Questões de Concurso
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1. A realização de toracotomia de emergência é uma medida que pode ser considerada em pacientes com trauma torácico penetrante e parada cardíaca, desde que realizada dentro de 10 minutos após o colapso cardiovascular, especialmente quando há suspeita de tamponamento cardíaco ou lesão de grandes vasos (ATLS, 2023).
2. A administração de adrenalina deve ser evitada inicialmente em parada cardíaca associada ao trauma, pois, ao aumentar a pressão arterial, pode exacerbar a hemorragia, especialmente em traumas penetrantes ou abdominais com sangramento ativo (AHA, 2023).
3. A ventilação mecânica deve ser utilizada com pressão positiva mínima, uma vez que a pressão excessiva pode reduzir o retorno venoso e causar colapso circulatório adicional em pacientes com hemorragia torácica ou abdominais significativas (ATLS, 2023).
4. O uso de tamponamento pericárdico percutâneo deve ser considerado em casos de suspeita de tamponamento cardíaco, especialmente em ambientes de pronto-socorro, onde a intervenção rápida pode salvar vidas antes da intervenção cirúrgica definitiva (NEJM, 2023).
5. A reanimação volêmica agressiva com cristaloides deve ser evitada em traumas abdominais com hemorragia significativa, uma vez que a reposição rápida de volume pode aumentar a pressão arterial e piorar o sangramento, devendo-se optar por uma estratégia de reposição volêmica permissiva até o controle cirúrgico (ATLS, 2023).
Alternativas:
1. A inserção imediata de dreno torácico (toracostomia) é indicada para aliviar o pneumotórax hipertensivo, especialmente considerando a oximetria baixa e a ausência de murmúrio vesicular, sem necessidade de radiografia de tórax prévia em emergências (ATLS, 2023).
2. A realização de radiografia de tórax deve preceder qualquer intervenção sempre que possível, exceto em casos de pneumotórax hipertensivo suspeito, onde a descompressão imediata tem prioridade para salvar a vida do paciente (NEJM, 2023).
3. A monitorização contínua da saturação de oxigênio e a administração de oxigênio suplementar são essenciais para estabilizar o paciente enquanto outras intervenções definitivas estão sendo preparadas, especialmente com sinais de hipoxemia grave (PHTLS, 2022).
4. A analgesia controlada por opioides deve ser administrada com cautela, especialmente em pacientes com comprometimento respiratório, pois pode exacerbar a depressão respiratória e piorar a hipoxemia (ATS, 2023).
5. A toracotomia de emergência deve ser considerada se o dreno torácico não resolver rapidamente os sinais de choque ou insuficiência respiratória, especialmente em casos de pneumotórax hipertensivo ou hemotórax massivo (ATLS, 2023).
Alternativas:
1. A estabilização imediata da coluna com colar cervical e prancha rígida é essencial para prevenir lesões adicionais, sendo uma prioridade em todos os pacientes com suspeita de trauma medular até que a lesão seja descartada (PHTLS, 2022).
2. A administração de fluidos intravenosos deve ser realizada cautelosamente para corrigir a hipotensão, mas é crucial monitorar de perto, já que a causa da hipotensão pode ser neurogênica, e o uso excessivo de fluidos pode ser prejudicial (ATLS, 2023).
3. A ressonância magnética (RM) é o exame de escolha para avaliar a extensão das lesões medulares, mas só deve ser realizada após a estabilização inicial do paciente, e geralmente não é indicada como primeira linha de imagem em casos agudos de trauma (Brain Trauma Foundation, 2023).
4. A administração de corticosteroides para reduzir a inflamação medular dentro das primeiras 8 horas tem sido considerada uma prática controversa, com estudos recentes mostrando benefícios limitados e aumento de complicações, como infecções e sangramentos (NEJM, 2023).
5. A monitorização cardíaca contínua é crucial devido ao risco de choque neurogênico, caracterizado por bradicardia e hipotensão, sendo comum em pacientes com lesão medular alta (PHTLS, 2022).
Alternativas:
1. A estabilização hemodinâmica imediata com administração de cristaloides e possível transfusão sanguínea é crucial para corrigir o choque hipovolêmico, priorizando a estabilização circulatória antes de qualquer intervenção adicional (ATLS, 2023).
2. A intubação endotraqueal deve ser realizada de emergência devido ao risco de lesão pulmonar e comprometimento respiratório crescente, especialmente com a presença de sinais de insuficiência respiratória iminente, como crepitações e dispneia significativa (PHTLS, 2022).
3. A realização de tomografia computadorizada (TC) de corpo inteiro é recomendada para avaliar a extensão das lesões e deve ser feita após a estabilização inicial, com base na avaliação clínica e sinais de gravidade (ATLS, 2023).
4. A imobilização de todas as fraturas deve ser realizada após a estabilização inicial, mas a administração de analgésicos potentes deve ser cautelosa em pacientes com comprometimento respiratório, priorizando a estabilidade hemodinâmica e respiratória antes de considerar analgesia (ATLS, 2023).
5. A intervenção psiquiátrica deve ser postergada até que a paciente esteja clinicamente estável e fora de perigo imediato, mas uma avaliação inicial do risco de suicídio pode ser realizada enquanto a paciente ainda está sob cuidados intensivos (APA, 2022).
Alternativas:
1. A administração de flumazenil, um antagonista de benzodiazepínicos, pode ser considerada para reverter a sedação em casos selecionados, mas deve ser usada com extrema cautela, especialmente em pacientes com histórico de uso crônico de benzodiazepínicos ou risco de convulsões (NEJM, 2023).
2. A lavagem gástrica não é recomendada de forma rotineira, especialmente se o tempo decorrido desde a ingestão for superior a uma hora, devido ao risco de complicações e à baixa eficácia em remover o conteúdo gástrico residual (Toxbase, 2023).
3. A intubação orotraqueal deve ser considerada imediatamente devido ao risco iminente de insuficiência respiratória, com ventilação mecânica assistida conforme necessário para estabilizar a via aérea e a oxigenação (AHA, 2022).
4. A monitorização cardíaca contínua é fundamental para detectar e tratar possíveis arritmias induzidas por drogas, especialmente em pacientes com bradicardia, que podem desenvolver instabilidade hemodinâmica (AHA, 2022).
5. A intervenção psiquiátrica deve ser iniciada assim que o paciente recuperar a consciência, com avaliação e suporte para prevenir futuras tentativas de suicídio, incluindo acompanhamento psiquiátrico de longo prazo (APA, 2022).
Alternativas:
1. A cetoacidose diabética (CAD) deve ser tratada com infusão contínua de insulina regular intravenosa, correção agressiva de líquidos com solução salina isotônica e reposição de eletrólitos, principalmente potássio, mas a redução de mortalidade não chega a 30%, sendo o foco principal a correção dos desequilíbrios metabólicos (ADA, 2023).
2. Em casos de hipoglicemia grave, a administração intravenosa de glicose a 50% (D50) é a intervenção inicial recomendada, com recuperação da consciência observada em até 90% dos casos dentro de 10 minutos, mas deve-se monitorar atentamente para evitar hiperglicemia rebote (ADA, 2022).
3. O uso de bicarbonato de sódio no tratamento da acidose metabólica deve ser reservado para casos de acidose severa (pH < 7,0), já que o uso indiscriminado pode agravar a acidose respiratória compensatória e precipitar arritmias (NEJM, 2023).
4. A monitorização contínua da glicose capilar e dos níveis de cetonas no sangue é recomendada durante o manejo de CAD, com ajustes nas intervenções a cada 1 a 2 horas, a fim de prevenir tanto hipoglicemia quanto hipocalemia, evitando complicações iatrogênicas (ADA, 2023).
5. O tratamento da hipocalcemia sintomática em emergências metabólicas envolve a infusão intravenosa de gluconato de cálcio, mas os sintomas neuromusculares podem não ser completamente resolvidos em 95% dos casos, dependendo da gravidade e da duração da hipocalcemia (NEJM, 2023).
Alternativas:
1. Estudos recentes indicam que a administração precoce de ácido acetilsalicílico (AAS) em pacientes com suspeita de infarto agudo do miocárdio reduz a mortalidade em cerca de 23%, desde que não haja contraindicação ao uso, como alergias ou histórico de sangramento gastrointestinal significativo (AHA, 2022).
2. A monitorização contínua do eletrocardiograma (ECG) em pacientes com síndromes coronarianas agudas é crítica para a detecção precoce de arritmias, especialmente fibrilação ventricular, que ocorre em até 20% dos casos de infarto agudo do miocárdio, sendo essa uma das principais causas de morte súbita (ESC, 2023).
3. A administração de nitroglicerina sublingual deve ser evitada em pacientes com infarto do miocárdio inferior e bradicardia severa, devido ao risco de hipotensão grave, mas pode ser utilizada com cautela em outros tipos de infarto, desde que haja monitorização adequada (ACC, 2022).
4. A trombólise sistêmica é recomendada em pacientes com infarto com supradesnível do segmento ST (STEMI) que não têm acesso a intervenção coronariana percutânea (ICP) dentro de 90 minutos após o primeiro contato médico, com uma redução da mortalidade de até 30%, mas deve ser evitada em pacientes com contraindicações, como histórico de AVC hemorrágico (ESC, 2023).
5. O uso profilático de betabloqueadores está associado a uma redução significativa da mortalidade pós-infarto, mas deve ser evitado em pacientes com sinais de insuficiência cardíaca descompensada e choque cardiogênico, devido ao risco de agravar a disfunção cardíaca (AHA, 2022).
Alternativas:
1. A cinemática do trauma envolve a análise das forças e movimentos envolvidos no acidente para prever os tipos de lesões que o paciente pode ter sofrido, mas a análise só é útil em traumas de alta energia, sendo dispensável em traumas de menor impacto. (PHTLS, 9ª edição).
2. A análise da cinemática é igualmente relevante tanto em traumas penetrantes quanto em traumas fechados, uma vez que ambos os tipos de trauma podem causar lesões ocultas e difíceis de detectar, especialmente em regiões com maior densidade de vasos e órgãos vitais. (ATLS, 10ª edição).
3. Em colisões veiculares, a cinemática pode ajudar a prever lesões como fraturas de costelas em impactos laterais ou lesões cervicais em impactos traseiros, mas a previsão exata das lesões não deve ser usada como base para determinar o tipo de transporte do paciente. (PHTLS, 9ª edição).
4. A velocidade do impacto e a deformação do veículo são fatores cruciais na cinemática do trauma, sendo relevantes para a avaliação inicial e para antecipar a gravidade das lesões, independentemente da constituição física do paciente. (ATLS, 10ª edição). 5. A avaliação da cinemática deve ser feita em conjunto com a avaliação clínica inicial para guiar as intervenções prioritárias no atendimento ao trauma, mas não deve ser o principal critério para decidir sobre a necessidade de evacuação médica. (PHTLS, 9ª edição).
Alternativas:
Processamento de Artigos Hospitalares – Esterilização
Durante a esterilização de instrumentos cirúrgicos, uma técnica de enfermagem percebe que um dos pacotes apresenta um rasgo na embalagem após o processo de autoclavação. Sabendo que a esterilidade do material pode ter sido comprometida, como a técnica deve proceder?
Itens para Verificação:
1. Reembalar o material e submetê-lo novamente ao processo de esterilização.
2. Notificar o enfermeiro responsável sobre o ocorrido e documentar o incidente.
3. Dispensar o uso do material até que seja novamente esterilizado.
4. Inspecionar todo o lote de materiais esterilizados para verificar a integridade das embalagens.
5. Informar a equipe cirúrgica sobre a necessidade de substituir o material comprometido.
Alternativas:
Uma técnica de enfermagem está realizando visitas domiciliares em uma comunidade com alta incidência de casos de dengue. Durante a visita, ela identifica um número significativo de recipientes com água parada nas casas, que são potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti. Como ela deve proceder para contribuir com a vigilância epidemiológica e controle da doença?
Itens para Verificação:
1. Orientar os moradores sobre a importância de eliminar os recipientes com água parada.
2. Notificar a Secretaria de Saúde sobre a situação encontrada para ações de controle.
3. Realizar a aplicação de larvicida nos recipientes que não puderem ser eliminados.
4. Organizar mutirões comunitários para limpeza e remoção dos criadouros.
5. Coletar amostras de larvas para análise laboratorial.
Alternativas:
Um paciente foi admitido na sala de emergência com queixa de dor torácica intensa e irradiação para o braço esquerdo. A técnica de enfermagem deve iniciar o atendimento conforme o protocolo de dor torácica. Quais ações são prioritárias neste caso?
Itens para Verificação:
1. Monitorar os sinais vitais do paciente, incluindo pressão arterial, frequência cardíaca e saturação de oxigênio.
2. Realizar um eletrocardiograma (ECG) o mais rápido possível.
3. Administrar oxigênio suplementar, para manter a saturação de oxigênio adequada.
4. Notificar o médico de plantão imediatamente sobre os sintomas do paciente.
5. Aplicar compressas frias no tórax do paciente para aliviar a dor.
Alternativas:
Um paciente diabético foi admitido com uma úlcera no pé esquerdo, que apresenta sinais de infecção. A técnica de enfermagem é responsável pelo curativo e pela avaliação da ferida. Quais são as medidas prioritárias para o manejo adequado da ferida?
Itens para Verificação:
1. Realizar limpeza da ferida com solução salina e aplicar o curativo adequado.
2. Avaliar regularmente os sinais de infecção, como vermelhidão, calor, dor e secreção purulenta.
3. Informar o médico para possível ajuste na terapia antibiótica.
4. Orientar o paciente sobre a importância de evitar a pressão sobre a área afetada.
5. Encaminhar o paciente ao podólogo para cuidados específicos do pé diabético.
Alternativas:
Durante a administração de medicamentos, uma técnica de enfermagem percebe que a dose de heparina prescrita para um paciente foi calculada incorretamente, e a quantidade administrada é superior à indicada. Como a técnica deve proceder após identificar o erro?
Itens para Verificação:
1. Notificar imediatamente o enfermeiro responsável e o médico sobre o erro na administração da medicação.
2. Monitorar sinais de sangramento e outros efeitos adversos no paciente.
3. Registrar o erro no prontuário do paciente e no livro de ocorrências do setor.
4. Iniciar medidas de suporte ao paciente, conforme orientação médica.
5. Não relatar o erro, desde que o paciente não apresente sintomas.
Alternativas:
Uma técnica de enfermagem está acompanhando uma gestante em trabalho de parto. Durante a avaliação, observa que a paciente está com hipertensão severa e cefaleia intensa, indicando possível eclâmpsia. Qual deve ser a intervenção imediata da técnica de enfermagem nesta situação? Itens para Verificação:
1. Posicionar a paciente em decúbito lateral esquerdo para melhorar a perfusão placentária.
2. Notificar imediatamente o obstetra sobre os sintomas apresentados.
3. Administrar uma dose de hidralazina intravenosa para controlar a pressão arterial, conforme prescrição médica prévia.
4. Monitorar os sinais vitais da paciente a cada 5 minutos para avaliar a gravidade da situação.
5. Preparar a paciente para uma possível cesariana de emergência, caso a situação se agrave.
Alternativas:
Durante a mudança de turno, a enfermeira chefe percebeu que a anotação sobre a troca de cateter venoso central (CVC) não estava registrada no prontuário do paciente. Questionada, a técnica de enfermagem responsável afirmou que o procedimento foi realizado, mas esqueceu de registrar. Qual é a implicação desse esquecimento para o processo de trabalho em enfermagem e como deve ser corrigido? Itens para Verificação:
1. O não registro do procedimento pode ser considerado uma falha grave e compromete a continuidade do cuidado.
2. O procedimento deve ser registrado retroativamente, com a data e hora corretas.
3. A técnica deve ser advertida e orientada sobre a importância do registro.
4. O erro deve ser comunicado ao paciente e sua família.
5. Não há necessidade de correção, pois o procedimento foi realizado corretamente.
Alternativas: