Questões de Concurso
Comentadas sobre psicologia da educação em psicologia
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De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, analise as assertivas e assinale a alternativa correta.
I. O atendimento escolar desses alunos com necessidades educacionais especiais terá início na educação infantil, nas creches e pré-escolas, assegurando-lhes os serviços de educação especial sempre que se evidencie, mediante avaliação e interação com a família e a comunidade, a necessidade de atendimento educacional especializado.
II. Os sistemas de ensino devem matriculá-los, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos.
III. Os sistemas de ensino devem constituir e fazer funcionar um setor responsável pela educação especial, dotado de recursos humanos, materiais e financeiros que viabilizem e deem sustentação ao processo de construção da educação inclusiva.
IV. É de responsabilidade dos sistemas de ensino estabelecer normas para o funcionamento de suas escolas, a fim de que essas tenham as devidas condições para elaborar seu projeto pedagógico e possam contar com professores capacitados e especializados.
A partir da Constituição Federal de 1988, a creche passou a ser um direito da criança, uma opção da família e um dever do Estado, o que exigiu a elaboração de propostas metodológicas com o objetivo de estruturar esse tipo de serviço, consolidando a função social da escola.
Nesse contexto, a função da creche foi definida como
O documento Relações raciais: referências técnicas para a prática da(o) psicóloga(o) foi elaborado no âmbito do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas e apresentado à categoria e à sociedade pelo Conselho Federal de Psicologia. Esse trabalho indica três dimensões em que o racismo se apresenta. Em relação a uma dessas dimensões, o documento apresenta alguns exemplos.
Analise os dois exemplos a seguir, extraídos do referido documento:
• O não reconhecimento por parte de psicólogas(os) da existência do sofrimento psíquico oriundo do racismo em processos terapêuticos.
• Na escola, crianças negras são frequentemente consideradas “problema”, tendo menor investimento por parte dos educadores. Elas são frequentemente encaminhadas para atendimento psicológico e, se a(o) psicóloga(o) clínica(o) ou escolar não estiver atento à temática racial, tratará a situação como se fosse um problema da criança e de sua família, negligenciando o racismo, o seu enfrentamento institucional, interpessoal e intrapsíquico.
Esses exemplos se referem ao racismo em sua dimensão
A Lei nº 13.146, de 6/7/2015, é conhecida como Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). O art. 28 determina incumbências do poder público em relação à educação da pessoa com deficiência, devendo este assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar diversos aspectos educacionais. A respeito de tais incumbências, foram feitas as seguintes afirmativas:
I. O sistema educacional inclusivo deve ser em todos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao longo da vida.
II. O aprimoramento dos sistemas educacionais deve ser por meio de ofertas de serviços que favoreçam a manutenção de barreiras de acessibilidade e promovam a inclusão parcial.
III. O acesso à educação superior e à educação profissional e tecnológica deve ser em igualdade de oportunidades e condições com as demais pessoas.
IV. A oferta de educação deve ser bilíngue, na modalidade escrita da língua portuguesa como primeira língua e em Libras como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas.
De acordo com a referida lei, estão corretas
Jean Oury, médico psiquiatra e psicanalista francês, trouxe importantes contribuições para a prática nas instituições psiquiátricas por meio da psicanálise. Dentre essas, elaborou a noção de coletivo, que implica uma lógica que permite preservar uma dimensão singular dos sujeitos, mesmo estando estes inseridos em uma organização. Segundo Geoffroy e Alberti (2015), tal conceito é essencial para a prática da psicologia na escola, podendo facilitar a emergência do sujeito, resistindo à lógica frequentemente observada nas instituições escolares de normatização e consequente produção de crianças desadaptadas. O coletivo, portanto, “implica na função de colocar em funcionamento alguma coisa que, num meio amorfo, praticamente inerte e muito misturado, possibilite algum tipo de distinção” (Cavalcanti, 1992, p. 197).
GEOFFROY, R.; ALBERTI, S. Contribuições de Jean Oury para verificar uma possível emergência do sujeito na escola. Estilos da Clínica, v. 20, n. 2, 2015.
CAVALCANTI, M. T. O tear das cinzas. Dissertação (Mestrado em Psicologia). Rio de Janeiro: UFRJ, 1992.
A função mencionada no texto, concernida ao coletivo, a qual possibilita a distinção entre diferentes registros e patamares, é compreendida por Oury como
O Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-5) é considerado referência para a prática clínica no campo da saúde mental e da psicologia. Assim, é fundamental acompanhar as modificações e evoluções dos critérios diagnósticos apresentados por esse manual.
Analise as afirmativas a seguir no que diz respeito às modificações ocorridas do DSM-IV para o DSM-5:
I. Os transtornos da comunicação, que foram denominados no DSM-IV de transtorno fonológico e
tartamudez, não incluem o transtorno da linguagem; foi excluído também o transtorno da
comunicação social (pragmática).
II. O transtorno de Asperger e o transtorno autista (autismo), descritos no DSM-IV, são agora no DSM5 englobados no transtorno do espectro autista.
III. O transtorno específico da aprendizagem combina os diagnósticos do DSM-IV de transtorno da leitura, transtorno da matemática, transtorno da expressão escrita e transtorno da aprendizagem sem outra especificação.
Estão corretas
Atualmente, verifica-se um aumento do número de diagnósticos médicos e de subsequente ingestão de medicação por crianças e jovens em idade escolar. Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, transtorno desafiador opositivo, transtorno obsessivo compulsivo e mesmo obesidade e dislexia constituem uma parte substancial das patologias ou distúrbios que ocupam as salas de aula das nossas escolas. A emergência desses diagnósticos de significado expressivo no universo da saúde pública – que, em certos casos, podem considerar-se mais ou menos nebulosos, pois, não raras vezes, revelam desinformação generalizada, quer do ponto de vista dos discursos, quer do ponto de vista das práticas a eles associada – tende a estar, efetivamente, relacionada com a ideia de uma crescente medicalização da educação e da sociedade.
PAIS, S. C.; MENEZES, I.; NUNES, J. A. Saúde e escola: reflexões em torno da medicalização da educação, 2016. Disponível em: http://www.scielo.br. Acesso em: 15 jul. 2019.
Pensando na problemática da medicalização, tratada no fragmento acima, analise as afirmativas a seguir:
I. O campo da educação se configura como um primeiro lugar em que emerge um olhar mais atento
para potenciais problemas que as crianças e jovens possam estar enfrentando. Por isso, os
profissionais da educação precisam estar familiarizados com o discurso médico, já que, com base
em um diagnóstico bem estabelecido, qualquer comportamento inesperado da criança é justificado
pela doença que ela apresenta. A localização de um problema na criança não é capaz de produzir
efeitos excludentes no seu processo de ensino e aprendizagem.
II. A educação produz uma atuação inclusiva e de remediação dos problemas de aprendizagem, ao acionar o saber médico ali onde o ensino fracassou.
III. O fenômeno da medicalização no discurso escolar acaba por reforçar potenciais fragilidades vivenciadas pelas crianças e suas famílias, aumentando a dimensão segregadora do espaço escolar, além de provocar uma desresponsabilização da instituição escolar.
Assinale a alternativa que indica a(s) afirmativa(s) que corresponde(m) à visão dos autores sobre a questão.
Para Harper et al. (2000), a escola não pode ser pensada como uma categoria abstrata, portadora de uma natureza imutável. A escola não pode ser lograda fora da compreensão de algo mais abrangente que ela: a sociedade mesma na qual está inserida. Desse modo, a escola não pode ser concebida desagarrada do contexto histórico-social, econômico e político da sociedade.
HARPER, B. et al. Cuidado, escola!: desigualdade, domesticação e algumas saídas. São Paulo: Brasiliense, 2000.
Assinale a alternativa que está em DESACORDO com a concepção de escola defendida pelos autores.
O tema do fracasso escolar, entendido como repetência, evasão escolar ou distúrbio de aprendizagem, vem sendo amplamente debatido nos campos da Psicologia e da Educação. O fracasso escolar, na contingência de nossa temporalidade, desafia tanto psicólogos quanto educadores que tentam dizer algo sobre o seu funcionamento. A psicanalista Ruth Cohen publicou diversos trabalhos sobre o tema, a fim de elucidar a lógica do fracasso escolar em uma perspectiva multidisciplinar.
Para a pesquisadora, o fracasso escolar deve ser entendido como
I. Os grupos partidários ao uso da tecnologia no campo escolar tomam-na como a solução para a resolução de todas as dificuldades educacionais, produzindo, em uma posição extrema, o risco de um tecnicismo desenfreado na educação. II. Os grupos resistentes ao uso das tecnologias no ambiente escolar defendem que o seu uso no contexto escolar produz o desinteresse dos alunos pela aprendizagem e o prejuízo nas relações pedagógicas. III. Alguns autores argumentam que a perspectiva tradicional, dos grupos partidários e dos grupos resistentes, falha ao tratar o fenômeno da cultura digital pelo viés essencialista. Lemos (2014) defende a ideia da cultura digital tomada como um movimento no qual sujeito e objeto se constroem mutuamente. IV. Para Sibilia (2012), o meio informacional e midiático funciona segundo a lógica das redes, multiplicando as conexões, enquanto a escola atual funciona como uma máquina antiquada, porque seus componentes e modos de funcionamento não entram em sintonia com os jovens do século XXI.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
Avalie o que se afirma sobre como as pessoas expressam a raiva nesse contexto.
I. Com agressão verbal, cuja classificação se dá como agressão direta. II. Com negação ou remoção de algum benefício costumeiramente desfrutado pelo agressor, cuja classificação se dá como agressão indireta. III. Descontando a raiva em outra pessoa que não o agressor, cuja classificação se dá como resposta não agressiva. IV. Engajando-se em atividades como caminhada, cuja classificação se dá como agressão redirecionada.
Estão corretas apenas o que se afirma em