Questões de Concurso Público Prefeitura de Sumé - PB 2023 para Agente Fiscal de Tributos
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A tira abaixo serve de base para a questão.
TEXTO II
Disponível em: <https://vestibulares.estrategia.com/portal/materias/portugues/ambiguidade/>. Acesso em: 13 jul. 2023.
A charge de Maitena a seguir serve de base para a questão.
TEXTO III
D i s p o n í v e l e m : < h t t p s : / / w w w . e d u c a c a o . m a . g o v . b r / w p -content/uploads/2017/06/Gabarito_Comentado_Lingua_Portuguesa.pdf>. Acesso em: 13 jul. 2023.
( ) A charge retrata de forma bem-humorada o universo feminino.
( ) Mudanças geracionais no estilo de vida da mulher são o tema da charge.
( ) Pela resposta da avó, pode-se considerar que ela considera que a vida das mulheres era melhor em sua época com relação à época atual.
( ) De acordo com a charge, a complexidade de ser mulher na atualidade é tamanha que a neta considera que as mulheres da geração de sua avó viviam em um mundo diferente.
( ) A charge mostra que épocas diferentes impõem às mulheres as mesmas atribuições.
Assinale a sequência CORRETA:
A charge de Maitena a seguir serve de base para a questão.
TEXTO III
D i s p o n í v e l e m : < h t t p s : / / w w w . e d u c a c a o . m a . g o v . b r / w p -content/uploads/2017/06/Gabarito_Comentado_Lingua_Portuguesa.pdf>. Acesso em: 13 jul. 2023.
A charge de Maitena a seguir serve de base para a questão.
TEXTO III
D i s p o n í v e l e m : < h t t p s : / / w w w . e d u c a c a o . m a . g o v . b r / w p -content/uploads/2017/06/Gabarito_Comentado_Lingua_Portuguesa.pdf>. Acesso em: 13 jul. 2023.
● Não tinham responsabilidades.
● Andavam por aí cheias de celulites.
● Faziam doces.
● Visitavam as amigas.
Do ponto de vista sintático, as expressões em destaque exercem, na ordem CORRETA, as seguintes funções:
O artigo de opinião a seguir serve de base para a questão.
TEXTO IV
Desde muito cedo,
tenho verdadeiro horror à condescendência
Já dizia Lima
Barreto, a capacidade do negro é julgada a priori, enquanto a do branco é a
posteriori
Djamila Ribeiro
Mestre em filosofia política pela
Unifesp e coordenadora da coleção de livros Feminismos Plurais.
Desde muito cedo, mesmo sem saber
dar nome, tenho verdadeiro horror à condescendência. Eu me lembro de ficar
irritada com professoras que passavam a mão na minha cabeça quando eu levantava
a mão para responder a alguma pergunta por julgarem que eu não saberia a
resposta.
Essas situações foram se
repetindo ao longo da minha adolescência e vida adulta. "Nossa, ela é
inteligente", "uau, ela realmente sabe o que diz", sempre com
uma expressão de espanto. Nem sempre aplausos significam admiração. Muitas
vezes são a expressão de surpresa por parte de pessoas que julgavam que você
não seria capaz.
O escritor Lima Barreto já disse:
“A capacidade do negro é julgada a priori, enquanto a do branco é a
posteriori”.
Há alguns anos, encontrei alguns colegas brancos durante uma viagem a Nova York e, em todas as ocasiões em que estivemos juntos, eles não me deixavam falar com as pessoas nos locais onde estivemos. No restaurante, queriam traduzir os meus pedidos. Nas lojas, me explicavam exaustivamente o que era cada produto. Na rua, passavam à minha frente sempre dispostos a me ajudar na comunicação.
Num dado momento, eu disse
que falava inglês perfeitamente, não precisava de ajuda e que, caso
necessitasse, eu pediria. Eu já dei várias palestras em inglês, e eles sabiam
disso, mas mesmo assim seguiram agindo dessa forma.
A condescendência é ofensiva
porque quem a comete se julga superior. Uma coisa é ajudar quem de fato precisa
ou pediu ajuda, outra coisa é não se conformar em tratar o outro como igual,
pois isso ofende suas crenças limitantes.
Pessoas que naturalizaram o lugar
de submissão para pessoas negras, ou que passaram a vida sendo servidos por
elas, não conseguem lidar quando veem uma que não está naquele lugar. Então,
agir de modo condescendente é reafirmar esse lugar de superioridade, é amenizar
o desconforto por ver uma pessoa negra em seu lugar de humanidade.
Outro lado horroroso é julgar que
sempre é necessário elogiar o trabalho de uma pessoa negra. Uma coisa é
desrespeitar, ser grosseiro e racista ao avaliar um trabalho, o que
infelizmente acontece muito. Outra é colocar em um lugar de não poder criticar,
pois isso é infantilizar a pessoa negra.
Todos os trabalhos são passíveis
de críticas, desde que bem-feitas, e tratar o trabalho de pessoas negras como
algo sempre incrível beira o ridículo.
Uma vez, para me defender, uma
seguidora escreveu para um rapaz que me criticava: "você não pode falar
assim com uma mulher negra". Por mais que ela tivesse boas intenções,
confesso que me irritei profundamente. Eu respondi: "ele não pode falar
assim porque os argumentos dele são falaciosos e eu sei perfeitamente
identificar e responder a eles". E assim o fiz, e o forcei a rever todas
suas bases argumentativas.
[...]
Afinal, respeito, na maioria das
vezes, é muito melhor do que admiração pura e simples. A condescendência fixa o
trabalho de pessoas negras num lugar de inferioridade. É justamente por isso
que deveríamos abominá-la.
Disponível em:
<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/djamila-ribeiro/2023/07/desde-muito-cedo-tenho-verdadeiro-horror-a-condescendencia.shtml>.
Acesso em: 13 jul. 2023.