Questões Militares de Medicina - Cardiologia e Alterações Vasculares
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A Indicação, bem como o “melhor momento” para o tratamento cirúrgico da endocardite bacteriana são fundamentais. A esse respeito pode se dizer:
I) A insuficiência cardíaca congestiva é a principal indicação cirúrgica na endocardite.
II) A maioria dos pacientes com endocardite de prótese valvar são encaminhados para a cirurgia. Dentro desse contexto, a insuficiência cardíaca, alteração eletrocardiográfica (novo bloqueio de ramo), sepse refratária, infecção fúngica são as principais modalidades de endocardite de prótese valvar com indicação cirúrgica.
III) Muitos pacientes com endocardite em válvula nativa e a grande maioria dos pacientes com endocardites em prótese valvar são encaminhados para a cirurgia. O grande desafio do cirurgião é identificar o melhor momento para a cirurgia. Casos, ou seja, após completar o esquema terapêutico de antibiótico, são os pacientes com endocardite de prótese valvar onde a hemocultura identificou S. aureus ou C.albicans.
IV) Pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico devem esperar no mínimo seis semanas para serem encaminhados para a cirurgia, ao passo que pacientes com AVC isquêmicos devem esperar entre 2 a 4 semanas para serem encaminhados para a cirurgia.
Estão CORRETAS as afirmativas:
Endocardite é uma das complicações mais devastadoras das doenças cardíacas orovalvares. Nessa doença pode se afirmar que:
I) Endocardite da válvula nativa refere se a endocardite infecciosa da valva nativa do próprio paciente. A lesão inicia se em trauma no endocárdio, alteração na superfície do endocárdio, deposição de fibrina e plaquetas e subsequente crescimento bacteriano nesse local.
II) Endocardite em prótese valvar é o processo infeccioso acometendo uma prótese valvar cardíaca já implantada.
III) Endocardite de prótese valvar identificada nos primeiros 6 meses de pós-operatório é denominada endocardite precoce e após 6 meses de operação é denominada de tardia.
IV) Endocardite em valva nativa acomete mais a valva mitral e endocardite de prótese valvar acomete mais a valva aórtica.
Estão CORRETAS as afirmativas:
A despeito da vasta literatura comparando a cirurgia de revascularização do miocárdio COM e SEM o auxílio da circulação extracorpórea (CEC), ainda não há consenso a respeito das vantagens relativas a cada técnica. Estudos randomizados apresentam resultados equivalentes a curto e longo prazo. As afirmativas abaixo ressaltam as diferenças entre as duas técnicas:
I) Pacientes de baixo risco submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio podem ser submetidos com segurança a ambas as técnicas.
II) A despeito do desenvolvimento dos modernos estabilizadores, bem como a experiência do cirurgião e a seleção criteriosa dos pacientes, não há equivalência entre a patência dos enxertos e a quantidade de vasos revascularizados.
III) Pacientes com risco elevado apresentam melhores resultados quando submetidos à cirurgia sem CEC. Dentre eles estão pacientes com aorta em porcelana, pacientes com insuficiência renal, pacientes com DPOC e pacientes idosos. O benefício se dá não só por evitar o uso de CEC, mas também por evitar a manipulação aórtica.
IV) A escolha da técnica COM ou SEM CEC requer avaliação criteriosa de variáveis pré e intra-operatória dos pacientes que podem influenciar o prognóstico. Pacientes com arritmias isquêmicas ou choque cardiogênico apresentam melhor condução intra-operatória (sem intercorrências) quando utilizado circulação extracorpórea.
Dentre as afirmações acima descritas estão CORRETAS: