Questões de Concurso Público Prefeitura de Vitória - ES 2024 para PEB III - História

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Q2465592 História
Avancemos um pouco mais no tempo e tomemos como objeto a produção dos historiadores relativa ao que se convencionou chamar de transição política rumo a um regime democrático no país. Como é costume acontecer, há várias propostas que buscam situar no tempo esse processo. Para alguns, a transição política deu-se na passagem da ditadura militar para um regime civil, ou seja, mais ou menos entre 1974 e 1985 – quando José Sarney tomou posse. Para outros, estes mais preocupados com a institucionalidade e a clássica questão da legitimidade, sugerem que a transição se completa com a promulgação da constituição de 1988 e a eleição pelo voto popular do Presidente da república, no caso, Fernando Collor. Por fim, há os que colocam em xeque tanto o modus operandi da transição, como o processo de institucionalização democrática, considerando o regime civil, daí resultando em uma experiência política marcadamente conservadora e limitada, e, portanto, distante do que se poderia chamar de democracia. (FREIRE, Américo. Democracia brasileira em foco: historiografia, atores e proposições. Salvador: Saga, 2019. p. 14).
Apesar de existir diferenças na produção historiográfica sobre o período pós-ditadura, é possível identificar algumas proximidades entre elas. Para analisar o elemento comum dessa produção devemos considerar
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Q2465593 História
O Movimento Negro conquistou um lugar de existência afirmativa no Brasil. Ao trazer o debate sobre o racismo para a cena pública e indagar as políticas públicas e seu compromisso com a superação das desigualdades raciais, esse movimento social ressignifica e politiza a raça, dando-lhe um trato emancipatório e não inferiorizante. No caso do Brasil, o Movimento Negro ressignifica e politiza afirmativamente a ideia de raça, entendendo-a como potência de emancipação, e não como uma regulação conservadora; explicita como ela opera na construção de identidades étnico-raciais. (GOMES, Nilma Lino O Movimento Negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017. p. 21)
Para analisar o impacto do movimento negro na sociedade brasileira desde os anos 1970, vale destacar que
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Q2465594 História
A “memória” não pode ocupar o lugar que foi ou ainda é da história. Ela deve ocupar um lugar com certeza, mas não o mesmo. Todo um conjunto de operações passa a ser da sua competência ou de seu magistério: as relações com o passado em geral e, mais especificamente, o vasto domínio dos crimes perpetrados, recentes ou menos recentes, o lugar concedido aos testemunhos, a escuta das vítimas, as reparações, quando possível, as injustiças sofridas, a votação das “leis memoriais”, a implementação de “políticas de memória”" , a gestão do dever de memória, pedidos de transformação ou mesmo de remoção de monumentos históricos. Estátuas para as quais já não olhávamos de repente se tornam visíveis novamente e, ao mesmo tempo, ofensivas, conflituosas. Elas ferem a memória, pois impõem uma história no que nos Estados Unidos, por exemplo, os afro-americanos nunca poderão compartilhar. Elevado, portanto, é o papel da memória. Resta, no entanto, uma diferença entre ela e a história; suas respectivas relações com o futuro. A história, a do conceito moderno de história, via o passado à luz do futuro. A memória vê o passado à luz do presente. Eis aí uma grande diferença de ponto de vista, que é melhor ser mensurada do que levada a julgamento. Ela é, de fato, a marca de uma mudança de época. (HARTOG, François. Os impasses do presentismo. In: In: IEGELSKI, Francine; MÜLLER, Angélica (orgs). História do Tempo presente: mutações e reflexões. Rio de Janeiro: FGV, 2022. p. 141)

A partir da análise desse trecho de um artigo do historiador, é correto inferir que o autor considera que
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Q2465595 História
Enquanto o debate político esteve limitado aos notáveis, a história referia-se elite culta e era ministrada apenas no ensino médio. No entanto, com a democracia, a política tornou-se o negócio de todos; neste caso, levantou-se a questão da história no ensino fundamental. Neste ponto, as datas são eloquentes: em 1867, quando o 2° Império se liberalizava, a história tornou-se em princípio, matéria obrigatória, no ensino fundamental. Entretanto, na prática, ela se impôs nas classes somente após o triunfo dos republicanos; em 1880, fazia parte da prova oral para a obtenção do Certificado de Estudos e foi necessário esperar o ano de 1882 para que viesse a ocupar seu lugar definitivo nos horários – 2 horas por semana – e programas da escola elementar. O ensino da história foi implementado, com seu desenrolar regular e seus suportes pedagógicos; por sua vez, o compêndio tornou-se obrigatório em 1890. A história na escola primária atingiu seu apogeu após a Grande Guerra: por uma portaria de 1917, foi instituída uma prova escrita de história ou de ciências (por sorteio) para a obtenção do Certificado, já mencionado. (PROST, Antoine. Doze lições sobre a História. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. p. 26-27)
As pesquisas sobre a constituição do campo da História na condição de disciplina acadêmica e escolar têm tido como referência os estudos franceses. Assim sendo, a partir da leitura do texto podemos inferir que 
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Q2465596 História
Como outros reis do início da Idade Moderna, especialmente após 1648, Luís tentou se apresentar como igual ao imperador, e seu reinado como um império. Assim, por exemplo, na descrição oficial da entrada de 1660, a famosa frase da Eneida, de Virgilio, “foi-me dado um império sem limite” [imperium sine fine dedi] foi aplicada aos reis de França, que foram apresentados como sucessores dos imperadores romanos. A reivindicação foi feita de modo mais explícito e cabal em 1667, no panfleto escrito por Aubéry sobre os direitos de Luís sobre o império. Muitas referências aparentemente casuais reforçam essa pretensão. Vernon, um dos historiógrafos reais, por exemplo compôs uma inscrição que intitulava Luís de “o imperador dos francos” [Imperator Francorium]. As frequentes referências a Luís como “augusto” ou como o maior monarca do mundo deveriam ser interpretadas tanto como apoio a pretensões políticas particulares quanto como uma forma geral de glorificação. O mesmo se aplica a seu uso do tradicional símbolo imperial, o sol, com a implicação de que há um soberano supremo na terra assim como há um sol no céu. (BURKE, A fabricação do rei; a construção da imagem pública de Luís XIV. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. p. 191-192)
Conforme o autor nos informa, a construção da imagem do monarca absolutista fundamentou-se em representações sobre o mundo antigo clássico. Podemos também acrescentar outros elementos de referência para compor a imagem de um monarca universal. Nesse sentido, para analisar a construção da imagem de Luís XIV, devemos considerar
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Respostas
21: C
22: A
23: C
24: E
25: E