Rebeca e Renato são casados há oito anos e não conseguem ter filho, razão pela qual decidiram realizar fertilização in vitro. No procedimento foram obtidos cinco
embriões, mas apenas três foram implantados. Passados três anos, a clínica X, local onde os dois embriões
encontram-se congelados, entrou em contato com
Rebeca e Renato informando que as células-tronco
embrionárias seriam vendidas, como objeto de estudo,
para uma faculdade de medicina. Diante da situação
hipotética, considerando o atual entendimento do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que a clínica X
Haja vista o envio de relatórios de inteligências financeiras pelo COAF, no exercício de suas atribuições, reportando ao Ministério Público movimentações financeiras
suspeitas de X, funcionário público, e de seus familiares,
é requisitada a instauração de Inquérito Policial, o que é
atendido pela autoridade competente. Após oitivas dos
envolvidos, o inquérito policial é encerrado, com o indiciamento dos investigados, por lavagem, ato que acarretou
o automático afastamento de X de suas funções. Uma
vez remetidos os autos ao Ministério Público, este entendeu por solicitar, mediante autorização judicial, cópia das
declarações de imposto de renda dos investigados, dos
últimos 05 anos. A decisão judicial não só acata o pedido
de quebra do sigilo fiscal, mas também, com base nos indícios presentes, determina, de ofício, busca e apreensão
nos domicílios dos alvos, haja vista a provável ocultação
de outros bens de valor. Cumpridas as diligências e de
posse tanto das declarações de renda, veiculando renda
declarada incompatível com as movimentações apontadas pelo COAF, bem como a apreensão de diversos bens
valiosos, de origem não comprovada, o Ministério Público
denuncia todos, sendo imputados os tipos de lavagem e
corrupção passiva a X e apenas o delito de lavagem aos
seus familiares. Embora um dos acusados por lavagem
não tenha sido localizado, sendo citado por edital, o prosseguimento do processo é mantido, com constituição de
defensor público. Os demais são pessoalmente citados,
constituindo defensor de confiança. Após juízo de admissibilidade positivo e regular instrução, é proferida sentença condenatória contra todos, pelos delitos imputados.
Mesmo sem pedido expresso na exordial, é determinado o confisco alargado de bens e valores considerados
sem lastro nos rendimentos habituais dos investigados.
Considerando a situação hipotética e tendo em conta a
jurisprudência dos tribunais superiores,
No âmbito de uma investigação de organização criminosa, voltada ao tráfico de drogas e de armas, por representação da autoridade policial, após manifestação
do Ministério Público, foram deferidas a interceptação
telefônica, a quebra de sigilo de dados telemáticos, bem
como a infiltração de agentes, esta última pelo prazo de
seis meses. Ao longo das investigações, foram sendo
prorrogadas as interceptações telefônicas, com base em
representação da autoridade policial, sem justificação
pormenorizada da necessidade. Com a proximidade do
término do prazo anteriormente fixado para a infiltração
de agentes, a autoridade policial representou pela prorrogação, que contou com a concordância do Ministério
Público. O Juiz, mais que deferir a prorrogação da infiltração de agentes, nos moldes anteriormente autorizados,
de ofício, autorizou a infiltração de agentes em meio virtual, caso os investigadores julgassem necessário, com
expressa menção à possibilidade de monitoramento via
espelhamento do software WhatsApp Web, em virtude
de, no curso da investigação, surgirem elementos a indicar que a organização criminosa também se dedicava
a crimes de venda de material pornográfico envolvendo
criança e adolescente. Cabe destacar que a autoridade
policial também comunicou o Juízo da utilização da ação
controlada, que não contou com autorização judicial, tanto que na decisão que prorrogou a infiltração de agentes
e autorizou o espelhamento do WhatsApp, não há menção a ela. Dada a autorização, os investigadores, por intermédio do espelhamento via aplicativo WhatsApp Web,
acessaram diversas comunicações, documentando-as
em relatórios de investigações.
Com base na situação hipotética e tendo em vista a jurisprudência atual do Superior Tribunal de Justiça, assinale
a alternativa correta.
Caio contrata Mévio, para matar Seprônia, sua ex-chefe,
que não perdoa por ter sido demitido. Antes, contudo, solicita que Mévio mantenha Seprônia presa, por alguns dias,
em um quarto fechado, infestado de baratas, inseto do
qual ela tem fobia. Para tanto, Caio entrega a Mévio metade do valor convencionado, comprometendo-se a pagar
o restante somente após a morte. Mévio passa a seguir
Seprônia e, no dia em que ela caminhava, sozinha, por rua
sem movimento, a aborda, com arma de fogo, obrigando-a
a entrar no carro, partindo para um bairro distante, onde já
tinha uma casa alugada, para mantê-la, em cárcere privado. Seprônia é trancada em um quarto fechado, todo escuro, sem ventilação, infestado de baratas. Passados alguns
minutos presa, Seprônia percebe a presença das baratas
e começa a gritar, em desespero. Mévio a mantém presa,
por três horas, mas, tendo se excitado com os gritos de
pavor de Seprônia, decide tirá-la do quarto, mantendo com
ela, sob ameaça de arma de fogo, conjunção carnal forçada. Após, Mévio volta a manter Seprônia presa, no quarto.
Durante o período em que Seprônia é mantida trancada,
Caio e Mévio se falam. Mévio não conta que submeteu
Seprônia à conjunção carnal forçada, apenas reportando a
ele o desespero dela, em razão das baratas. No dia em que
Mévio mataria Seprônia, ele vê no jornal televisivo a notícia
do desaparecimento dela, seguida de entrevista da mãe,
chorando pelo sumiço da filha. Neste momento, Mévio se
dá conta de que Seprônia é filha de Tícia, sua professora
de infância, que o ensinou a ler, além de auxiliar sua família
carente, ao longo de anos. Diante disso, Mévio decide não
mais matar Seprônia, libertando-a, após a manter em cárcere privado, por 5 dias. Mévio comunica a decisão a Caio,
que disse que por conta de Seprônia permanecer viva,
tudo viria à tona e eles acabariam presos. Caio ainda falou
que nada mais devia a Mévio, já que ele não cumpriu com
metade do acordo. Diante da situação hipotética, assinale
a alternativa correta.
Caio, comerciante, contratou dois rapazes para distribuir
panfletos anunciado a venda de mercadoria com prazo de
validade vencido há poucos dias, por preço muito inferior
ao praticado no mercado. Logo que iniciada a distribuição,
um dos rapazes, sem saber, entrega um dos panfletos
a agente policial, não identificado, em dia de folga, que
passava pelo local. O policial, ao constatar o teor do panfleto, de imediato, interrompeu a distribuição antes que
qualquer outra pessoa recebesse o papel. Levado à loja
de Caio, pelos rapazes, o policial não localizou nenhuma
mercadoria no estabelecimento com prazo de validade
vencido exposta à venda ou em depósito. Diante da situação hipotética, assinale a alternativa correta.
Caio, bombeiro salva-vidas aposentado, que atualmente é instrutor de aula de surfe, está na praia, aguardando possíveis clientes. Tício, bombeiro salva-vidas,
que precisava levar o filho em consulta médica, pede a
Caio que o substitua, por duas horas. Caio não aceita
o encargo, pois precisa trabalhar no seu negócio. Tício,
mesmo assim, resolve se ausentar. Caio, enquanto
observava o mar, vê Mévio nadando em local perigoso e, de imediato, grita para o homem retroceder, avisando do perigo. O homem não atende Caio e ainda o
xinga de velho caquético, afirmando saber nadar. Pouco tempo depois, Mévio começa a se afogar. Caio, ao
perceber o afogamento de Mévio, não presta socorro,
deixando a orla da praia. Tício, que retornava à praia
para ocupar sua função de bombeiro, presta socorro a
Mévio que, entretanto, não sobrevive devido ao tempo
que permaneceu na água.
Diante da situação hipotética, assinale a alternativa
correta.
Mévio, brasileiro, em voo com destino ao exterior, em
aeronave de propriedade de empresa aérea brasileira,
quando já em espaço aéreo estrangeiro, a fim de satisfazer a própria lascívia, aproveitando-se que a passageira
ao lado dormia, masturba-se, ejaculando sobre o corpo
da mulher que, imediatamente, acorda. A mulher também
é brasileira. Mévio é detido, assim que a aeronave pousa
em solo estrangeiro. No entanto, pouco tempo depois,
por decisão judicial que julgou a conduta por ele praticada atípica, não abarcada no tipo penal estrangeiro equivalente ao crime de estupro e ante a inexistência de tipo
penal estrangeiro equivalente ao crime de importunação
sexual, é absolvido. Logo após a decisão absolutória,
Mévio retorna ao Brasil, sendo certo que aqui, em vista
da repercussão do caso na imprensa, por iniciativa da
autoridade policial, passa a ser investigado por crime de
importunação sexual.
A respeito da situação hipotética, assinale a alternativa
correta.
Tendo em conta as situações hipotéticas a seguir e o
entendimento do Superior Tribunal de Justiça a respeito
da imposição de medida de segurança, assinale a alternativa correta.
Com base na Constituição do Estado de Rondônia, julgue os itens seguintes.
I Devido à separação dos Poderes, é vedada terminantemente a delegação de atribuições entre eles.
II É proibido ao poder público estadual interromper obras iniciadas em gestões precedentes.
III Se o diretor de empresa fornecedora do estado for aprovado em concurso público para cargo na administração pública do estado,
ele deverá, em regra, deixar a função de diretoria na empresa antes de tomar posse no cargo público, caso contrário estará sujeito à
demissão do referido cargo público.
IV Os membros do Ministério Público do Estado de Rondônia detêm a garantia de inamovibilidade, o que implica a impossibilidade
de serem afastados compulsoriamente de sua lotação, em qualquer circunstância.
Estão certos apenas os itens