Questões de Concurso Público TJ-GO 2006 para Técnico Judiciário - Analista de Sistemas
Foram encontradas 50 questões
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Provas:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de Empresas
|
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Arquivologia |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Contador |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Assistente Social |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Civil |
UEG - 2003 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Pedagogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Odontólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Psicólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Médico Clínico |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Eletricista |
Q426003
Português
Texto associado
O MENINO QUE MORREU AFOGADO (fragmento)
Bernardo Élis
Já tinha um horror de gente na beira do rio quando o delegado chegou. O corpo nu do menino estendia-se na areia. Frio. Empazinado.
O delegado sentenciou que estava morto. Embora todos já soubessem disso, o espanto foi geral. E houve um silêncio mau, sarcasticamente cheio de reflexões. Logo, porém, vieram comentários: “que o menino estava vadiando no rio cheio e deu um de-ponta. Que demorou a voltar à tona. Os outros meninos gritaram, berraram. Que o vendeiro veio correndo, mergulhou também. Chegaram mais pessoas. Depois meia hora o corpo passava na passagem e um velho o tirou. Que isso, que aquilo, que era sucuri que tinha ali.”
Agora o cadaverzinho estava estendido na praia. O delegado esbravejou contra essas mulheres que botam filhos no mundo e não lhes dão educação, não cuidam deles.
- Mas a mãe dele era a cozinheira da pensão e nem sabia de nada!
- Ah, é?!
Começaram a calçar no menino a calcinha suja e remendada.
Aqueles meninos da rua da Beira do Rio viviam dentro dágua o que dava o dia. O rio era a escola deles. Sua diversão, seu mundo enfim. As águas claras e mansas davam-lhes o carinho que o trabalho não deixava as mães lhes dar. Davam-lhes brinquedos que a falta de cobre negava. Para os meninos ricos, havia Papai Noel. Para os da rua da beira do Rio, enchente.
Eles ficavam imaginando uma cheia que cobrisse as casas da rua de Baixo. Então só os telhados ficariam de fora. Poderiam dar de-pontas da torre da igreja, ir nadando de casa em casa, fazer barquinhos e sair remando por entre os telhados. Naquela noite de fim de dezembro, o rio roncou feito um danado. De manhã, a luz morta do dia punha reflexos idiotas nos redemoinhos traiçoeiros das águas barrentas. No meio, a correnteza se encrespava em saltos selvagens, em saracoteios lúbricos, numa volúpia diabólica de destruição.
O menino enfincou um pauzinho na areia da praia, marcando a orla das águas. Com pouco, sumiu tudo.
- Capaz do rio passar pro riba da ponte.
Depois foram nadar na vargem. Mas o rio estava enfezado, trombudo, cheio de instintos criminosos e arrebatou o menino.
- Quem morreu, descansou. Vamos cuidar dos vivos - disse o delegado. E o povo riu, porque a presença incômoda da morte rondava friamente a criança arroxeada.
ÉLIS, Bernardo. Seleta. Rio de Janeiro: José Olympio, 1991. p. 19-20.
Bernardo Élis
Já tinha um horror de gente na beira do rio quando o delegado chegou. O corpo nu do menino estendia-se na areia. Frio. Empazinado.
O delegado sentenciou que estava morto. Embora todos já soubessem disso, o espanto foi geral. E houve um silêncio mau, sarcasticamente cheio de reflexões. Logo, porém, vieram comentários: “que o menino estava vadiando no rio cheio e deu um de-ponta. Que demorou a voltar à tona. Os outros meninos gritaram, berraram. Que o vendeiro veio correndo, mergulhou também. Chegaram mais pessoas. Depois meia hora o corpo passava na passagem e um velho o tirou. Que isso, que aquilo, que era sucuri que tinha ali.”
Agora o cadaverzinho estava estendido na praia. O delegado esbravejou contra essas mulheres que botam filhos no mundo e não lhes dão educação, não cuidam deles.
- Mas a mãe dele era a cozinheira da pensão e nem sabia de nada!
- Ah, é?!
Começaram a calçar no menino a calcinha suja e remendada.
Aqueles meninos da rua da Beira do Rio viviam dentro dágua o que dava o dia. O rio era a escola deles. Sua diversão, seu mundo enfim. As águas claras e mansas davam-lhes o carinho que o trabalho não deixava as mães lhes dar. Davam-lhes brinquedos que a falta de cobre negava. Para os meninos ricos, havia Papai Noel. Para os da rua da beira do Rio, enchente.
Eles ficavam imaginando uma cheia que cobrisse as casas da rua de Baixo. Então só os telhados ficariam de fora. Poderiam dar de-pontas da torre da igreja, ir nadando de casa em casa, fazer barquinhos e sair remando por entre os telhados. Naquela noite de fim de dezembro, o rio roncou feito um danado. De manhã, a luz morta do dia punha reflexos idiotas nos redemoinhos traiçoeiros das águas barrentas. No meio, a correnteza se encrespava em saltos selvagens, em saracoteios lúbricos, numa volúpia diabólica de destruição.
O menino enfincou um pauzinho na areia da praia, marcando a orla das águas. Com pouco, sumiu tudo.
- Capaz do rio passar pro riba da ponte.
Depois foram nadar na vargem. Mas o rio estava enfezado, trombudo, cheio de instintos criminosos e arrebatou o menino.
- Quem morreu, descansou. Vamos cuidar dos vivos - disse o delegado. E o povo riu, porque a presença incômoda da morte rondava friamente a criança arroxeada.
ÉLIS, Bernardo. Seleta. Rio de Janeiro: José Olympio, 1991. p. 19-20.
No segundo parágrafo, a seqüência de períodos e orações iniciados pelo termo “que” justificam-se pelo fato de o narrador
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Provas:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de Empresas
|
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Arquivologia |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Contador |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Assistente Social |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Civil |
UEG - 2003 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Pedagogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Odontólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Psicólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Médico Clínico |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Eletricista |
Q426004
Português
Texto associado
O MENINO QUE MORREU AFOGADO (fragmento)
Bernardo Élis
Já tinha um horror de gente na beira do rio quando o delegado chegou. O corpo nu do menino estendia-se na areia. Frio. Empazinado.
O delegado sentenciou que estava morto. Embora todos já soubessem disso, o espanto foi geral. E houve um silêncio mau, sarcasticamente cheio de reflexões. Logo, porém, vieram comentários: “que o menino estava vadiando no rio cheio e deu um de-ponta. Que demorou a voltar à tona. Os outros meninos gritaram, berraram. Que o vendeiro veio correndo, mergulhou também. Chegaram mais pessoas. Depois meia hora o corpo passava na passagem e um velho o tirou. Que isso, que aquilo, que era sucuri que tinha ali.”
Agora o cadaverzinho estava estendido na praia. O delegado esbravejou contra essas mulheres que botam filhos no mundo e não lhes dão educação, não cuidam deles.
- Mas a mãe dele era a cozinheira da pensão e nem sabia de nada!
- Ah, é?!
Começaram a calçar no menino a calcinha suja e remendada.
Aqueles meninos da rua da Beira do Rio viviam dentro dágua o que dava o dia. O rio era a escola deles. Sua diversão, seu mundo enfim. As águas claras e mansas davam-lhes o carinho que o trabalho não deixava as mães lhes dar. Davam-lhes brinquedos que a falta de cobre negava. Para os meninos ricos, havia Papai Noel. Para os da rua da beira do Rio, enchente.
Eles ficavam imaginando uma cheia que cobrisse as casas da rua de Baixo. Então só os telhados ficariam de fora. Poderiam dar de-pontas da torre da igreja, ir nadando de casa em casa, fazer barquinhos e sair remando por entre os telhados. Naquela noite de fim de dezembro, o rio roncou feito um danado. De manhã, a luz morta do dia punha reflexos idiotas nos redemoinhos traiçoeiros das águas barrentas. No meio, a correnteza se encrespava em saltos selvagens, em saracoteios lúbricos, numa volúpia diabólica de destruição.
O menino enfincou um pauzinho na areia da praia, marcando a orla das águas. Com pouco, sumiu tudo.
- Capaz do rio passar pro riba da ponte.
Depois foram nadar na vargem. Mas o rio estava enfezado, trombudo, cheio de instintos criminosos e arrebatou o menino.
- Quem morreu, descansou. Vamos cuidar dos vivos - disse o delegado. E o povo riu, porque a presença incômoda da morte rondava friamente a criança arroxeada.
ÉLIS, Bernardo. Seleta. Rio de Janeiro: José Olympio, 1991. p. 19-20.
Bernardo Élis
Já tinha um horror de gente na beira do rio quando o delegado chegou. O corpo nu do menino estendia-se na areia. Frio. Empazinado.
O delegado sentenciou que estava morto. Embora todos já soubessem disso, o espanto foi geral. E houve um silêncio mau, sarcasticamente cheio de reflexões. Logo, porém, vieram comentários: “que o menino estava vadiando no rio cheio e deu um de-ponta. Que demorou a voltar à tona. Os outros meninos gritaram, berraram. Que o vendeiro veio correndo, mergulhou também. Chegaram mais pessoas. Depois meia hora o corpo passava na passagem e um velho o tirou. Que isso, que aquilo, que era sucuri que tinha ali.”
Agora o cadaverzinho estava estendido na praia. O delegado esbravejou contra essas mulheres que botam filhos no mundo e não lhes dão educação, não cuidam deles.
- Mas a mãe dele era a cozinheira da pensão e nem sabia de nada!
- Ah, é?!
Começaram a calçar no menino a calcinha suja e remendada.
Aqueles meninos da rua da Beira do Rio viviam dentro dágua o que dava o dia. O rio era a escola deles. Sua diversão, seu mundo enfim. As águas claras e mansas davam-lhes o carinho que o trabalho não deixava as mães lhes dar. Davam-lhes brinquedos que a falta de cobre negava. Para os meninos ricos, havia Papai Noel. Para os da rua da beira do Rio, enchente.
Eles ficavam imaginando uma cheia que cobrisse as casas da rua de Baixo. Então só os telhados ficariam de fora. Poderiam dar de-pontas da torre da igreja, ir nadando de casa em casa, fazer barquinhos e sair remando por entre os telhados. Naquela noite de fim de dezembro, o rio roncou feito um danado. De manhã, a luz morta do dia punha reflexos idiotas nos redemoinhos traiçoeiros das águas barrentas. No meio, a correnteza se encrespava em saltos selvagens, em saracoteios lúbricos, numa volúpia diabólica de destruição.
O menino enfincou um pauzinho na areia da praia, marcando a orla das águas. Com pouco, sumiu tudo.
- Capaz do rio passar pro riba da ponte.
Depois foram nadar na vargem. Mas o rio estava enfezado, trombudo, cheio de instintos criminosos e arrebatou o menino.
- Quem morreu, descansou. Vamos cuidar dos vivos - disse o delegado. E o povo riu, porque a presença incômoda da morte rondava friamente a criança arroxeada.
ÉLIS, Bernardo. Seleta. Rio de Janeiro: José Olympio, 1991. p. 19-20.
No diálogo “ — Mas a mãe dele era a cozinheira da pensão e nem sabia de nada”, está pressuposto que
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Provas:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de Empresas
|
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Arquivologia |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Contador |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Assistente Social |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Civil |
UEG - 2003 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Pedagogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Odontólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Psicólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Médico Clínico |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Eletricista |
Q426005
Português
Texto associado
O MENINO QUE MORREU AFOGADO (fragmento)
Bernardo Élis
Já tinha um horror de gente na beira do rio quando o delegado chegou. O corpo nu do menino estendia-se na areia. Frio. Empazinado.
O delegado sentenciou que estava morto. Embora todos já soubessem disso, o espanto foi geral. E houve um silêncio mau, sarcasticamente cheio de reflexões. Logo, porém, vieram comentários: “que o menino estava vadiando no rio cheio e deu um de-ponta. Que demorou a voltar à tona. Os outros meninos gritaram, berraram. Que o vendeiro veio correndo, mergulhou também. Chegaram mais pessoas. Depois meia hora o corpo passava na passagem e um velho o tirou. Que isso, que aquilo, que era sucuri que tinha ali.”
Agora o cadaverzinho estava estendido na praia. O delegado esbravejou contra essas mulheres que botam filhos no mundo e não lhes dão educação, não cuidam deles.
- Mas a mãe dele era a cozinheira da pensão e nem sabia de nada!
- Ah, é?!
Começaram a calçar no menino a calcinha suja e remendada.
Aqueles meninos da rua da Beira do Rio viviam dentro dágua o que dava o dia. O rio era a escola deles. Sua diversão, seu mundo enfim. As águas claras e mansas davam-lhes o carinho que o trabalho não deixava as mães lhes dar. Davam-lhes brinquedos que a falta de cobre negava. Para os meninos ricos, havia Papai Noel. Para os da rua da beira do Rio, enchente.
Eles ficavam imaginando uma cheia que cobrisse as casas da rua de Baixo. Então só os telhados ficariam de fora. Poderiam dar de-pontas da torre da igreja, ir nadando de casa em casa, fazer barquinhos e sair remando por entre os telhados. Naquela noite de fim de dezembro, o rio roncou feito um danado. De manhã, a luz morta do dia punha reflexos idiotas nos redemoinhos traiçoeiros das águas barrentas. No meio, a correnteza se encrespava em saltos selvagens, em saracoteios lúbricos, numa volúpia diabólica de destruição.
O menino enfincou um pauzinho na areia da praia, marcando a orla das águas. Com pouco, sumiu tudo.
- Capaz do rio passar pro riba da ponte.
Depois foram nadar na vargem. Mas o rio estava enfezado, trombudo, cheio de instintos criminosos e arrebatou o menino.
- Quem morreu, descansou. Vamos cuidar dos vivos - disse o delegado. E o povo riu, porque a presença incômoda da morte rondava friamente a criança arroxeada.
ÉLIS, Bernardo. Seleta. Rio de Janeiro: José Olympio, 1991. p. 19-20.
Bernardo Élis
Já tinha um horror de gente na beira do rio quando o delegado chegou. O corpo nu do menino estendia-se na areia. Frio. Empazinado.
O delegado sentenciou que estava morto. Embora todos já soubessem disso, o espanto foi geral. E houve um silêncio mau, sarcasticamente cheio de reflexões. Logo, porém, vieram comentários: “que o menino estava vadiando no rio cheio e deu um de-ponta. Que demorou a voltar à tona. Os outros meninos gritaram, berraram. Que o vendeiro veio correndo, mergulhou também. Chegaram mais pessoas. Depois meia hora o corpo passava na passagem e um velho o tirou. Que isso, que aquilo, que era sucuri que tinha ali.”
Agora o cadaverzinho estava estendido na praia. O delegado esbravejou contra essas mulheres que botam filhos no mundo e não lhes dão educação, não cuidam deles.
- Mas a mãe dele era a cozinheira da pensão e nem sabia de nada!
- Ah, é?!
Começaram a calçar no menino a calcinha suja e remendada.
Aqueles meninos da rua da Beira do Rio viviam dentro dágua o que dava o dia. O rio era a escola deles. Sua diversão, seu mundo enfim. As águas claras e mansas davam-lhes o carinho que o trabalho não deixava as mães lhes dar. Davam-lhes brinquedos que a falta de cobre negava. Para os meninos ricos, havia Papai Noel. Para os da rua da beira do Rio, enchente.
Eles ficavam imaginando uma cheia que cobrisse as casas da rua de Baixo. Então só os telhados ficariam de fora. Poderiam dar de-pontas da torre da igreja, ir nadando de casa em casa, fazer barquinhos e sair remando por entre os telhados. Naquela noite de fim de dezembro, o rio roncou feito um danado. De manhã, a luz morta do dia punha reflexos idiotas nos redemoinhos traiçoeiros das águas barrentas. No meio, a correnteza se encrespava em saltos selvagens, em saracoteios lúbricos, numa volúpia diabólica de destruição.
O menino enfincou um pauzinho na areia da praia, marcando a orla das águas. Com pouco, sumiu tudo.
- Capaz do rio passar pro riba da ponte.
Depois foram nadar na vargem. Mas o rio estava enfezado, trombudo, cheio de instintos criminosos e arrebatou o menino.
- Quem morreu, descansou. Vamos cuidar dos vivos - disse o delegado. E o povo riu, porque a presença incômoda da morte rondava friamente a criança arroxeada.
ÉLIS, Bernardo. Seleta. Rio de Janeiro: José Olympio, 1991. p. 19-20.
Assinale a alternativa em que NÃO há a presença do sentido figurado nos trechos transcritos:
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Provas:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de Empresas
|
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Arquivologia |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Contador |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Assistente Social |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Civil |
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UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Psicólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Médico Clínico |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Eletricista |
Q426006
Português
Texto associado
O MENINO QUE MORREU AFOGADO (fragmento)
Bernardo Élis
Já tinha um horror de gente na beira do rio quando o delegado chegou. O corpo nu do menino estendia-se na areia. Frio. Empazinado.
O delegado sentenciou que estava morto. Embora todos já soubessem disso, o espanto foi geral. E houve um silêncio mau, sarcasticamente cheio de reflexões. Logo, porém, vieram comentários: “que o menino estava vadiando no rio cheio e deu um de-ponta. Que demorou a voltar à tona. Os outros meninos gritaram, berraram. Que o vendeiro veio correndo, mergulhou também. Chegaram mais pessoas. Depois meia hora o corpo passava na passagem e um velho o tirou. Que isso, que aquilo, que era sucuri que tinha ali.”
Agora o cadaverzinho estava estendido na praia. O delegado esbravejou contra essas mulheres que botam filhos no mundo e não lhes dão educação, não cuidam deles.
- Mas a mãe dele era a cozinheira da pensão e nem sabia de nada!
- Ah, é?!
Começaram a calçar no menino a calcinha suja e remendada.
Aqueles meninos da rua da Beira do Rio viviam dentro dágua o que dava o dia. O rio era a escola deles. Sua diversão, seu mundo enfim. As águas claras e mansas davam-lhes o carinho que o trabalho não deixava as mães lhes dar. Davam-lhes brinquedos que a falta de cobre negava. Para os meninos ricos, havia Papai Noel. Para os da rua da beira do Rio, enchente.
Eles ficavam imaginando uma cheia que cobrisse as casas da rua de Baixo. Então só os telhados ficariam de fora. Poderiam dar de-pontas da torre da igreja, ir nadando de casa em casa, fazer barquinhos e sair remando por entre os telhados. Naquela noite de fim de dezembro, o rio roncou feito um danado. De manhã, a luz morta do dia punha reflexos idiotas nos redemoinhos traiçoeiros das águas barrentas. No meio, a correnteza se encrespava em saltos selvagens, em saracoteios lúbricos, numa volúpia diabólica de destruição.
O menino enfincou um pauzinho na areia da praia, marcando a orla das águas. Com pouco, sumiu tudo.
- Capaz do rio passar pro riba da ponte.
Depois foram nadar na vargem. Mas o rio estava enfezado, trombudo, cheio de instintos criminosos e arrebatou o menino.
- Quem morreu, descansou. Vamos cuidar dos vivos - disse o delegado. E o povo riu, porque a presença incômoda da morte rondava friamente a criança arroxeada.
ÉLIS, Bernardo. Seleta. Rio de Janeiro: José Olympio, 1991. p. 19-20.
Bernardo Élis
Já tinha um horror de gente na beira do rio quando o delegado chegou. O corpo nu do menino estendia-se na areia. Frio. Empazinado.
O delegado sentenciou que estava morto. Embora todos já soubessem disso, o espanto foi geral. E houve um silêncio mau, sarcasticamente cheio de reflexões. Logo, porém, vieram comentários: “que o menino estava vadiando no rio cheio e deu um de-ponta. Que demorou a voltar à tona. Os outros meninos gritaram, berraram. Que o vendeiro veio correndo, mergulhou também. Chegaram mais pessoas. Depois meia hora o corpo passava na passagem e um velho o tirou. Que isso, que aquilo, que era sucuri que tinha ali.”
Agora o cadaverzinho estava estendido na praia. O delegado esbravejou contra essas mulheres que botam filhos no mundo e não lhes dão educação, não cuidam deles.
- Mas a mãe dele era a cozinheira da pensão e nem sabia de nada!
- Ah, é?!
Começaram a calçar no menino a calcinha suja e remendada.
Aqueles meninos da rua da Beira do Rio viviam dentro dágua o que dava o dia. O rio era a escola deles. Sua diversão, seu mundo enfim. As águas claras e mansas davam-lhes o carinho que o trabalho não deixava as mães lhes dar. Davam-lhes brinquedos que a falta de cobre negava. Para os meninos ricos, havia Papai Noel. Para os da rua da beira do Rio, enchente.
Eles ficavam imaginando uma cheia que cobrisse as casas da rua de Baixo. Então só os telhados ficariam de fora. Poderiam dar de-pontas da torre da igreja, ir nadando de casa em casa, fazer barquinhos e sair remando por entre os telhados. Naquela noite de fim de dezembro, o rio roncou feito um danado. De manhã, a luz morta do dia punha reflexos idiotas nos redemoinhos traiçoeiros das águas barrentas. No meio, a correnteza se encrespava em saltos selvagens, em saracoteios lúbricos, numa volúpia diabólica de destruição.
O menino enfincou um pauzinho na areia da praia, marcando a orla das águas. Com pouco, sumiu tudo.
- Capaz do rio passar pro riba da ponte.
Depois foram nadar na vargem. Mas o rio estava enfezado, trombudo, cheio de instintos criminosos e arrebatou o menino.
- Quem morreu, descansou. Vamos cuidar dos vivos - disse o delegado. E o povo riu, porque a presença incômoda da morte rondava friamente a criança arroxeada.
ÉLIS, Bernardo. Seleta. Rio de Janeiro: José Olympio, 1991. p. 19-20.
Em relação ao verbo “sentenciar”, na passagem “O delegado sentenciou que estava morto”, pode-se afirmar principalmente que
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Provas:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de Empresas
|
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Arquivologia |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Contador |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Assistente Social |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Civil |
UEG - 2003 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Pedagogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Odontólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Psicólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Médico Clínico |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Eletricista |
Q426007
Direito Constitucional
São órgãos integrantes do Poder Judiciário:
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Provas:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de Empresas
|
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Arquivologia |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Contador |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Assistente Social |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Civil |
UEG - 2003 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Pedagogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Odontólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Psicólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Médico Clínico |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Eletricista |
Q426008
Legislação dos TRFs, STJ, STF e CNJ
Sobre o Conselho Nacional de Justiça, é CORRETO afirmar:
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Provas:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de Empresas
|
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Arquivologia |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Contador |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Assistente Social |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Civil |
UEG - 2003 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Pedagogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Odontólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Psicólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Médico Clínico |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Eletricista |
Q426009
Legislação Estadual
Nos termos da Constituição Estadual, são órgãos do Poder Judiciário Estadual:
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Provas:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de Empresas
|
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Arquivologia |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Contador |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Assistente Social |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Civil |
UEG - 2003 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Pedagogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Odontólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Psicólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Médico Clínico |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Eletricista |
Q426010
Legislação Estadual
Em conformidade com a Constituição Estadual, a condição para um Município ser erigido à sede de comarca é atingir população estimada em
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Provas:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de Empresas
|
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Arquivologia |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Contador |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Assistente Social |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Civil |
UEG - 2003 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Pedagogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Odontólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Psicólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Médico Clínico |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Eletricista |
Q426011
Direito Constitucional
Sobre os denominados writs constitucionais, é CORRETO afirmar:
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Provas:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de Empresas
|
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Arquivologia |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Contador |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Assistente Social |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Civil |
UEG - 2003 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Pedagogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Odontólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Psicólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Médico Clínico |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Eletricista |
Q426012
Direito Constitucional
Nos termos da Constituição Federal de 1988, à União, aos Estados e ao Distrito Federal compete legislar concorrentemente sobre:
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Provas:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de Empresas
|
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Arquivologia |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Contador |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Assistente Social |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Civil |
UEG - 2003 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Pedagogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Odontólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Psicólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Médico Clínico |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Eletricista |
Q426013
Direito Constitucional
São garantias constitucionais dadas aos juízes, EXCETO:
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Provas:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de Empresas
|
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Arquivologia |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Contador |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Assistente Social |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Civil |
UEG - 2003 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Pedagogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Odontólogo |
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UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Eletricista |
Q426014
Direito Administrativo
Considera-se entidade da Administração Pública com personalidade jurídica própria de direito público:
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Provas:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de Empresas
|
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Arquivologia |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Contador |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Assistente Social |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Civil |
UEG - 2003 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Pedagogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Odontólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Psicólogo |
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UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Eletricista |
Q426015
História e Geografia de Estados e Municípios
De acordo com a interpretação do mapa sobre a oferta de produtos na Central de Abastecimento de Goiás S.A. (Ceasa) e o conhecimento sobre a agricultura goiana, assinale a alternativa INCORRETA:
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Provas:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de Empresas
|
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Arquivologia |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Contador |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Assistente Social |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Civil |
UEG - 2003 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Pedagogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Odontólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Psicólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Médico Clínico |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Eletricista |
Q426016
História e Geografia de Estados e Municípios
A Região Metropolitana de Goiânia foi criada pela Lei Complementar n. 27, de 30 de dezembro de 1999. Entre seus objetivos estão aqueles de pensar políticas governamentais para os municípios que se encontram integrados social e economicamente a Goiânia. Sobre a Região Metropolitana de Goiânia, é INCORRETO afirmar:
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Provas:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de Empresas
|
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Arquivologia |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Contador |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Assistente Social |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Civil |
UEG - 2003 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Pedagogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Odontólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Psicólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Médico Clínico |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Eletricista |
Q426017
História e Geografia de Estados e Municípios
A partir dos anos 1980, incorpora-se cada vez mais na sociedade goiana a consciência da importância da proteção ambiental e do resgate das tradições históricas. Qual das alternativas abaixo NÃO está relacionada a essa mudança de mentalidade?
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Provas:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de Empresas
|
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Arquivologia |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Contador |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Assistente Social |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Civil |
UEG - 2003 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Pedagogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Odontólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Psicólogo |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Médico Clínico |
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Engenheiro Eletricista |
Q426018
História e Geografia de Estados e Municípios
No ano de 2001, a Cidade de Goiás foi reconhecida pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Todas as alternativas a seguir foram importantes para escolha do título, EXCETO:
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Prova:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
Q426053
Português
Texto associado
O MENINO QUE MORREU AFOGADO (fragmento)
Bernardo Élis
Já tinha um horror de gente na beira do rio quando o delegado chegou. O corpo nu do menino estendia-se na areia. Frio. Empazinado.
O delegado sentenciou que estava morto. Embora todos já soubessem disso, o espanto foi geral. E houve um silêncio mau, sarcasticamente cheio de reflexões. Logo, porém, vieram comentários: “que o menino estava vadiando no rio cheio e deu um de-ponta. Que demorou a voltar à tona. Os outros meninos gritaram, berraram. Que o vendeiro veio correndo, mergulhou também. Chegaram mais pessoas. Depois meia hora o corpo passava na passagem e um velho o tirou. Que isso, que aquilo, que era sucuri que tinha ali.”
Agora o cadaverzinho estava estendido na praia. O delegado esbravejou contra essas mulheres que botam filhos no mundo e não lhes dão educação, não cuidam deles.
- Mas a mãe dele era a cozinheira da pensão e nem sabia de nada!
- Ah, é?!
Começaram a calçar no menino a calcinha suja e remendada.
Aqueles meninos da rua da Beira do Rio viviam dentro dágua o que dava o dia. O rio era a escola deles. Sua diversão, seu mundo enfim. As águas claras e mansas davam-lhes o carinho que o trabalho não deixava as mães lhes dar. Davam-lhes brinquedos que a falta de cobre negava. Para os meninos ricos, havia Papai Noel. Para os da rua da beira do Rio, enchente.
Eles ficavam imaginando uma cheia que cobrisse as casas da rua de Baixo. Então só os telhados ficariam de fora. Poderiam dar de-pontas da torre da igreja, ir nadando de casa em casa, fazer barquinhos e sair remando por entre os telhados. Naquela noite de fim de dezembro, o rio roncou feito um danado. De manhã, a luz morta do dia punha reflexos idiotas nos redemoinhos traiçoeiros das águas barrentas. No meio, a correnteza se encrespava em saltos selvagens, em saracoteios lúbricos, numa volúpia diabólica de destruição.
O menino enfincou um pauzinho na areia da praia, marcando a orla das águas. Com pouco, sumiu tudo.
- Capaz do rio passar pro riba da ponte.
Depois foram nadar na vargem. Mas o rio estava enfezado, trombudo, cheio de instintos criminosos e arrebatou o menino.
- Quem morreu, descansou. Vamos cuidar dos vivos - disse o delegado. E o povo riu, porque a presença incômoda da morte rondava friamente a criança arroxeada.
ÉLIS, Bernardo. Seleta. Rio de Janeiro: José Olympio, 1991. p. 19-20.
Bernardo Élis
Já tinha um horror de gente na beira do rio quando o delegado chegou. O corpo nu do menino estendia-se na areia. Frio. Empazinado.
O delegado sentenciou que estava morto. Embora todos já soubessem disso, o espanto foi geral. E houve um silêncio mau, sarcasticamente cheio de reflexões. Logo, porém, vieram comentários: “que o menino estava vadiando no rio cheio e deu um de-ponta. Que demorou a voltar à tona. Os outros meninos gritaram, berraram. Que o vendeiro veio correndo, mergulhou também. Chegaram mais pessoas. Depois meia hora o corpo passava na passagem e um velho o tirou. Que isso, que aquilo, que era sucuri que tinha ali.”
Agora o cadaverzinho estava estendido na praia. O delegado esbravejou contra essas mulheres que botam filhos no mundo e não lhes dão educação, não cuidam deles.
- Mas a mãe dele era a cozinheira da pensão e nem sabia de nada!
- Ah, é?!
Começaram a calçar no menino a calcinha suja e remendada.
Aqueles meninos da rua da Beira do Rio viviam dentro dágua o que dava o dia. O rio era a escola deles. Sua diversão, seu mundo enfim. As águas claras e mansas davam-lhes o carinho que o trabalho não deixava as mães lhes dar. Davam-lhes brinquedos que a falta de cobre negava. Para os meninos ricos, havia Papai Noel. Para os da rua da beira do Rio, enchente.
Eles ficavam imaginando uma cheia que cobrisse as casas da rua de Baixo. Então só os telhados ficariam de fora. Poderiam dar de-pontas da torre da igreja, ir nadando de casa em casa, fazer barquinhos e sair remando por entre os telhados. Naquela noite de fim de dezembro, o rio roncou feito um danado. De manhã, a luz morta do dia punha reflexos idiotas nos redemoinhos traiçoeiros das águas barrentas. No meio, a correnteza se encrespava em saltos selvagens, em saracoteios lúbricos, numa volúpia diabólica de destruição.
O menino enfincou um pauzinho na areia da praia, marcando a orla das águas. Com pouco, sumiu tudo.
- Capaz do rio passar pro riba da ponte.
Depois foram nadar na vargem. Mas o rio estava enfezado, trombudo, cheio de instintos criminosos e arrebatou o menino.
- Quem morreu, descansou. Vamos cuidar dos vivos - disse o delegado. E o povo riu, porque a presença incômoda da morte rondava friamente a criança arroxeada.
ÉLIS, Bernardo. Seleta. Rio de Janeiro: José Olympio, 1991. p. 19-20.
Em relação ao último parágrafo do conto, pode-se afirmar que a atitude do delegado revela
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Prova:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
Q426054
Legislação dos Tribunais de Justiça (TJs)
Sobre a Corregedoria-Geral da Justiça, aponte a alternativa que contém pelo menos duas finalidades que lhe são próprias:
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Prova:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
Q426055
Direito Constitucional
O Superior Tribunal de Justiça compõe-se:
Ano: 2006
Banca:
UEG
Órgão:
TJ-GO
Prova:
UEG - 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Analista de Sistemas |
Q426056
Direito Administrativo
Nos termos da Lei 8.666/93, são tipos de Licitação: