Questões de Concurso
Sobre temas educacionais pedagógicos em pedagogia
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Embora a elaboração do Projeto Político-Pedagógico (PPP) se configure como uma exigência legal, vale reafirmar que a instituição de ensino não deve produzir apenas para atender a legislação educacional. Para além da exigência legal, a elaboração do PPP se configura como um importante instrumento para a organização do trabalho pedagógico diante dos anseios da comunidade escolar. No processo de (re)construção do PPP, é importante observar algumas características e dimensões que organizam o trabalho pedagógico e orientam a escola no cumprimento de sua função social, buscando assegurar o sucesso da aprendizagem do aluno. Sobre as características do PPP, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A participação é coletiva, devendo primar pelo envolvimento efetivo dos vários segmentos que compõem a escola.
( ) Possui abrangência global que abarca outros projetos de ação capaz de possibilitar a unidade e a organicidade das atividades desenvolvidas na escola.
( ) O marco situacional e o marco operacional devem ser revisitados no início de cada ano letivo. O marco conceitual, por ser composto de concepções, apresenta uma duração maior e não exige revisão, podendo manter-se o mesmo por vários anos letivos.
( ) A concretização processual não se esgota na elaboração do documento, ou na realização de uma ação. Baseia-se no exercício constante de avaliação e articulação entre ação-reflexão-ação.
A sequência está correta em
O desafio atual está em encontrar novos modelos de organização escolar que sejam compatíveis com os avanços nos campos da ciência e da cultura, procurando caminhos que tirem, afinal, o ensino escolar das amarras estabelecidas no século XIX. Seguramente não é um trabalho fácil, mas precisa ser enfrentado, se quisermos que nossos filhos e filhas, alunos e alunas, tenham uma formação intelectual e ética de acordo com as necessidades da sociedade na qual terão de viver (e que não sabemos qual será).
(Araújo, 2003, p. 72.)
A proposta de ensino transversal concebida por Araújo (2003) conduz a necessidade de repensar as bases metodológicas e epistemológicas da escola. A reorganização da estrutura do ensino proposta pelo autor tem como objetivo a construção de um novo modelo de organização escolar coerente com os atuais avanços científicos e culturais. Segundo Araújo, para pôr em prática tal reorganização, a escola precisa romper com:
I. A democracia nas relações escolares.
II. A fragmentação radical dos conhecimentos.
III. Certas hierarquias estabelecidas no currículo.
IV. A visão intervencionista e mediadora do professor.
V. A descontextualização entre os conteúdos científicos e os saberes populares.
Está correto o que se afirma apenas em
[...] fica explícito que a escola é, por excelência, o locus da produção de conhecimentos. Isso requer dos professores e coordenadores sua afirmação como sujeitos competentes técnica e politicamente (Saviani, 2003), para construírem saberes com base na reflexão sobre a própria prática e, por consequência, capazes de assumir o papel de transformar a realidade educacional, combatendo a escola dualista e classista ainda presente na sociedade brasileira.
(Disponível em: Rev. Bras. De Estudos Pedagógicos. Brasília, v. 95, n. 241, 2014. http://rbep.inep.gov.br/ojs3/index.php/rbep/issue/view/282/20. Adaptado.)
NÃO é considerada uma competência do coordenador pedagógico:
Considere a imagem que representa hipoteticamente uma reunião do Conselho de Classe em uma cultura escolar tradicionalmente instalada, para análise das notas obtidas pelo aluno “J” no 8º ano do ensino fundamental:
Considerando o contexto, o papel do Conselho de Classe é, EXCETO:
De acordo com Araújo (2003), o objetivo da educação gira em torno de dois eixos: a “instrução” e a “formação”. A instrução refere-se à transmissão dos conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade e representados, na escola, pelos conteúdos disciplinares; a formação volta-se para a ética e a cidadania, que pressupõem a construção de uma sociedade que garanta vida digna para todos os seres humanos, compreendendo o desenvolvimento de aspectos que deem, aos alunos, certas “[...] condições físicas, psíquicas, cognitivas e culturais necessárias para uma vida pessoal digna e saudável e para poderem exercer e participar efetivamente da vida política e pública da sociedade, de forma crítica e autônoma”. Considerando o exposto, bem como os eixos instrução e formação, o autor apresenta uma proposta de trabalho pedagógico pautada nos princípios da transversalidade e da estratégia de projetos. Diante disso, analise as afirmativas a seguir.
I. A articulação entre a transversalidade e a estratégia de projetos pauta-se em um trabalho interdisciplinar, em que os conhecimentos são vistos como uma rede de relações, em um percurso não linear, permeado por incertezas.
II. Para a construção de um projeto, a temática é escolhida pelo docente diante do currículo de formação. Em seguida, poderá ser apresentada aos alunos, para que informem suas curiosidades e interesses a respeito do tema a ser abordado.
III. O foco do projeto deverá estar relacionado, por exemplo, aos direitos humanos, à afetividade, aos problemas sociais, à resolução de conflitos etc. Tal temática articula-se aos conteúdos escolares.
IV. Ao longo do projeto, as disciplinas escolares vão sendo contempladas e passam a oferecer suporte na busca por respostas às questões levantadas pelo grupo. O planejamento dos conteúdos disciplinares a ser ensinado e aprendido, assim como as estratégias metodológicas das aulas, é elaborado pelo docente, considerando o currículo referente à idade/série.
Está correto o que se afirma apenas em
Compete ao coordenador pedagógico (CP) [...] “em seu papel formador, oferecer condições ao professor para que aprofunde sua área específica e trabalhe bem com ela, ou seja, transforme o seu conhecimento específico em ensino”. Importa, então, destacar dois dos principais compromissos do CP: com uma formação que represente o projeto escolar [...] e com a promoção do desenvolvimento dos professores. Imbricados no papel formativo, estão os papéis de articulador e transformador.
(Placco; Almeida; Souza, 2011. Adaptado.)
Considerando a promoção do desenvolvimento do professor, o coordenador pedagógico poderá utilizar estratégias complementares de trabalho; marque V, para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Reduzir o burocrático ao mínimo, para não comprometer o fundamental do trabalho educativo.
( ) Ter uma visão estratégica, identificando, no grupo, quem está apto para mudanças, reconhecê-lo para fortalecê-lo; isso facilita um trabalho inicial.
( ) Conferir e assinar documentos escolares, encaminhar processos ou correspondências da escola, de comum acordo com a secretaria escolar.
( ) Acompanhar a aula é um poderoso recurso para a formação do professor. A aula deverá ser assistida, e, no momento oportuno, o coordenador fará uma devolutiva. Ainda, a aula poderá ser filmada e discutida, posteriormente, em grupo.
( ) Recorrer a análise de casos concretos para estudo é um bom método de aprendizagem para a inovação, ou seja, toma-se uma situação objetivamente transformada e estuda-se seu processo, tentando descobrir os determinantes da mudança.
A sequência está correta em
A especificidade da atuação do coordenador pedagógico, segundo Vasconcelos (2002), refere-se aos processos de aprendizagem, onde quer que ocorram, e para que este papel possa se efetivar na instituição de ensino, e o Coordenador Pedagógico possa ajudar a produzir as mudanças indispensáveis nas práticas de ensino são necessárias as condições “objetivas” e “subjetivas”.
Sobre as dimensões objetivas para a ação do coordenador pedagógico, assinale a afirmativa INCORRETA.
Quando analisamos a função social da escola na educação através do ensino, nos damos conta que a atuação da Coordenação Pedagógica será no campo da mediação, pois quem está diretamente vinculado à tarefa do ensino stricto sensu é o professor. O supervisor-coordenador relaciona-se com o professor, visando sua relação – diferenciada, qualificada – com os alunos; neste contexto, é preciso atentar para a necessária articulação entre pedagogia da sala de aula e pedagogia institucional, uma vez que, no fundo, o que está em questão é a mesma tarefa: a formação humana [...].
(Vasconcelos, 2002. Adaptado.)
Considerando que quem pratica, quem gere a prática pedagógica é o professor, e quando a coordenação pedagógica não estabelece uma dinâmica de interação que facilite o avanço na sala de aula, é possível inferir que ocorre:
De acordo com Magda Soares, uma nova concepção de aprendizagem e ensino da língua escrita ocorre através de mudanças significativas nas concepções de aprendizagem e ensino da língua escrita e vem ocorrendo desde os anos 80, do século anterior. Essa mudança é fruto, fundamentalmente, dos seguintes fatores; analise-os.
I. As ciências linguísticas, a sociolinguística, a psicolinguística, a linguística textual e as análises do discurso começam a ser “aplicadas” ao ensino da língua materna: novas concepções de língua e linguagem, de variantes linguísticas, de oralidade e escrita, de texto e discurso, reconfiguram o objeto da aprendizagem e do ensino da escrita e, consequentemente, o processo dessa aprendizagem e desse ensino.
II. A psicologia genética piagetiana traz uma nova compreensão do processo de aprendizagem da língua escrita, através, particularmente, das pesquisas e publicações de Emília Ferreiro e seus colaboradores, obrigando a uma revisão radical das concepções do sujeito aprendiz da escrita, e de suas relações com esse objeto de aprendizagem – a língua escrita.
III. A teoria do Behaviorismo faz uma importante contribuição para a alfabetização, pois o método sintético se estrutura em suas bases. Insiste, fundamentalmente, em uma correspondência entre o oral e o escrito, entre o som e a grafia. O seu ensino inicia-se de um grau de dificuldade mais simples percorrendo até chegar a um mais complexo, ou seja, o sistema de ensino parte das partes para um todo; primeiro a criança domina o alfabeto, depois as sílabas, as palavras, frases e, finalmente, os textos.
Está correto o que se afirma em
Na comunidade escolar existem pontos que contribuem para o surgimento dos conflitos e que, na maioria das vezes, não são explícitos ou mesmo percebidos. A prioridade que se dá para os diferentes conflitos escolares é um primeiro ponto. Martinez Zampa (2005, p. 29) diz que os professores consideram que os conflitos mais frequentes e importantes se dão entre seus colegas e diretores, colocando em segundo lugar de importância os conflitos entre alunos.
(Disponível em: https://www.scielo.br/j/ensaio/a/TytpKNQ94yYRNYmhqBXTwxP/?lang=pt&format=pdf. Adaptado.)
Considerando os conflitos educacionais entre membros da comunidade educacional ocorridos na escola, analise as afirmativas a seguir.
I. Conflitos entre as autoridades formal e funcional: surgem quando não há coincidência entre a figura da autoridade formal (diretor) e da autoridade funcional (líder situacional).
II. Conflitos em torno da pluralidade de pertencimento: ocorrem quando o docente faz parte de diferentes estabelecimentos de ensino, ou mesmo de níveis diferentes de ensino.
III. Conflitos para definir o projeto institucional: surgem porque a construção do projeto educacional favorece a manifestação de diferentes posições quanto a objetivos, procedimentos e exigências no estabelecimento escolar.
IV. Conflitos entre a comunidade ao redor da escola e os membros da comunidade educacional: onde emanam de redes sociais de diferentes atores, rompem-se as concepções rígidas dos muros da escola, ampliando-se as fronteiras.
V. Conflitos para operacionalizar o projeto educativo: acontecem porque, no momento de executar o projeto institucional, surgem divergências nos âmbitos de planejamento, execução e avaliação, levando a direção a lançar mão de processos de coalizão, adesões etc.
Está correto o que se afirma em
Leia o relato a seguir sobre uma situação ocorrida em uma universidade do México:
“Uma aluna se levantou e disse que não era normal essa romantização da cultura do estresse, de viver todo o tempo com medo de ser reprovado, de tomar ansiolíticos para conseguir estudar”, conta um aluno de 22 anos, que preferiu não se identificar. “Então, um a um, os estudantes começaram a contar histórias de tentativas de suicídio, humilhações, assédio sexual, homofobia e outros casos que aconteceram na universidade.”
(Disponível em: https://educacao.uol.com.br/noticias/2020/01/10/morte-aluna-humilhacoes-universidade-mexico.htm. Acesso em: 27/03/2022.)
O ocorrido não interessaria a profissionais da educação básica se a “romantização do estresse educacional”, a pressão por alto desempenho e a falta de compreensão e mediação do erro do aluno não ocorressem dentro da maioria das escolas em qualquer lugar do mundo. Jussara Hoffmann denuncia, em relação à prática tradicional de avaliação, o sério prejuízo que tais procedimentos classificatórios trazem ao desenvolvimento socioafetivo dos alunos. Para a autora, a ação mediadora do professor:
Leia atentamente a descrição da cena de uma aula de história:
[...] o professor preparou QR Codes com informações sobre personagens das revoluções inglesas e espalhou pelo pátio da escola. As turmas foram divididas em equipes e os alunos tiveram que encontrar os códigos. De volta à sala de aula, eles descobriram quais eram as informações e cada equipe teve que montar uma apresentação para o personagem histórico como se fosse uma apresentação de participantes de um reality show. Os alunos e o professor dialogaram sobre esses personagens e sua relevância para a história das revoluções inglesas e fizeram simulações sobre quem seria o líder, o anjo, quem enfrentaria um paredão.
(Disponível em: https://agorarn.com.br/como-professor-de-escola-natalense-tem-mudado-forma-de-ensinar/ Acesso em: 26/03/2022. Adaptado.)
De acordo com Luckesi, a tendência pedagógica na prática escolar cujas características predominantes corroboram com a estratégia para o ensino do conteúdo “personagens das revoluções inglesas” escolhida por este professor é a tendência: