Questões de Concurso
Sobre principais autores em pedagogia
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Conforme Libâneo (2004), o currículo é um ponto essencial da estrutura educacional e faz parte do Projeto Político Pedagógico (PPP) da instituição de ensino. Em relação aos níveis de currículo, avalie as seguintes assertivas:
I. Denomina-se currículo formal o conjunto de diretrizes normativas prescritas institucionalmente, como por exemplo, os Parâmetros Curriculares Nacionais e propostas curriculares dos estados e municípios. É o currículo legal, expresso em diretrizes curriculares, objetivos e conteúdos das áreas ou disciplinas de estudo.
II. O currículo real é o currículo que acontece dentro da sala de aula com professores e alunos a cada dia, em decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de ensino. É composto de todas aquelas adaptações feitas cotidianamente pelo professor, é o currículo que sai da prática dos professores.
III. O currículo oculto representa tudo o que os alunos aprendem diariamente em meio às várias práticas, atitudes, comportamentos, gestos, percepções, que vigoram no meio social e escolar. É constituído por todos os saberes que não estão prescritos nas diretrizes curriculares, são conhecimentos adquiridos fora da escola, com a família, os amigos, ou ainda no espaço escolar, através de brincadeiras de corredores, tipos de cartazes pendurados na parede, etc.
IV. O currículo informal é aquele que não aparece no planejamento do professor. Se manifesta entre outras formas na maneira como os funcionários tratam os alunos e seus pais, no modo de organização da sala de aula, no uso da quadra de esportes, nas condições de higiene, no próprio espaço da escola como um todo.
Quais estão corretas?
São várias as concepções pedagógicas que marcam a proposição e a organização da educação escolar no Brasil e no mundo. Considerando essa temática, e observando o pensamento do/da respectivo(a) autor(a), é correto afirmar:
Em sua obra Ofício de mestre: imagens e autoimagens (2001), Arroyo reflete sobre o trabalho dos professores na atualidade e, ainda, as dificuldades e os desafios que eles encontram em seu cotidiano. O autor evidencia a realização de congressos, seminários e encontros organizados em sua maioria por professores(as) que administram propostas educativas inovadoras nas redes municipais e estaduais. Arroyo faz uma analogia com trecho de Ítalo Calvino em “As cidades e as trocas”, escrevendo: “os mestres no seu cotidiano cultivam plantam, cuidam, fazem a colheita. Na organização seriada, gradeada, nos restritos espaços da turma, da disciplina de cada quintal não há como trocar essas colheitas. Os mestres sentem necessidade de feiras, de espaços de trocas”. O autor pergunta: o que mais os mestres levam para trocar nos encontros, além de suas colheitas? E, completando a analogia, reflete: “Cada um conta sua história. E na longa viagem de retorno para suas casas e suas escolas cada história e cada prática trocada _______________. Troca-se memória coletiva, autoimagens construídas”.
Assinale a alternativa que preenche a lacuna, de acordo com o pensamento de Arroyo.
A Lei Federal nº 9.394/96 (LDBEN), as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (Resolução CNE/CEB nº 04/2010) e também o Plano Municipal de Educação de São Roque incluem a gestão democrática do ensino público entre seus princípios. Em seu art. 14, a LDBEN define a participação como princípio dessa gestão democrática. Libâneo, Oliveira e Toschi (2010), analisando a organização escolar democrática, afirmam que ela “implica, não só a participação na gestão, mas
De acordo com Luck (2010), a liderança tem sido identificada nas pesquisas como um fator crucial para o desenvolvimento da qualidade da escola e melhoria da aprendizagem dos alunos. Para a autora, a liderança corresponde a um conjunto de ações, atitudes e comportamentos assumidos por uma pessoa, com a finalidade de influenciar o desempenho de alguém, visando a realização de objetivos organizacionais. A autora ressalta, ainda, que a liderança corresponde a
Segundo Perrenoud (1999), para caminhar em direção à avaliação formativa,
Na obra A prática educativa: como ensinar (2002), Zabala discute a necessidade de instrumentos teóricos que façam com que a análise da prática seja realmente reflexiva e resume esses instrumentos na função social do ensino e no conhecimento do como se aprende. O autor faz referência a quatro fontes do currículo: a sociológica ou socioantropológica, a epistemológica, a didática e a psicológica e adverte que “nem todas elas se situam no mesmo plano.” As fontes psicológica e didática, explica Zabala, estão estreitamente inter-relacionadas, e, “nesta perspectiva integradora, o conhecimento, que provém da fonte psicológica, sobre os níveis de desenvolvimento, os estilos cognitivos, os ritmos de aprendizagem, as estratégias de aprendizagem, etc., é essencial para precisar as referências que se devem levar em conta ao
Lendo-se os trabalhos de Piaget, verifica-se que a equilibração constitui o “ponto chave” de sua teoria. Em A equilibração das estruturas cognitivas (1976), ele afirma que a vida mental dos seres humanos é marcada por um movimento em direção a um estado de equilíbrio que é sempre superior ao anterior. Nessa obra, ele argumenta que “(...) o conhecimento não procede nem da experiência única dos objetos nem de uma programação inata pré-formada no sujeito, mas de uma interação entre ambos, que resulta em construções sucessivas com elaborações constantes de estruturas novas graças a um processo de equilibração ____________, que corrige e completa as formas precedentes”.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto.
Para os educadores em geral, é imprescindível que conheçam a teoria de Vygotsky, devido ao fato de esse estudioso atribuir, dentro de suas obras, um lugar de destaque para as relações entre desenvolvimento e aprendizagem. Para ele, a criança inicia seu aprendizado muito antes de chegar à escola, mas o aprendizado escolar vai introduzir elementos novos no seu desenvolvimento. Segundo ele, todo aprendizado é necessariamente mediado – e isso torna o papel do ensino e do professor mais ativo e determinante. Na obra A formação social da mente (1991), ele afirma que “(....) o momento de maior significado no curso do desenvolvimento intelectual, que dá origem às formas puramente humanas de inteligência prática e abstrata, acontece quando a fala e a atividade prática, então duas linhas completamente independentes de desenvolvimento,
De acordo com estudos de Libâneo; Oliveira e Toschi (2010), a educação pública estatal iniciou-se, no Brasil, no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, quando começou o processo de industrialização no país e, conforme análise dos autores, a história da estrutura e da organização do sistema de ensino no Brasil, ao longo do mesmo século, revela “as tensões econômicas, políticas, sociais e educacionais de cada período”. Com a Constituição Federal de 1988 e a legislação educacional subsequente, a educação escolar pública, com padrão de qualidade, passa a ser direito público subjetivo. Em decorrência, o dever do Estado em garanti-lo, conforme disposto no art. 208 dessa Carta Magna, implica políticas educacionais articuladas em nível municipal, estadual e da União para assegurar
Libâneo, Oliveira e Toschi (2010) analisam que o conjunto de transformações denominado de globalização “tem provocado um quadro dramático de desemprego e exclusão social que tende a intensificar-se, sobretudo nos países pobres, caso não ocorram ações que ponham a economia a serviço da sociedade, com a finalidade de gerar maior justiça social”. Os autores defendem que uma educação escolar pública e democrática, em seus objetivos, deve levar “em conta as exigências do mundo contemporâneo, tendo em vista
André, aluno de pedagogia, assistiu a uma aula sobre concepções de educação e escola. A professora iniciou o tema com uma citação de Paulo Freire (2011) na qual ele fala da importância do papel do educador, do qual faz parte sua tarefa docente de ensinar não apenas os conteúdos, mas também ensinar a pensar certo. Freire explicita a impossibilidade de alguém vir a tornar-se um professor crítico caso seja muito mais um repetidor cadenciado de frases e de ideias inertes do que um desafiador. “Repete o lido com precisão mas raramente ensaia algo pessoal. Fala bonito de dialética mas pensa mecanicistamente. Pensa errado. É como se os livros todos a cuja leitura dedica tempo farto nada devessem ter com
Planejar é antecipar ações para atingir certos objetivos, que vêm de necessidades criadas por uma determinada realidade, e, sobretudo, agir de acordo com essas ideias antecipadas. Na obra Planejamento – projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico, Vasconcellos (2002) defende que, para se realizar um bom planejamento, é necessário considerar três dimensões básicas:
Tendo como questão “O que fundamenta a ação docente?”, Mizukami (1986) realiza uma análise teórica de conceitos relativos a cinco diferentes abordagens do processo de ensino: tradicional, comportamentalista, humanista, cognitivista e sociocultural. Acerca de tais abordagens, de acordo com a autora, é correto afirmar que, na abordagem
No entendimento de Mantoan (2006), o sucesso da aprendizagem está em explorar talentos, atualizar possibilidades, desenvolver predisposições naturais de cada aluno. As dificuldades e limitações são reconhecidas, mas não conduzem nem restringem o processo de ensino, como comumente se deixa que aconteça. Ensinar atendendo às diferenças dos alunos, mas sem diferenciar o ensino para cada um. Segundo a autora, o ponto de partida para se ensinar a turma toda, sem diferenciar o ensino para cada aluno ou grupo de alunos, e
Os problemas encontrados na análise psicológica do ensino não podem ser corretamente resolvidos ou mesmo formulados sem nos referirmos à relação entre o aprendizado e o desenvolvimento em crianças em idade escolar. Este ainda é o mais obscuro de todos os problemas básicos necessários à aplicação de teorias do desenvolvimento da criança aos processos educacionais.
(Vygotsky, 1991)
Acerca da relação entre desenvolvimento e aprendizagem, o autor defende que
Segundo Thurler (In: Thurler e Maulini, 2012), o modo de funcionamento das escolas remonta à implantação da obrigatoriedade escolar, na metade do século XIX, e corresponde a uma lógica organizacional da época, concebida com a preocupação de tornar mais eficazes as cadeias de produção industriais, primeiramente, e depois as burocracias. Nesse modelo de organização, parte-se do princípio de que é possível delimitar, recortar e definir claramente o tempo e o espaço escolares, os conteúdos de ensino, as tarefas e obrigações de professores e alunos. Para a autora, uma das características mais visíveis desse funcionamento burocrático das escolas é
Ferreiro e Teberosky (1999) investigaram como crianças percebiam a escrita, distinguiam-na do desenho, formavam hipóteses sobre o que estava escrito e, finalmente, como se desenvolvia sua escrita inventada. As autoras definiram quatro fases do desenvolvimento da leitura e da escrita a respeito das quais é correto afirmar que
A produção sobre a avaliação em larga escala no país mostra-se não só escassa, mas polarizada entre a crítica da sua lógica economicista e a afirmação da necessidade de aprimorá-la e bem utilizá-la como ferramenta de regulação do Estado. Sem cair nessa polarização, Freitas (2007) oferece elementos para o professor pensar o Estado-avaliador brasileiro como síntese do Estado-regulador e do Estado-educador. O Estado-avaliador resultaria do empenho do Estado-educador em difundir determinados conhecimentos, valores e visões de mundo, signos e símbolos da cultura hegemônica. Na perspectiva da autora, no Brasil, isso se deu especialmente por meio
Hoffmann (2001) entende a avaliação como uma atividade ética, pois não basta desenvolver a avaliação educacional a serviço de uma ação com perspectiva para o futuro, mas torná-la referência de decisões educativas pautadas por valores, posturas políticas, fundamentos filosóficos e considerações sociais. A autora não concorda que deva haver regra única em avaliação, ainda que elencada no bojo de diretrizes unificadoras das reformas educacionais, porque cada situação envolve a singularidade dos participantes do processo educativo. Nesse sentido, defende que um dos princípios básicos da avaliação é promover