
II. A Fazenda Pública tem legitimidade concorrente para requerer a abertura de inventário e partilha dos bens do falecido quando tiver interesse.
III. Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para opor embargos em 30 dias, nos quais poderá alegar qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa no processo de conhecimento.

É correto o que se afirma em:
Alternativas
Q2562258 Direito Civil
De acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, é correto afirmar que:
Alternativas
Respostas
541: A
542: E
543: B
544: D
545: C
546: A
547: D
548: B
549: C
550: C
551: A
552: E
553: B
554: D
555: B
556: A
557: A
558: D
559: C
560: E