Questões de Concurso Comentadas para nutricionista

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Q2301534 Português
Apenas 3 em cada 10 alunos com deficiência participam efetivamente das aulas



Pesquisa sobre Educação Inclusiva feita pela Nova Escola revela ainda outros obstáculos enfrentados pelos professores das escolas brasileiras.


      Estrutura física limitada, atendimentos educacionais especializados restritos, falta de formação docente e ainda episódios de preconceito. A escola brasileira ainda enfrenta uma série de obstáculos para promover uma educação inclusiva. As conclusões constam na pesquisa “Inclusão na Educação”, realizada pela Nova Escola, que entrevistou 4.745 educadores em todo o Brasil.
       Entre os achados destaca-se que, para metade dos professores ouvidos, a estrutura física do ambiente escolar é inadequada às necessidades de uma educação inclusiva. As respostas coletadas também indicam que mais da metade das unidades de ensino do país não apresentam nenhuma estrutura física inclusiva. Por exemplo, as rampas de acesso estão presentes em apenas 44% das instituições.
          Já em relação ao apoio pedagógico, quatro em cada dez profissionais afirmam não ter recebido orientação especializada para o desenvolvimento das atividades com alunos com deficiência. Os Atendimentos Educacionais Especializados (AEEs) no contraturno das aulas regulares são realidade para apenas quatro em cada dez professores. A adaptação das atividades a serem realizadas pelos alunos – após a definição dos objetivos e conteúdos pelo professor da sala regular – acontece apenas em quatro de cada dez AEEs, segundo a percepção dos entrevistados.
            Quando questionados sobre a participação dos estudantes, a percepção dos professores é a de que apenas três de cada dez alunos com deficiência se envolvem efetivamente com as atividades em aula. E ainda: somente metade dos profissionais acredita na plena integração dos alunos com deficiência com os demais estudantes no ambiente escolar.

A realidade da educação inclusiva na sala de aula.

        Com 17 anos de magistério, a professora Cristina da Silva Brito trabalha em duas escolas municipais, uma na cidade de Cachoerinha (RS) e outra, em Gravataí (RS). Na primeira, leciona geografia para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, na segunda, para o 1º ano com foco na alfabetização. Em ambas as instituições há alunos com algum tipo de deficiência. Ainda que a escola de Gravataí possua AEE estruturado, os obstáculos são grandes. A começar pelo tamanho da turma – são 26 alunos em uma sala que idealmente deveria abrigar 20 estudantes.
              “Os desafios são muitos. Todos eles precisam ser alfabetizados e do meu mesmo olhar. Então, preciso mesclar atividades para todos os alunos, mas sem diferenciar. Mesmo crianças de seis anos querem fazer as mesmas atividades que todo o grupo está fazendo. É buscar essa adaptação curricular, mas adequando de forma que o aluno com deficiência não fique fora do contexto dos demais”, analisa.
              Cristina sente falta de um apoio mais consistente das escolas e das secretarias municipais de ensino voltado para formações continuadas com o objetivo de entender mais profundamente as deficiências e a atuação na prática da educação inclusiva. Esse apoio, acredita, ajudaria na realização dos planejamentos e adaptações pedagógicas e também contribuiria para o entendimento de quais intervenções podem ser aplicadas para contornar problemas com questões comportamentais em sala, por exemplo. “A gente vai buscando uma coisa aqui e ali: uma colega que indica, outra que coloca alguma atividade no grupo, e assim a gente vai trocando figurinhas sobre experimentos. Mas muitas vezes não sabemos como atuar especificamente em alguns casos”, avalia.
              Para a professora Olinda Rosa Mariano da Silva, o desafio diário é conseguir dar a atenção, o suporte e o acolhimento necessários a todos os seus alunos, incluídos aqueles com deficiência, nos 45 minutos de aula. “Nesse tempo, temos que fazer toda a trajetória, todo o percurso da aula: fazer chamada, colocar o conteúdo na Secretaria Digital, porque somos cobrados por isso em tempo real. Então é complicado. A gente tenta dar o melhor de si”, diz. Olinda leciona para uma média de 38 estudantes por turma, considerando as seis salas com as quais trabalha em duas escolas da rede estadual paulista, em Atibaia (SP). Em uma, leciona Biologia para o 1º ano do Ensino Médio; na outra, Ciências para 6º e 7º anos.
           Para os alunos com deficiência, Olinda costuma preparar e imprimir atividades específicas e acompanhar sua execução. Quando há um professor de apoio presente na sala, ela passa os comandos e esse profissional faz o acompanhamento do exercício. “Não dá para simplesmente dar o comando de uma atividade. O aluno com deficiência não se sente estimulado”, avalia. A professora também reforça que é preciso atuação em conjunto entre professor, escola e familiares. “Temos de agir em equipe, senão esse aluno não vai ter desenvolvimento psicossocial, muito menos na aprendizagem.”
              Essa dificuldade de envolver todos na rotina escolar é percebida por Elizângela Santos Mota, professora de AEE. Ela atende toda a rede municipal de Cedro de São João (SE), que possui quatro escolas, e atua na única sala de recursos multifuncionais da cidade, localizada na EM Antônio Carlos Valadares, que hoje atende 52 estudantes laudados.
              “Pronto, lá vem ela dizer que a inclusão dá certo”, disse já ter ouvido de colegas educadores. Elizângela trabalha diariamente nesse processo de convencimento sobre a necessidade da educação inclusiva, tanto de professores quanto de pais e responsáveis que não acreditam em uma escola que atenda todos os estudantes nas suas necessidades específicas. “Quero entrar na cabeça dessas pessoas para que entendam que essas crianças aprendem, que conseguem”. Para ela, o professor regular precisa ser mais observador, fazer avaliações diagnósticas de aprendizagem da turma sem se prender aos laudos médicos dos alunos, além de se atentar melhor para o contexto familiar e social dos estudantes. “Tudo isso ajuda o educador a montar um planejamento bem articulado para os estudantes”, defende.

Um entendimento ainda em evolução.

             Para Maria Teresa Eglér Mantoan, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Leped/Unicamp), além das questões estruturais que prejudicam a escola, apontadas pelos educadores ouvidos na pesquisa, outro desafio é a necessidade de amadurecer a compreensão sobre o que é educação inclusiva no país.
               “Até agora, no Brasil, a inclusão tem sido interpretada como a inserção de pessoas diferentes na escola comum. E é exatamente o que ela não é”, explica a especialista, que é uma das autoras do livro A escola que queremos para todos(Editora CRV, 2022). Com a Constituição de 1988, o acesso à Educação tornou-se um direito de todos e, portanto, genuinamente inclusivo, explica. “No entanto, isso não é interpretado dessa forma por professores e autoridades educacionais de níveis federal, estadual e municipal.”
           Além disso, desde os anos 1990, diversos marcos legais nacionais e internacionais têm garantido que todos os estudantes, independentemente de sua condição física ou neurológica, tenham direto à Educação escolar e acesso a instituições de ensino comum. Mas,mesmo com esse reconhecimento, os alunos com deficiência ainda são classificados – seja como especiais, excepcionais, com necessidades especiais – de forma a excluí-los, avalia a educadora. “A inclusão não é a inserção dos diferentes na escola. A inclusão é a escola de todos, porque todos são diferentes”, explica Maria Theresa. “O sujeito tem direito à escola não por causa dessa diferença. Ele tem direito à escola porque ele é um ser único, singular, como qualquer outro.”
           Maria Theresa questiona ainda a ideia da integração, comumente usada no contexto da educação inclusiva e tida como uma “inclusão responsável” ou “inclusão possível”. “A inclusão não deveria condicionar de forma alguma o acesso, a permanência e a participação de todos na escola”, explica. A educadora critica o modelo estabelecido pela educação brasileira de impor classificações e parâmetros de aprendizagens, de aproveitamento, de currículo para cada aluno a cada etapa de ensino etc. “A escola parece só aceitar aqueles que possuem as características admitidas pela escola”, pondera.
           Também por isso é contra mudanças ou flexibilizações nos currículos para alunos com deficiência. “O maior crime da educação dita inclusiva é adaptar currículo ou atividades. As adaptações precisam ser de natureza diferente. Por exemplo, uma pessoa cega não vai conseguir fazer uma prova com lápis e papel, mas ela pode fazer com braile ou via computador. O que menos interessa é o meio; o que importa é aquilo que ela vai dizer ou entender sobre o tema da atividade.”
             O desconhecimento sobre o tema, inclusive, pode alimentar uma série de preconceitos. Segundo a pesquisa realizada pela Nova Escola, oito em cada dez profissionais disseram ter percebido discriminação contra estudantes com deficiência. Ainda, segundo o levantamento, os principais agentes do preconceito foram outros alunos (58%) e familiares de estudantes (32%).

Boas práticas inclusivas em sala de aula.

                  Com mais de 25 anos de estudos na área, Maria Theresa acredita que a Educação potente é aquela que aplica práticas diversificadas em sala de aula para atender as necessidades de cada aluno – independentemente se ele tem deficiência ou não. Ela exemplifica que vários formatos e propostas podem ser apresentados e colocados para escolha dos alunos com o intuito de explorar um tema – por exemplo, produção de texto, desenho, música etc. A ideia é deixar o aluno livre para apostar no formato por meio do qual se sente mais confortável para aprender.
                 Trabalhar em grupo também é uma aposta certeira para enturmar e possibilitar trocas em sala e ajuda mútua. “Eu acredito muito no grupo como prática pedagógica, como uma ação que dá resultado”, conta a professora Olinda. Para ela, a metodologia ativa da sala de aula invertida também funciona com grupos diversos, especialmente com suas turmas dos Anos Finais do Fundamental. “Depende muito também do feeling de cada professor e das turmas com as quais está trabalhando na ocasião”, avalia.
                    Para a fase de alfabetização, a professora Cristina já reparou que consegue integrar bem as salas quando propõe atividades envolvendo jogos. “Percebo que é algo que une bastante. Acende aquele desejo de participar e de ganhar”, conta.
                    Em relação às famílias, a professora Olinda costuma alertar os pais e responsáveis para um aspecto importante: “Nas reuniões, lembro que não estou apenas fazendo o filho aprender [para a escola], mas também preparando-o para o mundo. Argumento que esse filho vai crescer e passar para outras fases da escola e da vida. E os pais precisam acompanhá-lo nessa trajetória”. Uma reflexão que também vale para a escola e educadores: como estamos nos preparando para melhor apoiá-los?

(Revista Nova Escola. Por: Rachael Bonino. Acesso em: 03/07/2023. Adaptado.)
Assinale a afirmativa que, conforme o contexto, explica corretamente o uso do sinal de travessão na frase: “Com mais de 25 anos de estudos na área, Maria Theresa acredita que a Educação potente é aquela que aplica práticas diversificadas em sala de aula para atender as necessidades de cada aluno – independentemente se ele tem deficiência ou não.” (19º§)
Alternativas
Q2301532 Português
Apenas 3 em cada 10 alunos com deficiência participam efetivamente das aulas



Pesquisa sobre Educação Inclusiva feita pela Nova Escola revela ainda outros obstáculos enfrentados pelos professores das escolas brasileiras.


      Estrutura física limitada, atendimentos educacionais especializados restritos, falta de formação docente e ainda episódios de preconceito. A escola brasileira ainda enfrenta uma série de obstáculos para promover uma educação inclusiva. As conclusões constam na pesquisa “Inclusão na Educação”, realizada pela Nova Escola, que entrevistou 4.745 educadores em todo o Brasil.
       Entre os achados destaca-se que, para metade dos professores ouvidos, a estrutura física do ambiente escolar é inadequada às necessidades de uma educação inclusiva. As respostas coletadas também indicam que mais da metade das unidades de ensino do país não apresentam nenhuma estrutura física inclusiva. Por exemplo, as rampas de acesso estão presentes em apenas 44% das instituições.
          Já em relação ao apoio pedagógico, quatro em cada dez profissionais afirmam não ter recebido orientação especializada para o desenvolvimento das atividades com alunos com deficiência. Os Atendimentos Educacionais Especializados (AEEs) no contraturno das aulas regulares são realidade para apenas quatro em cada dez professores. A adaptação das atividades a serem realizadas pelos alunos – após a definição dos objetivos e conteúdos pelo professor da sala regular – acontece apenas em quatro de cada dez AEEs, segundo a percepção dos entrevistados.
            Quando questionados sobre a participação dos estudantes, a percepção dos professores é a de que apenas três de cada dez alunos com deficiência se envolvem efetivamente com as atividades em aula. E ainda: somente metade dos profissionais acredita na plena integração dos alunos com deficiência com os demais estudantes no ambiente escolar.

A realidade da educação inclusiva na sala de aula.

        Com 17 anos de magistério, a professora Cristina da Silva Brito trabalha em duas escolas municipais, uma na cidade de Cachoerinha (RS) e outra, em Gravataí (RS). Na primeira, leciona geografia para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, na segunda, para o 1º ano com foco na alfabetização. Em ambas as instituições há alunos com algum tipo de deficiência. Ainda que a escola de Gravataí possua AEE estruturado, os obstáculos são grandes. A começar pelo tamanho da turma – são 26 alunos em uma sala que idealmente deveria abrigar 20 estudantes.
              “Os desafios são muitos. Todos eles precisam ser alfabetizados e do meu mesmo olhar. Então, preciso mesclar atividades para todos os alunos, mas sem diferenciar. Mesmo crianças de seis anos querem fazer as mesmas atividades que todo o grupo está fazendo. É buscar essa adaptação curricular, mas adequando de forma que o aluno com deficiência não fique fora do contexto dos demais”, analisa.
              Cristina sente falta de um apoio mais consistente das escolas e das secretarias municipais de ensino voltado para formações continuadas com o objetivo de entender mais profundamente as deficiências e a atuação na prática da educação inclusiva. Esse apoio, acredita, ajudaria na realização dos planejamentos e adaptações pedagógicas e também contribuiria para o entendimento de quais intervenções podem ser aplicadas para contornar problemas com questões comportamentais em sala, por exemplo. “A gente vai buscando uma coisa aqui e ali: uma colega que indica, outra que coloca alguma atividade no grupo, e assim a gente vai trocando figurinhas sobre experimentos. Mas muitas vezes não sabemos como atuar especificamente em alguns casos”, avalia.
              Para a professora Olinda Rosa Mariano da Silva, o desafio diário é conseguir dar a atenção, o suporte e o acolhimento necessários a todos os seus alunos, incluídos aqueles com deficiência, nos 45 minutos de aula. “Nesse tempo, temos que fazer toda a trajetória, todo o percurso da aula: fazer chamada, colocar o conteúdo na Secretaria Digital, porque somos cobrados por isso em tempo real. Então é complicado. A gente tenta dar o melhor de si”, diz. Olinda leciona para uma média de 38 estudantes por turma, considerando as seis salas com as quais trabalha em duas escolas da rede estadual paulista, em Atibaia (SP). Em uma, leciona Biologia para o 1º ano do Ensino Médio; na outra, Ciências para 6º e 7º anos.
           Para os alunos com deficiência, Olinda costuma preparar e imprimir atividades específicas e acompanhar sua execução. Quando há um professor de apoio presente na sala, ela passa os comandos e esse profissional faz o acompanhamento do exercício. “Não dá para simplesmente dar o comando de uma atividade. O aluno com deficiência não se sente estimulado”, avalia. A professora também reforça que é preciso atuação em conjunto entre professor, escola e familiares. “Temos de agir em equipe, senão esse aluno não vai ter desenvolvimento psicossocial, muito menos na aprendizagem.”
              Essa dificuldade de envolver todos na rotina escolar é percebida por Elizângela Santos Mota, professora de AEE. Ela atende toda a rede municipal de Cedro de São João (SE), que possui quatro escolas, e atua na única sala de recursos multifuncionais da cidade, localizada na EM Antônio Carlos Valadares, que hoje atende 52 estudantes laudados.
              “Pronto, lá vem ela dizer que a inclusão dá certo”, disse já ter ouvido de colegas educadores. Elizângela trabalha diariamente nesse processo de convencimento sobre a necessidade da educação inclusiva, tanto de professores quanto de pais e responsáveis que não acreditam em uma escola que atenda todos os estudantes nas suas necessidades específicas. “Quero entrar na cabeça dessas pessoas para que entendam que essas crianças aprendem, que conseguem”. Para ela, o professor regular precisa ser mais observador, fazer avaliações diagnósticas de aprendizagem da turma sem se prender aos laudos médicos dos alunos, além de se atentar melhor para o contexto familiar e social dos estudantes. “Tudo isso ajuda o educador a montar um planejamento bem articulado para os estudantes”, defende.

Um entendimento ainda em evolução.

             Para Maria Teresa Eglér Mantoan, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Leped/Unicamp), além das questões estruturais que prejudicam a escola, apontadas pelos educadores ouvidos na pesquisa, outro desafio é a necessidade de amadurecer a compreensão sobre o que é educação inclusiva no país.
               “Até agora, no Brasil, a inclusão tem sido interpretada como a inserção de pessoas diferentes na escola comum. E é exatamente o que ela não é”, explica a especialista, que é uma das autoras do livro A escola que queremos para todos(Editora CRV, 2022). Com a Constituição de 1988, o acesso à Educação tornou-se um direito de todos e, portanto, genuinamente inclusivo, explica. “No entanto, isso não é interpretado dessa forma por professores e autoridades educacionais de níveis federal, estadual e municipal.”
           Além disso, desde os anos 1990, diversos marcos legais nacionais e internacionais têm garantido que todos os estudantes, independentemente de sua condição física ou neurológica, tenham direto à Educação escolar e acesso a instituições de ensino comum. Mas,mesmo com esse reconhecimento, os alunos com deficiência ainda são classificados – seja como especiais, excepcionais, com necessidades especiais – de forma a excluí-los, avalia a educadora. “A inclusão não é a inserção dos diferentes na escola. A inclusão é a escola de todos, porque todos são diferentes”, explica Maria Theresa. “O sujeito tem direito à escola não por causa dessa diferença. Ele tem direito à escola porque ele é um ser único, singular, como qualquer outro.”
           Maria Theresa questiona ainda a ideia da integração, comumente usada no contexto da educação inclusiva e tida como uma “inclusão responsável” ou “inclusão possível”. “A inclusão não deveria condicionar de forma alguma o acesso, a permanência e a participação de todos na escola”, explica. A educadora critica o modelo estabelecido pela educação brasileira de impor classificações e parâmetros de aprendizagens, de aproveitamento, de currículo para cada aluno a cada etapa de ensino etc. “A escola parece só aceitar aqueles que possuem as características admitidas pela escola”, pondera.
           Também por isso é contra mudanças ou flexibilizações nos currículos para alunos com deficiência. “O maior crime da educação dita inclusiva é adaptar currículo ou atividades. As adaptações precisam ser de natureza diferente. Por exemplo, uma pessoa cega não vai conseguir fazer uma prova com lápis e papel, mas ela pode fazer com braile ou via computador. O que menos interessa é o meio; o que importa é aquilo que ela vai dizer ou entender sobre o tema da atividade.”
             O desconhecimento sobre o tema, inclusive, pode alimentar uma série de preconceitos. Segundo a pesquisa realizada pela Nova Escola, oito em cada dez profissionais disseram ter percebido discriminação contra estudantes com deficiência. Ainda, segundo o levantamento, os principais agentes do preconceito foram outros alunos (58%) e familiares de estudantes (32%).

Boas práticas inclusivas em sala de aula.

                  Com mais de 25 anos de estudos na área, Maria Theresa acredita que a Educação potente é aquela que aplica práticas diversificadas em sala de aula para atender as necessidades de cada aluno – independentemente se ele tem deficiência ou não. Ela exemplifica que vários formatos e propostas podem ser apresentados e colocados para escolha dos alunos com o intuito de explorar um tema – por exemplo, produção de texto, desenho, música etc. A ideia é deixar o aluno livre para apostar no formato por meio do qual se sente mais confortável para aprender.
                 Trabalhar em grupo também é uma aposta certeira para enturmar e possibilitar trocas em sala e ajuda mútua. “Eu acredito muito no grupo como prática pedagógica, como uma ação que dá resultado”, conta a professora Olinda. Para ela, a metodologia ativa da sala de aula invertida também funciona com grupos diversos, especialmente com suas turmas dos Anos Finais do Fundamental. “Depende muito também do feeling de cada professor e das turmas com as quais está trabalhando na ocasião”, avalia.
                    Para a fase de alfabetização, a professora Cristina já reparou que consegue integrar bem as salas quando propõe atividades envolvendo jogos. “Percebo que é algo que une bastante. Acende aquele desejo de participar e de ganhar”, conta.
                    Em relação às famílias, a professora Olinda costuma alertar os pais e responsáveis para um aspecto importante: “Nas reuniões, lembro que não estou apenas fazendo o filho aprender [para a escola], mas também preparando-o para o mundo. Argumento que esse filho vai crescer e passar para outras fases da escola e da vida. E os pais precisam acompanhá-lo nessa trajetória”. Uma reflexão que também vale para a escola e educadores: como estamos nos preparando para melhor apoiá-los?

(Revista Nova Escola. Por: Rachael Bonino. Acesso em: 03/07/2023. Adaptado.)
Considerando o uso da linguagem no texto apresentado, assinale a afirmativa que melhor descreve a diferença entre a denotação e a conotação no contexto específico.
Alternativas
Q2301357 Nutrição
Digestão é a transformação dos alimentos em substâncias assimiláveis, realizada no aparelho digestório ou digestivo, por meio de dois tipos de processos: mecânico e químico. Ao ingerir uma refeição composta por batata frita e ovo cozido, a digestão da batata 
Alternativas
Q2301352 Nutrição
Para garantir a qualidade dos alimentos, devem ser evitadas as doenças de origem alimentar, enfatizando as situações que visem à prevenção da veiculação de agentes patogênicos de maior severidade, bem como as condições de maior risco. São vários os instrumentos que podem ser utilizados para garantir a qualidade dos alimentos. Dentre eles há a aplicação do sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC); marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) No Brasil, os estabelecimentos que processam e prestam serviços no setor de alimentos e os serviços de vigilância sanitária devem aplicar algum instrumento para garantir a qualidade dos alimentos, sendo o APPCC de caráter optativo.

( ) O primeiro passo para o desenvolvimento do plano de APPCC é a formação de uma equipe multidisciplinar, incluindo membros de todas as áreas envolvidas com o produto, delegando responsabilidades.

( ) Deve ser dada atenção especial ao item de ação corretiva, visto que o funcionário deverá saber o que fazer quando o critério não for atingido, já que tal ação deve ser imediata.

A sequência está correta em
Alternativas
Q2301351 Nutrição
Para que suas atividades possam ser adequadamente desempenhadas, as Unidades de Alimentação e Nutrição (UANs) precisam planejar, programar e controlar tanto as suas atividades principais quanto as secundárias. Uma tarefa essencial é a programação de quantidades de produtos a ser adquiridos e que seja feita de forma adequada, para evitar custos e desperdício. Considere que em determinada escola servirá chuchu cozido aos 450 escolares – 36 gramas a porção a ser oferecida; fator de correção de 1,45; fator de cocção de 0,9. Quantos quilos de chuchu o nutricionista deverá adquirir para preparar a refeição?
Alternativas
Q2301309 Direito Administrativo
Tendo em vista que os poderes da Administração Pública são instrumentos de ação do poder público que se traduz em um poder-dever de agir sempre limitado aos ditames da lei, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q2301308 Direito Administrativo
Sobre os atos administrativos, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q2301307 Direito Administrativo
Considerando que o Município Alfa possui, na estrutura de sua Administração Pública descentralizada, uma autarquia, e que tal entidade se divide internamente em órgãos públicos, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q2301306 Direito Administrativo
O Município de Astolfo Dutra, verificando que determinado estabelecimento comercial estava exercendo suas atividades sem o necessário alvará da vigilância sanitária, expediu uma ordem de interdição do local, até a regularização da situação. O proprietário do estabelecimento argumentou que somente fecharia as portas por meio de ordem judicial. Quanto ao fato narrado, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q2301305 Direito Administrativo
O regime jurídico administrativo pode ser compreendido como o conjunto de sujeições e prerrogativas aplicáveis às pessoas jurídicas de direito público, em razão, respectivamente, dos princípios da indisponibilidade de interesse público e da supremacia do interesse público. Neste sentido, trata-se de um exemplo válido de sujeição aplicável à Administração Pública:
Alternativas
Q2301304 Direito Constitucional
Sobre as associações e direito de propriedade conforme disciplina a Constituição Federal, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar.

( ) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial.

( ) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública nestes casos sem direito à indenização.

( ) A pequena propriedade rural será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu débito.

A sequência está correta em
Alternativas
Q2301302 Direito Constitucional
Marcos, 38 anos, capaz, foi nomeado para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público, e já havia adquirido a estabilidade legal quando o seu cargo foi extinto por ter sido considerado desnecessário à Administração Pública. Tendo em vista a situação hipotética em comento, Marcos
Alternativas
Q2301301 Direito Constitucional
À luz da Constituição Federal de 1988 sobre a organização político-administrativa, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q2301300 Direito Constitucional
Considerando o disposto na Constituição Federal sobre os institutos da graça; anistia; e, indulto, analise as afirmativas a seguir.

I. A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos.

II. A anistia é um benefício concedido pelo Congresso Nacional por meio de Lei Federal, que apaga a pena e todas as suas consequências; a graça e o indulto são benefícios concedidos pelo Presidente da República, por meio de Decreto.

III. A lei considera inafiançável e insuscetível de graça ou anistia a prática do racismo, por ele respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-lo, se omitirem.

IV. Constitui crime afiançável e prescritível e suscetíveis de graça a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático.

Está correto o que se afirma apenas em 
Alternativas
Q2301299 Atualidades
Brasil tem primeiro caso de gripe aviária em animal caseiro

Enquanto os Estados Unidos começam a dar sinais de que estão saindo da gripe aviária, a tensão aumenta no Brasil com o primeiro caso registrado da doença em animais de criação caseira. O Ministério da Agricultura e Pecuária informou a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade em uma criação de subsistência no município de Serra (ES). A propriedade tinha pato, ganso, marreco e galinha. O vírus chegou ao Brasil em dia 15 de maio, também pelo Espírito Santo, em aves silvestres. A ocorrência da doença em aves de subsistência não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O consumo e a exportação de produtos permanecem seguros, segundo o Ministério.
(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/vaivem/2023/06/brasil-tem-primeiro-caso-de-gripe-aviaria-em-animal-caseiro.shtml. Acesso em: 07/2023.)

Sobre a gripe aviária, é correto afirmar que:
Alternativas
Q2301298 Conhecimentos Gerais
A Nova Fronteira lança um box de dois volumes com textos de Ariano Suassuna — que faria 96 anos este ano — publicados no Diário de Pernambuco nos anos 1970. Logo depois da morte de Ariano Suassuna, em julho de 2014, a imprensa se movimentou para noticiar a existência de um livro inédito deixado pelo fundador do Movimento Armorial. O que poucos sabiam, no entanto, é que, além deste livro sobre o qual Ariano se debruçou por mais de 30 anos, havia diversos outros títulos jamais publicados. Há peças de teatro, romances, além de um livro de poesia. Tudo isso será publicado pela Nova Fronteira.
(Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/radar/editora-vai-lancar-livros-com-textos-de-ariano-suassuna-em-jornal. Acesso em: 07/2023.)

Ariano Suassuna foi um escritor brasileiro. Com obras adaptadas para a televisão e para o cinema, elas reúnem, além da capacidade imaginativa, seus conhecimentos sobre o folclore nordestino. Um ícone da cultura nordestina e nacional, Ariano escreveu a obra: 
Alternativas
Q2301297 Conhecimentos Gerais
Conselheiro Lafaiete tem dois casos confirmados de febre maculosa
Casal faleceu este mês com sintomas parecidos com os da febre maculosa; busca tardia por tratamento reduz chance de sobrevivência.

A Fundação Ezequiel Dias (Funed) informou, que os exames feitos em material colhido do casal que morreu no início do mês em Conselheiro Lafaiete, Região Central de Minas, foram positivos para febre maculosa. Minas já tem nove casos de febre maculosa, com duas mortes. Em junho, um casal se sentiu mal apresentando sintomas parecidos com os da febre maculosa, que podem também ser confundidos com os da dengue. Manchas no corpo, febre alta, dores de cabeça, cansaço e desânimo são alguns deles. Ambos vieram a óbito.

(Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2023/06/23/interna_gerais,1511455/conselheiro-lafaiete-tem-dois-casos-confirmados-defebre-maculosa.shtml#google_vignette. Acesso em: 07/2023.)

A febre maculosa evidencia alguns sintomas parecidos com outras doenças como a dengue:
Alternativas
Q2301296 Conhecimentos Gerais
Governo avalia ajuste no arcabouço fiscal. O próprio arcabouço fiscal prevê mecanismos que autorizam a recomposição desses valores no ano que vem em dois momentos. Como esses mecanismos de ajustes serão acionados no ano que vem, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) precisaria ser enviado com até R$ 40 bilhões de cortes. A avaliação é que politicamente seria delicado já iniciar o arcabouço com cortes. Por isso, as discussões para recompor as despesas já estão no PLOA.
(Disponível em: https://exame.com/economia/governo-avalia-ajuste-no-arcabouco-fiscal-para-evitar-corte-de-r-40-bi-no-orcamento-de-2024/ Acesso em: 07/2023.)

O arcabouço fiscal trata-se de:
Alternativas
Q2301295 Conhecimentos Gerais
A pandemia colocou em xeque o modelo da educação e provou a necessidade do uso da tecnologia nas escolas. A urgente utilização de ferramentas tecnológicas, com pouco ou nenhum preparo de professores e gestores, como única possibilidade de dar continuidade à aprendizagem dos alunos, jogaram luz na defasagem de formatos de ensino e acelerou mudanças. O que vimos em grande parte das vezes foi o uso inadequado e não preparado para promover a aprendizagem.
(Disponível em: https://www.metropoles.com/distrito-federal/educacao-df/tecnologia-e-metodologias-ativas-mudam-escola. Acesso em: 07/2023.)

Em pauta há anos, as metodologias ativas continuam no radar de professores e gestores. Os docentes ainda precisam se apropriar de forma mais robusta desses métodos, que podem ajudar bastante na recomposição das aprendizagens. Dentre alguns exemplos de metodologias ativas podemos apontar:
Alternativas
Q2301294 Raciocínio Lógico
O prédio de uma repartição pública possui três andares, onde 44 funcionários exercem suas atividades. Sabe-se que 26 funcionários trabalham no primeiro andar; 20 funcionários trabalham no segundo andar; e, 24 funcionários trabalham no terceiro andar. Alguns funcionários trabalham em mais de um andar, como é o caso de 8 funcionários que trabalham no primeiro e segundo andares; 10 funcionários que trabalham no segundo e terceiro andares; e, 6 funcionários que trabalham nos três andares. Considerando tais condições, quantos funcionários trabalham, exclusivamente, no primeiro e terceiro andares?
Alternativas
Respostas
3861: B
3862: D
3863: B
3864: B
3865: D
3866: A
3867: A
3868: C
3869: A
3870: D
3871: A
3872: A
3873: D
3874: A
3875: D
3876: D
3877: B
3878: A
3879: A
3880: B