Questões de Concurso Público IF Sul Rio-Grandense 2021 para Professor - Português/Literatura

Foram encontradas 40 questões

Q2006232 Literatura

HÚMUS


Pátios de lajes soerguidas pelo único

esforço da erva: o castelo –

a escada, a torre, a porta,

                                                  a praça. 

Tudo isto flutua debaixo

de água, debaixo de água.

                                               − Ouves

o grito dos mortos?


A pedra abre a cauda de ouro incessante,

só a água fala nos buracos.


São palavras pronunciadas com medo de pousar,

uma tarde que viesse na ponta dos pés, o som

devagar de uma

borboleta.

                                      − A morte não tem

só cinco letras. Como a claridade na água

para me entontecer,

                                       a cantaria lavrada:

com um povo de estátuas em cima,

com um povo de mortos em baixo.


Primaveras extasiadas, espaços negros, flores desmedidas

− todos os dias debalde repelimos os mortos.


É preciso criar palavras, sons, palavras

vivas, obscuras, terríveis.

[...]


HELDER, Herberto. Poemas completos. Rio de Janeiro: Tinta-da-china Brasil, 2016. p. 215-216.

O poema de Herberto Helder, do qual se apresenta apenas o excerto inicial, foi construído a partir de fragmentos provenientes de uma edição distinta da obra homônima de Raul Brandão (a segunda edição, não considerada como versão definitiva), resgatando tal produção após quase 50 anos de seu lançamento.
Com base no excerto, em seu diálogo com o texto-fonte e nas características da produção de Herberto Helder apontadas por Saraiva e Lopes (2004), leia as afirmações abaixo e marque V, para as verdadeiras, e F, para as falsas.
( ) Ao empreender uma operação que recombina diferentes passagens do texto-fonte, Herberto Helder adota uma postura de transgressão da linearidade do discurso. Com isso, não só se alinha à experimentação que predomina na poesia portuguesa durante a década de 1960, mas também se mostra tributário do Surrealismo, uma vez que a montagem possibilita uma liberdade metafórica própria desse movimento. ( ) A rede imagética obtida pela modificação do texto-fonte altera a cena inicial, trazendo ao poema camadas de significação distintas daquelas que se manifestam na abertura da obra de Brandão. A presença, por exemplo, de metáforas associadas ao elemento aquático minimiza o abatimento associado à imagem do “invólucro de pedra”, dado pertencerem ao campo semântico da fluidez. ( ) A transmutação operada por Helder no nível do significante também se manifesta tematicamente: imagens ligadas à finitude são apresentadas juntamente com símbolos de fecundação e renascimento, sugerindo uma ideia de coincidência dos opostos própria do imaginário hermético-alquímico. A simetria entre o que está “em cima” e o que está “em baixo” reforça essa possibilidade interpretativa.
A sequência correta, de cima para baixo, é
Alternativas
Q2006233 Literatura

HÚMUS


Pátios de lajes soerguidas pelo único

esforço da erva: o castelo –

a escada, a torre, a porta,

                                                  a praça. 

Tudo isto flutua debaixo

de água, debaixo de água.

                                               − Ouves

o grito dos mortos?


A pedra abre a cauda de ouro incessante,

só a água fala nos buracos.


São palavras pronunciadas com medo de pousar,

uma tarde que viesse na ponta dos pés, o som

devagar de uma

borboleta.

                                      − A morte não tem

só cinco letras. Como a claridade na água

para me entontecer,

                                       a cantaria lavrada:

com um povo de estátuas em cima,

com um povo de mortos em baixo.


Primaveras extasiadas, espaços negros, flores desmedidas

− todos os dias debalde repelimos os mortos.


É preciso criar palavras, sons, palavras

vivas, obscuras, terríveis.

[...]


HELDER, Herberto. Poemas completos. Rio de Janeiro: Tinta-da-china Brasil, 2016. p. 215-216.

Avaliando o excerto do poema de Herberto Helder à luz dos fatores que Koch e Elias (2012) relacionam à coerência, é pertinente afirmar que
Alternativas
Q2006234 Literatura
Bosi (2006) afirma que uma leitura crítica da poesia concreta não deve se embasar em conceitos preestabelecidos. Assim, o primeiro passo seria sentir a experiência concreta, para só depois se debruçar sobre os princípios teóricos que a fundamentam. Um poema concreto seria, primeiramente, uma experiência estética que, através da inovação, buscou romper os limites entre a poesia e as demais formas de arte.
Com base nas análises do autor sobre o movimento concretista brasileiro, é correto afirmar que 
Alternativas
Q2006235 Literatura
Bosi (2006) faz uma análise sob a perspectiva de Lucien Goldmann, que propõe uma abordagem genético-estrutural do romance tendo como ponto de partida a tensão entre o escritor e a sociedade. Ao estabelecer essa tensão como dado existencial primário, Goldmann define uma “hipótese explicativa do romance moderno, na sua relação com a totalidade social”, em que o romance se funda na oposição ego e sociedade. Dessa hipótese, deriva uma classificação que estabelece a existência de romances em que o herói ou empreende uma busca por valores pessoais que vençam a hostilidade do meio em que vive, como em Dom Quixote, ou se fecha em si mesmo, como em A Educação Sentimental, de Flaubert, podendo, ainda, aprender a viver, como em Wilhelm Meister, de Goethe.
Uma revisão do esquema de Goldmann possibilita a análise do romance brasileiro moderno, após 1930, a partir da observação de um grau crescente de tensão entre o herói e o seu meio.
Sobre essa análise, é INCORRETO afirmar que
Alternativas
Q2006236 Literatura
Os que regressavam consigo, clérigos, astrólogos genoveses, comerciantes judeus, aias, contrabandistas de escravos, brancos pobres do Bairro Prenda, do Bairro da Cuca, abraçados a volumes de serapilheira, a malas atadas com cordéis, a cestos de verga, a brinquedos quebrados, formavam uma serpente de lamentos e miséria aeroporto adiante, empurrando a bagagem com os pés (na faixa reservada aos passageiros em trânsito passavam islandeses altos e desgrenhados como pássaros de rio) na direcção de uma secretária a que se sentava, em um escabelo, um escrivão que lhe perguntou o nome (Pedro Álvares quê?), o conferiu numa lista datilografada cheia de emendas e de cruzes a lápis tirou os óculos de ver ao perto para o examinar melhor, inclinado de banda no poleiro de fórmica, passeou o polegar errático no bigode e inquiriu de repente Tendes família em Portugal?, e eu disse Senhor não, muito depressa, sem pensar, porque a minha velha se finou de icterícia há seis anos e dos tios que aqui permaneceram quase não me recordo ou não me recordo nunca, ignoro se ficaram em Coruche e se ficaram onde moram, com quem moram, quantos filhos têm, se estão vivos.


ANTUNES, António Lobo. As naus. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.

Das características apontadas por António José Saraiva e Óscar Lopes (2004) em relação aos romances de António Lobo Antunes, qual delas NÃO se torna evidente no excerto de As naus?
Alternativas
Q2006237 Literatura
Os que regressavam consigo, clérigos, astrólogos genoveses, comerciantes judeus, aias, contrabandistas de escravos, brancos pobres do Bairro Prenda, do Bairro da Cuca, abraçados a volumes de serapilheira, a malas atadas com cordéis, a cestos de verga, a brinquedos quebrados, formavam uma serpente de lamentos e miséria aeroporto adiante, empurrando a bagagem com os pés (na faixa reservada aos passageiros em trânsito passavam islandeses altos e desgrenhados como pássaros de rio) na direcção de uma secretária a que se sentava, em um escabelo, um escrivão que lhe perguntou o nome (Pedro Álvares quê?), o conferiu numa lista datilografada cheia de emendas e de cruzes a lápis tirou os óculos de ver ao perto para o examinar melhor, inclinado de banda no poleiro de fórmica, passeou o polegar errático no bigode e inquiriu de repente Tendes família em Portugal?, e eu disse Senhor não, muito depressa, sem pensar, porque a minha velha se finou de icterícia há seis anos e dos tios que aqui permaneceram quase não me recordo ou não me recordo nunca, ignoro se ficaram em Coruche e se ficaram onde moram, com quem moram, quantos filhos têm, se estão vivos.


ANTUNES, António Lobo. As naus. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.

Levando-se em conta as possibilidades de foco narrativo apresentadas por Lígia Chiappini Moraes Leite (2002), com base na tipologia de Norman Friedman, observa-se no excerto e ao longo do romance o uso de
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Q2006238 Linguística
Erro de português – de onde vem essa ideia?

Marcos Bagno 

texto_2 1 .png (712×467)
texto_2 2.png (714×456)

texto_2 3.png (712×354)
texto_2 4.png (713×588)

Disponível em: <https://www.parabolablog.com.br/index.php/blogs/erro-de-portugues-de-onde-vemessa-ideia> Acesso em: 26 dez. 2020. Grifos do autor.

Bagno afirma em seu texto que “a língua está sempre em processo de transformação, e isso é inevitável, é da própria natureza das línguas: uma língua, enquanto tiver falantes que a mantenham viva, está sempre mudando” (linhas 25-27). Na bibliografia indicada, observamos diferentes concepções de língua que levam em conta ou não a variação linguística.


Sobre esse tema, analise as afirmativas:


I. Cegalla (2008) reconhece que os sistemas linguísticos são mutáveis, sujeitos à ação da passagem do tempo e ao uso em diferentes espaços geográficos. Assim, define que a gramática normativa traga a língua conforme seja falada em determinado momento evolutivo.

II. Para Marcuschi (2012), a língua é uma prática sociointerativa, histórica e cognitivamente embasada. Tal perspectiva não ignora que a língua seja um sistema simbólico e a entende como uma atividade de interação social que acontece em contextos comunicativos historicamente situados.

III. Marcuschi (2012) afirma que, para o ensino de língua portuguesa em uma perspectiva atual, é preciso entender que a língua é variada e variável, prevendo que há heterogeneidade na comunidade linguística, nos estilos e registros de uma língua e no próprio sistema linguístico.


Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Q2006239 Linguística
Erro de português – de onde vem essa ideia?

Marcos Bagno 

texto_2 1 .png (712×467)
texto_2 2.png (714×456)

texto_2 3.png (712×354)
texto_2 4.png (713×588)

Disponível em: <https://www.parabolablog.com.br/index.php/blogs/erro-de-portugues-de-onde-vemessa-ideia> Acesso em: 26 dez. 2020. Grifos do autor.

No artigo, Bagno critica a norma padrão, por não ser atualizada e condenar certas formas de uso e expressões linguísticas correntes em nossa sociedade. Além disso, apresenta diferentes modos de entender o conceito de erro no português brasileiro, fornecendo importante material para reflexão de professores de língua materna. Tais discussões sobre o conceito do erro de português permeiam diferentes obras, que o analisam tanto do ponto de vista linguístico quanto do pedagógico.
A partir dessas reflexões e de acordo com alguns autores, analise as afirmativas abaixo e marque V, para as verdadeiras, e F, para as falsas.
( ) Othon Garcia (2006) indica que, ao preocupar-se somente com aspectos de correção gramatical no ensino da língua, deixa-se de lado importantes aspectos de construção textual que instrumentalizam os jovens a pensarem com clareza e objetividade, expressando-se, assim, de forma mais eficaz. ( ) Celso Cunha e Lindley Cintra (2006) afirmam que, assim como o comportamento social é regulado por normas, os usos linguísticos também o são, embora de forma mais complexa e coercitiva. Sendo assim, o uso correto do idioma deve acompanhar as exigências da comunidade linguística a que pertence o indivíduo. ( ) Othon Garcia (2006) associa a inteligibilidade de um enunciado exclusivamente à construção gramatical correta segundo a norma. Para o autor, a não observância da gramaticalidade resulta em enunciados que dificilmente seriam compreendidos fora do seu contexto, prejudicando a autossuficiência da comunicação escrita. ( ) Magda Soares (2010) menciona que o fracasso da escola brasileira na alfabetização de crianças das camadas populares deve-se, também, ao fato de que a escola desconsiderou durante décadas as variedades linguísticas dessa população, tratandoas como erro e não as incorporando ao processo de alfabetização.
A sequência correta, de cima para baixo, é
Alternativas
Q2006240 Português
Erro de português – de onde vem essa ideia?

Marcos Bagno 

texto_2 1 .png (712×467)
texto_2 2.png (714×456)

texto_2 3.png (712×354)
texto_2 4.png (713×588)

Disponível em: <https://www.parabolablog.com.br/index.php/blogs/erro-de-portugues-de-onde-vemessa-ideia> Acesso em: 26 dez. 2020. Grifos do autor.

Em Para entender o texto: leitura e redação, José Luiz Fiorin e Francisco Platão Savioli (2010) exploram as informações implícitas que se depreendem de um texto, distinguindo-as em pressupostos e subentendidos.
Das análises abaixo, qual estabelece uma relação adequada entre a sentença retirada do texto de Bagno, a informação implícita veiculada e a classificação proposta por Fiorin e Savioli? 
Alternativas
Q2006241 Português
Erro de português – de onde vem essa ideia?

Marcos Bagno 

texto_2 1 .png (712×467)
texto_2 2.png (714×456)

texto_2 3.png (712×354)
texto_2 4.png (713×588)

Disponível em: <https://www.parabolablog.com.br/index.php/blogs/erro-de-portugues-de-onde-vemessa-ideia> Acesso em: 26 dez. 2020. Grifos do autor.

À semelhança do exemplo utilizado por Marcos Bagno para ilustrar o fenômeno da mudança linguística, a regência verbal também se altera com o tempo, haja vista os falantes passarem a empregar os verbos de maneira nova, seja por atribuir a eles outros sentidos, seja por estabelecer paralelismos com verbos de significado semelhante. Na contramão do que defende o linguista, as gramáticas continuam apresentando listas que prescrevem o uso convencionado como correto, contemplando algumas variantes apenas quando incorporadas por produções literárias, conforme ocorre na Gramática do português contemporâneo, de Celso Cunha e de Lindley Cintra (2016).
Das sentenças apresentadas abaixo, a que contém um caso de mudança atinente à regência verbal registrado por Cunha e Cintra é:
Alternativas
Q2006242 Português
Erro de português – de onde vem essa ideia?

Marcos Bagno 

texto_2 1 .png (712×467)
texto_2 2.png (714×456)

texto_2 3.png (712×354)
texto_2 4.png (713×588)

Disponível em: <https://www.parabolablog.com.br/index.php/blogs/erro-de-portugues-de-onde-vemessa-ideia> Acesso em: 26 dez. 2020. Grifos do autor.

Dentre os fenômenos linguísticos que têm servido como instrumento sociocultural de separação entre usos corretos e errôneos, a concordância é certamente um dos que mais se presta a essa distinção estigmatizante, pois parece suscitar uma postura indulgente com formas inovadoras presentes na fala urbana de pessoas mais letradas, mas desqualificadora quando as inovações provêm de extratos sociais menos favorecidos econômica e culturalmente. O grande quantitativo de casos particulares ou de exceções à regra geral, presentes em manuais de ensino da língua portuguesa, evidencia a gramaticalização de variantes que passaram, com o tempo, a ser acolhidas pela tradição normativa. 
Levando em consideração os fatos linguísticos inventariados por Cunha e Cintra (2016), em relação ao fenômeno da concordância verbal, leia as afirmações abaixo e marque V, para as verdadeiras, e F, para as falsas. 
( ) O emprego do pronome relativo quem como sujeito faz com que o verbo se flexione normalmente na terceira pessoa do singular. Porém, não é incomum, de acordo com Cunha e Cintra, escritores consagrados, em consonância com o uso preferencial da linguagem popular, concordarem o verbo com o pronome pessoal que antecede o relativo, pondo em relevo o sujeito efetivo da ação expressa. ( ) O verbo ser, em alguns casos, concorda com o predicativo expresso por substantivo no plural quando pronomes como isto, isso, aquilo ou tudo desempenham a função de sujeito da oração. Não obstante tal convenção, Cunha e Cintra reconhecem não ser raro aparecer o verbo no singular, em conformidade com o pronome demonstrativo ou com o indefinido, realçando-se o conjunto, e não os elementos que o compõem. ( ) Se o sintagma nominal do sujeito é quantificado com expressão de porcentagem, o verbo flexiona-se, em regra, na terceira pessoa do plural caso esse percentual seja maior do que 1%. Contudo, Cunha e Cintra observam que, em registros menos monitorados, o verbo pode ficar na terceira pessoa do singular caso o número percentual venha acompanhado por adjunto adnominal cujo núcleo esteja no singular. ( ) Quando o sujeito composto encontra-se após o verbo, admite-se flexão no singular, concordando com o substantivo mais próximo. Em simetria a essa possibilidade, Cunha e Cintra constatam que, na linguagem coloquial, o verbo também tem se flexionado no singular ao anteceder sujeito simples com núcleo no plural, uma vez que o sintagma nominal deixa de ser percebido como sujeito por ocupar a posição sintática de objeto. ( ) Prescreve-se, como regra geral, uma flexão hierarquizada quando o sujeito composto é constituído por diferentes pessoas verbais: a primeira prepondera sobre a segunda e a terceira; a segunda pessoa prepondera sobre a terceira. Todavia, Cunha e Cintra admitem que, na linguagem corrente do Brasil, pode-se encontrar o verbo conjugado na terceira pessoa do plural, apesar da presença de termo indicador de segunda pessoa.
A sequência correta, de cima para baixo, é
Alternativas
Q2006243 Português
Erro de português – de onde vem essa ideia?

Marcos Bagno 

texto_2 1 .png (712×467)
texto_2 2.png (714×456)

texto_2 3.png (712×354)
texto_2 4.png (713×588)

Disponível em: <https://www.parabolablog.com.br/index.php/blogs/erro-de-portugues-de-onde-vemessa-ideia> Acesso em: 26 dez. 2020. Grifos do autor.

Observe o excerto a seguir:
“Num país classificado entre os mais desiguais do planeta, com indicadores sociais estarrecedores, a fala das pessoas mais pobres e sem acesso à escolaridade plena (por meio da qual se tem acesso aos modos de falar prestigiados e às regras da norma-padrão) é incontornavelmente considerada repleta de ‘erros’.” (linhas 62-66).
Na sentença entre parênteses, Marcos Bagno faz uso de uma oração adjetiva em que o emprego de preposição antes do pronome relativo está em conformidade com papel desempenhado pelo termo retomado no processo de encaixamento próprio desse tipo de subordinação.
Em qual sentença (frase) abaixo, o uso da preposição também se adequa ao contexto, seguindo a prescrição normativa? 
Alternativas
Q2006244 Português

Observe a tirinha a seguir:


33.png (695×186)

 MACEDO, André. Curtas e grossas do Betinho e do Libório n. 8. Pelotas: UFPEL, 2004.


Na tirinha, o personagem Betinho faz o entendimento da expressão “pinte aquela árvore” de forma literal. Marcuschi (2012) analisa o papel do sentido literal no processo de compreensão textual com base nos estudos de Ariel.
A partir dessas ponderações, afirma-se que o 
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Q2006245 Português

Levando em conta o trabalho com compreensão de textos na sala de aula de língua portuguesa proposto por Marcuschi (2012), analise as afirmativas abaixo:


I. A compreensão do texto é vista como resultado final dos processos estratégico, interativo e inferencial realizados pelo aluno a partir da leitura do texto.

II. A análise das atividades de compreensão textual apresenta três aspectos importantes: a concepção de língua que se adota, a noção de texto e de seu funcionamento, além da noção de inferência.

III. A inferência é resultado de uma compreensão específica regrada a partir da articulação entre elementos cotextuais, contextuais e cognitivos.


Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Q2006246 Português
Tendo por base os postulados de Marcuschi (2012) e Koch (2008) a respeito da coesão textual, é adequado afirmar que
Alternativas
Q2006247 Português
De acordo com as proposições teóricas de Bakhtin (2011) sobre gênero discursivo, enunciação e relação entre sujeito-linguagem como um fenômeno social, histórico e dinâmico, analise as afirmativas abaixo:
I. Conforme Bakhtin, os significados são entendidos de acordo com o contexto de elaboração da obra, a situação de produção e os objetivos do autor, além de levar em conta, também, os novos leitores e o momento em que a obra é lida e ressignificada. II. A partir da premissa de que as esferas da atividade humana possibilitam o surgimento de diferentes gêneros textuais e, consequentemente, os enunciados, o autor indica que três elementos genéricos se unem na realização dos enunciados: o estilo, o conteúdo temático e a estrutura composicional. III. Em decorrência das teorias bakhtinianas, entende-se a leitura como réplica ativa, uma vez que se relaciona o texto tanto com discursos anteriores a ele, emaranhados nele e posteriores a ele, quanto com infinitas possibilidades de réplica que geram novos discursos/textos.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
Alternativas
Q2006248 Pedagogia
Sobre os conceitos de letramento e multiletramentos no ensino de língua, a partir de Roxane Rojo (2012) e Magda Soares (2010), é correto afirmar que 
Alternativas
Q2006249 Pedagogia
Na segunda parte de Produção textual, análise de gêneros e compreensão, Marchuschi (2012) resgata o método das sequências didáticas formulado por Dolz e Schneuwly. O trabalho com sequências didáticas, na leitura e produção de gêneros textuais, permite que os alunos compreendam o gênero estudado, apropriem-se dele, reconstruam-no e, por fim, criem sua própria versão. 
Relacione as colunas abaixo, associando cada procedimento de uma sequência didática à sua respectiva finalidade. 
Coluna 1 1. Apresentação da situação 2. Produção inicial 3. Módulos de ensino 4. Produção final
Coluna 2 ( ) dar conta dos problemas, seguindo uma sequência que vai do mais complexo ao mais simples, para voltar à produção textual. ( ) conhecer o potencial de escrita dos alunos sobre o gênero estudado. ( ) produzir o texto no gênero estudado durante o processo. ( ) estudar o contexto de produção do gênero abordado e suas características. A sequência correta, de cima para baixo, é
Alternativas
Q2006250 Pedagogia
Levando em consideração o trabalho com gêneros textuais na sala de aula de língua portuguesa apontado por Marcuschi (2012), leia as afirmações abaixo e marque V, para as verdadeiras, e F, para as falsas.
( ) O estudo dos gêneros textuais deve incluir a análise do texto e do discurso, a visão de sociedade, a descrição da língua e o seu uso no cotidiano nas mais diversas formas. ( ) Os livros didáticos tratam a atividade de compreensão como cópia dos textos apresentados, considerando-os mera soma de informações. ( ) Embora os gêneros textuais se constituam como atividades sociais, passíveis de ampla análise, o trabalho em sala de aula deve se ater aos aspectos estruturais, informacionais e comunicativos. ( ) O uso de sequências didáticas permite criar situações com contextos que possibilitam reproduzir a circunstância concreta de produção textual, incluindo a circulação dos gêneros orais e escritos.
A sequência correta, de cima para baixo, é
Alternativas
Q2006251 Pedagogia
A partir das análises trazidas por Rojo (2012), no trabalho com textos na aula de língua materna, é preciso considerar a multimodalidade, visto que certos gêneros textuais circulam cada vez mais em nossa sociedade e refletem a forma como os sujeitos que nasceram no contexto das tecnologias da informação e comunicação (TICs) interagem entre si e com o mundo.
Sobre o trabalho com textos multimodais, é adequado afirmar que
Alternativas
Respostas
21: C
22: D
23: D
24: B
25: D
26: D
27: D
28: B
29: A
30: A
31: B
32: C
33: B
34: C
35: A
36: D
37: C
38: A
39: C
40: A