Questões de Concurso Público SEED - RR 2021 para Professor de Educação Básica - Filosofia

Foram encontradas 60 questões

Q1950936 Filosofia
“Começarei esta carta com minhas observações sobre o livro de Galileu. Encontro, em geral, que ele filosofa muito melhor que o vulgo, apartando-se tanto como pode dos erros da Escola, e procura examinar as matérias físicas com razões matemáticas. Nisso estou inteiramente de acordo com ele e considero que não há outro meio para se encontrar a verdade. Mas parece-me que se equivoca muito na medida em que faz continuamente digressões e não se detém para explicar por completo uma matéria, o que mostra que não as têm examinado por ordem e que, sem haver considerado as primeiras causas da natureza, somente tem buscado as razões de alguns efeitos particulares, e assim tem construído sem fundamento.”
(DESCARTES, R. Ouvres des Descartes. II, p. 380. apud MEDEIROS, D. Descartes e o fundamento metafísico da inércia natural dos corpos na correspondência com Mersenne. In: Modernos & Contemporâneos, Campinas, v. 1, n. 2., jul./dez., 2017. p. 71).

Considerando este trecho da carta de Descartes a Mersenne sobre os Discursos de Galileu e seus conhecimentos sobre o pensamento cartesiano, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1950937 Filosofia
“(...) Ora, não será necessário, para alcançar esse desígnio, provar que todas elas são falsas, o que talvez nunca levasse a cabo; mas, uma vez que a razão já me persuade de que não devo menos cuidadosamente impedir-me de dar crédito às coisas que não são inteiramente certas e indubitáveis, do que às que nos parecem manifestamente ser falsas, o menor motivo de dúvida que eu nelas encontrar bastará para me levar a rejeitar todas. E, para isso, não é necessário que examine cada uma em particular, o que seria um trabalho infinito; mas, visto que a ruína dos alicerces carrega necessariamente consigo todo o resto do edifício, dedicar-me-ei inicialmente aos princípios sobre os quais todas as minhas antigas opiniões estavam apoiadas. Tudo o que recebi, até presentemente, como o mais verdadeiro e seguro, aprendi-o dos sentidos ou pelos sentidos: ora, experimentei algumas vezes que esses sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez."
(Descartes, R. Meditações metafísicas. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011).

Sobre este trecho da primeira meditação cartesiana, analise as afirmativas abaixo:

I. O procedimento da dúvida tem como fundamento a experiência. II. Não se trata de uma dúvida vulgar, fundada na experiência, mas de uma decisão racional. III. A dúvida é sistemática e generalizada. IV. Considerar como falso o que é apenas duvidoso se justifica pela experiência, portanto, a dúvida se funda na experiência.

Estão corretas as afirmativas:
Alternativas
Q1950938 Filosofia
Leia os trechos da Seção II do Ensaio sobre o Entendimento Humano (1748), de D. Hume, citados abaixo para responder à questão seguinte.

    “Cada um admitirá prontamente que há uma diferença considerável entre as percepções do espírito, quando uma pessoa sente a dor do calor excessivo ou o prazer do calor moderado, e quando depois recorda em sua memória esta sensação ou a antecipa por meio de sua imaginação. (...)” 
    “Podemos observar uma distinção semelhante em todas as outras percepções do espírito. Um homem à mercê dum ataque de cólera é estimulado de maneira muito diferente da de um outro que apenas pensa nessa emoção. Se vós me dizeis que certa pessoa está amando, compreendo facilmente o que quereis dizer-me e formo uma concepção precisa de sua situação, porém nunca posso confundir esta ideia com as desordens e as agitações reais da paixão. Quando refletimos sobre nossas sensações e impressões passadas, nosso pensamento é um reflexo fiel e copia seus objetos com veracidade, porém as cores que emprega são fracas e embaçadas em comparação com aquelas que revestiam nossas percepções originais. (...) E as impressões diferenciam-se das idéias, que são as percepções menos vivas, das quais temos consciência, quando refletimos sobre quaisquer das sensações ou dos movimentos acima mencionados.”

(HUME, D. Ensaio sobre o entendimento humano. Trad. Anoar Aiex. Versão eletrônica. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000027.p df>. Acesso em: 04/ago/2021. p.10).


O termo "percepções" é utilizado por Hume para designar a totalidade dos fatos mentais e das operações volitivas. Sobre este aspecto, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1950939 Filosofia
Leia os trechos da Seção II do Ensaio sobre o Entendimento Humano (1748), de D. Hume, citados abaixo para responder à questão seguinte.

    “Cada um admitirá prontamente que há uma diferença considerável entre as percepções do espírito, quando uma pessoa sente a dor do calor excessivo ou o prazer do calor moderado, e quando depois recorda em sua memória esta sensação ou a antecipa por meio de sua imaginação. (...)”

    “Podemos observar uma distinção semelhante em todas as outras percepções do espírito. Um homem à mercê dum ataque de cólera é estimulado de maneira muito diferente da de um outro que apenas pensa nessa emoção. Se vós me dizeis que certa pessoa está amando, compreendo facilmente o que quereis dizer-me e formo uma concepção precisa de sua situação, porém nunca posso confundir esta ideia com as desordens e as agitações reais da paixão. Quando refletimos sobre nossas sensações e impressões passadas, nosso pensamento é um reflexo fiel e copia seus objetos com veracidade, porém as cores que emprega são fracas e embaçadas em comparação com aquelas que revestiam nossas percepções originais. (...) E as impressões diferenciam-se das idéias, que são as percepções menos vivas, das quais temos consciência, quando refletimos sobre quaisquer das sensações ou dos movimentos acima mencionados.”


(HUME, D. Ensaio sobre o entendimento humano. Trad. Anoar Aiex.
Versão eletrônica. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000027.p
df>. Acesso em: 04/ago/2021. p.10).

Quando se lê no trecho citado que “nosso pensamento é um reflexo fiel” e que “copia seus objetos com veracidade”, é evidente que Hume faz uso de uma analogia especular. Sendo assim, deve-se ter em mente que se o pensamento é o “reflexo”, logo há um objeto “refletido”, e mantendo a analogia, se o pensamento copia, então há um algo que é copiado. Quanto a este refletido ou copiado, assinale a alternativa que apresenta a correspondência correta.
Alternativas
Q1950940 Filosofia
Leia os trechos da Seção II do Ensaio sobre o Entendimento Humano (1748), de D. Hume, citados abaixo para responder à questão seguinte.

    “Cada um admitirá prontamente que há uma diferença considerável entre as percepções do espírito, quando uma pessoa sente a dor do calor excessivo ou o prazer do calor moderado, e quando depois recorda em sua memória esta sensação ou a antecipa por meio de sua imaginação. (...)”

    “Podemos observar uma distinção semelhante em todas as outras percepções do espírito. Um homem à mercê dum ataque de cólera é estimulado de maneira muito diferente da de um outro que apenas pensa nessa emoção. Se vós me dizeis que certa pessoa está amando, compreendo facilmente o que quereis dizer-me e formo uma concepção precisa de sua situação, porém nunca posso confundir esta ideia com as desordens e as agitações reais da paixão. Quando refletimos sobre nossas sensações e impressões passadas, nosso pensamento é um reflexo fiel e copia seus objetos com veracidade, porém as cores que emprega são fracas e embaçadas em comparação com aquelas que revestiam nossas percepções originais. (...) E as impressões diferenciam-se das idéias, que são as percepções menos vivas, das quais temos consciência, quando refletimos sobre quaisquer das sensações ou dos movimentos acima mencionados.”


(HUME, D. Ensaio sobre o entendimento humano. Trad. Anoar Aiex.
Versão eletrônica. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000027.p
df>. Acesso em: 04/ago/2021. p.10).

Explorando ainda um pouco mais a metáfora do espelho, podemos especular sobre a razão para que o reflexo ou a cópia ser, no pensamento, “embaçada”, com “cores mais fracas” do que os materiais originais. Além disso, já na seção III do Ensaio sobre o entendimento humano, Hume passa a tratar das associações entre as ideias e falará de princípios de associação como princípios de funcionamento do próprio entendimento. Sobre as implicações destes desenvolvimentos para a Epistemologia e para a própria ideia de Ciência, assinale a alternativa evidentemente incorreta.
Alternativas
Q1950941 Filosofia
A pergunta fundamental da Crítica da Razão Pura (1781), de Immanuel Kant, pode ser sintetizada na forma: “Como são possíveis os ________?”. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.
Alternativas
Q1950942 Filosofia
Sobre o pensamento de Kant, fala-se de filosofia crítica e de filosofia transcendental: “(...) ‘transcendental’ porque a teoria do conhecimento não poderia tratar de objetos particulares, mas da necessidade lógica e das condições universais do conhecimento enquanto tal.”
(REIS, J. C. A Crítica Histórica Da Razão: Dilthey Versus Kant. In: Memória, Identidade e Historiografia. Textos de história. vol. 10, 1 /2, 2002, p. 162 - adaptado).

Quanto às razões do seu caráter crítico, assinale a alternativa que descreve corretamente.
Alternativas
Q1950943 Filosofia
Um argumento é considerado válido quando sua conclusão se segue das premissas. Quanto ao significado do termo validade, em lógica, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1950944 Filosofia
Considere os argumentos abaixo, para os quais “P1” e “P2” são premissas e “C” é a conclusão:
Argumento 1.
P1. Todos os pinguins são aves. P2. Picolino é uma ave. C. Logo, Picolino é um pinguim.

Argumento 2. P1. Todo homem é mortal. P2. Sócrates é homem. C. Logo, Sócrates é mortal.

Sobre estes argumentos, analise as seguintes afirmativas.

I. São ambos argumentos válidos, pois tanto suas conclusões quanto suas premissas são verdadeiras. II. Apenas o Argumento 2 é válido, pois sua conclusão se segue, necessariamente, das premissas. III. O Argumento 1 é válido, pois é de conhecimento de todos que Picolino, personagem icônico do seriado “Pica-Pau”, é um pinguim. IV. O Argumento 1 é inválido, pois sua forma lógica é inválida. Ainda que premissas e conclusão sejam verdadeiras, não se pode dizer que a verdade da conclusão, necessariamente, se infira da verdade das premissas.

Assinale a alternativa que apresente apenas afirmativas incorretas
Alternativas
Q1950945 Filosofia
Em 1995, comemorou-se o centenário de uma das obras mais marcantes do campo das ciências humanas: foi em 1895 que Durkheim publicou As Regras do Método Sociológico. Esta obra apresenta, logo no início, um dos conceitos fundamentais da Sociologia como a conhecemos, a saber, o de fato social: "toda a maneira de agir, fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter"
(DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. 11°. ed. 1950, p. 14; trad. brasileira, 1963, p12. apud. PEREIRA DE QUEIROZ, M. I. Sobre Durkheim e As regras do método sociológico. In: Ci. & Tróp., Recife, v. 23, n. 1, p.75-84, jan/jun., 1995).

Sobre o fato social, segundo Durkheim, assinale a alternativa correta: 
Alternativas
Q1950946 Filosofia
Sobre o papel da Escola na sociedade democrática, pensando na Escola no Brasil, tomando ainda emprestados conceitos importantes de Durkheim em sua obra Educação e Sociologia (1922), assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1950947 Filosofia
A definição de fato social e o significado da expressão “os fatos sociais são coisas”, para Durkheim em sua obra As regras do método sociológico (1895), se estabelece a partir de três conceitos fundamentais. Assinale a alternativa que apresente corretamente estes conceitos.
Alternativas
Q1950948 Filosofia

Leia o trecho abaixo para responder à questão seguinte.



“Com a promulgação da Lei 11.684, de 2 de junho de 2008, a Filosofia volta a ser uma disciplina obrigatória nas escolas brasileiras, função que ela não desempenhava desde 1961 (Lei nº 4.020/61). Segundo a nova lei, o ensino de Filosofia (assim como o de Sociologia) assume um caráter de obrigatoriedade em todas as séries do ensino médio, a última etapa da educação básica no país. Diante desse cenário, profissionais envolvidos com o ensino, principalmente com o ensino de Filosofia – sejam eles professores universitários, de ensino médio ou mesmo estudantes – são novamente convocados a pensar questões fundamentais sobre a disciplina: é preciso saber por que, afinal de contas, deve-se ensinar Filosofia para os jovens do ensino médio, e quais conteúdos e metodologias devem ser empregados para atingir esses objetivos.” 



(DA SILVA, T. C.. A Filosofia no Ensino Médio: Por que, o que e como ensiná-la? In: Humanidades em diálogo. Vol. IV, N. I, Jun. 2011. p. 201). 

No Inciso III do artigo 35 da LDB (artigo em que são expostas as finalidades do ensino médio), lemos: “(...) o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico”. Não se discute que a Filosofia seja fundamental para o desenvolvimento do educando como pessoa humana, seja em relação à sua formação ética ou sua autonomia intelectual e seu pensamento crítico, mas o problema é o “como fazer?”, ou com outras palavras: o que justificaria o ensino de Filosofia como elemento fundamental deste processo de desenvolvimento dos educandos? Assinale a alternativa que apresente a resposta correta à pergunta. 
Alternativas
Q1950949 Filosofia

Leia o trecho abaixo para responder à questão seguinte.



“Com a promulgação da Lei 11.684, de 2 de junho de 2008, a Filosofia volta a ser uma disciplina obrigatória nas escolas brasileiras, função que ela não desempenhava desde 1961 (Lei nº 4.020/61). Segundo a nova lei, o ensino de Filosofia (assim como o de Sociologia) assume um caráter de obrigatoriedade em todas as séries do ensino médio, a última etapa da educação básica no país. Diante desse cenário, profissionais envolvidos com o ensino, principalmente com o ensino de Filosofia – sejam eles professores universitários, de ensino médio ou mesmo estudantes – são novamente convocados a pensar questões fundamentais sobre a disciplina: é preciso saber por que, afinal de contas, deve-se ensinar Filosofia para os jovens do ensino médio, e quais conteúdos e metodologias devem ser empregados para atingir esses objetivos.” 



(DA SILVA, T. C.. A Filosofia no Ensino Médio: Por que, o que e como ensiná-la? In: Humanidades em diálogo. Vol. IV, N. I, Jun. 2011. p. 201). 

Quando se lê nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio (Secretaria da Educação Básica) para o ensino de Filosofia que “(..) Cabe insistir na centralidade da História da Filosofia para o tratamento adequado de questões filosóficas” e que “é recomendável que a História da Filosofia e o texto filosófico tenham papel central no ensino de Filosofia”, sobre a metodologia do ensino de Filosofia na Educação Básica, assinale a alternativa incorreta. 
Alternativas
Q1950950 Filosofia

Leia o texto abaixo para responder à pergunta seguinte.



Teses sobre o conceito da história (§ 9)

Walter Benjamin



"Minhas asas estão prontas para o voo,

Se pudesse, eu retrocederia

Pois eu seria menos feliz

Se permanecesse imerso no tempo vivo."

(Gerhard Scholem, Saudação do anjo). 



“Há um quadro de Klee que se chama Angelus Novus. Representa um anjo que parece querer afastar-se de algo que ele encara fixamente. Seus olhos estão escancarados, sua boca dilatada, suas asas abertas. O anjo da história deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado. Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa a nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso.” 


(BENJAMIN, W. As Teses sobre o Conceito de História. In: Obras Escolhidas, Vol. 1, p. 222-232. São Paulo, Brasiliense, 1985).

Existem duas categorias de seres na exposição de Benjamin: o Anjo e os homens. Por que um anjo? O que ele representa? Sobre os questionamentos apresentados, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q1950951 Filosofia

Leia o texto abaixo para responder à pergunta seguinte.



Teses sobre o conceito da história (§ 9)

Walter Benjamin



"Minhas asas estão prontas para o voo,

Se pudesse, eu retrocederia

Pois eu seria menos feliz

Se permanecesse imerso no tempo vivo."

(Gerhard Scholem, Saudação do anjo). 



“Há um quadro de Klee que se chama Angelus Novus. Representa um anjo que parece querer afastar-se de algo que ele encara fixamente. Seus olhos estão escancarados, sua boca dilatada, suas asas abertas. O anjo da história deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado. Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa a nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso.” 


(BENJAMIN, W. As Teses sobre o Conceito de História. In: Obras Escolhidas, Vol. 1, p. 222-232. São Paulo, Brasiliense, 1985).

A tempestade que impulsiona o anjo para trás, que o impede de salvar os homens, e que vem do paraíso, é o progresso. Contra esta ideia, entendida como historicismo.
(CANTINHO, M. J. Walter Benjamin e a história messiânica: contra a visão histórica do Progresso. Universidade Nova de Lisboa. In: Cadernos Benjaminianos. Disponível em: < http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/cadernosbenja minianos/article/view/5309/4717 >. Acesso em: 08/08/2021.)

Benjamin recorre a conceitos importantes da tradição judaica. Assinale a alternativa que lista estes conceitos de forma correta.
Alternativas
Q1950952 Filosofia do Direito

Sobre o princípio da Justiça, analise as afirmativas abaixo.



I. A justiça deve ser pensada apenas em função do paciente e deve ser tratada como uma relação comutativa, que se dá de parte para parte, por exemplo, de médico para paciente.

II. A justiça, tal como compreendida pela tradição filosófica, deve ser pensada em três níveis distintos (1) em função das diferenças entre as partes envolvidas e da relação de uma parte com outra parte; (2) em função de uma parte para com o todo relacional, isto é, em se tratando de um paciente e um médico, o todo da relação é regido por um protocolo, que deve atender às disposições legais comuns: cada uma das partes deve ser considerada em função de sua relação com este todo; (3) a ação também deve ser considerada em função da justiça distributiva, no sentido da distribuição dos bens do todo para cada uma das partes, portanto, a relação assim estabelecida é a de garantias de direitos e de responsabilização do agente dotado de poder sobre a distribuição dos bens devidos às partes.

III. O princípio da justiça não pode ser pensado apenas na relação médico-paciente, ele nos coloca diretamente na dimensão política e social. A redução da dimensão da justiça à relação entre médico ou equipe médica e paciente é uma distorção que tende a promover injustiças onde a parte mais frágil tende a permanecer desassistida ou ter seus direitos minorados e negligenciados.

IV. O princípio da justiça não pode ser aplicado em concomitância ao de autonomia. Os princípios devem ser pensados isoladamente. 



Estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Q1950953 Filosofia

Leia o trecho abaixo para responder à questão seguinte.



“Em Indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas, Adorno e Horkheimer apontam que a __________, destinada à mera diversão, existiu sempre como uma sombra da __________, a qual, por sua vez, excluía a participação das massas. A indústria cultural resolve tal antítese da pior maneira possível, dissolvendo uma esfera na outra e provocando grandes perdas em ambas, reduzindo-as a simples diversão, entretenimento, prolongamento da rotina de trabalho na realidade do capitalismo tardio. Para cumprir sua função, a arte da indústria não pode se tornar aborrecimento, evitando então a necessidade de qualquer tipo de reflexão através do cumprimento de um modelo idêntico para toda obra, que não exige ligações entre as suas partes, que não precisa fazer sentido e cujo conteúdo não importa (ADORNO; HORKHEIMER, 2006, p. 113).”



(BUENO, S. F.; SANITÁ, K. C. A Relação entre Arte e Sociedade à

Luz do Conceito de Autonomia Estética de Adorno. In: Scielo

BR. Disponível em:

<https://www.scielo.br/j/trans/a/vx3yQ6FhCvdfBPcMQ8SYQ8k

/?lang=pt# >. Acesso em: 08/08/2021).

Na obra Indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas, Adorno e Horkheimer distinguem dois tipos de artes. Assinale a alternativa que complete correta e respectivamente as lacunas no trecho acima citado.
Alternativas
Q1950954 Sociologia

Leia o trecho abaixo para responder à questão seguinte.



“Em Indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas, Adorno e Horkheimer apontam que a __________, destinada à mera diversão, existiu sempre como uma sombra da __________, a qual, por sua vez, excluía a participação das massas. A indústria cultural resolve tal antítese da pior maneira possível, dissolvendo uma esfera na outra e provocando grandes perdas em ambas, reduzindo-as a simples diversão, entretenimento, prolongamento da rotina de trabalho na realidade do capitalismo tardio. Para cumprir sua função, a arte da indústria não pode se tornar aborrecimento, evitando então a necessidade de qualquer tipo de reflexão através do cumprimento de um modelo idêntico para toda obra, que não exige ligações entre as suas partes, que não precisa fazer sentido e cujo conteúdo não importa (ADORNO; HORKHEIMER, 2006, p. 113).”



(BUENO, S. F.; SANITÁ, K. C. A Relação entre Arte e Sociedade à

Luz do Conceito de Autonomia Estética de Adorno. In: Scielo

BR. Disponível em:

<https://www.scielo.br/j/trans/a/vx3yQ6FhCvdfBPcMQ8SYQ8k

/?lang=pt# >. Acesso em: 08/08/2021).

Sobre o produto da indústria cultural, assinale a alternativa incorreta
Alternativas
Q1950955 Filosofia
Segundo a Enciclopédia de Bioética, Bioética é “o estudo sistemático da conduta humana na área das ciências da vida e dos cuidados da saúde, na medida em que esta conduta é examinada à luz dos valores e princípios morais.”
(REICH, W.T. (Ed.). Encyclopedia of bioethics. New York: The Free Press, London: Collier. Macmillan Publishers, 1978). 

Os princípios morais que orientam as condutas nas diferentes áreas que poderiam ser incluídas no campo bioético foram definidos no Relatório Belmont (Belmont Report*) de 1979, conforme afirma Clotet.
(CLOTET, Joaquim. Bioética: uma aproximação. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003. 246 p. p. 23-24). *(The Belmont Report. Ethical principles and guidelines for the protection of human subjects of research. The National Comission for the Protection of Human Subjects of Biomedical and Behavioral Research. Department of Health, Education and Welfare. 1979; Abril, 18, p. 2-5.) 

Assinale a alternativa que lista corretamente os primeiros princípios orientadores da Bioética principialista (ou principista).
Alternativas
Respostas
41: B
42: C
43: C
44: B
45: D
46: D
47: A
48: C
49: A
50: C
51: A
52: B
53: B
54: C
55: D
56: A
57: C
58: A
59: D
60: A