Questões de Concurso
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O futuro de uma desilusão
A ilusão de que uma metafísica calcada na ciência permitiría banir o mistério do mundo caducou - e agora? O que nos resta fazer? Não se pode esperar da ciência respostas a inquietações que estão constitutivamente além de seu horizonte de possibilidades. A ciência só se coloca problemas que ela é capaz, em princípio, de resolver, ou seja, questões que se prestam a um tratamento empírico-dedutivo e cujas respostas admitem a possibilidade da refutação.
Há um equívoco em abordar as extraordinárias conquistas do método científico com o olhar expectante da busca religiosa ou metafísica. Ao mesmo tempo, contudo, parece simplesmente descabida, além de irrealista, a pretensão de se limitar a esfera do que é pertinente inquirir à província da investigação científica, como se a ciência gozasse da prerrogativa de definir ou demarcar o âmbito do que há para ser explicado no mundo. Uma coisa é dizer que o animal humano partilha dos mesmos objetivos básicos - sobreviver e reproduzir - das demais formas de vida; outra, muito distinta, é afirmar que “nenhuma espécie, inclusive a nossa, possui um propósito que vá além dos imperativos criados por sua história genética" e que, portanto, a espécie humana “carece de qualquer objetivo externo à sua própria natureza biológica": pois, ao dar esse passo, saltamos da observação ao decreto e da constatação ao cerceamento da busca.
A teima interrogante do saber não admite ser detida e barrada, como contrabando ou imigrante clandestino, pela polícia da fronteira na divisa onde findam os porquês da ciência.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 37-38)
O futuro de uma desilusão
A ilusão de que uma metafísica calcada na ciência permitiría banir o mistério do mundo caducou - e agora? O que nos resta fazer? Não se pode esperar da ciência respostas a inquietações que estão constitutivamente além de seu horizonte de possibilidades. A ciência só se coloca problemas que ela é capaz, em princípio, de resolver, ou seja, questões que se prestam a um tratamento empírico-dedutivo e cujas respostas admitem a possibilidade da refutação.
Há um equívoco em abordar as extraordinárias conquistas do método científico com o olhar expectante da busca religiosa ou metafísica. Ao mesmo tempo, contudo, parece simplesmente descabida, além de irrealista, a pretensão de se limitar a esfera do que é pertinente inquirir à província da investigação científica, como se a ciência gozasse da prerrogativa de definir ou demarcar o âmbito do que há para ser explicado no mundo. Uma coisa é dizer que o animal humano partilha dos mesmos objetivos básicos - sobreviver e reproduzir - das demais formas de vida; outra, muito distinta, é afirmar que “nenhuma espécie, inclusive a nossa, possui um propósito que vá além dos imperativos criados por sua história genética" e que, portanto, a espécie humana “carece de qualquer objetivo externo à sua própria natureza biológica": pois, ao dar esse passo, saltamos da observação ao decreto e da constatação ao cerceamento da busca.
A teima interrogante do saber não admite ser detida e barrada, como contrabando ou imigrante clandestino, pela polícia da fronteira na divisa onde findam os porquês da ciência.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 37-38)
O futuro de uma desilusão
A ilusão de que uma metafísica calcada na ciência permitiría banir o mistério do mundo caducou - e agora? O que nos resta fazer? Não se pode esperar da ciência respostas a inquietações que estão constitutivamente além de seu horizonte de possibilidades. A ciência só se coloca problemas que ela é capaz, em princípio, de resolver, ou seja, questões que se prestam a um tratamento empírico-dedutivo e cujas respostas admitem a possibilidade da refutação.
Há um equívoco em abordar as extraordinárias conquistas do método científico com o olhar expectante da busca religiosa ou metafísica. Ao mesmo tempo, contudo, parece simplesmente descabida, além de irrealista, a pretensão de se limitar a esfera do que é pertinente inquirir à província da investigação científica, como se a ciência gozasse da prerrogativa de definir ou demarcar o âmbito do que há para ser explicado no mundo. Uma coisa é dizer que o animal humano partilha dos mesmos objetivos básicos - sobreviver e reproduzir - das demais formas de vida; outra, muito distinta, é afirmar que “nenhuma espécie, inclusive a nossa, possui um propósito que vá além dos imperativos criados por sua história genética" e que, portanto, a espécie humana “carece de qualquer objetivo externo à sua própria natureza biológica": pois, ao dar esse passo, saltamos da observação ao decreto e da constatação ao cerceamento da busca.
A teima interrogante do saber não admite ser detida e barrada, como contrabando ou imigrante clandestino, pela polícia da fronteira na divisa onde findam os porquês da ciência.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 37-38)
Considerando o modelo macroeconômico IS/LM tradicional, julgue o item seguinte.
Na situação de armadilha da liquidez, o Banco Central, na
condição de autoridade monetária e reguladora do sistema
financeiro nacional, perde totalmente a sua função
de estímulo à economia.
Acerca da despesa pública, julgue o item seguinte.
Despesa orçamentária pública é aquela que, tendo sido
prevista na lei orçamentária, refere-se a gastos de entes
públicos voltados para o funcionamento e para a manutenção
dos serviços públicos prestados à sociedade.
Julgue o item seguinte de acordo com a Lei estadual n.º 498/2005.
Desde que não se trate de competência privativa e que uma
lei ou a Constituição Estadual autorizem, os secretários de
Estado poderão delegar suas competências a agentes que
estejam sob sua jurisdição.
No que concerne aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
A correção gramatical e a coerência do texto seriam
preservadas caso a expressão “os quais” (último período do
terceiro parágrafo) fosse substituída pela forma o que, em
referência a “conjunto” (último período do terceiro
parágrafo).