Questões de Concurso Comentadas para instituto consulplan

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Q2368634 Odontologia
Várias complicações potenciais estão associadas à administração de anestésicos locais. As complicações podem ocorrer tanto localmente quanto sistemicamente. Em relação às complicações locais associadas aos anestésicos locais, analise as afirmativas a seguir.

I. Se uma agulha for quebrada no interior do tecido ao se realizar o bloqueio do nervo alveolar inferior, o tratamento de escolha deve ser o acompanhamento semestral, por meio de tomografia computadorizada. Se não houver mudança do quadro, a tentativa de remoção não está indicada.

II. A paralisia transitória do nervo facial é comumente causada pela introdução de anestésico local na cápsula da glândula parótida.

III. Para se evitar lesão em tecido mole por trauma autoinfligido nos lábios e língua em um paciente pediátrico, o anestésico a base de bupivacaina é o mais recomendado.

IV. Em hematomas associados ao bloqueio do nervo alveolar superior posterior a principal fonte de sangramento é a artéria superior posterior.

Está correto o que se afirma apenas em 
Alternativas
Q2368633 Odontologia
Um dente impactado é aquele que não conseguiu erupcionar na arcada dentária dentro do tempo esperado. A etiologia está ligada aos dentes adjacentes, recobrimento por osso denso, inadequado comprimento da arcada dental, excesso de tecido mole ou uma anormalidade genética que evita a erupção. Sobre a classificação de Pell e Gregory, baseada na quantidade de dente impactado coberto com osso no ramo mandibular, analise as afirmativas a seguir.

I. Se o dente estiver posicionado de maneira que, aproximadamente, metade esteja coberto pelo ramo, a relação será de classe 3.

II. A relação classe 2 entre o dente e o ramo ocorre quando o primeiro é completamente localizado dentro do ramo mandibular.

III. A relação classe 3 promove a pior acessibilidade e, por conseguinte, apresenta também a maior dificuldade de remoção.

IV. Se o diâmetro mesiodistal da coroa estiver completamente anterior à margem anterior do ramo mandibular, essa será uma relação de classe 1.

Está correto o que se afirma apenas em 
Alternativas
Q2368632 Odontologia
A prática de qualquer técnica radiográfica exige uma série de cuidados durante a sua execução. Neste contexto, há a necessidade do profissional conhecer o funcionamento dos aparelhos de raios X, os posicionamentos da cabeça do paciente para cada técnica, os ângulos de incidência do feixe de raios X para cada região a ser radiografada, como as dimensões dos filmes a serem utilizados. Sobre as técnicas de radiografias intrabucais, analise as afirmativas a seguir.

I. O plano de Camper deve ser levado em consideração nas radiografias da mandíbula, devendo estar paralela ao plano horizontal.

II. Para a correta indicação do lado em uma radiografia periapical, o picote existente no filme deverá ser dirigido para a porção apical dos dentes.

III. O objetivo principal do uso do correto do ângulo horizontal é determinar que o feixe central de raio X seja paralelo às faces interproximais dos dentes.

IV. Ao colocar o picote existente no filme com a convexidade voltada para o examinador, as regiões situadas à sua direita corresponderão à esquerda do paciente.

Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q2368631 Odontologia
Com o aparecimento dos chamados compostos à base de bisfenol A e glicedilmetacrilato (BIS-GMA), os selantes se tornaram mais populares, especialmente em virtude da possibilidade de introdução de carga, o que melhorou sua resistência à abrasão. Tendo em vista os selantes oclusais, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q2368630 Odontologia
Por sua alta letalidade e possibilidades de identificação precoce por parte da rede básica de atendimento odontológico, o câncer bucal constitui um problema de saúde pública prioritário. Os dados epidemiológicos oficiais do Instituto Nacional do Câncer mostram que a maioria dos pacientes são diagnosticados em estágios avançados. Tal quadro não tem se modificado nas últimas décadas, o que demonstra tanto a falta de acesso aos serviços de saúde pelas pessoas quanto a limitação no número de profissionais de saúde com capacidade técnica para realizar o diagnóstico precoce. Em relação ao câncer de boca, analise as afirmativas a seguir.

I. Uma má higiene bucal não representa um risco adicional quanto ao aparecimento do carcinoma espinocelular de boca.
II. A maioria das lesões intraorais ocorre na borda lateral de língua.
III. Compete aos hospitais de alta complexidade realizar os níveis secundários de atendimento à população.
IV. A remoção de lesões potencialmente malignas é de responsabilidade da rede básica de saúde.

Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q2368629 Odontologia
Paciente, sexo feminino, 32 anos, sem alterações sistêmicas importantes, compareceu ao atendimento odontológico com uma pequena fratura de, aproximadamente, 3 mm na borda incisal do incisivo central superior direito. Após a realização de teste de vitalidade, da avaliação clínica e radiográfica, a condição pulpar estava dentro dos padrões de normalidade. Levando-se em consideração as seguintes características das resinas compostas: estabilidade e duração do polimento e resistência mecânica, assinale, a seguir, o tipo de resina composta mais indicada para reabilitação do caso hipotético apresentado.
Alternativas
Q2368628 Odontologia
A dor é o sintoma comum a muitos quadros clínicos. Dor aguda é aquela de início recente, geralmente relacionada com processos inflamatórios (infecciosos ou não). Em casos de dor proveniente de um dente com canal necrosado e infectado, em que os micro-organismos invadiram a região de periápice, o uso de analgésicos opioides pode ser uma alternativa para aqueles casos cuja intensidade da dor não seja aliviada por outros analgésicos. Sobre o uso dos analgésicos opioides, analise as afirmativas a seguir.

I. Agonistas opioides fortes não devem ser administrados juntamente com analgésicos não opioides (paracetamol, ibuprofeno) por apresentarem o mesmo sítio de ação.

II. Dentre os efeitos colaterais importantes dos opioides agonistas puros destaca-se a depressão respiratória.

III. Os opioides agonistas puros e parciais promovem a redução da motilidade gástrica, o aumento do tempo de esvaziamento intestinal e retardo na digestão.

IV. Os opioides agonistas parciais produzem analgesia por atuação em receptores opioides localizados exclusivamente em sítios espinais.

Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q2368627 Odontologia
Os cimentos odontológicos apresentam composição variada e têm diversas aplicações em odontologia. Os materiais classificados como cimentos são aqueles que apresentam uma reação ácido-base durante a reação de presa, logo após a mistura do material. Em relação aos cimentos odontológicos, marque V para as afirmavas verdadeiras e F para as falsas.

( ) O hidróxido possui pH ácido, e sua atividade antimicrobiana está relacionada à dissociação iônica.

( ) A reação química para que ocorra a presa do cimento de óxido de zinco e eugenol é a quelação.

( ) O cimento de iônomero de vidro possui uma adesão mecânica à estrutura dental.

( ) Ao se utilizar toda extensão da placa na espatulação do cimento de fosfato de zinco, busca-se a dissipação do calor gerado durante a mistura de pó e líquido.

A sequência está correta em
Alternativas
Q2368626 Odontologia
Paciente, sexo feminino, meladoderma, 48 anos, realizou radiografia periapical de rotina para avaliação inicial de tratamento odontológico. Na área periapical dos incisivos centrais inferiores, foram observadas duas áreas radiopacas envolvidas por halos radiolúcidos. O ligamento periodontal dos dentes envolvidos apresentava-se intacto. A paciente não apresenta sintoma. A tomografia computadorizada da área mostrou integridade das corticais e falta de relação da lesão com os ápices dos dentes da região. O teste de vitalidade dos dentes anteroinferiores se mostrou dentro dos padrões de normalidade. Considerando o quadro clínico e de imagem descritos, assinale, a seguir, o mais provável diagnóstico.
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Q2368625 Medicina
Mulher, branca, 45 anos, comparece em consulta de rotina assintomática. O exame físico é sem alterações. Nos exames laboratoriais, o hormônio estimulante da tireoide (TSH) sérico está discretamente elevado e os níveis de tiroxina livre (T4) estão dentro da normalidade. O diagnóstico mais provável trata-se de hipotireoidismo
Alternativas
Q2368624 Medicina
Homem, 45 anos, chegou recentemente do interior da Bahia e se consultou com seu médico local com longa história de dor abdominal vaga e diarreia ocasional acompanhada de sangue vivo. Ele afirma que frequentemente sente fadiga e que pode ter perdido peso recentemente. O exame físico mostra hepatomegalia leve e uma ponta do baço palpável, como também sangue oculto em uma amostra fecal. Realizado o diagnóstico de esquistossomose, qual a primeira linha de tratamento recomendada pela OMS? 
Alternativas
Q2368622 Medicina
A Hipertensão Arterial (HA) é uma doença de alta prevalência e apresenta-se como o principal fator de risco cardiovascular (CV). As associações de fármacos anti-hipertensivos podem ser divididas em preferenciais, aceitáveis, menos usuais e as não usuais, baseando-se nos critérios de eficácia, tolerabilidade, maior possibilidade de adesão, evidências de proteção cardiovascular e renal e segurança. NÃO é uma combinação usual de anti-hipertensivos orais:
Alternativas
Q2368619 Medicina
O trecho a seguir contextualiza a questão.

Durante o atendimento de determinado paciente com suspeita de Acidente Vascular Encefálico (AVE), deve-se avaliar o início preciso das manifestações neurológicas e seu curso. O deficit neurológico focal de instalação súbita indica a possibilidade de AVE.



Neste contexto, foi desenvolvida a Escala de Avaliação Pré-hospitalar de Cincinnati, que pode ser utilizada como método de triagem, apresentando boa acurácia. Nessa triagem são avaliados os seguintes parâmetros, EXCETO: 
Alternativas
Q2368617 Medicina
O diagnóstico de diabetes mellitus (DM) deve ser estabelecido pela identificação de hiperglicemia. Para isso, podem ser usados glicemia plasmática de jejum, teste de tolerância oral à glicose e hemoglobina glicada. Por ser uma doença de apresentação clínica silenciosa, em algumas situações é recomendado o rastreamento de pacientes assintomáticos. De acordo com as orientações da Diretriz sobre o diagnóstico do diabetes e rastreamento do diabetes tipo 2, da Sociedade Brasileira de Diabetes, recomenda-se o rastreamento em todos os indivíduos com 
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Q2368615 Serviço Social
Conforme a Lei nº 8.742/1993 (LOAS), para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender às contingências sociais e promovendo a
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Q2368589 Raciocínio Lógico
No setor de processos de uma repartição pública, trabalham 3 assistentes administrativos. A chefe do setor distribuiu para eles um total de 730 documentos que precisam ser digitalizados. A divisão dos documentos entre eles foi feita da seguinte forma:



Imagem associada para resolução da questão


Por razões pessoais, o assistente administrativo 3 ficou com 100 documentos para serem digitalizados e os seus demais documentos foram transferidos para os demais. Após a transferência, os profissionais 1 e 2 ficaram com a mesma quantidade de documentos. Considerando as informações dispostas, quantos documentos foram transferidos do assistente administrativo 3 para o 1?
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Q2368585 Português
Recordar é viver; dar e receber é uma troca virtuosa. Por que os idosos não podem falar?


             Ela foi condecorada na Bélgica como heroína na guerra contra o nazismo. Lutou em todas as frentes, desde a espionagem até em combates armados, sempre destacando-se entre os seus pares. Presa pelos nazistas, saltou do segundo andar da prisão para alcançar a liberdade. Na queda quebrou uma perna, o que não impediu a sua fuga.

              A sra. Glaz tinha a motivação dos judeus, era judia, na luta contra o nazismo. Ela era uma figura marcante. Nas reuniões dominava a conversação com os detalhes da sua vida heroica. Tornou-se uma personalidade. Onde quer que estivesse terminava como o centro das atenções e da admiração.

          Evidentemente, a sua história, de tão repetida, foi perdendo interessados. Ela sentiu a perda da posição de destaque. Já que não tinha outra história, senão aquela, para ter ouvintes deveria mudar de ambiente. Foi o que fez. Descobriu nos cruzeiros marítimos um novo público. Cada nova troca de passageiros a colocava novamente em evidência. Era o que na sua idade avançada dava-lhe motivação para viver. Mantinha viva a sua história de heroína trocando os ouvintes. Assim passou a viver de cruzeiro em cruzeiro ganhando a admiração com o seu desempenho na guerra.

               A nossa heroína não diverge da totalidade das pessoas. Todos, jovens e idosos, têm narrativas que desejam partilhar. Os jovens têm no celular o seu instrumento de contatos. Eles se satisfazem com o uso da internet e pelo fato de estarem construindo histórias de novas descobertas e conquistas. Nunca estão isolados do mundo. Já os idosos só têm uma história e a repetem a cada oportunidade. É o que eles têm. Acontece que os seus circundantes demonstram, com frequência, desinteresse pelo caso repetido, o que afeta o seu ânimo.

            O ser humano certamente desenvolveu a capacidade de comunicar-se para suprir uma carência. Somos seres gregários. A nossa sobrevivência depende das trocas que fazemos com nossos semelhantes. A solidão é mortal. Recordar é viver. Dar e receber é uma troca virtuosa. E é contando e recontando as nossas experiências que damos significado ao nosso viver.

             Não basta estar na multidão se não houver o que ouvir ou que falar. O isolamento é um sentimento que vem da ausência de comunicação. Sentimento que atinge fortemente aqueles poucos que atingem uma idade avançada. Como nem todos têm condições de viver de cruzeiro em cruzeiro para desbravar novos ouvintes só resta a repetição. Porém esperar pela boa vontade e paciência dos outros é uma aposta perdida.

           Ninguém demonstra prazer em ouvir o mesmo pela segunda vez. E as reações são as mesmas, dizem: “Contam as mesmas histórias a cada novo contato”. A razão é que isto é o que elas têm e é o que preenche as suas necessidades de colocar em comum o que é seu. Poucos realizam esse ímpeto de comunicação, esse “dar de si” embute uma dose de generosidade.


(Jorge Wilson Simeira Jacob. Disponível em: https://www.jornalopcao.com.br/. Acesso em: 06/12/2023.)
Observe as palavras sublinhadas em: “Ninguém demonstra prazer em ouvir o mesmo pela segunda vez.” (7º§). As palavras sublinhadas são classificadas gramaticalmente como
Alternativas
Q2368580 Português
Recordar é viver; dar e receber é uma troca virtuosa. Por que os idosos não podem falar?


             Ela foi condecorada na Bélgica como heroína na guerra contra o nazismo. Lutou em todas as frentes, desde a espionagem até em combates armados, sempre destacando-se entre os seus pares. Presa pelos nazistas, saltou do segundo andar da prisão para alcançar a liberdade. Na queda quebrou uma perna, o que não impediu a sua fuga.

              A sra. Glaz tinha a motivação dos judeus, era judia, na luta contra o nazismo. Ela era uma figura marcante. Nas reuniões dominava a conversação com os detalhes da sua vida heroica. Tornou-se uma personalidade. Onde quer que estivesse terminava como o centro das atenções e da admiração.

          Evidentemente, a sua história, de tão repetida, foi perdendo interessados. Ela sentiu a perda da posição de destaque. Já que não tinha outra história, senão aquela, para ter ouvintes deveria mudar de ambiente. Foi o que fez. Descobriu nos cruzeiros marítimos um novo público. Cada nova troca de passageiros a colocava novamente em evidência. Era o que na sua idade avançada dava-lhe motivação para viver. Mantinha viva a sua história de heroína trocando os ouvintes. Assim passou a viver de cruzeiro em cruzeiro ganhando a admiração com o seu desempenho na guerra.

               A nossa heroína não diverge da totalidade das pessoas. Todos, jovens e idosos, têm narrativas que desejam partilhar. Os jovens têm no celular o seu instrumento de contatos. Eles se satisfazem com o uso da internet e pelo fato de estarem construindo histórias de novas descobertas e conquistas. Nunca estão isolados do mundo. Já os idosos só têm uma história e a repetem a cada oportunidade. É o que eles têm. Acontece que os seus circundantes demonstram, com frequência, desinteresse pelo caso repetido, o que afeta o seu ânimo.

            O ser humano certamente desenvolveu a capacidade de comunicar-se para suprir uma carência. Somos seres gregários. A nossa sobrevivência depende das trocas que fazemos com nossos semelhantes. A solidão é mortal. Recordar é viver. Dar e receber é uma troca virtuosa. E é contando e recontando as nossas experiências que damos significado ao nosso viver.

             Não basta estar na multidão se não houver o que ouvir ou que falar. O isolamento é um sentimento que vem da ausência de comunicação. Sentimento que atinge fortemente aqueles poucos que atingem uma idade avançada. Como nem todos têm condições de viver de cruzeiro em cruzeiro para desbravar novos ouvintes só resta a repetição. Porém esperar pela boa vontade e paciência dos outros é uma aposta perdida.

           Ninguém demonstra prazer em ouvir o mesmo pela segunda vez. E as reações são as mesmas, dizem: “Contam as mesmas histórias a cada novo contato”. A razão é que isto é o que elas têm e é o que preenche as suas necessidades de colocar em comum o que é seu. Poucos realizam esse ímpeto de comunicação, esse “dar de si” embute uma dose de generosidade.


(Jorge Wilson Simeira Jacob. Disponível em: https://www.jornalopcao.com.br/. Acesso em: 06/12/2023.)
A palavra “senão”, no contexto “Já que não tinha outra história, senão aquela, para ter ouvintes deveria mudar de ambiente.” (3º§), possui significado e escrita diferentes da expressão “se não”, apesar de terem fonética igual. A partir dessa consideração, assinale a alternativa cujo par de palavras são homófonas. 
Alternativas
Q2368579 Português
Recordar é viver; dar e receber é uma troca virtuosa. Por que os idosos não podem falar?


             Ela foi condecorada na Bélgica como heroína na guerra contra o nazismo. Lutou em todas as frentes, desde a espionagem até em combates armados, sempre destacando-se entre os seus pares. Presa pelos nazistas, saltou do segundo andar da prisão para alcançar a liberdade. Na queda quebrou uma perna, o que não impediu a sua fuga.

              A sra. Glaz tinha a motivação dos judeus, era judia, na luta contra o nazismo. Ela era uma figura marcante. Nas reuniões dominava a conversação com os detalhes da sua vida heroica. Tornou-se uma personalidade. Onde quer que estivesse terminava como o centro das atenções e da admiração.

          Evidentemente, a sua história, de tão repetida, foi perdendo interessados. Ela sentiu a perda da posição de destaque. Já que não tinha outra história, senão aquela, para ter ouvintes deveria mudar de ambiente. Foi o que fez. Descobriu nos cruzeiros marítimos um novo público. Cada nova troca de passageiros a colocava novamente em evidência. Era o que na sua idade avançada dava-lhe motivação para viver. Mantinha viva a sua história de heroína trocando os ouvintes. Assim passou a viver de cruzeiro em cruzeiro ganhando a admiração com o seu desempenho na guerra.

               A nossa heroína não diverge da totalidade das pessoas. Todos, jovens e idosos, têm narrativas que desejam partilhar. Os jovens têm no celular o seu instrumento de contatos. Eles se satisfazem com o uso da internet e pelo fato de estarem construindo histórias de novas descobertas e conquistas. Nunca estão isolados do mundo. Já os idosos só têm uma história e a repetem a cada oportunidade. É o que eles têm. Acontece que os seus circundantes demonstram, com frequência, desinteresse pelo caso repetido, o que afeta o seu ânimo.

            O ser humano certamente desenvolveu a capacidade de comunicar-se para suprir uma carência. Somos seres gregários. A nossa sobrevivência depende das trocas que fazemos com nossos semelhantes. A solidão é mortal. Recordar é viver. Dar e receber é uma troca virtuosa. E é contando e recontando as nossas experiências que damos significado ao nosso viver.

             Não basta estar na multidão se não houver o que ouvir ou que falar. O isolamento é um sentimento que vem da ausência de comunicação. Sentimento que atinge fortemente aqueles poucos que atingem uma idade avançada. Como nem todos têm condições de viver de cruzeiro em cruzeiro para desbravar novos ouvintes só resta a repetição. Porém esperar pela boa vontade e paciência dos outros é uma aposta perdida.

           Ninguém demonstra prazer em ouvir o mesmo pela segunda vez. E as reações são as mesmas, dizem: “Contam as mesmas histórias a cada novo contato”. A razão é que isto é o que elas têm e é o que preenche as suas necessidades de colocar em comum o que é seu. Poucos realizam esse ímpeto de comunicação, esse “dar de si” embute uma dose de generosidade.


(Jorge Wilson Simeira Jacob. Disponível em: https://www.jornalopcao.com.br/. Acesso em: 06/12/2023.)
Em relação ao fragmento “Onde quer que estivesse terminava como o centro das atenções e da admiração.” (2º§), assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2368578 Português
Recordar é viver; dar e receber é uma troca virtuosa. Por que os idosos não podem falar?


             Ela foi condecorada na Bélgica como heroína na guerra contra o nazismo. Lutou em todas as frentes, desde a espionagem até em combates armados, sempre destacando-se entre os seus pares. Presa pelos nazistas, saltou do segundo andar da prisão para alcançar a liberdade. Na queda quebrou uma perna, o que não impediu a sua fuga.

              A sra. Glaz tinha a motivação dos judeus, era judia, na luta contra o nazismo. Ela era uma figura marcante. Nas reuniões dominava a conversação com os detalhes da sua vida heroica. Tornou-se uma personalidade. Onde quer que estivesse terminava como o centro das atenções e da admiração.

          Evidentemente, a sua história, de tão repetida, foi perdendo interessados. Ela sentiu a perda da posição de destaque. Já que não tinha outra história, senão aquela, para ter ouvintes deveria mudar de ambiente. Foi o que fez. Descobriu nos cruzeiros marítimos um novo público. Cada nova troca de passageiros a colocava novamente em evidência. Era o que na sua idade avançada dava-lhe motivação para viver. Mantinha viva a sua história de heroína trocando os ouvintes. Assim passou a viver de cruzeiro em cruzeiro ganhando a admiração com o seu desempenho na guerra.

               A nossa heroína não diverge da totalidade das pessoas. Todos, jovens e idosos, têm narrativas que desejam partilhar. Os jovens têm no celular o seu instrumento de contatos. Eles se satisfazem com o uso da internet e pelo fato de estarem construindo histórias de novas descobertas e conquistas. Nunca estão isolados do mundo. Já os idosos só têm uma história e a repetem a cada oportunidade. É o que eles têm. Acontece que os seus circundantes demonstram, com frequência, desinteresse pelo caso repetido, o que afeta o seu ânimo.

            O ser humano certamente desenvolveu a capacidade de comunicar-se para suprir uma carência. Somos seres gregários. A nossa sobrevivência depende das trocas que fazemos com nossos semelhantes. A solidão é mortal. Recordar é viver. Dar e receber é uma troca virtuosa. E é contando e recontando as nossas experiências que damos significado ao nosso viver.

             Não basta estar na multidão se não houver o que ouvir ou que falar. O isolamento é um sentimento que vem da ausência de comunicação. Sentimento que atinge fortemente aqueles poucos que atingem uma idade avançada. Como nem todos têm condições de viver de cruzeiro em cruzeiro para desbravar novos ouvintes só resta a repetição. Porém esperar pela boa vontade e paciência dos outros é uma aposta perdida.

           Ninguém demonstra prazer em ouvir o mesmo pela segunda vez. E as reações são as mesmas, dizem: “Contam as mesmas histórias a cada novo contato”. A razão é que isto é o que elas têm e é o que preenche as suas necessidades de colocar em comum o que é seu. Poucos realizam esse ímpeto de comunicação, esse “dar de si” embute uma dose de generosidade.


(Jorge Wilson Simeira Jacob. Disponível em: https://www.jornalopcao.com.br/. Acesso em: 06/12/2023.)
A preposição traduz uma noção semântica específica somente no contexto em que é empregada. Identifique as relações de sentido das preposições sublinhadas em: “Presa pelos nazistas, saltou do segundo andar da prisão para alcançar a liberdade.” (1º§
Alternativas
Respostas
4161: C
4162: D
4163: D
4164: C
4165: C
4166: C
4167: C
4168: B
4169: C
4170: B
4171: C
4172: B
4173: B
4174: D
4175: A
4176: D
4177: D
4178: B
4179: B
4180: A