Questões de Concurso Para profissional de nível médio

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Q2313089 Português
Mediação, o melhor caminho para educar


         Há quem diga que educar hoje seja mais difícil do que fora nas gerações anteriores. No entanto, sabe-se que educar sempre foi uma tarefa complexa e exaustiva, que exige do educador perseverança e porosidade. Sobretudo, porque não é razoável simplesmente transferir a educação recebida para os filhos e os alunos, como também não é sábio descartar a tradição, como se ela não estivesse presente nos valores de quem educa.
       No entanto, não é difícil concluir que os ensinamentos que precisamos manter, como legado civilizatório para o bom convívio social, são aqueles fundamentais relacionados aos princípios básicos e aos valores humanos inegociáveis. O mundo mudou e os jovens e as crianças não são mais os mesmos de “antigamente”. Independentemente das mudanças observadas no mundo, do estilo de vida e da quantidade de informações oferecidas, ainda é basilar e necessário ensiná-los a ser honestos, éticos, justos. A respeitar o outro e a sonhar com a vida que se deseja ter, para se sentir agente da própria existência.
        Evidentemente que nessa mediação educacional não se pode perder de vista que educar é frustrar e também provocar desejos. E o caminho entre os dois não é nada fácil. Há momentos em que ele se bifurca, uma vez que o pressuposto saudável na educação é apresentar ao jovem a vida como ela é. E isso exige afastar a tentação de proteger a cria em demasia ou se acautelar para liberá-la para os sustos da vida ou evitar que se enfie goela abaixo o modelo de vida do educador. Por incrível que pareça, o conflito é bem-vindo no processo educativo, porque ele impõe o diálogo (adequado a cada faixa etária), a análise de pontos de vista divergentes e a tentativa de algum ponto de conciliação.
              A formação do caráter de um jovem bem mediada não passa, em hipótese alguma, na tentativa pretensiosa e onipotente de tentar evitar a frustração. Isso é impossível. Nem de frustrar de forma repressora como tentativa de privar o jovem do desejo para que ele sofra a duras penas para aprender a viver. A mediação educativa consistente é aquela que educa com sabedoria o desejo daquele que precisa enfrentar a vida e o mundo. E educar o desejo não é dizer o que desejar, mas ajudar a criança e o jovem a reconhecer seus desejos. O mais difícil talvez seja transmitir às crianças a coragem de desejar com sabedoria. E sonhar com sabedoria é também ensinar que viver alucinadamente em torno apenas do desejo não é liberdade, é escravidão. E não viver alguns desejos nem sempre é precaução, pode ser covardia diante da vida.
         Mediar a educação é talvez autorizar o educando (ou ensinar) a dizer sim e não para os momentos mais custosos e decisivos da vida em que não se pode vacilar. E também reforçar que não há na vida um desejo único, superior ou dominante. Mesmo quando a vida parece plena e alegre nunca estaremos protegidos do surgimento de desejos novos. Ajudar a reconhecer os desejos para abraçá-los ou para recusá-los, se não explica o sentido de ser e de estar no mundo, ajuda a afastar a sombra do sem-sentido.

(João Jonas Veiga Sobral. Em: setembro de 2023. Fragmento.)
No trecho “[...] porque ele impõe o diálogo (adequado a cada faixa etária), a análise de pontos de vista divergentes e a tentativa de algum ponto de conciliação.” (3º§), os parênteses foram usados para
Alternativas
Q2313088 Português
Mediação, o melhor caminho para educar


         Há quem diga que educar hoje seja mais difícil do que fora nas gerações anteriores. No entanto, sabe-se que educar sempre foi uma tarefa complexa e exaustiva, que exige do educador perseverança e porosidade. Sobretudo, porque não é razoável simplesmente transferir a educação recebida para os filhos e os alunos, como também não é sábio descartar a tradição, como se ela não estivesse presente nos valores de quem educa.
       No entanto, não é difícil concluir que os ensinamentos que precisamos manter, como legado civilizatório para o bom convívio social, são aqueles fundamentais relacionados aos princípios básicos e aos valores humanos inegociáveis. O mundo mudou e os jovens e as crianças não são mais os mesmos de “antigamente”. Independentemente das mudanças observadas no mundo, do estilo de vida e da quantidade de informações oferecidas, ainda é basilar e necessário ensiná-los a ser honestos, éticos, justos. A respeitar o outro e a sonhar com a vida que se deseja ter, para se sentir agente da própria existência.
        Evidentemente que nessa mediação educacional não se pode perder de vista que educar é frustrar e também provocar desejos. E o caminho entre os dois não é nada fácil. Há momentos em que ele se bifurca, uma vez que o pressuposto saudável na educação é apresentar ao jovem a vida como ela é. E isso exige afastar a tentação de proteger a cria em demasia ou se acautelar para liberá-la para os sustos da vida ou evitar que se enfie goela abaixo o modelo de vida do educador. Por incrível que pareça, o conflito é bem-vindo no processo educativo, porque ele impõe o diálogo (adequado a cada faixa etária), a análise de pontos de vista divergentes e a tentativa de algum ponto de conciliação.
              A formação do caráter de um jovem bem mediada não passa, em hipótese alguma, na tentativa pretensiosa e onipotente de tentar evitar a frustração. Isso é impossível. Nem de frustrar de forma repressora como tentativa de privar o jovem do desejo para que ele sofra a duras penas para aprender a viver. A mediação educativa consistente é aquela que educa com sabedoria o desejo daquele que precisa enfrentar a vida e o mundo. E educar o desejo não é dizer o que desejar, mas ajudar a criança e o jovem a reconhecer seus desejos. O mais difícil talvez seja transmitir às crianças a coragem de desejar com sabedoria. E sonhar com sabedoria é também ensinar que viver alucinadamente em torno apenas do desejo não é liberdade, é escravidão. E não viver alguns desejos nem sempre é precaução, pode ser covardia diante da vida.
         Mediar a educação é talvez autorizar o educando (ou ensinar) a dizer sim e não para os momentos mais custosos e decisivos da vida em que não se pode vacilar. E também reforçar que não há na vida um desejo único, superior ou dominante. Mesmo quando a vida parece plena e alegre nunca estaremos protegidos do surgimento de desejos novos. Ajudar a reconhecer os desejos para abraçá-los ou para recusá-los, se não explica o sentido de ser e de estar no mundo, ajuda a afastar a sombra do sem-sentido.

(João Jonas Veiga Sobral. Em: setembro de 2023. Fragmento.)
Em “E isso exige afastar a tentação de proteger a cria em demasia ou se acautelar para liberá-la para os sustos da vida ou evitar que se enfie goela abaixo o modelo de vida do educador.” (3º§) A palavra “acautelar” pode ser substituída sem alteração de sentido por
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Q2313087 Português
Mediação, o melhor caminho para educar


         Há quem diga que educar hoje seja mais difícil do que fora nas gerações anteriores. No entanto, sabe-se que educar sempre foi uma tarefa complexa e exaustiva, que exige do educador perseverança e porosidade. Sobretudo, porque não é razoável simplesmente transferir a educação recebida para os filhos e os alunos, como também não é sábio descartar a tradição, como se ela não estivesse presente nos valores de quem educa.
       No entanto, não é difícil concluir que os ensinamentos que precisamos manter, como legado civilizatório para o bom convívio social, são aqueles fundamentais relacionados aos princípios básicos e aos valores humanos inegociáveis. O mundo mudou e os jovens e as crianças não são mais os mesmos de “antigamente”. Independentemente das mudanças observadas no mundo, do estilo de vida e da quantidade de informações oferecidas, ainda é basilar e necessário ensiná-los a ser honestos, éticos, justos. A respeitar o outro e a sonhar com a vida que se deseja ter, para se sentir agente da própria existência.
        Evidentemente que nessa mediação educacional não se pode perder de vista que educar é frustrar e também provocar desejos. E o caminho entre os dois não é nada fácil. Há momentos em que ele se bifurca, uma vez que o pressuposto saudável na educação é apresentar ao jovem a vida como ela é. E isso exige afastar a tentação de proteger a cria em demasia ou se acautelar para liberá-la para os sustos da vida ou evitar que se enfie goela abaixo o modelo de vida do educador. Por incrível que pareça, o conflito é bem-vindo no processo educativo, porque ele impõe o diálogo (adequado a cada faixa etária), a análise de pontos de vista divergentes e a tentativa de algum ponto de conciliação.
              A formação do caráter de um jovem bem mediada não passa, em hipótese alguma, na tentativa pretensiosa e onipotente de tentar evitar a frustração. Isso é impossível. Nem de frustrar de forma repressora como tentativa de privar o jovem do desejo para que ele sofra a duras penas para aprender a viver. A mediação educativa consistente é aquela que educa com sabedoria o desejo daquele que precisa enfrentar a vida e o mundo. E educar o desejo não é dizer o que desejar, mas ajudar a criança e o jovem a reconhecer seus desejos. O mais difícil talvez seja transmitir às crianças a coragem de desejar com sabedoria. E sonhar com sabedoria é também ensinar que viver alucinadamente em torno apenas do desejo não é liberdade, é escravidão. E não viver alguns desejos nem sempre é precaução, pode ser covardia diante da vida.
         Mediar a educação é talvez autorizar o educando (ou ensinar) a dizer sim e não para os momentos mais custosos e decisivos da vida em que não se pode vacilar. E também reforçar que não há na vida um desejo único, superior ou dominante. Mesmo quando a vida parece plena e alegre nunca estaremos protegidos do surgimento de desejos novos. Ajudar a reconhecer os desejos para abraçá-los ou para recusá-los, se não explica o sentido de ser e de estar no mundo, ajuda a afastar a sombra do sem-sentido.

(João Jonas Veiga Sobral. Em: setembro de 2023. Fragmento.)
De acordo com a leitura do texto depreende-se que
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Q2274610 Pedagogia
A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular. De acordo com as Diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, é possível afirmar que:

I- O atendimento educacional especializado tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. As atividades, desenvolvidas no atendimento educacional especializado, diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização.

II- O acesso à educação tem início nos anos iniciais do ensino fundamental, em que se desenvolvem as bases necessárias para a construção do conhecimento e desenvolvimento global do aluno. Nessa etapa, o lúdico, o acesso às formas diferenciadas de comunicação, a riqueza de estímulos nos aspectos físicos, emocionais, cognitivos, psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças favorecem as relações interpessoais, o respeito e a valorização da criança.

III- Dentre as atividades de atendimento educacional especializado, são disponibilizados programas de enriquecimento curricular, o ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização e tecnologia assistiva. Ao longo de todo o processo de escolarização, esse atendimento deve estar articulado com a proposta pedagógica do ensino comum.

A alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) CORRETA(S) é: 
Alternativas
Q2274607 Pedagogia
Na BNCC (2018), a área de Linguagens é composta pelos seguintes componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e, no Ensino Fundamental – Anos Finais, Língua Inglesa. A finalidade é possibilitar aos estudantes participar de práticas de linguagem diversificadas, que lhes permitam ampliar suas capacidades expressivas em manifestações artísticas, corporais e linguísticas, como também seus conhecimentos sobre essas linguagens, em continuidade às experiências vividas na Educação Infantil. De acordo com esse documento, a área de Linguagens deve garantir aos alunos o desenvolvimento de competências específicas. Entre outras competências, podemos citar:

I- Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.

II- Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos, presentes nas práticas sociais e culturais, de modo a investigar, organizar, representar e comunicar informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las, crítica e eticamente, produzindo argumentos convincentes.

III- Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.

A alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) CORRETA(S) é:
Alternativas
Q2274606 Pedagogia
Soares (2000), ao fazer uma retrospectiva da palavra letramento, desde a sua chegada ao vocabulário das áreas da Educação e da Linguística no Brasil, afirma que a palavra 'letramento' é uma versão para o português do termo, em inglês, Literacy. Soares (2008) observa que o termo letramento concorre com o termo alfabetismo. No entanto, o primeiro foi ganhando preferência progressiva na bibliografia da área a partir de 1995. Letramento significa “o estado ou condição que assume aquele que aprende a ler e escrever” (SOARES, 2000, p. 17), definição que tem, implícita, conforme a autora, a ideia de que a escrita está ligada a questões sociais, culturais, políticas, econômicas, cognitivas e linguísticas. Levando em consideração o pensamento da autora sobre o letramento, podemos afirmar que:

I- O letramento [...] envolve as mais diversas práticas da escrita (nas suas variadas formas) na sociedade e pode ir desde uma apropriação mínima da escrita, tal como o indivíduo que é analfabeto, mas letrado na medida em que identifica o valor dinheiro, identifica o ônibus que vai tomar, consegue fazer cálculos complexos, sabe distinguir as mercadorias pelas marcas etc.

II- O letramento é o desenvolvimento de habilidades de uso do sistema de escrita em atividades de leitura e de escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita.

III- O letramento é a aprendizagem do sistema convencional da escrita, levando-se em conta a complexidade desse processo, mesmo desconectado das práticas sociais.

A alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) CORRETA(S) é:
Alternativas
Q2274605 Pedagogia
A criança compreendida como um sujeito histórico e de direitos, centro do planejamento educativo dos profissionais que atuam na etapa, é uma definição traçada pelas DCNEI (BRASIL, 2009a, BRASIL, 2009b), fato que reforça os conceitos abordados nos princípios. Assim, ela se desenvolve, ao vivenciar diversas experiências em seu cotidiano, tanto com outras crianças quanto com adultos. A Revisão das DCNEI afirma que “nessas condições ela faz amizades, brinca com água ou terra, faz de conta, deseja, aprende, observa, conversa, experimenta, questiona, constrói sentidos sobre o mundo e suas identidades pessoal e coletiva, produzindo cultura” (BRASIL, 2009b, p. 6-7). Parecer CNE/CEB 20/2009 que faz a Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (DCNEI) estabelece três princípios básicos para as propostas pedagógicas da Educação Infantil, que devem ser respeitados, sendo eles: éticos, políticos e estéticos. Estabeleça a relação entre esses princípios e os seus significados.

I- Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.

II- Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.

III- Estéticos: da identidade, da religiosidade, das diferenças culturais e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais.

A alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) CORRETA(S) é:
Alternativas
Q2274604 Pedagogia
De acordo com Barbosa e Horn (2008, p. 31), “a proposta de trabalho com projetos possibilita momentos de autonomia e de dependência do grupo; momentos de cooperação do grupo sob uma autoridade mais experiente e também de liberdade; momentos de individualidade e de sociabilidade, momentos de interesse e de esforço; momentos de jogo e de trabalho como fatores que expressam a complexidade do fato educativo”. Para alcançar tais metas, no trabalho com projetos, o professor deverá:

I- Refletir sobre o planejamento e a aprendizagem, procurando investigar sobre o conhecimento prévio dos educandos, relacionados à rotina escolar e partir para a formulação de novos desafios, tendo em vista a ampliação dos saberes e construção de novos conceitos junto aos educandos.

II- Planejar, antecipadamente, as suas ações e garantir que estas aconteçam de forma inflexível, para que não aconteçam surpresas durante o processo. A garantia da execução das ações do projeto é o que determina a sua eficácia.

III- Juntamente com a equipe escolar, ter uma postura política e pedagógica, a fim de que ações educativas constituam não apenas o Projeto Político Pedagógico da Escola no papel, mas se efetivem por meio de ações concretas na busca pelo conhecimento alicerçado pela realidade da comunidade escolar.

A alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) CORRETA(S) é:
Alternativas
Q2274603 Pedagogia
Para Libâneo (2013), “a avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem. Através dela, os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos são comparados com os objetivos propostos, a fim de constatar progressos e dificuldades e reorientar o trabalho para as correções necessárias. A avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor como dos alunos”. Levando em consideração o pensamento do autor sobre avaliação escolar, é CORRETO afirmar que:

I- A avaliação deve ser vista como uma espécie de acerto de contas por todas as formas incoerentes que o aluno apresentou durante o momento de aprendizagem: indisciplina, discussão com o professor etc.

II- A avaliação tem uma função prognóstica que avalia os conhecimentos prévios dos alunos, considerada a avaliação de entrada, avaliação de input; uma função diagnóstica, do dia a dia, a fim de verificar quem absorveu todos os conhecimentos e adquiriu as habilidades previstas nos objetivos estabelecidos.

III- A avaliação é uma tarefa complexa que não se resume à realização de provas e à atribuição de notas. A mensuração apenas proporciona dados que devem ser submetidos a uma apreciação qualitativa. A avaliação, assim, cumpre funções didático-pedagógicos, de diagnóstico e controle em relação às quais recorrem a instrumentos de verificação do rendimento escolar.

A alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) CORRETA(S) é:
Alternativas
Q2274602 Pedagogia
Para Libâneo (2013), “o planejamento tem grande importância por tratar-se de um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social”. De acordo com o autor, o planejamento de ensino é a direção de uma unidade, que possui objetivos, conteúdos, métodos e avalição. Levando em consideração a importância do planejamento de ensino e seus objetivos, podemos afirmar que:

I- Os objetivos determinam os propósitos que se deseja atingir, pois oferecem uma direção, aquilo que se deseja alcançar, além de favorecer a seleção e organização dos conteúdos, a escolha dos procedimentos metodológicos e do que avaliar.

II- Os objetivos educacionais são, pois, uma exigência indispensável para o trabalho docente, requerendo um posicionamento ativo do professor em sua explicitação, seja no planejamento escolar, seja no desenvolvimento das aulas.

III- Os objetivos gerais estabelecem uma relação muito próxima entre escola, sociedade e as matérias de ensino e procuram definir as intenções do professor sobre os domínios cognitivos, procedimentais e atitudinais, necessários ao desenvolvimento das qualidades humanas.

A alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) CORRETA(S) é:
Alternativas
Q2274601 Pedagogia
Gomes (2018, p.1) destaca vários fatores que, segundo ele, interferem na aprendizagem de forma direta e, muitas vezes, são desconsiderados no percurso de aprendizado. Para o autor, são eles: fatores genéticos, orgânicos, psicogêneses, afetivos, psicológicos, emocionais, pedagógicos, socioculturais, econômicos, ambientais e familiares. Analise os fatores que seguem e estabeleça relação com os seus significados. 
I- Fatores orgânicos: Contemplam o desenvolvimento metacognitivo da organização cerebral, dos processos psíquicos de maturidade da personalidade, comportamento e estabilidade dos sentimentos e emoções.
II- Fatores afetivos, psicológicos, emocionais: Diretamente associados ao déficit da saúde física e à falta de integridade neurológica, escassa ou crônica, desde a gestação, da alimentação empobrecida de vitaminas e nutrientes, de repouso adequado-confortável, de doenças como infecções pré-natais (que tendem a provocar a prematuridade) e de comportamentos – interações sociais.
III- Fatores orgânicos: Diretamente associados ao déficit da saúde física e à falta de integridade neurológica, escassa ou crônica, desde a gestação, da alimentação empobrecida de vitaminas e nutrientes, de repouso adequado-confortável, de doenças como infecções pré-natais (que tendem a provocar a prematuridade) e de comportamentos – interações sociais. 

A alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) CORRETA(S) é:
Alternativas
Q2274600 Pedagogia
Ao tratar da aquisição da leitura e da escrita, Frith (1985) e Capovilla e Capovilla (2000) consideram que a criança passa por três estágios: o logográfico, o alfabético e o ortográfico. No estágio logográfico, a criança lê de maneira visual direta; a leitura depende do contexto e das cores e formas do texto. Por exemplo, uma criança pode ler, logograficamente, o rótulo Coca-Cola; logo, se as letras desta palavra forem trocadas, a criança não perceberá o erro, desde que a forma visual global e o contexto permaneçam iguais aos da palavra correta. Isto demonstra que a criança não presta atenção à composição da palavra em letras, apesar de conseguir ter acesso ao significado de algumas palavras conhecidas. De acordo com os referidos autores:

I- O estágio logográfico é considerado uma forma de pré-leitura, visto que as palavras escritas são tratadas como desenhos e não, propriamente, como um código alfabético.

II- No estágio alfabético, a criança compreende que a escrita mapeia a fala e, portanto, começa a escrever como fala. Aqui não há mais erro de regulação grafofonêmicas. Tais erros são superados neste estágio, visto que a criança está aplicando as regras da escrita intermediadas pelos sons da fala.

III- No estágio ortográfico, a leitura e a escrita ocorrem por reconhecimento visual direto das formas ortográficas de morfemas ou de palavras, pré-armazenadas no léxico. A criança passa, portanto, a ler e escrever corretamente palavras irregulares, como por exemplo, aquelas em que a letra x tem sons irregulares (exército próximo).

A alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) CORRETA(S) é:
Alternativas
Q2274599 Pedagogia
De acordo com Kamii (1990, p. 25), sobre a aquisição do conceito de número pela criança, a visão de Piaget contrasta com a crença de que existe um “mundo dos números”, em direção ao qual toda criança deve ser socializada. Pode-se afirmar que há consenso a respeito da soma de 2+3, mas nem o número, nem a adição estão “lá fora”, no mundo social, para serem transmitidos pelas pessoas. Pode-se ensinar as crianças a darem a resposta correta para 2+3, mas não será possível ensinar-lhes diretamente as relações subjacentes a esta adição. Considerando o pensamento de Piaget sobre essa questão, podemos afirmar que:

I- O número não pode ser ensinado através da transmissão social, pois, no social, os conceitos podem variar de cultura para cultura e é preciso que a criança seja auxiliada por adultos para construir o conhecimento social.

II- O número deve ser resultado do conhecimento lógico-matemático que a própria criança criou internamente, a partir da abstração reflexiva.

III- O número pode ser ensinado somente por meio da abstração empírica, que se dá através da observação dos objetos. O número é construído de forma coletiva e social.

A alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) CORRETA(S) é:
Alternativas
Q2274598 Pedagogia
De acordo com Vigotsky (2005, p. 40), a relação entre o pensamento e a linguagem é um processo, um movimento contínuo de vaivém do pensamento para a palavra e vice-versa. Nesse processo, a relação entre o pensamento e a linguagem passa por transformações que, em si mesmas, podem ser consideradas um desenvolvimento funcional. Considerando a relação entre pensamento e linguagem, podemos afirmar que:

I- A linguagem pode ser considerada como o meio mais importante no desenvolvimento e formação dos processos cognitivos e da consciência do homem. É por isso, que através da linguagem, podemos explicar todos os outros símbolos ou sistemas simbólicos. A linguagem depende necessariamente do som.

II- O desenvolvimento do pensamento é determinado pela linguagem, isto é, pelos instrumentos linguísticos do pensamento e pela experiência sócio-cultural da criança.

III- O crescimento intelectual da criança depende de seu domínio dos meios sociais do pensamento, isto é, da linguagem.

A alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) CORRETA(S) é:
Alternativas
Q2274597 Pedagogia
“De acordo com Kishimoto (2002), a brincadeira e os jogos foram criados para atribuir no espaço onde a função do brincar garante o reconhecimento da importância que favorece a brincadeira no meio da aprendizagem, como uma forma de desenvolver a imaginação e a vivência das relações, através dos brinquedos. No entanto, o brincar deve estar ligado à proposta pedagógica e não ser considerado um espaço isolado para a brincadeira. A brincadeira deve ser uma atividade essencial e integrada em uma proposta de ensino, que incorpora o lúdico, como eixo do trabalho com as crianças.” Levando em consideração o pensamento do autor sobre o papel da brincadeira no desenvolvimento da criança, podemos afirmar que:

I- A brincadeira é uma prática, na qual a criança desempenha e concretiza as regras do jogo, executando a ação lúdica. Logo, o lúdico é uma ação. Sendo assim, brinquedo e brincadeira relacionam-se diretamente com a criança, ajudando-a melhorar seu desenvolvimento educacional.

II- Quando uma brincadeira é escolhida pela criança, ela pode, naturalmente, proporcionar o prazer ou desprazer e, com isso, trazer várias formas de interagir com o mundo. No entanto, essas brincadeiras, geralmente, assumem sua importância no campo da ludicidade e não trazem contribuições para o desenvolvimento das crianças. Em sala de aula, as brincadeiras devem ser planejadas exclusivamente pelo educador, com uma intenção pedagógica.

III- O jogo é um meio que favorece o desenvolvimento e a inteligência facilitando o entendimento da criança sobre o mundo que lhe cerca. Assim, a forma lúdica de ensinar ajuda, exatamente, no cognitivo, na interação, facilitando o aprendizado.
A alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) CORRETA(S) é:
Alternativas
Q2274596 Pedagogia
Para Piaget, citado por Coutinho (2001, p.90), o desenvolvimento cognitivo passa por estágios, evidenciando que esses estágios são estruturas de conjuntos caracterizados por leis de totalidade, de tal forma que cada estrutura se relaciona com o todo e só é significativa em relação a esse todo. Dentre outros, Piaget se refere a três grandes estágios: sensório-motor, operatório-concreto e operações formais. Levando em consideração os estágios evidenciados pelo autor, podemos afirmar que:

I- O estágio da inteligência sensório-motora é construído progressivamente, após o nascimento, a partir dos movimentos e depois voluntariamente.

II- O estágio da inteligência operatório-concreta é marcado pelo nascimento das operações, isto é, ações representativas, tornadas reversíveis pela organização das operações em estruturas de conjunto, inicialmente simples, mas que vão se tornando cada vez mais complexas.

III- No estágio das operações formais, é que ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento formal. A criança se mostra um tanto egocêntrica, pois ela passa a compreender um pouco melhor o mundo e reflete sobre os seus interesses. É nesse estágio, também, que aparece o jogo simbólico e a imitação, a partir dos quais a criança começa a se moldar de acordo com a sociedade.

A alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) CORRETA(S) é:
Alternativas
Q2274595 Pedagogia
Na década de 1980, Libâneo (2006) analisou diferentes modelos pedagógicos no contexto de desenvolvimento da sociedade capitalista, apresentando-se como crítico das tendências pedagógicas liberais e defensor das tendências progressistas.

A partir deste contexto, analise as afirmações a seguir:

I- A primeira vertente é pautada na ideia de que a função da escola é preparar os indivíduos para desempenharem papéis sociais, com base nas suas aptidões individuais, adaptando-os aos valores e às normas vigentes.

II- A segunda vertente difunde a ideia de a escola e a sociedade oferecerem oportunidades iguais para todos, de modo a corroborar o desenvolvimento pessoal dos indivíduos e da sociedade de classes.

III- As duas vertentes são antagônicas: enquanto a primeira defende que a função da escola é ajustar os indivíduos à sociedade capitalista, a segunda defende que ela deve fomentar a mudança social com a contribuição da teoria crítico-social dos conteúdos.

Está CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
Q2274594 Pedagogia
Analise as assertivas a seguir

I- Na abordagem histórico-cultural de Vigotsky, as funções psicológicas superiores (FPS), tais como a atenção, memória, imaginação, pensamento e linguagem são organizadas em sistemas funcionais, cuja finalidade é organizar adequadamente a vida mental de um indivíduo em seu meio.

PORQUE

II- As FPS desenvolvem-se quanto à sua estrutura, conteúdo e complexidade na relação que o indivíduo estabelece com as pessoas e com a cultura. Suas origens são, portanto, de natureza social e respondem, diferentemente do que ocorre em outros animais, a estímulos criados (signos) e não apenas a estímulos dados.

Da associação entre as duas asserções é CORRETO afirmar:
Alternativas
Q2274593 Pedagogia
Na década de 1970, Pierre Bourdieu e Louis Althusser (2010) se consagraram com a “Teoria da reprodução”, dando impulso à tese de que a instituição educacional, dentre outras, cumpria o simples papel de reprodução cultural e social.

Nesta perspectiva, analise a função da instituição escolar nas asserções seguintes:
I- Na escola, os conteúdos abordados, os métodos de ensino, as motivações e a organização do processo de ensino e aprendizagem, bem como suas manifestações e as relações estabelecidas entre professores e alunos cumprem a função de manutenção das desigualdades e injustiças econômicas e sociais.

PORQUE

II- Na sociedade de classes, a escola, bem como as questões sociais, políticas e culturais são reflexo/reprodução de propósitos estabelecidos no âmbito das relações de produção que se dão por meio da exploração de uma classe por outra.

Analisando o contexto, pode-se afirmar que:
Alternativas
Q2274592 Pedagogia
Na década de 1980, José C. Libâneo sistematizou as tendências pedagógicas, a partir de duas vertentes, a liberal e a progressista. Na primeira década do século XXI, ele sistematizou “correntes teóricas” mais recentes, conforme o quadro a seguir:
Imagem associada para resolução da questão


Sobre essas “correntes”, Libâneo afirma:

I- Estudos recentes revelam que as tendências liberais e progressistas (modernas) continuam ativas e estáveis, todavia outras tendências têm sido experimentais, tanto no âmbito acadêmico quanto nas escolas, influenciadas pelo pensamento pós-moderno.

II- Nas últimas duas décadas, as sociedades mudaram de forma acelerada e a tendência crítico-social dos conteúdos atende a todas as suas demandas, de modo que temas, como cultura, identidade e diferença, abordados pelas correntes contemporâneas são desnecessários.

III- A articulação de uma perspectiva desenvolvimentista do ensino, voltada para a autonomia e emancipação dos sujeitos, abre espaços para a incorporação ao pensamento crítico de temas, como a linguagem, a cultura, a complexidade, a valorização da experiência corrente, as relações de poder e a integralidade do ser humano, fomentados pelas correntes contemporâneas.

Considerando o pensamento do autor, é CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
Respostas
201: D
202: B
203: D
204: B
205: D
206: C
207: A
208: A
209: E
210: E
211: A
212: D
213: C
214: E
215: B
216: B
217: C
218: D
219: E
220: A