Questões de Concurso
Sobre teorias dos estudos da tradução e estudos da interpretação em libras
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Gesser (2015), nos cadernos de tradução organizados por Rodrigues e Quadros (2015), aponta alguns fatores que dificultam o “trânsito” do intérprete educacional.
A que sentido de “trânsito” do intérprete educacional a autora está se referindo?
Para questionar a postura conservadora em relação à fidelidade da tradução, Gile (1995) realizou um experimento para ajudar seus alunos a entender essa questão. O experimento foi adaptado para a disciplina de tradução do Curso de Letras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e é reproduzido abaixo:
Algumas amostras dos resultados das verbalizações:
1. 50 km para Paris.
2. Só mais 50 km e chegamos a Paris.
3. Vamos chegar a Paris daqui a 50 km.
4.Paris está a 50 km daqui.
5. Estamos quase lá! Mais meia hora!
6. Puxa, ainda falta tanto para Paris!
7. Olha só! A placa diz que Paris está a 50 km daqui.
Considerando a variação nos resultados e as reflexões sobre os conceitos de fidelidade, a variedade de verbalização para
a mesma imagem é explicada:
Numere a coluna da direita, relacionando as premissas extraídas das ideias de Friedrich Schleiermacher, apresentadas por Heidermann (2009), com os respectivos tipos de tradução.
1. Tradução intralingual.
2. Tradução interpessoal.
3. Tradução intrapessoal.
( ) Às vezes, os nossos próprios discursos devem ser traduzidos depois de um certo tempo, se quisermos que continuem sendo nossos.
( ) Não só os diversos dialetos dos diferentes grupos étnicos de um povo e os diferentes desenvolvimentos dessa mesma língua ou dialeto em diferentes séculos já são, num sentido mais restrito, línguas diferentes e, não raras vezes, precisam de uma tradução entre si.
( ) Mesmo os contemporâneos não separados por dialetos, pertencentes a distintas classes sociais que, pouco relacionadas em seu trato, divergem muito em sua formação, muitas vezes só conseguem se entender através de uma intermediação.
( ) Mas, não é que frequentemente precisamos traduzir o discurso de um outro que é igual a nós, porém de personalidade e mentalidade diferentes, quando sentimos que as mesmas palavras teriam um sentido bem diferente na nossa boca ou ao menos um valor mais forte ou mais fraco que na dele e que, se quiséssemos expressar à nossa maneira o mesmo que ele expressou, utilizaríamos palavras e locuções totalmente diferentes?
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de cima para baixo.
Sobre a constituição do profissional tradutor intérprete, considere as seguintes afirmativas:
1. Vários autores, entre eles Massuti e Santos (2008), argumentam que o processo de tradução se configura para além de aspectos linguísticos, pois requer estratégias que levem em conta não só as subjetividades do tradutor intérprete e da pessoa surda, mas, também, aspectos que são centrais na cultura surda e na cultura ouvinte.
2. Perlin (2006) conceitua o tradutor intérprete de língua de sinais (TILS) como intérprete da cultura, da língua e da história das pessoas surdas. O ato de traduzir/interpretar é fazer parte da história do outro, o outro surdo. E fazer parte significa se colocar à disposição para entender esse outro, os seus afetos e as suas experiências de vida.
3. Segundo Marques e Oliveira (2009), a partir de uma perspectiva fenomenológica, os tradutores intérpretes de língua de sinais estão o tempo todo assimilando e internalizando novos lugares, novas temporalidades e movendo símbolos carregados de afetividade, motivo pelo qual se encontram num espaço privilegiado de acumulação de conhecimento maximizado em relação a Ser Surdo.
4. Para Massutti (2007), o intérprete seria como um leitor cultural e agenciador de sentidos traduzidos em zonas fronteiriças de contato, marcadas por tensões subjetivas que reinventam os sujeitos não de acordo com uma ou outra cultura, mas conforme o regime híbrido que tece enredos emotivos e cognitivos.
Assinale a alternativa correta.