Questões de Concurso Público SEE-AL 2013 para Professor - História
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A mais lucrativa atividade das colônias portuguesas na América no início do século XVII era a plantação e a comercialização de açúcar, mas, com a invasão holandesa em Pernambuco (1630-1654) e a posterior retomada da região, a cultura da cana-de-açúcar foi levada para as Antilhas, fazendo concorrência à produção brasileira e motivando uma grave crise comercial em Portugal.
O Iluminismo alemão, chamado de esclarecimento (Aufklärung), defendia o controle do pensamento pelo Estado como meio de evitar os excessos da Igreja e as rebeliões populares. Tal ideia foi o que a historiografia chamou de ‘despotismo esclarecido’.
Na historiografia, é comum encontrar qualificativos para o Iluminismo em Portugal, como iluminismo católico, ilustração de compromisso, iluminismo de Estado ou mesmo luzes mitigadas e fraco iluminismo. Isso se deve à ênfase de alguns filósofos franceses — matrizes de uma interpretação genérica do Iluminismo — identificados com o anticlericalismo e a oposição ao absolutismo, o que não ocorreu no país ibérico.
O principal momento de radicalização da Revolução Francesa foi o chamado Terror, que intentava combater os inimigos externos da revolução, o império austríaco e, posteriormente, a Inglaterra.
A ideia de Iluminismo surgiu na França do século XVIII e foi erigida em torno da valorização da razão e do anticlericalismo.
A tradicional divisão da história humana em Idade Antiga, Idade Média e Idade Moderna surgiu com os eruditos renascentistas, mas a Idade Contemporânea surgiu apenas no século XIX, com a reorganização do ensino de história na França.
Considerando-se que a história é o conhecimento do passado, é correto afirmar que discutir o presente ou o futuro é uma questão de menor importância para a historiografia.
Em uma concepção mítica, comum na Antiguidade, a história é entendida como uma progressão linear em direção ao futuro, enquanto a historiografia científica, surgida a partir do século XIX, entende a trajetória temporal do homem como um círculo que retorna ao mesmo ponto após um determinado período.
No período colonial brasileiro, o principal propósito das bandeiras paulistas era a descoberta de metais preciosos. O aprisionamento de indígenas foi praticado como forma de minimizar os eventuais prejuízos da empresa.
A descoberta do ouro nos sertões mineiros foi recebida pela Coroa portuguesa com grande apreensão. Não havia um projeto de colonização definido a priori. A tarefa de controlar a multidão de aventureiros que se dirigiria àqueles sertões parecia algo grande demais para os poucos recursos lusos. Por fim, existia a possibilidade da descoberta daquela riqueza despertar a cobiça das demais nações europeias.
A produção de açúcar, em Pernambuco, foi controlada pelos colonos batavos logo após o início do governo de Nassau. A Companhia de Comércio das Índias Ocidentais havia confiscado e vendido a holandeses e judeus os engenhos abandonados por proprietários que haviam fugido para Bahia e Rio de Janeiro. Tal controle da produção manteve-se até o início da insurreição restauradora, em 1645.
A oposição dos dirigentes da Companhia de Comércio das Índias Ocidentais ao uso da mão de obra escrava foi um dos principais fatores de desgaste nas relações entre a Companhia e os tradicionais senhores de engenho pernambucanos.
A possibilidade de ascensão social na América portuguesa esteve limitada pelos estatutos de limpeza de sangue, pelos quais os descendentes de judeus, mouros, ciganos, ameríndios e africanos estiveram excluídos da ocupação de altos postos eclesiásticos e civis.
A abertura dos portos da América portuguesa às potências amigas foi um dos primeiros atos de D. João VI ao chegar ao Brasil.
Para muitos historiadores, o fim do período colonial brasileiro ocorreu em 1808, quando da chegada da família real ao Rio de Janeiro. No entanto, a opção pela independência formal do Brasil passou a ser abertamente discutida apenas em 1820, com a Revolução do Porto.
A transferência da Corte para a América portuguesa foi aventada em diferentes crises anteriores à de 1808, como estratégia para manutenção da soberania do pequeno reino ibérico frente às potências europeias.
A escravidão marcou profundamente a sociedade brasileira no período imperial. Tal prática era vista como um mal necessário por grande parte dos políticos, que defendia seu fim de modo lento e gradual. O movimento abolicionista, que reivindicou o fim imediato do trabalho compulsório no Brasil, ganhou força apenas na década de 1880.
Os engenhos de açúcar do atual nordeste brasileiro não superaram a crise que lhes atingiu em meados do século XIX, apesar da abundância de crédito e da política governamental de estímulo à atividade econômica açucareira.
No período regencial, ocorreu a disputa por diferentes projetos de nação. Os debates políticos alcançaram diversos grupos sociais e desdobraram-se em numerosas revoltas, como a cabanagem, a farroupilha e a sabinada.
O tráfico de escravos para o Brasil foi oficialmente proibido em 1831. Desde então, ocorreu um rápido declínio da chegada de novos africanos escravizados ao Brasil.