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[...] nunca se realizou uma obra filosófica que fosse duradoura em todas as suas partes. Por isso não se pode aprender filosofia em absoluto, porque ela ainda não existe.
(Kant, 1983, p. 407.)
É clássico citar Kant quando se pretende defender que não é possível ensinar a filosofia, mas sim a filosofar. Para Kant, a filosofia é um saber que está sempre incompleto, pois está sempre em movimento, sempre aberto, sempre sendo feito e se revendo e, por isso, não pode ser capturado e ensinado. Ainda, segundo Kant:
O ensino da filosofia, enquanto força de interrogação e de reflexão (e não como uma disciplina fechada sobre ela mesma) poderia funcionar como o suporte dessa racionalidade crítica e autocrítica, fermento da lucidez com vistas a promover a compreensão humana. É preciso ajudar as mentes a conviver com as ideias que devem funcionar como mediadoras com o real, e não ser confundidas com o real ou servir de meio a sua ocultação.
(MORIN, 2003, p. 54.)
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. No que tange à filosofia, ela:
Nietzsche argumentou que haviam dois tipos fundamentais de moralidade: moral do senhor (moralidade mestre ou moral nobre) e moral de escravos (moral de rebanho). A moralidade do senhor valoriza o orgulho, força e nobreza, enquanto a moral dos escravos valoriza coisas como a bondade, humildade e simpatia. Moralidade mestre pesa ações em uma escala de consequências boas ou más (ou seja, virtudes clássicas e vícios, o consequencialismo), ao contrário da moral de escravos que pesa ações em uma escala de boas ou más intenções (por exemplo, virtudes e vícios cristãos).
(NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 75.)
No excerto anterior, da obra de Nietzsche “Genealogia da moral”, são descritos alguns ícones sobre a moral dos senhores e dos escravos. Para o autor, de acordo com o excerto e suas teorias:
Há praticamente 86 anos da sua publicação, o que uma obra como “A náusea”, de Jean-Paul Sartre, ainda pode nos ensinar? Ela foi publicada em 1938, quando a Europa estava deslizando rapidamente para a catástrofe da Segunda Guerra Mundial, em tempos sombrios, dominadas pelos apelos frenéticos a universais que travestiam interesses soberanistas ferozes: o povo, a nação, a raça, o comunismo, o fascismo, o nazismo. Nas suas páginas, muita literatura (Kafka, Gide, Céline) e muita filosofia (Nietzsche, Husserl, Heidegger). Mas, acima de tudo, uma descoberta traumática, a da existência. É preciso um tremor, uma vertigem, um corte para reabrir os nossos olhos diante da Coisa informe da existência.
(Disponível em: https://www.ihu.unisinos.br/categorias/188-noticias.)
Romance de sucesso do escritor Jean-Paul Sartre expressa a vida como algo sem sentido, sob a influência da filosofia do alemão Edmund Husserl's. A história tem como protagonista Noël Roquentin, um homem de 30 anos que deixou o diário da sua vida de solitário em Bouville (Le Havre), onde se ocupava vagamente de pesquisas históricas. Sartre, representante do Existencialismo, afirmava, dentre outras premissas, que:
Estamos tão acostumados ao “copiar e colar” do computador que nem nos damos mais conta de que determinadas obras de arte podiam ser únicas; a própria ideia de algo único desaparece quando tudo pode ser reproduzido infinitamente. Em quantas redes sociais você pode publicar as selfies que produz? Inúmeras, não é mesmo? Além delas, você pode postar suas fotos em blogs e sites, pode mandá-las por e-mail ou por aplicativos de mensagens instantâneas e, em pouquíssimo tempo, elas estarão em diversos lugares. Mas qual delas é a original? O fato de serem cópias idênticas impede que possamos eleger alguma como “original”.
(VALENTE, 1993.)
Pensadores alemães de origem judaica e inspiração marxista e da psicanálise juntaram-se para fundar o instituto de pesquisa que deu origem à Escola de Frankfurt. Dentre eles estão Theodor Adorno e Walter Benjamin, dentre outros. Esses dois filósofos especificamente:
Nós começamos pelo belo como tal. E esta ideia que é una, ir-se-á diferenciando, particularizando, a partir de si própria irá originando a variedade, a multiplicidade, as diferenças, as múltiplas e diversas formas e figuras da arte que, então, se vêm a apresentar como produções necessárias.
(HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Fenomenologia do Espírito. Petrópolis: Vozes, 1992.)
Principal representante do idealismo alemão, Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu em 27 de agosto de 1770. É autor de uma obra rica e profunda que aborda dentro de si uma gama enorme de assuntos, tais como a consciência, a ética, a política, a estética, a religião e a história. Sobre a arte, especificamente, ele afirma que:
Estado que estabelece uma religião como oficial. Em consequência, essa religião desfruta de condições privilegiadas, assim como seu clero. Por vezes, ser adepto dessa religião é condição para acesso a certos cargos públicos, como na administração, nas escolas e no judiciário.
(MENDONÇA, Amanda; SEPULVEDA, Denize; SEPULVEDA, José Antonio. Laicidade na Educação: políticas, conceitos e práticas. Observatório da Laicidade na Educação. Niterói: Novas edições acadêmicas, 2022. P. 10.)
Na história do Estado brasileiro, as informações relacionam-se corretamente com:
Sobre os objetivos do ensino religioso na educação básica brasileira, analise as afirmativas a seguir.
(03) Proporcionar a aprendizagem dos conhecimentos religiosos, culturais e estéticos, a partir das manifestações religiosas percebidas na realidade dos educandos.
(06) Propiciar conhecimentos sobre o direito à liberdade de consciência e de crença, no constante propósito de promoção dos cânones.
(09) Desenvolver competências e habilidades, que contribuam para o diálogo entre perspectivas religiosas e seculares de vida, exercitando o respeito à liberdade de concepções e o pluralismo de ideias.
(15) Contribuir para que os educandos construam seus sentidos pessoais de vida a partir de valores, princípios éticos e da cidadania.
O somatório de todos os números identificadores de afirmativas corretas resulta em
O professor de ensino religioso do ensino fundamental entregou aos alunos uma filipeta contendo as duas definições a seguir e propôs que eles criassem grupos, discutissem e chegassem a uma conclusão a respeito do assunto.
I. Aquele que proclama que toda e qualquer religião é alienada e alienante, em termos sociais e/ou individuais. Para combater a alienação, o Estado tenta suprimir toda e qualquer religião. Se não consegue proibi-la, completamente, dificulta ao máximo suas práticas, inibe sua difusão e desenvolve contínua e sistemática propaganda antirreligiosa.
(MENDONÇA, Amanda; SEPULVEDA, Denize; SEPULVEDA, José Antonio. Laicidade na Educação: políticas, conceitos e práticas. Observatório da Laicidade na Educação. Niterói: Novas edições acadêmicas, 2022. P. 10.)
II. Aquele que tem sua legitimidade em todo o povo, ou seja, na soberania popular. O Estado é imparcial em matéria de religião. Ele respeita todas as crenças religiosas, desde que não atentem contra a ordem pública, assim como também respeita a não crença religiosa.
(MENDONÇA, Amanda; SEPULVEDA, Denize; SEPULVEDA, José Antonio. Laicidade na Educação: políticas, conceitos e práticas. Observatório da Laicidade na Educação. Niterói: Novas edições acadêmicas, 2022. p 10-11.)Antes de iniciar o momento de discussão, o professor foi explícito quanto ao objetivo da aula, que era refletir sobre a relação entre o homem e a religiosidade na construção do contrato sociopolítico nacional. Ao final, os grupos manifestaram as seguintes conclusões:
GRUPO 01 – No tópico I existe a definição de um Estado ateu, enquanto no tópico II há a identificação de um Estado laico.
GRUPO 02 – No tópico I existe a definição de um Estado laico, enquanto no tópico II há a identificação de um Estado ateu.
GRUPO 03 – Os dois tópicos apresentam pequenos textos com lastros concretos e que configuram entre si uma relação de antagonismo.
GRUPO 04 – Os dois tópicos apresentam textos com relação lexical de simetria, contudo o primeiro não representa uma base na realidade.
A respeito das conclusões dos grupos sobre os conteúdos dos tópicos e suas relações, as únicas manifestações corretas foram as dos grupos:
Immanuel Kant (1724-1804) foi um filósofo alemão nascido na cidade báltica de Königsberg, então capital da província alemã da Prússia Oriental (atualmente Kaliningrado, na Rússia). Filho de um artesão de descendência escocesa era o quarto de nove filhos. É reconhecido como o fundador da “filosofia crítica” – sistema que procurou determinar os limites da razão humana. Sua obra é considerada a pedra angular da filosofia moderna.
(Disponível em: https://www.ebiografia.com/immanuel_kant/ Adaptado.)
Qual é a principal contribuição de Kant para a filosofia?
“O _________________ é a religião original do Japão. Focada na natureza, incorpora uma série de antigos ritos mitológicos desse país e passou por muitas formulações e revisões estruturais ao longo dos séculos. Está relacionada às religiões da Manchúria, Coreia e a da região que hoje é conhecida como Sibéria. Em seus primórdios, não tinha um nome, texto ou dogma. É uma das religiões mais antigas do mundo; suas origens remontam à Pré-história. A institucionalização formal de muitas de suas formas não ocorreu até a metade do primeiro milênio a.C., quando foi considerado necessário distinguir as formas originárias japonesas das influências religiosas da China.”
Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
Analise as afirmativas correlatas a seguir e a relação proposta entre elas.
I. “Hinduísmo, que tem cerca de 800 milhões de praticantes em todo o mundo (em sua maioria pessoas que nasceram na Índia ou descendentes de indianos), destaca-se das outras grandes religiões pelo fato de que sua origem não remonta a nenhum indivíduo ou acontecimento histórico específico. A fé, que é tão diversa quanto a própria Índia, é uma extraordinária coleção de variações e expansões – algumas antigas, outras mais recentes. Essa religião profundamente variada dá uma ênfase muito grande ao ato de libertar-se do mundo que vemos e na eliminação das amarras que nos prendem ao plano material da existência, chegando a incluir a identidade pessoal. Por toda a sua complexidade, interconexão e desenvolvimento contínuo, esse cerne místico do Hinduísmo perdura até hoje.”
PORQUE
II. “Segundo a tradição, Brahma teve quatro filhos que deram origem às quatro castas: brâmanes (os que saíram da boca de Brahma) são a mais elevada; os sudras (os que saíram dos braços de Brahma) são os guerreiros; os xátrias (os que saíram das pernas de Deus ou Brahma) são os camponeses e comerciantes; os vaishya (aqueles que saíram dos pés de Brahma), são os servos e escravos. Os párias, a quinta categoria, nem são considerados uma casta. São pessoas que ou cometeram ‘crimes’ e desobedeceram às leis sagradas ou tiveram ascendentes ‘acusados’ disso. Portanto, filho de pária, pária é. Socialmente são considerados um ‘nada’. A eles, em tese, é proibido viver nas cidades e até mesmo ler qualquer um dos livros sagrados. Em alguns pontos da Índia, essa determinação tem sido rejeitada mesmo por membros de castas mais elevadas.”
Assinale a afirmativa correta.
Observe as citações a seguir:
“Todos os Budas dos dez cantos do Universo entram na estrada única do Nirvana. Onde começa essa estrada...”
(koan Zen – budista.)
“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o Universo.”
(Hebreus 1:1-2.)
“O mestre disse: ‘Transmiti o que me foi ensinado sem acrescentar nada de mim. Fui fiel aos antigos e os amei’.”
(Analectos de Confúcio, 7.1.)
“Eu nasço em todas as eras para proteger os bons, destruir o mal e restabelecer a lei.”
(Bhagavad Gita 4.7-8.)
“Nada é dito para você (Maomé), exceto o que foi dito para os mensageiros que vieram antes de você.”
(Alcorão, 41-43.)
“Disse Moisés a Deus: ‘Eis que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós outros; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi?’. Disse Deus a Moisés: ‘EU SOU O QUE SOU’. Disse mais: ‘Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros’.”
(Êxodos 3, 13-14.)
A partir da relação entre as citações, é correto afirmar que:
O Judaísmo tem origem remontada ao ano de 2000 a.C., aproximadamente. Os nomes vinculados à sua fundação pelos judeus são Abraão e Moisés. Os cultos são realizados nas sinagogas, ainda sendo estas utilizadas como espaços dedicados à educação e aos assuntos coletivos. Em termos de organização clerical, há a divisão em congregações, que escolhem individualmente seus rabinos. Ao longo da história, alguns livros foram constituídos como sagrados.
(Disponível em: https://www.historiadomundo.com.br/religioes/judaismo.htm. Adaptado.)
São considerados livros sagrados do Judaísmo, EXCETO:
No tocante ao ensino religioso, observe as legislações constitucionais a seguir:
➢ Art 168: “O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais de grau primário e médio.”
➢ Art. 210: “O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.”
➢ Art.72: “Todos os indivíduos e confissões religiosas podem exercer pública e livremente o seu culto...”; “Será leigo o ensino ministrado nos estabelecimentos públicos”; “Nenhum culto ou igreja gozará de subvenção oficial nem terá relações de dependência ou aliança com o governo.”
➢ Art. 153: “O ensino religioso será de frequência facultativa e ministrado de acordo com os princípios da confissão religiosa do aluno manifestada pelos pais ou responsáveis e constituirá matéria dos horários nas escolas públicas primárias, secundárias, profissionais e normais.”
As matérias das legislações citadas no enunciado são encontradas, respectivamente, nos textos constitucionais brasileiros de:
No contexto da história do Cristianismo, sobre a reforma protestante, analise as afirmativas a seguir.
I. John Wyclif foi sucessor de Lutero no processo da reforma protestante ao liderar um movimento dissidente ao Catolicismo por volta do final no século XVI e início do século XVII.
II. Lutero, um professor de Teologia, não tinha a intenção de se separar da Igreja Romana, quando escreveu as 95 teses. Seu propósito era abordar questões da salvação que o preocupavam profundamente.
III. Ao vislumbrar ganhos, confiscando as propriedades da Igreja, alguns líderes políticos apoiaram Lutero, assim como a nova classe de capitalistas, que se beneficiaria com uma estrutura social mais aberta.
IV. A separação trazida pela reforma protestante provocou, exclusivamente, a pertinácia dogmática dentro da Igreja Romana. A ortodoxia doutrinal foi preterida diante das novas relações de poder.
Está correto o que se afirma apenas em
Os tópicos a seguir procuram demonstrar elementos que, quando em conjunto, são identificadores de grupos extremistas religiosos no século XXI. Diante do exposto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Visão totalitária, isto é, em que o mundo é visto, por um lado, completamente bom, em luta com outro, completamente mau. Verdades absolutas sustentam as ações e pensamentos.
( ) Liderança carismática que, em público, fala de maneira provocativa e contundente por meio de generalizações vagas.
( ) Crença de que aproveitar ou criar um ambiente de caos e injustiça seja a pior maneira de gerar pessoas com real disposição para se envolver em suas causas.
( ) Interpretações abrangentes, adequadamente contextualizadas e com profundo rigor teológico dos textos das escrituras religiosas.
A sequência está correta em
Um dos princípios mais marcantes do Hinduísmo é o da não violência, que guiou os indianos para a liberdade nos séculos XIX e XX. Mahatma Gandhi, líder do movimento pela independência do país, apostou no princípio do Satyagraha, que quer dizer “força da verdade” e, segundo o qual, as pessoas deveriam se recusar a se submeter à injustiça. O auge da desobediência foi com a Marcha do Sal, quando Gandhi estimulou a população a desobedecer à lei que proibia o povo hindu de fazer seu próprio sal. Em 15 de agosto de 1947, a Índia se tornou independente do domínio britânico.
(Disponível em: https://revistagalileu.globo.com. Adaptado.)
No texto, é possível perceber que: