Saúde mental no trabalho: afastamentos aumentaram em 2023; como se cuidar melhor?
Saúde mental já é um tema central na rotina dos brasileiros, pois equilibrar a vida pessoal com a profissional não é algo
simples. Para muitos, aliás, otimizar as 168h semanais é uma necessidade, porém nem sempre é possível usá-las da forma que
se deseja, já que 23% delas – ou até mais – são dedicadas exclusivamente ao trabalho. Assim garantir o bem-estar no ambiente
corporativo é indispensável.
Muito além da ausência de doenças, bem-estar é um estado de harmonia e equilíbrio mental, emocional e físico, por isso,
segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), para alcançá-lo três pilares são fundamentais:
Saúde física: relacionada à capacidade de realizar tarefas com eficiência e que requer alimentação saudável, exercícios
físicos, entre outros.
Saúde mental: requer lidar consigo mesmo, com os outros e com o ambiente ao redor, ou seja, equilíbrio emocional,
psicológico e social ligados à condição física, e vice-versa.
Saúde social: refere-se à capacidade de se relacionar de forma saudável com amigos, familiares e membros da
comunidade. Como seres sociais, que aprendem uns com os outros, humanos dependem da interação não simplesmente para
o próprio desenvolvimento intelectual e emocional, como para o avanço da sociedade e, claro, como um elemento para a boa
saúde geral.
Várias razões justificam abordar saúde mental no trabalho, pois, além de ser um desejo comum entre as pessoas, impacta
diretamente a sociedade. Apesar da crescente necessidade de diálogos, a desinformação sobre o assunto colabora para a
perpetuação de estimas: hoje, falar sobre saúde mental é alertar sobre ações essenciais de prevenção.
No ano de 2023, o Brasil ocupava a segunda posição no ranking de países que mais sofriam com burnout, enfermidade
que, em 2022, passou a integrar a lista de doenças ocupacionais: levantamento da Associação Nacional de Medicina do Trabalho
(Anamt) já chegou a apontar que cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem da síndrome.
Ainda, no ano de 2023, dados do Ministério da Previdência Social indicaram que os afastamentos do trabalho em
decorrência dos transtornos associados à saúde mental aumentaram 38%, um cenário preocupante. E, ao voltar no tempo,
outro estudo, dessa vez da USP, chegou a informar que 1 a cada 4 brasileiros sofria de burnout.
Tanto a vida profissional quanto o espectro pessoal precisam estar bem delimitados, contudo, é impossível desconectá-los, afinal, um está diretamente ligado ao outro. Para garantir o equilíbrio e a manutenção da saúde geral é crucial adotar boas
práticas.
Os colaboradores são, sem dúvida, o principal ativo de uma empresa, assim, estudar formas para cuidar deles está além
de atrair e reter talentos, diz respeito a oferecer algo que já é pré-requisito dos profissionais na hora de escolher oportunidades:
equilíbrio e qualidade de vida.
(Disponível em: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude-mental/saude-mental-no-trabalho-. Acesso em: agosto de 2024. Adaptado.)