Questões de Concurso
Sobre aspectos psicológicos da educação em pedagogia
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Julgue o item a seguir.
Durante a primeira infância, as crianças não desenvolvem
habilidades cognitivas complexas, pois seu cérebro ainda
não estão completamente formado para processar
informações de forma sofisticada, de acordo com
estudos neurocientíficos contemporâneos.
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A primeira infância é definida como o período dos 0 aos 6
anos de idade, uma fase marcada por intensos
desenvolvimentos físico, cognitivo e emocional.
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O desenvolvimento cerebral na primeira infância não é
significativamente afetado pela qualidade das interações
sociais e emocionais que a criança experimenta.
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A primeira infância é amplamente reconhecida como um
período crítico de desenvolvimento, no qual ocorrem
mudanças significativas em diversas áreas. Durante essa
fase, o cérebro está em rápida formação sendo altamente
sensível aos estímulos do ambiente. A qualidade dos
cuidados e experiências durante a primeira infância tem
um impacto substancial no desenvolvimento cognitivo,
emocional e social da criança, influenciando seu potencial
futuro.
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Durante a primeira infância, a plasticidade cerebral é
maximizada devido a uma combinação complexa de
fatores neurobiológicos, incluindo a proliferação de
sinapses, do refinamento sináptico e a poda sináptica
guiada por atividade neuronal. Esses processos
altamente dinâmicos permitem uma adaptação flexível
do cérebro infantil ao ambiente, facilitando o
desenvolvimento de habilidades cognitivas, emocionais e
sociais fundamentais.
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Na primeira infância, as crianças absorvem informações
apenas por meio do ambiente ao seu redor, sem a
necessidade de interação social ou estímulos específicos,
como propõe a teoria sociocultural de Vygotsky.
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Durante a primeira infância, as crianças não desenvolvem
habilidades motoras refinadas, uma vez que seus corpos
ainda não estão suficientemente desenvolvidos para
realizar movimentos complexos e coordenados, de
acordo com a teoria do desenvolvimento motor de Gesell.
Julgue o item subsequente.
A neurociência afirma que o desenvolvimento das
funções executivas é completamente determinado pela
genética, e que a educação e o exercício físico não têm
impacto significativo nesse processo, tornando as
práticas educativas baseadas em neurociência
redundantes.
Julgue o item subsequente.
A neurociência tem impacto direto na educação,
especialmente ao integrar conhecimentos sobre funções
executivas, como memória de trabalho e controle
inibitório, que são essenciais para aprimorar estratégias
pedagógicas em contextos de vulnerabilidade social.
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Os currículos escolares são elaborados exclusivamente
com base em teorias pedagógicas comportamentais,
ignorando abordagens construtivistas e outras
perspectivas educacionais.
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Segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo passa por
quatro estágios distintos: sensório-motor, pré-operatório,
operatório-concreto e operatório-formal. Cada estágio é
caracterizado por diferentes capacidades e formas de
pensamento, representando uma progressão qualitativa
no processamento de informações e na compreensão do
mundo.
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Piaget reconheceu a importância da escola e do ambiente
educacional no desenvolvimento cognitivo da criança. No
entanto, por ter conhecimento inatos, transmitidos
geneticamente, essa influência da escola torna-se restrita
à transmissão de conhecimento acadêmicos que serão
importantes na vida escolar dos estudantes.
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Vygotsky argumentou que a mediação pedagógica tem
impacto pouco significativo no desenvolvimento das
crianças, pois elas são essencialmente autônomas na
construção do conhecimento. Ele defendeu uma
abordagem educacional que prioriza a autonomia do
aluno, minimizando a importância da intervenção do
professor.
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Vygotsky propôs que a linguagem desempenha um papel
central no desenvolvimento cognitivo, servindo como
uma ferramenta para a organização do pensamento e a
mediação da atividade mental. Ele argumentou que o
desenvolvimento da linguagem está intimamente ligado
ao desenvolvimento de funções cognitivas superiores,
como atenção, memória e resolução de problemas.
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A argumentação, embora seja uma forma de ação
discursiva, não necessariamente busca a adesão do
outro através de convencimento ou persuasão. Na
verdade, pode se manifestar como um exercício de
autoexpressão descontextualizada, sem preocupação
com a influência sobre o interlocutor.
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A linguagem é uma forma de ação socialmente mediada
e organizada pelo discurso, transcendendo a mera
construção individual descontextualizada. Essa
perspectiva sociointeracionista e discursiva reconhece a
língua como uma prática compartilhada entre sujeitos,
contextualizada historicamente, e se manifesta através
de uma variedade de ações de linguagem, como
persuadir, narrar, opinar, entre outras.
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Vygotsky defendeu que o desenvolvimento cognitivo da
criança é determinado pelo seu nível de maturação
biológica e não é influenciado pelo ambiente social ou
cultural. Ele considerou o ambiente apenas como um
recipiente passivo para a expressão das habilidades
cognitivas pré-determinadas.
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Vygotsky concebeu o desenvolvimento infantil como um
processo complexo influenciado pela interação entre
fatores biológicos e socioculturais. Sua teoria reconhece
que o desenvolvimento cognitivo das crianças é moldado
pela dinâmica entre aspectos biológicos inatos e
influências socioculturais, indo além de uma abordagem
puramente determinista ou ambientalista.
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Quando falamos em desenvolvimento socioafetivo,
devemos nos lembrar que esse tipo de desenvolvimento
atinge seu pico na adolescência e permanece estável ao
longo da vida adulta, com pouca capacidade de
mudança.
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O desenvolvimento cognitivo das crianças é um processo
simples, no qual a influência de fatores ambientais,
sociais, biológicos e culturais interage de forma não linear
e multidirecional, resultando em trajetórias individuais
altamente variáveis, nas quais a idade cronológica e o
estágio de desenvolvimento biológico desempenham
apenas um papel periférico e limitado na determinação
do progresso cognitivo.