Questões de Psiquiatria para Concurso
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Estudante de medicina, quarto ano, homem, 29 anos chega ao serviço de perícia da Universidade pois estava na iminência de perder o vínculo com a faculdade por inúmeras reprovações, pois estava há mais de 10 anos no curso. Chega ao Serviço de psiquiatria, sem familiar alegando que sempre teve depressão e que as pessoas não entendiam isso. Relata que começou a se cortar há anos, com várias tentativas de suicídio. Relata que desmaia e que tem convulsões, por isso falta muito às aulas. No exame psíquico, o estudante não apresenta alteração do humor congruente com suas queixas. As lesões que mostram são recentes e superficiais. Não há sinais de lesões antigas. Foi solicitado EEG, que se mostrou normal. Avaliação Neuropsicológica sem alterações cognitivas.
O diagnóstico compatível com o quadro é
Paciente refere que, durante exame oftalmológico, o médico implantou no seu cérebro um receptor que introduz desejos incestuosos na sua mente e que por isso tem feitos varia agressões a sua mãe, mesmo que pareça contra sua vontade.
Esse sintoma é denominado de
C., mulher, 32 anos, solteira, estudante de enfermagem, feriu-se em acidente de punção quando tentava acesso venoso de um paciente morador de rua, no pronto socorro do Hospital em que estagiava. Ficou muito ansiosa, com medo de ter sido infectada por HIV. Fez todos os testes protocolares, com testagem inclusive do paciente. Todos os testes foram negativos, descartada a hipótese de infecção. Contudo, a partir de então, C. não conseguia mais frequentar seu estágio. Dizia que tinha certeza de estar infectada. Relatava que estava perdendo peso, dia após dia. Recusava realizar qualquer procedimento, passou a acusar os colegas de cumplicidade com o hospital, dizendo que seus exames foram falsificados. Acusou a faculdade de não lhe dar assistência. Acusou o hospital de ter lhe colocado aquele paciente com o propósito de infectá-la. Continuou seus estudos, por mais 12 meses, com restrições, pois nunca aceitara que não havia sido infectada. Chegou a tomar, por conta própria, antirretrovirais, que subtraia dos pacientes internados na ala de Infectologia.
O quadro psicopatológico apresentado por C. é compatível com
Leia o caso a seguir.
Um estudante da Faculdade de Farmácia, jovem, 25 anos, homem, fazia tratamento para episódio depressivo desde os 22 anos, com uso de 40 mg/dia de fluoxetina. Foi descontinuada sua medicação. Uma semana após a retirada completa da medicação, o estudante começou a apresentar maior inquietação, menor necessidade de sono, evoluindo para euforia. Deixou de frequentar as aulas, dizendo que já sabia todo o conteúdo e era melhor que qualquer professor. Apresentou aumento da libido, com comportamento de risco. Há dois dias, extremamente eufórico, foi ao Reitor da Universidade dizendo que seria ele o próximo reitor, pois era muito inteligente para ser apenas um aluno. Pelo risco de agressividade, foi levado ao pronto socorro psiquiátrico e encaminhado à internação.
O diagnóstico desse estudante é
Paciente K., 25 anos, mulher, casada, fazia tratamento para episódio depressivo há cerca de 2 anos, com 3 episódios durante esse tempo. Apresentava-se estável, com o uso de 75 mg/dia de Amitriptilina. Há 6 meses, descobriu estar grávida e, com orientação médica, descontinuou a medicação. Contudo, há 30 dias, reiniciou piora do quadro, com apatia, melancolia, choro fácil, inapetência, com perda de 3 kg em uma semana. O médico de seu pré-natal avaliou a vitalidade fetal e percebeu que o feto estacionou o desenvolvimento de sua estatura e peso. K. foi reencaminhada ao psiquiatra.
A conduta nesse caso é
Leia o caso a seguir.
Paciente, 35 anos, mulher, solteira chega ao ambulatório com queixa de anedonia, labilidade emocional, tristeza importante, mais quieta nos últimos meses, com sonolência excessiva, ganho de peso inexplicável, fadiga, perda de cabelo e alteração de memória. O quadro se iniciou há cerca de 6 meses, com piora insidiosa e lenta nos últimos 2 meses. Fazia acompanhamento para Transtorno Bipolar já há 3 anos, tendo apresentado um episódio depressivo no início do tratamento e um episódio de hipomania há 1 ano. Vinha apresentando estabilidade clínica. Em uso de 900 mg/dia de carbonato de lítio. Nega alterações prévias do humor. Trouxe os seguintes exames:
1- Litemia: 0,7 mEq/L Ref. (0,6 a 1,2 mEq/L);
2- TSH: 7,35 mUI/L Ref. (0,6-4,8 mUI/L);
3- T4 livre: 0,2 mUI/L Ref. (0,7-1,8 ng/dl);
4- Creatinina: 0,9 mg/dl Ref. (0,7-1,3 mg/dl);
5- Ureia: 33 mg/dl Ref. (16-40 mg/dl);
6- Sódio: 140 mmol/L Ref. (135-145 mmol/L);
7- Cálcio: 8,2 mmol/L Ref. (8,5-10 mmol/L);
8- Glicemia: 109 mg/dl Ref. (60- 110 mg/dl).
Com base na história clínica e nos exames laboratoriais, a
conduta adequada é
Paciente dá entrada no PS, com quadro de agitação psicomotora, perda do controle do impulso, tremores de extremidade dizendo que estava muito feliz pois enfim conseguiu comprar um carro zero de um vendedor amigo dele, que conhecera há anos. A família nega a história do paciente, dizendo que ele, há dias, vem “inventando histórias mirabolantes” que mudam a toda hora. A família segue dizendo que o paciente é alcoolista crônico, com cerca de duas garrafas de aguardente por dia, e que, por ter ficado sem dinheiro, não bebeu nos últimos 4 dias. Alimentação precária nos últimos meses.
A alteração psicopatológica característica desse caso é
I. O potencial de abuso do modafinil é muito reduzido em comparação com o da anfetamina. II. É um tratamento efetivo para a sonolência na narcolepsia. III. Acredita-se que esses agentes atuem predominantemente como inibidores do receptor de noradrenalina.
Estão CORRETOS:
I. Representa uma das primeiras gerações de anticonvulsivantes estabilizadores do humor.
II. Liga-se intensamente às proteínas plasmáticas, em especial à albumina, mas é sua fração livre que atravessa a barreira hematoencefálica.
III. Para mulheres e idosos, frequentemente são indicadas doses menores, pois apresentam níveis de valproato livre levemente aumentados.
Está(ão) CORRETO(S):
No tratamento da esquizofrenia com clozapina, a _________________ é um dos principais efeitos colaterais a serem monitorados.